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Há alunos com autismo que conseguem obter bom desempenho em um ambiente de ensino
tradicional com poucas adaptações ou nenhuma. Já outros, de acordo com suas necessidades
específicas e gatilhos de aprendizagem,mais difíceis, podem exigir uma modificação quase por
completo do currículo adotado. É importante destacar que, as necessidades de modificações a
adaptações dependem de fatores como: a idade, nível de aprendizagem e assunto abordado
em classe.
O
único jeito de saber se as estratégias estão funcionando é observar o avanço do seu aluno e
identificar quais as áreas as modificações e/ou adaptações curriculares estão surtindo efeito e
aquelas nas quais as dificuldades persistem.
Com fundamento nessa concepção, declara-se uma finalidade clara e única da educação:
oferecer as condições necessárias e suficientes para o acesso, a permanência e o êxito
acadêmico de todos os alunos, sem distinção, nas múltiplas dimensões (domínio de
conhecimentos, socialização, dentre outras competências humanas) que o envolvem. Garantir
o processo de aprendizagem dos conhecimentos produzidos historicamente e construir as
habilidades necessárias para o exercício pleno da cidadania do indivíduo são os objetivos
primários de toda ação educacional. Dessa forma, faz-se necessário refletir sobre o como, o
porquê e o para que/quem os conhecimentos científicos elaborados pela humanidade são
oferecidos (e garantidos) pelo atual sistema educacional, bem como de que maneira esses
saberes são sistematizados nos currículos do ensino formal
Do ponto de vista etimológico, a palavra currículo (do latim curriculum) remete à ideia de
percurso a ser realizado. Esse termo evoluiu no decorrer do tempo, sendo atualmente definido
pelo dicionário Michaelis, como um conjunto de disciplinas de um curso escolar, ou seja,
documento que estabelece seleção, sequência, maneira e tempo de apresentação dos
conteúdos e as respectivas avaliações da aprendizagem.
O currículo, na perspectiva da instituição escolar, constitui-se no documento que norteia todas
as ações pedagógicas da escola e tem a responsabilidade planificada de atenção às
necessidades educacionais de todos os alunos. D
CARACTERÍSTICAS
O segundo passo da inclusão deve começar antes mesmo de se pensar em inclusão ou, pelo
menos, paralelamente ao processo de inserção da criança na escola. Este passo consiste na
intervenção individualizada, ou seja, intervenção em um ambiente de ensino planejado, com
controle total de variáveis ambientais, onde podemos apresentar um estímulo por vez e
garantir o aprendizado de cada habilidade. Para esta intervenção o analista do
comportamento treina um profissional ou estudante de psicologia, pedagogia ou áreas afins,
para aplicar os procedimentos de ensino de habilidades pré-requisitos e novos repertórios e,
também, procedimentos para minimização de comportamentos destrutivos.
O terceiro passo da inclusão consiste em levar toda esta tecnologia comportamental para
dentro dos muros da escola. Para isso, precisamos de um Acompanhante Terapêutico (AT), isto
é, um profissional ou estudante da área da saúde (psicologia, terapia ocupacional,
fonoaudiologia, enfermagem, etc.) ou educação (pedagogia), ou ainda um para profissional
(cuidadores, pais, parentes, etc.).
Por isso, a criança precisa de um ensino mais individualizado dentro de sala de aula e nós não
podemos exigir que o professor ou o auxiliar de classe exerçam estas funções, pois isto
significaria a retirada destes profissionais da posição de referência para a turma. O
treinamento teórico do AT consiste na apresentação dos conceitos básicos da Análise do
Comportamento aplicados à educação em supervisões individualizadas ou em workshops. O
treinamento prático envolve a observação de um terapeuta experiente atuando na escola;
atuação direta com a criança com supervisão ao vivo do terapeuta experiente; e auto
avaliação, ou seja, o AT deve assistir a vídeos de sua própria atuação para identificar falhas e
mudanças necessárias. Este treinamento é contínuo e mantido em consultorias sucessivas
feitas pela equipe de analistas do comportamento que coordenam a intervenção.
Paralelamente, a escola também deve fazer um treinamento específico com o AT, focado nas
regras e princípios educacionais da escola, afinal o AT atuará neste espaço. Uma das funções
do acompanhante terapêutico é aplicar, na escola, procedimentos de ensino individualizado e
de controle de comportamentos-problema
O quarto passo do processo de inclusão escolar refere-se às adaptações necessárias para que a
criança consiga acompanhar as aulas e atividades. Estas adaptações são preparadas
antecipadamente e aplicadas pelo acompanhante terapêutico (AT), sob orientação do analista
do comportamento
fragmentação de tarefas. Deve-se apresentar menos demandas por vez, quebrar as atividades
longas em partes menores e intercalar a resposta a cada demanda com reforçadores e
pequenos intervalos. Algumas manipulações de variáveis antecedentes envolvem modificar o
próprio ambiente físico de sala de aula, por exemplo, acomodar a criança próximo a um colega
que possa dar apoio (este colega deve variar, para que não fique custoso demais para as
crianças). Alterar a disposição física da criança na sala de aula (sentar mais na frente para se
concentrar melhor, ou sentar mais atrás se precisar sair de sala muitas vezes), alterar a
estimulação de sala de aula acrescentando fotos, figuras e vídeos acompanhando o conteúdo
das aulas expositivas. Utilização de tecnologia para apresentação de conteúdos durantes as
aulas expositivas e verbais, como, por exemplo, computador, quadro interativo, DVD, tablete,
etc., e usar horários, calendários e sequências de atividades visuais.
Na maior parte das vezes o próprio currículo escolar deve ser adaptado. Esta decisão é feita
pela equipe de intervenção (analistas do comportamento) em pareceria com a coordenação
pedagógica da escola.
Vale lembrar que o analista do comportamento deve se preocupar sempre com a transferência
gradual do reforçamento artificial para o natural. Para isso, brinquedos, vídeos, alimentos, etc.
(reforçadores artificiais) devem vir sempre acompanhados de elogios (reforçadores sociais) e
garantia de prazer e funcionalidade na atividade (reforçadores naturais). Assim, gradualmente,
os elogios e o gostar de aprender passam a manter as respostas, permitindo a retirada gradual
do reforçamento artificial.
A escola é um espaço para aprender não deve ser um espaço onde se leve o autista apenas
para desenvolver a interação social, a educação do autista deve ser planejada para que possa
ter um currículo que atenda suas necessidades, a intervenção tem que ser individual e no
ritmo que o autista consegue aprender, não existe uma fórmula pronta para uma metodologia
com alunos autistas, portanto a intervenção psicopedagógico deve priorizar as necessidades
individuais do aluno.
O desafio que o psicopedagogo irá enfrentar é justamente conseguir adaptar um currículo que
seja funcional, ou seja, que estimule o desenvolvimento da autonomia e permita que o autista
seja capaz de generalizar suas ações na vida social e que trabalhe a comunicação, permitindo
que o autista tenha uma qualidade de vida e funcionalidade.
O primeiro passo para que seja organizado um currículo adaptado as necessidades do autista é
primeiramente que o psicopedagogo tenha em mãos um laudo realizado por especialistas que
atendam o autista e como ponto de partida para que o psicopedagogo conheça quais as
limitações e quais os desafios a serem incluídos na rotina do autista e possa montar um
programa pedagógico individualizado
O educador em sua comunicação com autista deve procurar falar pouco e de forma objetiva,
utilizado verbos de ação e falando com firmeza e próximo, evitando repetir uma ordem muitas
vezes, evitar usar o nome da criança como sinônimo de "não
Foi a Argentina a maior influenciadora da Psicopedagogia brasileira, notadamente a partir dos
anos 60, momentos em que vários países latinos contavam com governos ditatoriais e
vivenciavam a lógica do medo e do silêncio em seus territórios. Por essa razão, a
Psicopedagogia chegou até nós de forma clandestina, por intermédio de seus exilados
políticos. S
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