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NECESSIDADES ESPECIAIS.
Adriano Silva1,
Jansey Gonçalves2,
Marcos Augusto3,
Ronaldo Sousa4,
Tiago Lima5
INTRODUÇÃO
No município de Picos, situado no Estado do Piauí, assim como nos demais lugares,
existem uma grande quantidade de jovens com necessidades especiais. Essas pessoas possuem
dificuldades no seu processo educativo, pois pouquíssimas escolas apresentam qualificações
estruturais e profissionais para lidar com pessoas tão necessitadas dessas especificações.
1 Adriano Barros Silva, estudante do curso de direito da instituição de ensino superior Raimundo Sá, Picos-PI.
Email: abarsi@hotmail.com
2. Jansey de Assunção Gonçalves, estudante do curso de direito da instituição de ensino superior Raimundo Sá,
Picos-PI. E-mail: janseygoncalves88@gmail.com
3. Marcos Augusto Moura Sátiro, estudante do curso de direito da instituição de ensino superior Raimundo Sá,
Picos-PI. E-mail: marcosaugusto22anny@rotimail.com
4. Ronaldo Esdras de Lima Sousa, estudante do curso de direito da instituição de ensino superior Raimundo Sá,
Picos-PI. Email: ronaldo.esdra@gmail.com
5. Tiago Magno de Lima, estudante do curso de direito da instituição de ensino superior Raimundo Sá, Picos-PI.
Email: tiagolima151312@hotmail.com
O presente trabalho tem como objetivo, compreender o processo de educação como
uma ferramenta que pode auxiliar na adaptação e desenvolvimento de pessoas com
necessidades especiais, além de conhecer a realidade da educação e o desenvolvimento das
pessoas com deficiência na APAE de Picos-PI e analisar as políticas e leis que contribuem para
melhorar o processo educacional da instituição em Picos-PI.
2. DESENVOLVIMENTO
A fim de conhecer a realidade educacional local vivida pelas pessoas com necessidades
especiais que frequentam a APAE (Associação de Pais e Amigos Excepcionais) em Picos-PI e
posteriormente o seu desenvolvimento, procuramos verificar primeiro, os aspectos que
compõem o sistema educacional naquela instituição.
Com isso, como afirma Glat e Blanco o processo educacional deve estar totalmente
voltada aos profissionais especializados com vista ao atendimento especial que é dado as
pessoas com necessidades especiais.
A escola tem por finalidade instituir os cenários políticos e pedagógicos para permitir
o acesso ao conhecimento, empreendendo “[...] esforços permanentes de
universalização da cultura”. (MEIRIEU, 2002, p. 175)
Com a escola sendo um importante fator para propiciar o ensino universal, abrangendo
e atingindo toda e qualquer pessoa permite o pleno desenvolvimento do elemento mais
importante o conhecimento.
Em terceiro lugar, a questão de muitos que necessitam são geralmente pessoas de baixa
renda e a dificuldade financeira que a própria instituição passa atualmente, são precariedades
que precisam ser resolvidas.
2.2 Políticas e leis que contribuem para melhorar o processo educacional da APAE em
Picos.
Na busca por leis que abordem diretamente a questão da educação ou politicas publicas
que vai ao encontro desse setor, podemos falar inicialmente da Constituição de 1988, que expõe
como um dos alvos principais o pacto político brasileiro com a educação para todos, inclusive
no acesso às escolas, sendo obrigação do estado adequar um acolhimento especializado aos
portadores de necessidades especiais.
Citada as leis no Brasil relacionadas à educação de modo geral e também voltada pra
educação inclusiva, é importante lembrar a continuação dos direitos básicos da pessoa com
necessidades educacionais especiais. Essas pessoas devem ter o direito total de ser, prender e
conviver socialmente. Não deixando esquecer a grande necessidade de apoio dos gestores e da
sociedade com os projetos e inclusive na formação e capacitação de professores com
habilidades especiais para lidar com tal publico.
Apesar ter seu nível de atividade restringindo nos últimos anos, ela continua atuando
hoje por meio da contribuição voluntária, com a ajuda de sócios, e uma pequena quantia que é
repassado pelo governo federal, através da prefeitura municipal de picos que repassa em forma
de merendas escolares. Entretanto, é importante relatar que os recursos que são destinados a
instituição hoje, não são suficiente para o funcionamento básico da instituição.
Entre essa questão surge ainda outra, que pode colocar em risco o funcionamento da
instituição em longo prazo e também ao atendimento especial que é prestado as pessoas com
necessidades especiais, diz respeito ao papel do governo como um importante agente garantidor
a educação e inclusão, isso por que o governo alega que a pessoa seja ela criança ou adulta
tendo deficiência ou não deve receber uma educação normal.
Isso afeta diretamente a questão da inclusão e atividades que são realizadas por meio da
instituição, já que como falado anteriormente não há infraestrutura adequada para receber
os alunos deficientes. Como a instituição tem seu quadro de funcionários, a maioria cedida e
paga pelo governo do estado, sendo um total de dez pessoas, compreende-se o risco da fala do
governo a instituição, já que isso pode desencadear uma maior escassez de recursos e em
seguida a redução dos funcionários, prejudicando diretamente o funcionamento da organização.
A falta de recursos, não propiciando um correto desenvolvimento, uma vez que faltando
recursos essenciais até para manter o quadro de funcionários, não há dinheiro para ser feita a
correta manutenção como também, obras de acessibilidade para a locomoção de pessoas dentro
do próprio local. Há também a questão do horário de funcionamento da instituição que por conta
dos recursos serem poucos, o atendimento é limitado, assim sendo, com o aumento da carga
horária de trabalho na instituição os custos se elevariam, já que aumentando as horas, o preço
da energia, água e alimentação, por exemplo, seria maior. Por esse fator, tudo é planejado e
feito visando economia dos poucos recursos.
Outro importante ponto a ser abordado, é a questão da burocrática, já que ela é o próprio
fator que impede que muitas dos projetos sejam realizadas pela instituição. Um exemplo é
questão de convênios e parcerias, que seriam realizadas com outras empresas importantes que
poderiam ajudar a instituição em várias áreas. Mas que devido à burocracia ser um elemento
complicado e exaustivo isso acabar por ser mais um desejo do que realidade. Nessa questão
incorpora-se também o fator político como outro elemento, de difícil acesso.
Com isso, podemos verificar a quantidade imensa de aspectos que acabam travando ou
impedindo mesmo que parcialmente o processo educacional e desenvolvimento dessas
instituições importantíssimas, afim de que seja realizada a inclusão social, um fator
extremamente necessário não só para essas pessoas, como também, para o progresso da
sociedade.
3. METODOLOGIA
O estudo conta com uma pesquisa bibliográfica aliada à pesquisa de campo de natureza
qualitativa, a fim de se analisar a contribuição da educação como ferramenta de inclusão de
pessoas com necessidades especiais na Associação de Pais e Amigos Excepcionais- APAE, no
Município de Picos- PI.
A natureza da pesquisa se justifica pela necessidade em se analisar a qualidade da
prestação dos serviços educacionais na instituição bem como a eficácia para a garantia de uma
educação de qualidade para os integrantes da Associação, visando pois a construção de uma
realidade que não pode ser quantificada.
A pesquisa qualitativa não procura enumerar e/ou medir os eventos estudados, nem
emprega instrumental estatístico na análise dos dados, envolve a obtenção de dados descritivos
sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação
estudada, procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja,
dos participantes da situação em estudo (GODOY, 1995, p.58).
O Campo de pesquisa foi a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)
localizada na rua Sete de Janeiro, número 152 em Picos – PI. A Instituição fundada em 20 de
maio de 1979, conta atualmente com 83 alunos matriculados. proporcionando o
desenvolvimento dos alunos portadores de necessidades especiais visando sua integração e
inclusão na sociedade.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O relato permitiu aos participantes analisar, discutir e refletir com maior profundidade,
embasados teoricamente nas questões relativas às escolas especiais e as possibilidades que ora
se apresentam quanto ao futuro da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais- Picos-PI.
A fim de tratar sobre a contribuição da APAE na inclusão escolar das pessoas com
necessidades especiais que a frequentam, concluímos que a associação contribui bastante para
o desenvolvimento educacional dos associados/deficientes ao trabalhar individualmente cada
paciente de acordo com sua deficiência e necessidade. Ao ponto em que também pudemos
perceber os desafios que hoje encontram em realizar as suas atividades, as lutas constantes em
assegurar a qualidade de vida e possibilitar a independência e a possível autonomia dos
estudantes com deficiência intelectual, garantindo a sua participação efetiva na comunidade,
necessitando-se assim, de uma preocupação e destinação maior de recursos das autoridades
responsáveis para que a sua atividade não seja mais comprometida.
REFERÊNCIAS
GLAT, Rosana. Educacao Inclusiva: Cultura E Contidiano Escolar. In. Rio de Janeiro:
7letras,ed.1, 2007, p.24.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? In. São
Paulo: Moderna, 2006.