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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


DIRETORIA DE ENSINO DA REGIÃO DE JACAREÍ
Núcleo Pedagógico

Resolução SE 70, de 26-10-2010

Dispõe sobre os perfis profissionais, competências e habilidades requeridos dos educadores da rede
pública estadual e os referenciais bibliográficos que fundamentam os exames, concursos e processos
seletivos, e dá providências correlatas

O Secretário da Educação, à vista do que lhe representou o Comitê Gestor para elaboração de provas
de que trata a Resolução SE nº 69, de 1º .10.2009, resolve:
Artigo 1º- Fica aprovado o Anexo desta resolução, que apresenta os perfis profissionais,
competências e habilidades requeridos dos educadores da rede pública estadual nos exames,
concursos e processos seletivos, promovidos por esta Pasta, e os referenciais bibliográficos que
fundamentam esses certames.
Artigo 2º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as
disposições em contrário, em especial as Res. SE nºs 80, de 3.11.2009; 87, de 30.11.2009; 90, de
3.12.2009; 2, de 5.1.2010, e 9, de 27.1.2010.

PROFESSOR PEB-II - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS (6º AO 9º ANO) E/OU ENSINO
MÉDIO

Perfil: Comum a todas as áreas

● Cultura geral e profissional

Uma cultura geral ampla favorece o desenvolvimento da sensibilidade, da imaginação, a


possibilidade de produzir significados e interpretações do que se vive e de fazer conexões – o que, por
sua vez, potencializa a qualidade da intervenção educativa.

Do modo como é entendida aqui, cultura geral inclui um amplo espectro de temáticas:
familiaridade com as diferentes produções da cultura popular e erudita e da cultura de massas e
atualização em relação às tendências de transformação do mundo contemporâneo.

A cultura profissional, por sua vez, refere-se àquilo que é próprio da atuação do professor no
exercício da docência. Fazem parte desse âmbito temas relativos às tendências da educação e do
papel do professor no mundo atual.

● Conhecimentos sobre a dimensão cultural, social, política e econômica da educação

Este âmbito, bastante amplo, refere-se a conhecimentos relativos à realidade social e política
brasileira e a sua repercussão na educação, ao papel social do professor, à discussão das leis

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relacionadas à infância, adolescência, educação e profissão, às questões da ética e da cidadania, às


múltiplas expressões culturais e às questões de poder associadas a todos esses temas.

Diz respeito, portanto, à necessária contextualização dos conteúdos, assim como o tratamento
dos Temas Transversais – questões sociais atuais que permeiam a prática educativa como ética, meio
ambiente, saúde, pluralidade cultural, trabalho, consumo e outras – seguem o mesmo princípio: o
compromisso da educação básica com a formação para a cidadania e buscam a mesma finalidade:
possibilitar aos alunos a construção de significados e a necessária aprendizagem de participação social.

Igualmente, políticas públicas da educação, dados estatísticos, quadro geral da situação da


educação no país, relações da educação com o trabalho, relações entre escola e sociedade são
informações essenciais para o conhecimento do sistema educativo e, ainda, a análise da escola como
instituição – sua organização, relações internas e externas – concepção de comunidade escolar, gestão
escolar democrática, conselho de escola e proposta pedagógica da escola, entre outros.

● Conhecimento pedagógico

Este âmbito refere-se ao conhecimento de diferentes concepções sobre temas próprios da


docência, tais como, currículo e desenvolvimento curricular, transposição didática, contrato didático,
planejamento, organização de tempo e espaço, gestão de classe, interação grupal, criação, realização e
avaliação das situações didáticas, avaliação da aprendizagem dos alunos, consideração de suas
especificidades, trabalho diversificado, relação professor-aluno, análises de situações educativas e de
ensino complexas, entre outros. São deste âmbito, também, as pesquisas dos processos de
aprendizagem dos alunos e os procedimentos para produção de conhecimento pedagógico pelo
professor.

● Conhecimentos sobre crianças, jovens e adultos

A formação de professores deve assegurar o conhecimento dos aspectos físicos, cognitivos,


afetivos e emocionais do desenvolvimento individual tanto de uma perspectiva científica quanto à
relativa às representações culturais e às práticas sociais de diferentes grupos e classes sociais.
Igualmente relevante é a compreensão das formas diversas pelas quais as diferentes culturas atribuem
papéis sociais e características psíquicas a faixas etárias diversas.

A formação de professores deve assegurar a aquisição de conhecimentos sobre o


desenvolvimento humano e sobre a forma como diferentes culturas caracterizam as diferentes faixas
etárias e sobre as representações sociais e culturais dos diferentes períodos: infância, adolescência,
juventude e vida adulta. Igualmente importante é o conhecimento sobre as peculiaridades dos alunos
que apresentam necessidades educacionais especiais.

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Para que possa compreender quem são seus alunos e identificar as necessidades de atenção,
sejam relativas aos afetos e emoções, aos cuidados corporais, de nutrição e saúde, sejam relativas às
aprendizagens escolares e de socialização, o professor precisa conhecer aspectos psicológicos que lhe
permitam atuar nos processos de aprendizagem e socialização; ter conhecimento do desenvolvimento
físico e dos processos de crescimento, assim como dos processos de aprendizagem dos diferentes
conteúdos escolares em diferentes momentos do desenvolvimento cognitivo, das experiências
institucionais e do universo cultural e social em que seus alunos se inserem. São esses conhecimentos
que o ajudarão a lidar com a diversidade dos alunos e a trabalhar na perspectiva da escola inclusiva.

É importante que, independentemente da etapa da escolaridade em que o professor vai atuar,


ele tenha uma visão global sobre esta temática, aprofundando seus conhecimentos sobre as
especificidades da faixa etária e das práticas dos diferentes grupos sociais com as quais vai trabalhar.

Competências do professor PEB-II

1. Compreender o processo de sociabilidade e de ensino e aprendizagem na escola e nas suas


relações com o contexto no qual se inserem as instituições de ensino e atuar sobre ele.
2. Situar a escola pública no seu ambiente institucional e explicar as relações (hierarquias,
articulações, obrigatoriedade, autonomia) que ela mantém com as diferentes instâncias da
gestão pública, utilizando conceitos tais como:
● sistema de ensino; sistema de ensino estadual e municipal;
● âmbitos da gestão das políticas educacionais - nacional, estadual e municipal, MEC,
Secretarias Estaduais e Municipais, Conselho Nacional de Educação, Conselhos
Estaduais de Educação;
3. Reconhecer a importância de participação coletiva e cooperativa na elaboração, gestão,
desenvolvimento e avaliação da Proposta Pedagógica e curricular da escola, identificando
formas positivas de atuação em diferentes contextos da prática profissional, além da sala de
aula.
4. Compreender a natureza dos fatores socioeconômicos que afetam o desempenho do aluno na
escola e identificar ações para trabalhar com esses impactos externos, seja para aproveitá-los
como enriquecimento dos conteúdos curriculares seja para atenuar eventuais efeitos negativos.
5. Compreender o significado e a importância do currículo para garantir que todos os alunos façam
um percurso básico comum e aprendam as competências e habilidades que têm o direito de
aprender.
6. Diante de informações gerais sobre a escola, a idade da turma, a etapa (Fundamental ou Médio)
e o ano/série, bem como sobre os recursos pedagógicos existentes e outras condições
pertinentes da escola, propor sequências didáticas de sua disciplina, nas quais sejam
explicitadas e explicadas o que o aluno deverá aprender com a situação proposta:
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● o conteúdo a ser aprendido e as competências e habilidades a ele associados;


● as estratégias a serem adotadas;
● os materiais e recursos de apoio à aprendizagem;
● as formas de agrupamento dos alunos nas atividades previstas;
● as atividades de professor e aluno distribuídas no tempo, de modo a ficar claro o
percurso a ser realizado para que a aprendizagem aconteça;
● o tipo de acompanhamento que o professor deve fazer ao longo do percurso;
● As estratégias de avaliação e as possíveis estratégias de recuperação na hipótese de
dificuldades de aprendizagem.
7. Demonstrar domínio de conceitos que envolvem as questões sobre violência na escola e no seu
entorno, de bullying e de indisciplina geral.
8. Incentivar o desenvolvimento do espírito crítico dos alunos e de toda a comunidade escolar,
preparando-os para enfrentar os conflitos sociais, as desigualdades, o racismo, o preconceito e a
questão ambiental.
9. Compreender os mecanismos institucionais de monitoramento de desempenho acadêmico dos
alunos, ao longo de sua trajetória escolar, tais como:
● organização em ciclos;
● progressão continuada;
● recuperação da aprendizagem conforme organizado no sistema de ensino público do
Estado de São Paulo.
10. Demonstrar domínio de processos de ação e investigação que possibilitem o aperfeiçoamento
da prática pedagógica.

Habilidades do professor PEB-II

1. Identificar as novas demandas que a sociedade do conhecimento está colocando para a


educação escolar.
2. Identificar, dada uma situação problema, formas de atuação docente, possíveis de serem
implementadas, considerando o contexto das políticas de currículo da Secretaria de Estado da
Educação de São Paulo, nas dimensões sala de aula e escola.
3. Identificar a composição, os papéis e funções da equipe de uma escola e as normas que devem
reger as relações entre os profissionais que nela trabalham.
4. Reconhecer principais leis e normas que regulamentam a profissão de professor, sendo capaz
de identificar as incumbências do professor, tal como prescritas pelo Art. 13 da LDB, em
situações concretas que lhe são apresentadas.

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5. Diante de um problema de uma escola caracterizada, indicar os aspectos que devem ser
discutidos e trabalhados coletivamente pela equipe escolar, segundo a legislação.
6. Identificar os diferentes componentes da Proposta Pedagógica.
7. Identificar práticas educativas que levem em conta as características dos alunos e de seu meio
social, seus temas e necessidades do mundo contemporâneo e os princípios, prioridades e
objetivos da Proposta Pedagógica.
8. Compreender as fases de desenvolvimento da criança e do jovem e associar e explicar como a
escola e o professor devem agir para adequar o ensino e promover a aprendizagem em cada
uma dessas etapas.
9. Identificar e justificar a importância dos organizadores de situações de aprendizagem
(competências e habilidades que os alunos deverão constituir; conteúdos curriculares
selecionados; atividades do aluno e do professor; avaliação e recuperação).
10. Reconhecer estratégias para gerenciar o tempo em sala de aula, nas seguintes situações,
considerando a diversidade dos alunos, os objetivos das atividades propostas e as
características dos próprios conteúdos:
● Existência de alunos que aprendem mais depressa e alunos mais lentos;
● Tempo para dar conta do conteúdo previsto no plano de trabalho (anual, bimestral,
semanal);
● Sugerir e explicar formas de agrupamento dos alunos, indicando as situações para as
quais são adequadas.
11. Utilizar estratégias e instrumentos diversificados de avaliação da aprendizagem e, a partir de
seus resultados, reconhecer propostas de intervenção pedagógica, considerando o
desenvolvimento de diferentes capacidades dos alunos;
12. Compreender o significado das avaliações externas – nacionais e internacionais – que vêm
sendo aplicadas no Brasil e reconhecer os alcances e limites do uso dos resultados que o país
vem apresentando nessas avaliações na última década.
13. Identificar as principais características do SARESP após suas modificações de 2007.
14. Interpretar adequadamente o IDEB e o IDESP – como se constroem, para que servem, o que
significam para a educação escolar brasileira e paulista.
15. Diante de situações-problema relativas às relações interpessoais que ocorrem na escola,
identificar a origem do problema e as possíveis soluções.
16. Identificar os diferentes componentes que organizam os planos de ensino dos professores, nas
diferentes disciplinas.
17. Identificar estratégias preventivas e precauções que serão utilizadas no âmbito da escola e nos
planos de cada professor, em relação aos temas de violência na escola e no entorno dela.
18. Reconhecer a existência de diferentes formas de violência: simbólica, física e psicológica.
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19. Caracterizar as diferentes modalidades de recuperação da aprendizagem e seus objetivos


específicos.
20. Identificar as principais características do regime de progressão continuada e as vantagens
apresentadas na legislação, que institui a organização escolar em ciclos, do sistema de ensino
público do Estado de São Paulo.
21. Identificar o espaço de trabalho coletivo – HTPC, como espaço de enriquecimento da prática
docente e de participação em ações de formação continuada.

Perfil: História

As indicações a seguir apresentam o perfil do profissional da Educação que vislumbra ensinar


História nas escolas da rede pública de São Paulo. Quais os aspectos de sua formação devem ser
evidenciados para ensinar História nos níveis Fundamental e Médio? Quais os conteúdos sobre os
quais os professores devem mostrar conhecimento e familiaridade e que deverão ser aplicados – a
partir de sua adequação – nas aulas da Educação Básica?

A partir dessas preocupações e reconhecendo as especificidades de cada nível de ensino, com


suas características e objetivos próprios, procurou-se atender uma estrutura curricular que orienta os
cursos de graduação em História, especialmente aqueles oferecidos pelas universidades públicas. Com
isto, pretende-se respeitar a formação dos professores, sem ampliar ou reduzir expectativas que
possam comprometer os padrões de qualidade que deve ter a escola pública.

É importante registrar, ainda, que se espera do professor a organização do aprendizado da


História em harmonia com os eixos temáticos e conceitos centrais do currículo da disciplina, como
Tempo e Sociedade; História e Memória; História e Trabalho; Cultura e Sociedade, História e
Diversidade, desenvolvendo situações para produção e difusão do conhecimento e estudo da História
por meio dos recursos disponíveis em diferentes instituições como museus, centros de documentação e
órgãos de preservação do patrimônio cultural, dentre outros. Que compreenda a importância da
memória em seus variados suportes socioculturais, identificando o seu papel na constituição dos
sujeitos, na construção do conhecimento histórico e nas experiências sociais, e que seja capaz de
utilizar diferentes linguagens (escrita, oral, cartográfica, musical, e imagética).

Competências do professor de História

A dimensão formativa do saber histórico demanda um conjunto de competências que se


relacionam aos valores e atitudes integrantes do conhecimento histórico e sua função social. Nesta
perspectiva, como competências gerais, os professores de História devem apresentar condições
didático-pedagógicas que permitam:
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1. Reconhecer diferenças entre as temporalidades: tempo do indivíduo e o tempo social; tempo


cronológico e tempo histórico, identificando características dos sistemas sociais e culturais de
notação e registro de tempo ao longo da história.
2. Compreender e problematizar conceitos historiográficos, política e ideologicamente
determinados, enfatizando a importância do uso de fontes e documentos de natureza variada
para o estudo da História.
3. Reconhecer e valorizar as diferenças socioculturais que caracterizam os espaços sociais
(escola, a localidade, a cidade, o país e o mundo) considerando o respeito aos direitos humanos
e a diversidade cultural como fundamentos da vida social.
4. Identificar os elementos socioculturais que constituem a formação histórica brasileira,
promovendo o estudo das questões da alteridade e a análise de situações históricas de
reconhecimento e valorização da diversidade, responsáveis pela construção das identidades
individual e coletiva.
5. Estimular o desenvolvimento da capacidade leitora, interpretativa e analítica de situações
históricas nos alunos do Ensino Fundamental e Médio, buscando o entendimento das influências
da História nas formas de convivência social do tempo presente e do passado.
6. Demonstrar conhecimento dos conteúdos fundamentais que expressam a diversidade das
experiências históricas através de suas múltiplas manifestações, criando situações de ensino
aprendizagem adequadas aos objetivos do ensino básico e à construção do saber histórico
escolar, utilizando-se, sempre que possível, da interdisciplinaridade para construção do
conhecimento histórico.
7. Analisar características essenciais das relações sociais de trabalho ao longo da história,
reconhecendo os impactos da tecnologia nas transformações dos processos de trabalho, e
estabelecer relações entre trabalho e cidadania.
8. Estimular a reflexão crítica na análise das decisões políticas contemporâneas, reconhecendo a
importância do voto e da participação coletiva e percebendo-se como agente da história e seu
tempo.
9. Propor e justificar um problema de investigação histórica, estabelecendo suas delimitações
(cronológica, espacial, temática, etc.), definindo as fontes da pesquisa, as referências analíticas,
os procedimentos técnicos e produzindo análises e interpretações utilizando-se dos conceitos,
categorias e vocabulário pertinentes ao discurso historiográfico;
10. Reconhecer o papel dos vários sujeitos históricos, percebendo e interpretando as
relações/tensões entre suas ações e as determinações que as orientam no processo histórico.

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Habilidades do professor de História

Em função do perfil apresentado acima, foi elaborado um conjunto de habilidades, visando aferir
se o professor está apto a:

1. Destacar características essenciais das relações de trabalho ao longo da história, reconhecendo


a importância do trabalho humano na edificação dos contextos histórico-sociais e as
características de suas diferentes formas na divisão temporal formal: pré-história, antiguidade,
Idade Média, modernidade e contemporaneidade;
2. Identificar materiais que permitam observar as principais características das civilizações antigas
quanto à organização da vida material e cultural, relevando questões centrais como o surgimento
do Estado e as formas de sociedade e de religiosidade.
3. Demonstrar a importância de estudos sobre a história da África, identificando características
essenciais do continente em sua organização econômica, social, religiosa e cultural.
4. Definir as características dos principais sistemas dos movimentos populacionais ao longo da
História.
5. Reconhecer e analisar as principais características e resultados do encontro entre os europeus e
as diferentes civilizações da Ásia, África e América.
6. Problematizar no processo de formação dos Estados nacionais as permanências e
descontinuidades que se relacionam ao Renascimento cultural, urbano e comercial e suas
interfaces com a expansão marítimo-comercial dos séculos XV e XVI.
7. Destacar aspectos das sociedades pré-colombianas da América, caracterizando as diferenças
socioculturais e materiais destas civilizações no momento do contato América-Europa.
8. Compreender e caracterizar os processos dos conflitos religiosos e das rebeldias camponesas
que culminaram na Reforma e na Contra-Reforma entendendo-as em sua simultaneidade.
9. Compreender a influência das instituições e movimentos político-sociais europeus sobre o
espaço colonial americano, identificando traços responsáveis pelo desenho das sociedades que
se formaram desde o século XIX até os tempos atuais.
10. Identificar, comparar e analisar as principais características e diferenças da colonização europeia
na América e analisar o processo de independência e constituição das nações no continente.
11. Analisar as relações entre os processos da Revolução Industrial Inglesa e da Revolução
Francesa e seu impacto sobre os empreendimentos coloniais europeus na América, África e
Ásia.
12. Diferenciar singularidades do socialismo, do comunismo, do anarquismo e seus desdobramentos
nos Estados nacionais liberais.

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13. Conceber o processo histórico como ação coletiva de diferentes sujeitos reconhecendo os
movimentos sociais rurais e urbanos como formas de resistência política, econômica e cultural
ao modo de produção capitalista em suas várias fases.
14. Reconhecer as formas atuais das sociedades como resultado das lutas pelo poder entre as
nações, compreendendo que a formação das instituições sociais é resultado de interações e
conflitos de caráter econômico, político e cultural.
15. Reconhecer e analisar os acontecimentos desencadeadores das guerras mundiais, identificando
as razões do desenvolvimento da supremacia dos Estados Unidos da América e do declínio da
hegemonia europeia no século XX.
16. Comparar as características dos regimes autocráticos europeus e as principais influências
nazifascistas nos movimentos políticos brasileiros da década de 1930.
17. Identificar acontecimentos formadores do processo político na década de 1930 no Brasil em
relação ao enfrentamento da crise de 1929 e suas consequências sobre os movimentos de
trabalhadores da época.
18. Demonstrar as principais características do populismo no Brasil, especialmente as propostas que
orientaram a política desenvolvimentista e o Golpe Militar de 1964.
19. Estabelecer comparações no contexto da Guerra Fria entre a situação política latino-americana e
caracterizar os governos militares instalados no Brasil e, em países como o Chile e a Argentina,
pela supressão das liberdades e pelos mecanismos utilizados pela repressão à oposição.
20. Identificar os principais movimentos de resistência aos governos militares na América Latina e o
papel das Organizações Internacionais de Direitos Humanos.

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Resolução SE 52, de 14-8-2013

Dispõe sobre os perfis, competências e habilidades requeridos dos Profissionais da Educação da rede
estadual de ensino, os referenciais bibliográficos e de legislação, que fundamentam e orientam a
organização de exames, concursos e processos seletivos, e dá providências correlatas.

O Secretário da Educação, à vista do que lhe representou a Coordenadoria de Gestão da Educação


Básica – CGEB, e considerando a importância da:
- sistematização dos requisitos mínimos que embasam os processos seletivos e os concursos públicos
dos Profissionais da Educação na consolidação de um ensino público democrático e de qualidade;
- adoção de procedimentos operacionais de competitividade que concretizem princípios de igualdade e
eficiência devidamente sintonizados com a natureza das atividades do cargo ou função dos
Profissionais da Educação da rede estadual de ensino,

Resolve:
Artigo 1º - Ficam aprovados os ANEXOS A, B, C, D e E, integrantes desta resolução, que dispõem
sobre os perfis, as competências, as habilidades dos Profissionais da Educação, os respectivos
referenciais bibliográficos e a legislação, a serem requeridos de Professores, Diretores de Escola e
Supervisores de Ensino, da rede estadual de ensino, nos exames, concursos e processos seletivos
promovidos por esta Pasta.
Artigo 2º - Os requisitos acadêmicos e os atributos requeridos para o exercício de todo profissional da
educação implicam, obrigatoriamente, o domínio: I - das competências, das habilidades, dos referencias
bibliográficos e de legislação de Educador e de Docente (ANEXO A); e II - das competências, das
habilidades, dos referencias bibliográficos e de legislação das respectivas especificidades do cargo ou
função objeto do exame, concurso ou processo seletivo (ANEXOS B, C, D e E).

Parágrafo único – Para o atendimento ao contido neste artigo, os perfis, as competências, as


habilidades, os referenciais bibliográficos e de legislação se apresentam organizados na conformidade
dos anexos A a E, que integram a presente resolução.

Artigo 3º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário e, em especial, as Resoluções SE nº 69, de 1º.10.2009, nº 70, de 26.10.2010, nº 13, de
3.3.2011, e nº 37, de 7.6.2013, produzindo seus efeitos a partir de 2 de setembro de 2013.

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O exercício profissional de educador requer formação geral humanista/crítica, comprometida


com a construção e ampliação de uma sociedade mais justa, posicionada contra as desigualdades
sociais e a qualquer forma de opressão que garanta a todos as mesmas oportunidades de
desenvolvimento de suas potencialidades. Exige, também, formação específica referenciada nas
diversas áreas de conhecimento e no seu papel político em contribuir na apropriação e transformação
da cultura. Pressupõe uma formação que habilite o educador a interpretar e fazer conexões com
vivências de cunho ambiental, econômico, político, social, cultural e educacional; a dialogar sobre tais
vivências e a realizar ações que promovam a qualidade da escola, em especial, que propiciem ensino e
aprendizagem relevantes para uma formação integral, que prepare o aluno para a atuação ética,
sustentável e transformadora na vida pessoal, social, política e no mundo do trabalho.
Exercício profissional dessa natureza implica ação/reflexão/ação, ou seja, exige uma atitude
reflexiva, fundada na realidade educacional e na pesquisa, para a constituição de uma prática
pedagógica emancipatória, referenciada e pertinente à formação do aluno, à prática educativa, ao meio
em que atua e à finalidade da educação. Em síntese, implica conhecimento dos elementos
sócio-históricos, políticos e culturais que interferem na construção da escola que temos e
desenvolvimento de processos políticos e educativos direcionados à construção da escola que
queremos: centrada no ensino contextualizado, na transversalidade dos conteúdos escolares
referenciados no conhecimento da realidade, do projeto de educação nacional, do sistema educativo, da
escola como instituição, das diferentes tendências pedagógicas, de ensino e de aprendizagem, de
desenvolvimento humano, em seus aspectos físicos, cognitivos, afetivos e socioculturais.
Nessa perspectiva, espera-se que o educador se expresse por meio de práticas que atendam às
demandas da sociedade brasileira, do sistema de ensino e do diálogo entre educadores nos diferentes
níveis do sistema (entre educador e aluno no âmbito da escola e entre educador e comunidade).
A construção desse profissional exige providências do sistema de ensino e atitude do educador
para assegurar o direito e o dever em relação à formação continuada em serviço centrada na análise,
reflexão e efetivação de ações que respondam às demandas educacionais direcionadas à luta pela
educação como direito de todos.
Pressupõe o desenvolvimento de competências e habilidades que expressem a compreensão do
educador a respeito da relação entre a escola e a sociedade em geral, a comunidade local, a sua
função social e os espaços de atuação nos diferentes níveis do sistema de ensino, federal, estadual,
escola e sala de aula.

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II. DOCENTE

1. PERFIL
Ao Professor de Educação Básica compete, como mediador nos processos de apreensão,
compreensão e produção de conhecimento, organizar condições didáticas que permitam ao aluno a
apropriação de bens culturais historicamente acumulados, fundamentais à educação escolar de
qualidade, direito do aluno.
Prática docente, apoiada no diálogo, com vistas ao desenvolvimento de ensino com foco nas
relações entre conhecimento e cultura, currículo e poder, exige do profissional a promoção de
aprendizagem referenciada na curiosidade, na cooperação, na pesquisa, na experimentação, na
criatividade, que instaure processos de concepção e de realização de projetos significativos aos alunos
e à comunidade em que vivem.
Promover aprendizagem dessa natureza viabiliza a efetivação do princípio da escola para todos,
e para cada um em particular.
Caberá ao profissional aprender, ensinar e trabalhar com a heterogeneidade, a diversidade e a
diferença; compreender que a relação dialógica/interação entre os sujeitos é inerente à comunicação, à
linguagem e às relações que estabelecem cultural e socialmente e conhecer a relação entre a teoria e a
prática e estar atento à dinâmica entre ambas, para atuar, permanentemente, como protagonista de
suas ações e tomar, com autonomia e responsabilidade, as decisões pedagógicas que concorrem para
a realização de seu trabalho e a consecução dos objetivos traçados.
Para isso é preciso articular as duas dimensões formativas complementares e interdependentes:
a) a dimensão técnica, que se caracteriza pelo conhecimento dos conteúdos a serem ensinados
e os recursos metodológicos para desenvolvê-los com rigor e compreensão dos seus significados em
contextos diversos, referentes aos universos da cultura, do trabalho, do meio ambiente, da arte, da
ciência e da tecnologia.
b) a dimensão política que se caracteriza pelo compromisso público com a educação escolar,
decorrente da compreensão dos aspectos históricos, filosóficos, sociológicos, psicológicos e
econômicos que envolvem a educação e o ensino.
Também é necessário compreender como essas duas dimensões se integram com os conteúdos
próprios da docência: currículo; planejamento, organização de tempo e espaço escolar; gestão de
classe, interação grupal, relação entre professor e aluno; elaboração, desenvolvimento e avaliação de
situações didáticas; trabalho diversificado; avaliação de aprendizagem em suas especificidades;
pesquisa sobre sua prática e investimento na autoformação, fundamentais à participação efetiva do
professor na constituição da identidade do educando como sujeito de uma sociedade em constante
transformação, com a finalidade de torná-lo capaz de atuar na preservação da herança cultural e na
transformação da realidade por ele vivida e, de forma indireta, da sociedade em que está inserido.
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ANEXO C

XI. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II – HISTÓRIA


1. PERFIL

O professor de história tem um papel relevante no processo de ensino e aprendizagem,


destacando a importância da didática da História como um momento de reflexão do professor com a sua
própria prática profissional.
Deste modo, o professor de história tem autonomia para estabelecer os objetivos, selecionar e
organizar conteúdos de estudo históricos e do ensino da história na vida prática como forma de
contribuir na formação de sujeitos reflexivos. Assim sendo, a história a ser ensinada e aprendida deve
ter conexões com os PNC’s de História, com seus eixos temáticos, conceitos e abordagens
historiográficas como elementos fundamentais do currículo da disciplina dentro de cada nível de ensino.
A prática do ensino de história deve ter como referência as experiências temporais no passado e
no presente, a partir das práticas dos diversos sujeitos sociais para a compreensão da memória coletiva
e individual, num processo de aprendizado e de formação da consciência histórica dos alunos. 80
Izilda/Edison O professor de História nesse processo de ensino e aprendizado é o responsável pela
intermediação da aprendizagem histórica dentro de uma orientação multi e intercultural, sem dissociar
ensino e pesquisa histórica.
Para tanto, se faz necessário mobilizar e transformar a variedade de documentos/fontes e
linguagens (escritos, materiais, visuais e audiovisuais) como objeto de estudo e suportes materiais para
o ensino de história, como dimensões no processo formativo e de pertencimento do saber histórico por
parte dos alunos em sala de aula.

2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

COMPETÊNCIAS
a. Reconhecer as diferentes e múltiplas temporalidades (tempo social, tempo cronológico e
tempo histórico) dentro de um movimento dialético com seus ritmos variados e formas
simultâneas de tempo no decorrer da história;
b. Desenvolver procedimentos de pesquisa na orientação do processo formativo de ensino
e aprendizado do fazer história, a partir das experiências de vida dos alunos, articulados
com os usos de diferentes registros documentais e linguagens de homens e mulheres no
passado e no presente;
c. Desenvolver planejamento da aula/disciplina de História para o Ensino Fundamental e
Médio, contemplando as propostas dos PCN’s e as novas discussões
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teórico-metodológicas e didáticas da História, como instrumento da atuação profissional


no espaço escolar.
d. Identificar e problematizar as diferentes abordagens, conceitos historiográficos e fontes
documentais para estimular o exercício de leitura, análise e interpretação dos alunos do
Ensino Fundamental e Médio;
e. Adequar os objetivos do ensino básico e à construção do saber histórico escolar,
utilizando-se, sempre que possível, da interdisciplinaridade para construção do
conhecimento histórico;
f. Reconhecer e valorizar (a escola, a localidade, a cidade, o país e o mundo) considerando
o respeito aos direitos humanos e a diversidade cultural como fundamentos da vida
social;
g. Compreender a realidade local, regional, nacional e global como contextos permeados de
experiências, representações, culturas políticas e práticas culturais, atentando para as
diversas realidades que intermediam a relação entre o presente e passado, e que
compõe a formação do saber histórico escolar;
h. Demonstrar conhecimento dos conteúdos fundamentais que expressam a diversidade
das experiências históricas através de suas múltiplas manifestações, criando situações
de ensino e aprendizagem;
i. Identificar os elementos socioculturais que constituem a formação histórica brasileira,
promovendo o estudo das questões da alteridade e a análise de situações históricas de
reconhecimento e valorização da diversidade, responsáveis pela construção das
identidades individual e coletiva;
j. Trabalhar a pluralidade e diversidade cultural como princípio educativo do
ensino-aprendizado em sala de aula;
k. Saber diferenciar e problematizar as correntes teórico metodológicas do ponto de vista da
história da historiografia, visando compreender a historicidade da produção do
conhecimento e de seus conceitos e narrativas;
l. Estimular a reflexão sobre a cultura política, relações de poder e as estratégias de
participação dos indivíduos, grupos e movimentos sociais ao longo da história;
m. Analisar características essenciais das relações sociais de trabalho ao longo da história,
reconhecendo os impactos da tecnologia nas transformações dos processos de trabalho,
e estabelecer relações entre trabalho e cidadania;
n. Reconhecer o papel dos vários sujeitos históricos, percebendo e interpretando as
relações/tensões entre suas ações e as determinações que as orientam no processo
histórico;

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HABILIDADES
● Compreender a história como processo contínuo e dinâmico, em sua multiplicidade de
temporalidades históricas próprias, como aprendizado e de inserção dos sujeitos na História no
passado e no presente;
● Contextualizar os atores sociais e políticos nos diferentes espaços socioculturais, enquanto
sujeito da história no presente e no passado, por meios das mudanças, transformações,
continuidades e permanências;
● Reconhecer e trabalhar com as diferentes fontes históricas e linguagens como ferramenta de
apoio e suporte para o processo de ensino-aprendizado no cotidiano de sala de aula; Identificar
e compreender as representações midiáticas e a emergência das novas tecnologias da
informação e da comunicação, como uma ferramenta de apoio didático, de interação e de
educação midiática no processo educacional.
● Conhecer e utilizar recursos tecnológicos relacionados às diferentes mídias e meios de
comunicação (internet, filmes,documentários, entre outros), valorizando-as como um recurso
indispensável para o diálogo com os alunos em sua historicidade.
● Situar a História e seus paradigmas para além da periodização tradicional - dentro das
modalidades temporais (História antiga, medieval, moderna e Contemporânea) e espaciais
(História da África, Oriente, Europa, América e do Brasil) para reconhecer e ensinar a História a
partir de temas: temas transversais ou geradores, como uma nova forma dos estudos históricos;
● Reconhecer a importância da preservação da memória individual e coletiva como reconstrução
de identidades, experiências vividas no passado e direito à cidadania, diferenciando da memória
oficial de camadas privilegiadas em diversas sociedades historicamente situadas;
● Destacar os ritmos cotidianos da vida e o complexo modo de viver e trabalhar dos homens e
mulheres, nos vários espaços no decurso da História das sociedades ao longo do tempo;
Identificar e estudar as dinâmicas da vida social por meio das diferentes formas, relações e as
condições de trabalho e da vida ao longo da história, problematizando as ações dos homens e
mulheres - quem produz? Como se produz e para que se produz?
● Reconhecer e valorizar o patrimônio cultural material e imaterial das sociedades antigas para a
construção do saber histórico; Reconhecer a importância da participação, organização política
institucional e informal das sociedades ao longo da história;
● Compreender e comparar as práticas escravistas, sociedades escravistas, agenciadores e
comércio de escravos, formas de acumulação e relações de dominação na antiguidade e nos
tempos modernos;
● Identificar materiais que permitam observar as principais características das civilizações antigas
quanto à organização da vida material e cultural, relevando questões centrais como o surgimento
e formação do Estado e as formas de sociedade e de religiosidade. Identificar e estudar a Idade
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Média a partir de suas relações de poder, o papel das universidades medievais, as práticas
econômicas e sociais, o renascimento urbano e as experiências religiosas;
● Compreender as tradições, comportamentos, incredulidade, perseguições, manifestações,
práticas, conflitos, tensões, reformas e contrarreformas religiosas na Idade Média, Tempos
Modernos e Contemporâneas; Problematizar no processo de formação dos Estados nacionais as
permanências e descontinuidades que se relacionam ao Renascimento cultural, urbano e
comercial e suas interfaces com a expansão marítimo comercial dos séculos XV e XVI.
● Destacar aspectos das sociedades pré-colombianas da América, caracterizando as diferenças
socioculturais e materiais destas civilizações no momento do contato América-Europa.
● Analisar as relações entre os processos da Revolução Industrial Inglesa e da Revolução
Francesa e seu impacto sobre os empreendimentos coloniais europeus na América, África e
Ásia.
● Identificar e compreender os movimentos imperialistas, totalitárias e antissemitismo como
referência de projetos e prática de poder, que faz do uso do terror instituído um mecanismo para
dominar e subjugar a população no âmbito local, nacional e de toda humanidade em diferentes
momentos da história;
● Estabelecer relações das sociedades muçulmanas árabes com fundamentações políticas e
práticas religiosas, presentes nas tradições culturais de cada país;
● Diferenciar as singularidades do socialismo, do comunismo, do anarquismo e seus
desdobramentos nos Estados nacionais liberais;
● Destacar os processos de unificação do mundo tendo como pilares o mercado mundial, dentro
da lógica capitalista em vistas dos mercados europeus, práticas mercantis, imperialistas e
expansão colonial;
● Compreender a influência das instituições e movimentos político-sociais europeus sobre o
espaço colonial americano, identificando traços responsáveis pelo desenho das sociedades que
se formaram desde o século XIX até os tempos atuais.
● Reconhecer e analisar as principais características e resultados do encontro entre os europeus e
as diferentes civilizações da Ásia, África e América.
● Identificar os grandes impérios globais, a hegemonia dos EUA no cenário internacional, os
processos de guerra e paz, e as perspectivas no cenário político internacional contemporânea;
● Demonstrar a importância de estudos sobre a história da África, identificando características
essenciais do continente em sua organização econômica, social, religiosa e cultural;
● Compreender o contexto das revoluções burguesas, guerra fria, as guerras mundiais, as
revoluções socialistas e os fascismos no processo da formação do mundo atual e os impactos
na política brasileira.

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● Destacar o contexto dos movimentos sociais, as revoluções e os processos de independências


no conjunto dos países latino americanos;
● Destacar o fenômeno da política populista, as experiências das Ditaduras, os movimentos de
resistência e de Direitos humanos no Brasil e no conjunto dos países da América Latina;
● Identificar as formas de trabalho e os modos de vida dos campesinos e as práticas da agricultura
de subsistência, rearticulado no novo contexto dos processos migratórios, mecanização agrícola
e aumento da pobreza;
● Conceber o processo histórico como ação coletiva de diferentes sujeitos reconhecendo os
movimentos sociais rurais e urbanos como formas de resistência política, econômica e cultural
ao modo de produção capitalista em suas várias fases;
● Reconhecer as formas atuais das sociedades como resultado das lutas pelo poder entre as
nações, compreendendo que a formação das instituições sociais é resultado de interações e
conflitos de caráter econômico, político e cultural;
● Identificar os mercados globais, fluxos financeiros, hegemonia cultural, desigualdades
econômicas e sociais; Reconhecer e valorizar a importância da participação política de pessoas
e movimentos populares urbanos e rurais na História brasileira;
● Identificar e compreender os fluxos migratórios no território brasileiro, os processos de
ocupação, uso e apropriação do espaço urbano e rural; Identificar os modos de produção para
abastecimento externo e interno, dinâmica do mercado interno e as formas de trabalho no
interior do espaço colonial brasileiro;
● Reconhecer e valorizar a contribuição dos africanos nas sociedades coloniais, destacando as
culturas, práticas religiosas, trajetórias de vida, relações de dependência e subordinação, lutas e
resistências antes e depois da escravidão na sociedade brasileira;
● Conhecer os conteúdos e princípios das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, para o estudo das
diferentes histórias na perspectiva multicultural das populações indígenas, africanas e seus
descendentes no Brasil.

3. BIBLIOGRAFIA
A) Livros e Artigos
1. AZEVEDO, Cecília e RAMINELLI, Ronaldo. História das Américas: novas perspectivas. Rio de
Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2011.
2. BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo:
Cortez, 2005.
3. BURKE, Peter. Variedades de História Cultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
4. CARDOSO, Ciro Flamarion e VAINFAS, Ronaldo. Novos domínios da História. Rio de Janeiro:
Editora Campus, 2012.
5. CERRI, Luis Fernando. Ensino da História e consciência histórica. Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas, 2011.

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6. FONSECA, Selva G. Didática e Prática de Ensino de História. Campinas: Editora Papirus, 2005.
84 Izilda/Edison
7. FREITAS, Marcos Cezar de. Historiografia brasileira em perspectiva. São Paulo: Editora
Contexto, 2001.
8. FUNARI, Pedro Paulo e PIÑON, Ana. A temática indígena na escola. São Paulo: Editora
Contexto, 2011.
9. FUNARI, Pedro Paulo; FILHO, Glaydson José da e MARTINS, Adilton Luís. História Antiga:
contribuições brasileiras. São Paulo: AnnaBlume, 2009.
10. HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de Aula: visita à História contemporânea. São Paulo:
Editora Selo Negro, 2010.
11. HOURANI, Albert. Uma história dos povos Árabes. São Paulo: Editora Companhia das Letras,
2005.
12. JUNIOR, Hilário Franco. A idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Editora Brasiliense,
1988.
13. MONTEIRO, Ana Maria; GASPARELLO Arlete Medeiros e MAGALHÃES (Orgs.). Ensino de
História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro: Editora Mauad X, 2009
14. PINSKY, Carla Bassanezi e LUCA, Tania Regina de (Orgs.). O historiador e suas fontes. São
Paulo: Contexto, 2009.
15. REIS, José Carlos. As identidades do Brasil: de Varnhagem a FHC. Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas, 2002.
16. RUSEN, Jorn. O livro didático ideal. In: SCHMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel e
MARTINS, Estevão de Rezende. Jorn Rusen. O ensino da História. Curitiba: Editora UFPR,
2011.
17. SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Editora
Companhia das Letras, 1996.
18. SILVIA, Janice Theodoro da. Descobrimentos e colonização. São Paulo: Editora Ática,1998.
19. SOIHET, Rachel; BICALHO, Maria Fernanda Baptista e GOUVÊA, Maria de Fátima Silva (Orgs.).
Culturas políticas. Rio de Janeiro: Editora Mauad/FAPERJ, 2005.

B) Publicações Institucionais
1. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: história.
Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em:\ Acesso em: 02 ago. 2013.
2. BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. História e
geografia, ciências humanas e suas tecnologias: livro do professor – ensino fundamental e
médio. Brasília: MEC/INEP, 2002. Disponível em:\. Acesso em: 18 jul. 2013.
3. BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio:
ciências humanas e suas tecnologias; história. Brasília, MEC/SEB, 2006. Disponível em: \.
Acesso em: 18 jul. 2013.
4. BRASIL. Secretaria de Educação Continuada. Orientações e Ações para Educação das
Relações Étnico-Raciais: educação ético-racial. Brasília. MEC/SECAD, 2006. Disponível em:\.
Acesso em: 18 jul. 2013.
5. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: história. In:
___________________. Currículo do Estado de São Paulo: ciências humanas e suas
tecnologias. São Paulo: SE, 2012. p. 25-27, 28-73. Disponível em:\. Acesso em 18 jul. 2013.

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