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CARTILHA

Orientações Específicas para o


Público da Educação Especial
Atendimento de Estudantes com
Transtorno do Espectro Autista
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Orientação - CNE

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Vídeo - Explicação
Qual é objetivo?
O documento é um relatório técnico-científico do
Conselho Nacional de Educação do Brasil, focado nas
orientações específicas para o atendimento educacional
de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Ele aborda a importância da educação inclusiva,


detalhando aspectos legais, metodológicos e políticos
para melhorar o atendimento educacional a esses
estudantes, incluindo questões de acesso, permanência,
participação e aprendizagem, bem como a formação de
professores e o envolvimento da comunidade escolar e da
sociedade.

O que ele aborda?


Detalha princípios para a construção de um ambiente
inclusivo, estratégias pedagógicas adaptadas, formação
de professores, envolvimento da comunidade escolar e a
importância de políticas públicas para garantir o acesso e
a qualidade da educação para esses estudantes.

Além disso, discute a legislação pertinente e sugere


abordagens para a avaliação e acompanhamento do
desenvolvimento desses alunos. Exemplos:
Avaliação Biopsicossocial e Acadêmica: enfatiza a importância de preparar e
realizar avaliações biopsicossociais e acadêmicas de estudantes com TEA, que
devem ser feitas em colaboração com o professor da sala comum e com base em
protocolos ou instrumentos de avaliação baseados em evidências científicas,
juntamente com uma equipe multidisciplinar.

Desenvolvimento de Habilidades: sugere que o professor do Atendimento


Educacional Especializado (AEE) deve interpretar os dados de avaliações para
produzir um Plano de Ensino Individualizado (PEI) que atenda às necessidades e
interesses dos estudantes com TEA. Isso inclui a elaboração de metas e
componentes essenciais de programas de ensino, além do apoio à organização da
rotina escolar e ao desenvolvimento de habilidades específicas.

Gerenciamento de Processos Inclusivos: destaca a necessidade de articulação


entre os diversos membros da equipe educacional para implementar o processo
de inclusão escolar efetivamente. Isso inclui promover a participação ativa dos
pais e dos estudantes com TEA, mediar conflitos e garantir uma abordagem
colaborativa para o atendimento educacional especializado.

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O papel dos pais
Pais de crianças autistas devem ler este documento
porque ele fornece informações cruciais sobre as práticas
educacionais e políticas de inclusão que afetam
diretamente a educação de seus filhos.

Conhecimento sobre Avaliação e Intervenção

Fomentar idéias sobre como as avaliações


biopsicossociais e acadêmicas devem ser realizadas para
estudantes com TEA, ajudando os pais a entenderem
como essas avaliações podem influenciar o plano
educacional de seus filhos.

Entendimento do Atendimento Educacional


Especializado (AEE)

Os pais podem aprender sobre o papel do AEE, que é vital


para promover a igualdade de oportunidades educacionais
para estudantes com TEA, incluindo como os recursos
pedagógicos e de acessibilidade são identificados,
elaborados e organizados.

Participação Ativa no Processo Educacional

Destaca a importância da participação dos pais no


processo educacional de seus filhos, incluindo como eles
podem colaborar com professores e profissionais da
educação para garantir que as necessidades específicas
de seus filhos sejam atendidas.

Ao entender melhor esses aspectos, os pais podem se


tornar defensores mais eficazes dos direitos e da
educação de seus filhos, colaborando de maneira mais
informada e efetiva com os educadores e as escolas.

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O papel dos professores
O papel do professor, conforme descrito no documento,
envolve várias responsabilidades essenciais no
atendimento de estudantes com Transtorno do Espectro
Autista (TEA), tanto em escolas públicas quanto privadas.

Professor de Regência
O professor regente é crucial para garantir a inclusão e o
desenvolvimento de alunos com TEA. Suas
responsabilidades incluem planejar, adaptar e
implementar estratégias pedagógicas que atendam às
necessidades individuais de cada aluno, realizar
adaptações curriculares e metodológicas, utilizar recursos
visuais, estratégias de comunicação alternativas,
organizar o ambiente da sala de aula, e colaborar com o
professor do AEE e a equipe pedagógica.

Professor do Atendimento Educacional Especializado


(AEE)
O papel do professor do AEE é identificar, elaborar,
produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos de
acessibilidade e estratégias considerando as
necessidades específicas dos alunos. Eles também
devem elaborar e executar o plano de AEE, avaliando a
funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos
pedagógicos e de acessibilidade, além de orientar
professores e famílias sobre esses recursos.

Colaboração e Articulação
O professor deve trabalhar em colaboração com a equipe
pedagógica e os profissionais do AEE, além de interagir
com a equipe multidisciplinar, como psicólogos,
fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, para
identificar as necessidades específicas de cada aluno e
planejar as instruções adequadamente.

Esses aspectos ressaltam a importância do papel do


professor na criação de um ambiente educacional
inclusivo, acolhedor e adaptado às necessidades de
alunos com TEA, contribuindo significativamente para seu
desenvolvimento e aprendizagem.

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O que é o PEI?
O Plano Educacional Individualizado (PEI) é um
documento detalhado que descreve as estratégias e
recursos mobilizados por uma unidade de ensino para
promover a equidade de aprendizagem para pessoas com
Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Ele serve como um instrumento de inclusão,


fundamentado na garantia de medidas individualizadas e
coletivas em ambientes que maximizem o
desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com
deficiência.

O PEI favorece o acesso, a permanência, a participação e


a aprendizagem em instituições de ensino, conforme
previsto na legislação brasileira, e é reconhecido pela ONU
como um meio de efetivar adaptações razoáveis e direitos
das pessoas com deficiência

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O que deve ter no PEI?
O Plano Educacional Individualizado (PEI) deve conter os
seguintes elementos:

Identificação do Estudante:
Informações básicas sobre o aluno que receberá o
atendimento especializado.

Avaliação do Estudante com um Protocolo


Cientificamente Validado
Avaliação detalhada do aluno utilizando métodos
reconhecidos cientificamente, que ajudarão a identificar
suas necessidades específicas e a melhor forma de
atendê-las.

Programas de Ensino do Estudante Acompanhados das


Folhas de Registro
Detalhamento dos programas de ensino que serão
utilizados, incluindo o acompanhamento e registro do
progresso do aluno.

Protocolo de Conduta da Escola em Relação ao Estudante


Diretrizes sobre como a escola deve interagir com o aluno,
abordando aspectos de comportamento, comunicação e
intervenções em potenciais situações de crise.

Diretrizes de Apoio para a Adaptação de Atividades e


Avaliações
Orientações sobre como adaptar atividades e avaliações
para atender às necessidades do estudante, garantindo
que ele possa participar plenamente e ser avaliado de
forma justa.

Recursos Necessários para Sua Implementação


Identificação de todos os recursos, sejam materiais,
humanos ou tecnológicos, que serão necessários para a
implementação efetiva do PEI.

Este documento é essencial para garantir que o estudante


com TEA receba uma educação adaptada às suas
necessidades, promovendo sua inclusão e maximizando
seu potencial de aprendizagem e desenvolvimento.

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Referência legal
O documento cita várias leis, normas, decretos e acordos
internacionais, incluindo:

Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015):


Estabelece diretrizes para a inclusão de pessoas com
deficiência e promove a igualdade de direitos.

Lei nº 7.853/1989
Define crimes e penalidades relacionadas à discriminação
contra pessoas com deficiência.

Constituição Federal de 1988


Garante direitos fundamentais e estabelece deveres do
Estado e da sociedade para com a educação e inclusão de
pessoas com deficiência.

Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e


seu Protocolo Facultativo
Acordo internacional que Brasil ratificou, comprometendo-se
a garantir os direitos das pessoas com deficiência.

Decreto nº 6.949/2009
Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência.

Lei nº 12.764/2012
Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da
Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Lei nº 9.394/1996 (LDBEN)


Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
incluindo a educação especial.

Portaria MEC nº 1.793/1994


Recomenda a inclusão de conteúdos relacionados à
educação especial nos currículos de formação de docentes.

Estas leis e normativas são essenciais para entender o


contexto legal e as obrigações institucionais relacionadas à
educação inclusiva e aos direitos das pessoas com
deficiência no Brasil

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Artigos importantes
As principais referências de artigos científicos citadas no
documento incluem:

1. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-IV-


Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

2. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-V-


Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.

3. AYRES, A. J. (2005). Sensory integration and the child:


Understanding hidden sensory challenges. Los Angeles:
Western Psychological Services.

4. BONDY, A., & FROST, L. (1994). The Picture Exchange


Communication System. Focus on Autistic Behavior, 9, 1–
19.

5. GRAY, C. A., & GARRAND, J. (1993). Social Stories™:


improving responses of individuals with autism with
accurate social information. Focus on Autistic Behavior, 8,
1-10.

6. HUME, K., et al. (2021). Evidence-Based Practices for


Children, Youth, and Young Adults with Autism: Third
Generation Review. Journal of Autism and Developmental
Disorders, 51(11), 4013-4032.

7. NELSON, L. L. (2014). Design and deliver: planning and


teaching using universal design for learning. Baltimore,
EUA: Paul H. Brookes Publishing Co.

8. NUNES, D. R. P., & SCHIMDT, C. (2019). Educação


especial e autismo: das práticas baseadas em evidências
à escola. Cadernos De Pesquisa, 49(173), 84–104.

Estas referências oferecem um panorama amplo de estudos


significativos relacionados ao Transtorno do Espectro
Autista e práticas educacionais baseadas em evidências.

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Conselho Nacional de Educação
Orientações Específicas para o Público da Educação
Especial: Atendimento de Estudantes com Transtorno do
Espectro Autista (TEA).

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