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ajudá-las a atingir seus potenciais

modificações no currículo devem ser realizadas

Adaptação mantém a integridade do conteúdo no currículo, mas pode apresentá-lo em um


formato diferente ou alterar o ambiente no qual o aluno aprende com base nas necessidades e
limitações

modificação altera o que é ensinado e como o progresso é medido, enquanto a adaptação


muda a forma como o conteúdo é apresentado e /ou acessado, mas não como o progresso é
avaliado.

Há alunos com autismo que conseguem obter bom desempenho em um ambiente de ensino
tradicional com poucas adaptações ou nenhuma. Já outros, de acordo com suas necessidades
específicas e gatilhos de aprendizagem,mais difíceis, podem exigir uma modificação quase por
completo do currículo adotado. É importante destacar que, as necessidades de modificações a
adaptações dependem de fatores como: a idade, nível de aprendizagem e assunto abordado
em classe.

É importante conhecer o nível de funcionamento do seu aluno e principalmente não realizar


adaptações baseadas no rótulo de autismo, ou seja, não buscar no diagnóstico uma
justificativa para não aprendizagem. Ao invés disso busque o apoio dos profissionais que
acompanham a criança e juntamente com o pais proporcionem o apoio necessário para que
ela possa progredir junto com seus colegas, alcançando seu pleno potencial.

Adaptações curriculares podem incluir: modificação na instrução das atividades, alteração no


formato da aula, planejamento com objetivos individualizados, utilização de materiais
específicos, exploração de ambientes e uso de estratégias de ensino diferenciadas.

O
único jeito de saber se as estratégias estão funcionando é observar o avanço do seu aluno e
identificar quais as áreas as modificações e/ou adaptações curriculares estão surtindo efeito e
aquelas nas quais as dificuldades persistem.

feedback com outros profissionais que acompanham a crianç

A escola, instituição social configurada como espaço por excelência da educação e da


mediação social sujeito-sociedade, detém a função social irrevogável e fundamental de
oferecer condições potenciais para que os conhecimentos produzidos historicamente pela
humanidade sejam devidamente democratizados, apropriados e objetivados pelos alunos,
independentemente de suas condições físicas, intelectuais, socioeconômicas e culturais.

Nessa perspectiva, a educação é concebida como um conjunto de recursos, estratégias,


metodologias, conteúdos e recursos humanos que, ao estarem organizados e dispostos nas
diversas instâncias do universo escolar, devem produzir valores, condutas e processos que
visem à valorização e ao respeito à diversidade humana, à apropriação de conhecimentos, à
formação cidadã, aos novos olhares, práticas sobre o ensinar e o aprender

Com fundamento nessa concepção, declara-se uma finalidade clara e única da educação:
oferecer as condições necessárias e suficientes para o acesso, a permanência e o êxito
acadêmico de todos os alunos, sem distinção, nas múltiplas dimensões (domínio de
conhecimentos, socialização, dentre outras competências humanas) que o envolvem. Garantir
o processo de aprendizagem dos conhecimentos produzidos historicamente e construir as
habilidades necessárias para o exercício pleno da cidadania do indivíduo são os objetivos
primários de toda ação educacional. Dessa forma, faz-se necessário refletir sobre o como, o
porquê e o para que/quem os conhecimentos científicos elaborados pela humanidade são
oferecidos (e garantidos) pelo atual sistema educacional, bem como de que maneira esses
saberes são sistematizados nos currículos do ensino formal

Do ponto de vista etimológico, a palavra currículo (do latim curriculum) remete à ideia de
percurso a ser realizado. Esse termo evoluiu no decorrer do tempo, sendo atualmente definido
pelo dicionário Michaelis, como um conjunto de disciplinas de um curso escolar, ou seja,
documento que estabelece seleção, sequência, maneira e tempo de apresentação dos
conteúdos e as respectivas avaliações da aprendizagem.
O currículo, na perspectiva da instituição escolar, constitui-se no documento que norteia todas
as ações pedagógicas da escola e tem a responsabilidade planificada de atenção às
necessidades educacionais de todos os alunos. D

Os ajustes curriculares preconizados com a LDB 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da


Educação) e os Parâmetros Curriculares Nacionais de adaptações curriculares têm sido
evidenciados na literatura como elementos importantes de acesso e garantia de aprendizagem
dos conhecimentos formulados pelo currículo comum, todavia ainda requerem uma adequada
delimitação conceitual das modalidades que os integram.

a matriz curricular é mantida e são modificadas as condições de ensino, as estratégias


pedagógicas, os materiais didáticos, os recursos de ensino, a forma de apresentação dos
conteúdos e a temporalidade dos objetivos, dentre outros elementos educacionais que
permitam aos alunos (com ou sem deficiência) que não se beneficiam do modelo convencional
de ensino as devidas oportunidades de acessar e aprender os conteúdos organizados no
currículo.

A inserção desse público no contexto escolar regular, preconizada em diversas políticas


públicas e decretos com ênfase na Lei nº 12.764 de 27 de dezembro de 2012, que definiu as
políticas nacionais para proteção dos direitos da pessoa com transtorno do espectro autista e
abrangeu diversos segmentos sociais

Investigado inicialmente por Kanner (1943), o autismo típico sofreu reformulações


terminológicas e de critérios diagnósticos ao longo dos anos, sendo definido como Transtorno
Global do Desenvolvimento (TGD) pela quarta versão revisada do Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR) (Associação Americana de Psiquiatria, 2002) e
recentemente reformulado pela Associação Americana de Psiquiatria como Transtorno do
Espectro Autista (TEA). O autismo típico é caracterizado por manifestações comportamentais
que incluem déficits qualitativos na interação social e na comunicação, padrões de
comportamento repetitivos e estereotipados e repertório restrito de interesses e atividades,
sendo identificados tais comprometimentos antes dos três anos de idade.

CARACTERÍSTICAS

No domínio social, as dificuldades na interação interpessoal podem manifestar-se como


isolamento, comportamento social impróprio, pobre contato visual, dificuldade em participar
de atividades em grupo, indiferença afetiva, ou demonstrações inapropriadas de afeto e falta
de empatia. Na área da linguagem e comunicação, observa-se que os padrões de comunicação
(tanto verbal como não verbal) diferem significativamente dos padrões habituais, com
predomínio de desvios semânticos e pragmáticos (tais como ecolalia e afasia nominal). No que
tange à cognição e ao comportamento, pessoas com autismo podem apresentar as seguintes
características: rigidez de pensamento e de comportamento, reduzida abstração,
comportamentos ritualísticos e obsessivos, dependência de rotinas, déficits intelectuais,
ausência de jogo imaginativo, inflexibilidade à mudança no ambiente habitual e
comportamentos agressivos e auto lesivos.
A avaliação consiste na observação (ao vivo ou em vídeo) e registro de comportamentos em
diferentes aulas, com diferentes professores, em diferentes contextos. Também é importante
analisar os materiais acadêmicos do aluno de inclusão e o currículo pedagógico proposto pela
escola. Durante este primeiro passo, o analista do comportamento também faz reuniões com a
equipe da escola e os familiares para levantamento de queixas, exposição dos dados
analisados e definição das modificações ambientais necessárias.

O segundo passo da inclusão deve começar antes mesmo de se pensar em inclusão ou, pelo
menos, paralelamente ao processo de inserção da criança na escola. Este passo consiste na
intervenção individualizada, ou seja, intervenção em um ambiente de ensino planejado, com
controle total de variáveis ambientais, onde podemos apresentar um estímulo por vez e
garantir o aprendizado de cada habilidade. Para esta intervenção o analista do
comportamento treina um profissional ou estudante de psicologia, pedagogia ou áreas afins,
para aplicar os procedimentos de ensino de habilidades pré-requisitos e novos repertórios e,
também, procedimentos para minimização de comportamentos destrutivos.

Dentre os comportamentos a serem maximizados ou instalados no contexto individual estão: o


comportamento de aluno, ou seja, sentar, esperar, manter contato visual, seguir comandos,
etc. A comunicação funcional vocal ou por pistas visuais, as habilidades sociais, como brincar,
interagir, comunicar-se. As habilidades pré-acadêmicas, dentre elas estão contato visual,
imitação, seguir instruções, discriminações visuais e auditivas, etc., as habilidades acadêmicas
como alfabetização, noções matemáticas, etc. O repertório de brincar, isto é, o uso do
brinquedo com a função correta, compartilhar a vez, brincar junto, etc. e a independência nas
atividades de vida diária (banho, vestir-se, alimentar-se, escovar os dentes, uso do banheiro,
etc.).

Os comportamentos a serem minimizados ou extintos na intervenção individualizada,


consistem nas estereotipias, ou seja, respostas repetitivas com função auto estimulatória e os
comportamentos de difícil manejo como:  Birras (choros, gritos, se jogar no chão, etc.); 
Autolesão (machucar a si mesmo);  Agressão (machucar outras pessoas)

O terceiro passo da inclusão consiste em levar toda esta tecnologia comportamental para
dentro dos muros da escola. Para isso, precisamos de um Acompanhante Terapêutico (AT), isto
é, um profissional ou estudante da área da saúde (psicologia, terapia ocupacional,
fonoaudiologia, enfermagem, etc.) ou educação (pedagogia), ou ainda um para profissional
(cuidadores, pais, parentes, etc.).

Por isso, a criança precisa de um ensino mais individualizado dentro de sala de aula e nós não
podemos exigir que o professor ou o auxiliar de classe exerçam estas funções, pois isto
significaria a retirada destes profissionais da posição de referência para a turma. O
treinamento teórico do AT consiste na apresentação dos conceitos básicos da Análise do
Comportamento aplicados à educação em supervisões individualizadas ou em workshops. O
treinamento prático envolve a observação de um terapeuta experiente atuando na escola;
atuação direta com a criança com supervisão ao vivo do terapeuta experiente; e auto
avaliação, ou seja, o AT deve assistir a vídeos de sua própria atuação para identificar falhas e
mudanças necessárias. Este treinamento é contínuo e mantido em consultorias sucessivas
feitas pela equipe de analistas do comportamento que coordenam a intervenção.
Paralelamente, a escola também deve fazer um treinamento específico com o AT, focado nas
regras e princípios educacionais da escola, afinal o AT atuará neste espaço. Uma das funções
do acompanhante terapêutico é aplicar, na escola, procedimentos de ensino individualizado e
de controle de comportamentos-problema

Desta forma, o AT acompanha a criança em todos os contextos escolares, nas diferentes


atividades, disciplinas e ambientes, garantindo a máxima participação dela nas atividades
propostas utilizando, se necessário, técnicas de motivação e facilitação da tarefa orientadas
pelo analista do comportamento. A função do AT não é criar e nem propor atividades, mas sim
garantir que a criança participe das atividades criadas e propostas pelos professores com as
adaptações necessárias

O quarto passo do processo de inclusão escolar refere-se às adaptações necessárias para que a
criança consiga acompanhar as aulas e atividades. Estas adaptações são preparadas
antecipadamente e aplicadas pelo acompanhante terapêutico (AT), sob orientação do analista
do comportamento

Dentre as modificações de eventos antecedentes necessários para a inclusão de uma criança


com autismo na escola regular, está a adaptação do material que será utilizado (livros,
apostilas, provas, etc.). Neste material deve-se, por exemplo: reduzir enunciados, deixando
somente 1 instrução em cada enunciado; usar frases objetivas e apenas com palavras-chave;
manter menos exercícios por página; usar letras maiores e, preferência, letras de forma
(bastão); deixar mais espaço para escrever, desenhar ou colar; substituir as questões
dissertativas (que exigem só a escrita) por atividades para ligar, recortar, colar, pintar, circular,
etc.; e incluir temas do interesse da criança e de situações de seu cotidiano em todas as
atividades.

fragmentação de tarefas. Deve-se apresentar menos demandas por vez, quebrar as atividades
longas em partes menores e intercalar a resposta a cada demanda com reforçadores e
pequenos intervalos. Algumas manipulações de variáveis antecedentes envolvem modificar o
próprio ambiente físico de sala de aula, por exemplo, acomodar a criança próximo a um colega
que possa dar apoio (este colega deve variar, para que não fique custoso demais para as
crianças). Alterar a disposição física da criança na sala de aula (sentar mais na frente para se
concentrar melhor, ou sentar mais atrás se precisar sair de sala muitas vezes), alterar a
estimulação de sala de aula acrescentando fotos, figuras e vídeos acompanhando o conteúdo
das aulas expositivas. Utilização de tecnologia para apresentação de conteúdos durantes as
aulas expositivas e verbais, como, por exemplo, computador, quadro interativo, DVD, tablete,
etc., e usar horários, calendários e sequências de atividades visuais.

Na maior parte das vezes o próprio currículo escolar deve ser adaptado. Esta decisão é feita
pela equipe de intervenção (analistas do comportamento) em pareceria com a coordenação
pedagógica da escola.

Vale lembrar que o analista do comportamento deve se preocupar sempre com a transferência
gradual do reforçamento artificial para o natural. Para isso, brinquedos, vídeos, alimentos, etc.
(reforçadores artificiais) devem vir sempre acompanhados de elogios (reforçadores sociais) e
garantia de prazer e funcionalidade na atividade (reforçadores naturais). Assim, gradualmente,
os elogios e o gostar de aprender passam a manter as respostas, permitindo a retirada gradual
do reforçamento artificial.

Finalmente, o quinto passo do processo de inclusão escolar consiste na supervisão e


coordenação da equipe (profissionais e familiares). O analista do comportamento deve
garantir coerência e sistematicidade de procedimentos mantendo reuniões frequentes com
todos os membros da equipe de intervenção e familiares mais próximos. Nestas reuniões
deve-se promover a troca de informações entre os membros da equipe, para que todos
conheçam a atuação dos demais, bem como o desempenho da criança em cada contexto de
intervenção.

psicopedagogo como agente de inclusão na escola e na sociedade

A escola é um espaço para aprender não deve ser um espaço onde se leve o autista apenas
para desenvolver a interação social, a educação do autista deve ser planejada para que possa
ter um currículo que atenda suas necessidades, a intervenção tem que ser individual e no
ritmo que o autista consegue aprender, não existe uma fórmula pronta para uma metodologia
com alunos autistas, portanto a intervenção psicopedagógico deve priorizar as necessidades
individuais do aluno.

O desafio que o psicopedagogo irá enfrentar é justamente conseguir adaptar um currículo que
seja funcional, ou seja, que estimule o desenvolvimento da autonomia e permita que o autista
seja capaz de generalizar suas ações na vida social e que trabalhe a comunicação, permitindo
que o autista tenha uma qualidade de vida e funcionalidade.

O primeiro passo para que seja organizado um currículo adaptado as necessidades do autista é
primeiramente que o psicopedagogo tenha em mãos um laudo realizado por especialistas que
atendam o autista e como ponto de partida para que o psicopedagogo conheça quais as
limitações e quais os desafios a serem incluídos na rotina do autista e possa montar um
programa pedagógico individualizado

O educador em sua comunicação com autista deve procurar falar pouco e de forma objetiva,
utilizado verbos de ação e falando com firmeza e próximo, evitando repetir uma ordem muitas
vezes, evitar usar o nome da criança como sinônimo de "não
Foi a Argentina a maior influenciadora da Psicopedagogia brasileira, notadamente a partir dos
anos 60, momentos em que vários países latinos contavam com governos ditatoriais e
vivenciavam a lógica do medo e do silêncio em seus territórios. Por essa razão, a
Psicopedagogia chegou até nós de forma clandestina, por intermédio de seus exilados
políticos. S

Uma didática com um olhar psicopedagógico revoluciona a inter-relação professoraluno.


Falso
Lã 8

Lary 9

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