Você está na página 1de 28

1

Produção Didático-Pedagógica – Turma 2016


Título: O PAPEL DO PROFESSOR DE CIÊNCIAS NO TRABALHO DE
PREVENÇÃO DAS DST´s (HIV) NA ESCOLA
Autor: Edmea Mariza Lopes
Disciplina/Área: Ciências
Escola de Implementação do Colégio Estadual Olavo Bilac – EFMeN.
Projeto e sua localização:
Município da escola: Peabiru

Núcleo Regional de Educação: Campo Mourão


Professor Orientador: Doutora Marli Aparecida Defani
Instituição de Ensino Superior: UEM
Relação Interdisciplinar:
Resumo: O tema sexualidade ainda é um tabu social,
pois o termo sexualidade trás implícito um
universo onde tudo é relativo, proibido ou
vergonhoso. E a adolescência é a fase onde a
sexualidade aflora com intensidade. Muitos
adolescentes por estarem mal orientados ou por
receberem informações inadequadas, acabam
sendo contaminados por doenças sexualmente
transmissíveis. Assim este trabalho visa sugerir
aos professores diversas atividades e jogos que
auxiliem no trabalho com o aluno para que ele
se conscientize dos riscos que as DST’s trazem
para suas vidas. Esse trabalho será
desenvolvido com professores do Colégio
Estadual Olavo Bilac, na cidade de Peabiru,
Estado do Paraná. Para alcançar os objetivos
propostos, serão desenvolvidas duas pesquisas
de campo e atividades voltadas a atuação do
professor e direcionadas aos alunos.
Palavras-chave: HIV; Professores; jogos; DST’s.
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público: Professores de ciências
2

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED


SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

O PAPEL DO PROFESSOR DE CIENCIAS NO TRABALHO DE PREVENÇÃO DAS


DST’s (HIV) NA ESCOLA

Campo Mourão
2016
3

EDMEA MARIZA LOPES

O PAPEL DO PROFESSOR DE CIENCIAS NO TRABALHO DE PREVENÇÃO DAS


DST’s (HIV) NA ESCOLA

Unidade Didática para implementação do


projeto de intervenção pedagógica
apresentado à Universidade Estadual de
Maringá (UEM) e a Secretaria de Estado
da Educação do Paraná (SEED), sob a
orientação da Professora Doutora Marli
Aparecida Defani.

Campo Mourão
2016
4

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.................................................................................................................... 5
OBJETIVOS .............................................................................................................................. 7
1º MOMENTO........................................................................................................................... 8
2º MOMENTO......................................................................................................................... 11
3º MOMENTO......................................................................................................................... 13
4º MOMENTO......................................................................................................................... 18
5º MOMENTO......................................................................................................................... 19
6º MOMENTO......................................................................................................................... 23
7º MOMENTO......................................................................................................................... 24
8º MOMENTO......................................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 27
5

APRESENTAÇÃO

O conteúdo relacionado a sexualidade e as doenças sexualmente


transmissíveis apesar da importância, é ministrado apenas nas aulas de ciências e
de maneira descontextualizada da realidade, muitas vezes por falta de habilidade do
professor que traz consigo seus próprios tabus, limitando-se aos conteúdos do livro
didático, não tornando esse assunto atrativo e com isso não sendo suficiente para
mudar o cenário de contaminação dos jovens. (GUIMARÃES, 1995)
O professor deve ser capacitado para levar a informação de forma segura e
atrativa, demonstrando segurança e compreensão face as angustias próprias da
adolescência. O tema sexualidade ainda é um tabu social, e precisa ser trabalhado
na escola, possibilitando aos alunos conhecimento e reflexão sobre o assunto, e por
ser marcado por tabus, ainda é um tema que causa ao professor certo
constrangimento. (MOREIRA, VOGEL, REZENDE, 2006)
Discutir sobre sexualidade na escola, em geral, esta a cargo dos professores de
biologia e ciências. Tudo tem ficado na escola, para que ela mude as formas de
comportamentos, mas as mudanças não ocorrem, segundo Maistro; Arruda; Junior
(2009), a escola não consegue que outros grupos sociais participem da ação
educativa.
Os professores não são preparados para trabalharem o tema educação
sexuais, pois os mesmo não conhecem os principais problemas que afetam a
sociedade em geral e os seus alunos em particular. Exige-se muito dos professores,
mas não são fornecidas estratégias metodológicas apropriadas para o seu trabalho
na abordagem do tema, além do mesmo ter recebido uma educação também
fechada sobre o assunto. (MAISTRO; ARRUDA; JUNIOR, 2009)
O professor precisa ser preparado para a sua potencialidade, favorecendo a
criatividade e a sensibilidade na sociedade que está em constante transformação,
além do trabalho com um grupo que esta também em transformação e necessita de
informações para fazer as escolhas adequadas pra sua vida adulta. (MAISTRO;
ARRUDA; JUNIOR, 2009)
É fundamental hoje que o professor seja um educador sexual, sendo este o
profissional com o qual os alunos podem contar para adquirirem mais
conhecimentos e formar uma visão sobre os fatos sociais e sobre os fatos de sua
vida particular. O professor deve estar atento para a importância que ele tem e a
diferença que ele pode fazer na vida dos alunos. (VILELA, 2014)
6

O que se pretende realizar através deste trabalho são atividades sobre a


prevenção de doenças sexualmente transmissíveis através de atividade lúdicas,
promovendo ações educativas preventivas, tentando mudar padrões de conduta,
que vão além das aulas de ciências, favorecendo a mobilização por meio de debates
e campanhas sobre as doenças sexualmente transmissíveis.
O trabalho será desenvolvido com professores do Colégio Estadual Olavo
Bilac, da cidade de Peabiru, estado do Paraná, por meio de pesquisas de campo,
além de apresentar informações atualizadas, por meio de textos e vídeos, que
mostrem a importância de conscientizar os alunos sobre doenças sexualmente
transmissíveis.
De acordo com Moreira; Folmer (2015) a educação sexual na escola deve
possibilitar que o aluno conheça, reflita e discuta sobre questões relacionadas a
sexualidade, provendo uma maior consciência do tema para que os adolescentes
tenham uma vida melhor e façam as escolhas responsáveis sua vida sexual.
Ainda de acordo com esse autor a educação sexual deveria iniciar com a
família e ter continuidade na escola e nos serviços de saúde, mas ainda é possível
perceber a dificuldade dos pais, dos professores e dos profissionais da saúde em
abordar o tema.
7

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL
Orientar a atuação do professor de ciências quanto a sua forma de abordar o
tema sexualidade

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1 - Verificar os conhecimentos dos professores de ciências e a maneira como
transmitem esse tema aos alunos;
2 - Apresentar dados sobre as doenças sexualmente transmissíveis aos professores,
para que estes orientem seus alunos;
3 - Mostrar aos professores a importância de trabalhar a conscientização dos alunos
sobre os sintomas e as conseqüências de algumas doenças sexualmente
transmissíveis;
4 - Orientar os professores na busca de informações diferenciadas sobre as doenças
sexualmente transmissíveis, como textos, imagens, dados estatísticos, entre outros;
5 - Identificar atividade e método de transmissão de conteúdos mais eficazes para a
ministração do conteúdo em sala de aula pelo professor;
6 - Desenvolver ações que contribuam para a aquisição do conteúdo.
8

1º MOMENTO

No primeiro momento será aplicado aos professores um questionário fechado


para verificar o nível de conhecimento dos professores em relação ao tema.

Questionário 1:

Nome (opcional):______________________________________________________
Escola:______________________________________________________________
Disciplina:___________________________________________________________
Sexo:_______________________________________________________________
Idade:______________________________________________________________

01-Na disciplina em que você leciona, assuntos relacionados as DST’s são


trabalhados?
( ) sim ( ) não

02- Você sabe como as DST’s são transmitidas?


( ) sim ( ) não

03- Você sabe qual o melhor método de prevenção das DST’s?


( ) sim ( ) não

04-Quando precisa trabalhar assuntos relacionados as DST’s, você?


( ) não trabalha o assunto e pronto
( ) trabalha, mas não se sente a vontade
( ) o assunto não faz parte da grade curricular das turmas em que leciona

05- Como você trabalha conteúdos relacionadas as DST’s?


( ) não trabalho o assunto
( ) utilizo apenas a teoria
( ) faço uso do livro didático disponível para a turma
( ) verifico o que os alunos sabem e solicito pesquisas para poder ampliar o
conhecimento dos mesmo, além de utilizar os recursos tecnológicos para auxiliar
nas aulas.
9

06- É importante trabalhar o conteúdo DST’s na escola?


( ) sim ( ) não

07- Você acha que o conteúdo DST’s deve ser restrito apenas a disciplinas de
ciências e biologia?
( ) sim ( ) não

Após a aplicação deste questionário, os professores que afirmaram trabalhar


o conteúdo DST’s/AIDS responderão um questionário aberto, para verificar que tipo
de informações e qual metodologia estão sendo utilizada.

Questionário 2:

01- Qual o tipo de metodologia você utiliza em suas aulas?


_________________________________________________________________
02- Como você acha que deve ser abordado o assunto sexualidade nas escolas,
enumere de 1 a 5 lembrando que se você escrever 1 é a forma mais
importante e 5 é a forma menos importante :
( ) palestras, curso ou minicurso
( ) conversa informal com o aluno na sala de aula
( ) vídeos ou jogos educativos
( ) leituras de textos
( ) apresentação de material didático – camisinhas, pílulas, entre outros

03- Cite 5 conteúdos abordados dentro do conteúdo DST’s/AIDS que tenha


trabalhado em sala de aula
a)__________________________________________________________________
b)__________________________________________________________________
c)__________________________________________________________________
d)__________________________________________________________________
e)__________________________________________________________________

04- Para cada item citado na questão anterior, informe qual foi a metodologia
utilizada:
a)__________________________________________________________________
10

b)__________________________________________________________________
c)__________________________________________________________________
d)__________________________________________________________________
e)__________________________________________________________________
11

2º MOMENTO

Neste momento será apresentado um vídeo aos professores e solicitado que


os professores elaborem cinco questões, para debater com os alunos, sobre o tema
do vídeo. Após a elaboração das questões será solicitado que os professores leiam
as perguntas e indiquem a importância destas questões para os alunos.

Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ZgoyILR2FIM

Após a discussão o professor irá realizar a dinâmica Concordo X Discordo1,


que tem o objetivo de identificar os mitos, tabus, crendices e o conhecimento prévio
sobre o tema. O tempo de duração da dinâmica é de 50 minutos.
Para realizar a dinâmica será necessário o quadro-negro com giz ou duas
tarjetas de papel escritas “CONCORDO e DISCORDO”. Os participantes devem se
posicionar em frente ao quadro, para que seja realizada a leitura de várias frases
pausadamente, assim os participantes irão se posicionando ao lado do CONCORDO
e DISCORDO. Depois de lidas as frases, os alunos deverão sentar em circulo, as
frases são lidas novamente e as respostas justificadas, acrescentando as
informações necessárias.

Sugestões de frases para a dinâmica:


1) Pode-se pegar gonorreia em banheiros públicos, usando toalhas e de outras
pessoas.
2) Comer carne de porco e bebidas alcóolicas provocam recidivas de gonorreia.
3) Só deve-se usar preservativo com prostitutas, pois elas são promíscuas.
4) Um funcionário portador do vírus da AIDS deve permanecer trabalhando.
5) Urinar após o ato sexual previne DST.
6) A AIDS é uma doença de homossexuais.
7) O uso de camisinha reduz o risco de pegar DST.
8) Existe mais risco de pegar AIDS na relação sexual anal do que na vaginal e oral.
9) Pode se infectar pelo vírus da AIDS através do beijo na boca e picada de
mosquito.
10) A aposentadoria deve ser oferecida a toda pessoa portadora do vírus da AIDS.

1
Disponível em: www.AIDS.gov.br/sites/default/files/.../atividades_aconselhamento_acolhimento.doc
12

11) O uso de anticoncepcionais evita DST.


12) Durante a gravidez, é pesquisado sífilis em todas as gestantes.
13) Pode-se pegar AIDS socorrendo vítimas de um acidente.
14) Não se pega AIDS indo ao dentista ou freqüentando manicures.
15) Um teste de AIDS (Elisa) negativo significa que a pessoa não está infectada com
o vírus.
16) Todo usuário de droga acabará infectando pelo vírus da AIDS.
17) O teste para o HIV deve ser obrigatório nos exames de admissão de emprego e
nos exames periódicos das empresas.
18) É perigoso visitar um amigo com AIDS.
19) Uma criança infectada pelo vírus da AIDS pode freqüentar a escola.
20) Não existe risco de pegar o vírus da AIDS brincando com seringas usadas.
21) É impossível uma criança pequena ser infectada pelo vírus da AIDS.
22) Já existe vacina que pode trazer a cura da AIDS.
23) Uma pessoa pode estar com vírus da AIDS e não manifestar doenças, estar
sadia.
24) Existe perigo em se utilizar o mesmo banheiro que uma pessoa com AIDS.
25) O vírus da AIDS enfraquece o sistema de defesa, fazendo com que as pessoas
adoeçam com facilidade.
26) Existe perigo em se receber sangue testado para transfusão nos hospitais.
27) A única forma de se saber que uma pessoa está infectada pelo vírus é através
do exame de sangue.
28) Existe risco de se infectar pelo vírus da AIDS através da relação sexual entre
pessoas do mesmo sexo e do sexo oposto.
29) Nunca devemos ter relação sexual sem o uso de preservativo (camisinha).
30) Só devemos compartilhar seringa e droga quando o grupo é conhecido.
31) Podemos beijar, abraçar os nossos amigos, utilizar os mesmos objetos, sem
risco de pegar AIDS.
32) A sigla AIDS significa Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida.
33) Devemos procurar o farmacêutico sempre que tivermos uma doença venérea.
13

3º MOMENTO

Neste momento os professores poderão utilizar dois textos que demostram


que esse tema pode ser debatido de maneira agradável, mostrando a importância de
conscientizar os alunos sobre doenças sexualmente transmissíveis. Também será
disponibilizado o link de duas apresentações de slides que tratam de uma forma
bem divertida o tema, DST’s e a relação homem/mulher através dos tempos.

O que falar sobre DST´s – de um jeito não chato2


Maria Helena Vilella (2013)

“Uma palestra sobre DST´s? Ah, não, assunto chato!”. Você já deve ter ouvido
algum jovem aluno comentar algo assim. Falar sobre doenças sexualmente
Transmissíveis (DST´s) às vezes parece ser cansativo para os jovens. Mas não
precisa ser assim: o assunto é sério, mas descobri que existem jeitos leves para
abordá-lo.
Conto um exemplo real: numa escola do interior de São Paulo, vejam só a
pergunta que uma garota me fez:
- Ouvi dizer que fazer sexo oral enquanto se chupa Halls preto é muito bom
porque dá sensação de refrescância. Por outro lado, também ouvi dizer que não se
pode colocar nada doce nos genitais porque pode provocar candidíase. Isso é
verdade?
Tomei um susto e, para descontrair, perguntei, com um sorriso no rosto:
- Onde você leu sobre isso?
Prontamente, ela me respondeu:
- Na internet.
Para criar um suspense, só vou dar a resposta no fim do texto… Mas… ahá!
Aposto que você ficou curioso! Penso que iniciar o assunto com base nas dúvidas
dos próprios alunos – muitas são anedóticas e até engraçadas – ajuda a criar um
clima de confiança e interesse. Por exemplo: em vez de anunciar uma “palestra
sobre DST´s” que tal divulgar um bate-papo sobre as 10 maiores dúvidas dos
adolescentes sobre riscos no sexo? Melhor ainda se você listasse algumas dessas
dúvidas no material de divulgação!
Vou listar aqui algumas dicas do que é importante falar para a garotada sobre
esse assunto:
- Para começar, é muito importante que os alunos entendam que sexo não causa
nenhuma doença. Sexo sem proteção, esse sim, é arriscado. Explico melhor: fazer
sexo é tão saudável quanto dormir ou se alimentar. Entretanto, assim como a gente
pode ingerir alguma coisa estragada e adoecer, podemos ter um relacionamento
sexual com alguém infectado e adquirirmos uma DST. Isto só ocorre porque, afinal, o
que é uma relação sexual, se não, entre outras coisas, uma troca de secreções e
intenso contato. A gente troca saliva, suor e secreções genitais.

2
Disponível em: http://acervo.novaescola.org.br/blogs/educacao-sexual/2013/11/28/o-que-falar-sobre-
dsts-de-um-jeito-nao-chato/
14

- Explique a cadeia de transmissão das doenças sexualmente transmissíveis para


demonstrar que a relação sexual sem preservativos é o jeito mais arriscado de se
relacionar. Afinal de contas, é um caminho aberto para se adquirir uma DST. Existe
uma dinâmica de domínio público que uso com frequência, antes de falar sobre esse
tema.
- As DST´s podem ser transmitidas por outras vias além do ato sexual, como o
sangue, secreções, ou ainda serem causadas por um desequilíbrio imunológico.
Portanto, mesmo que o jovem não tenha feito sexo antes, existe a possibilidade de
ele possuir alguma doença. Por isso, o uso da camisinha é indispensável mesmo no
caso de casais virgens.
- Conhecer as DST´s, seus sintomas e suas consequências para o organismo, é
fundamental para tomar consciência da importância da prevenção. Já foram
identificadas pelo menos 27 DST´s. Apresente as mais frequentes para os alunos.
- As DST´s podem se instalar tanto nos genitais, que é o mais comum, como
também na região da boca e do ânus. Tudo vai depender da prática sexual utilizada
e do tipo de vírus, bactéria ou fungo transmitido.

Dicas para diminuir a vulnerabilidade em relação às DST´s


• Higiene é fundamental para a prevenção.
• Buscar informações sobre o assunto. Muitas vezes, a pessoa infectada deixa de se
tratar por não saber reconhecer os sinais e sintomas da doença.
• Diante de qualquer suspeita, as garotas devem procurar um ginecologista e os
garotos, um urologista. As principais causas da disseminação dessas doenças são a
dificuldade dos casais de conversar a respeito e a vergonha/medo de procurar um
médico.
• Um alerta: uma pessoa com DST tem uma chance muito maior de contrair o HIV se
tiver relação sexual com alguém soropositivo.

E, por fim, a dica mais importante de todas: usar preservativo – masculino ou


feminino – em todas as relações sexuais. Esta é a forma mais segura de evitar uma
DST. Faça uma sondagem sobre a prática da turma no manuseio do preservativo e
oriente-os a utilizá-lo corretamente.
Antes de me despedir, aí vai a resposta à dúvida da garota, mencionada no
início do post:
- É verdade que Halls ou outro produto adocicado qualquer – como a
camisinha com sabor – não deve ser colocado dentro da vagina. Isso porque é o
fungo Candida albicans que faz parte da flora vaginal, entra em contato com algum
produto que contenha açúcar, como o Halls, pode ocorrer um desequilíbrio na flora
vaginal e provocar a candidíase.

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST)3


Fernanda Aires Guedes Ferreira(2011)

As doenças venéreas, também conhecidas como DST (Doenças Sexualmente


Transmissíveis) são infecções transmitidas através de relações sexuais. Vírus,

3
Disponível em: http://www.omelhordabiologia.com.br/2011/01/aula-sobre-dst-doencas-
sexualmente.html
15

fungos, protozoários e bactérias são os principais agentes causadores destes tipos


de moléstias e são transportados pelo sêmen e por fluídos sexuais. Uma das
principais formas para se evitar tais doenças é o uso correto e frequente de
preservativos.
Estas doenças devem ser tratadas de forma rápida e correta, pois o
desenvolvimento delas no corpo humano podem acarretar sérios problemas de
saúde. Infertilidade, doenças neonatais, câncer anogenital, comprometimento do
aparelho reprodutor e até mesmo a morte.
Segue abaixo uma relação das principais DST´s:

Sífilis
O agente causador da sífilis é uma bactéria conhecida como Treponema
pallidum. No início, a doença ataca as vias urinárias e genitais, podendo, caso não
tratada, espalhar-se para o sistema cardiovascular e nervoso. Gerando uma
infecção generalizada, pode levar o doente a morte. Nas mulheres doentes, o aborto
e o parto prematuro são algumas das consequências.

Gonorreia
Está doença ocorre após o contato com a bactéria conhecida por Neisseria
gonorrheae. Causa uma grave inflamação na uretra e, quando não tratada, pode
espalhar-se pelo sistema genital, vias urinárias, reto e articulações. Se não tratada
corretamente, a doença se desenvolve, podendo levar o doente a outros problemas
como, meningite, problemas cardíacos e artrite.

Clamídia
A bactéria Chlamydia trachomatis é o agente causador da doença. Ela ataca
os canais urinários e sistema genital, causando inflamação nestas áreas. Se não
tratada, pode chegar a uma infecção crônica, gerando a infertilidade no homem. Em
mulheres, as complicações também são graves: infertilidade, dores pélvicas,
formação de abscessos, entre outras complicações.

Tricomona
Esta doença é causada por um protozoário do gênero Trichomonas Donne.
Este protozoário pode instalar-se nos sistemas genital e digestivo. Provoca quadros
inflamatórios na uretra dos homens e no canal vaginal das mulheres. Embora não
acarrete complicações mais sérias em sua fase evolutiva, a doença pode facilitar a
disseminação da infecção por HIV.

Candidíase
Esta doença é uma das causas mais comuns de infecção genital. Os
sintomas são coceira, ardor e corrimento vaginal semelhante à nata do leite. É mais
comum em mulheres, causando inchaço e vermelhidão no órgão sexual feminino. As
lesões podem se espalhar pela virilha. Apesar do mais comum ser a transmissão via
relação sexual, existem outros fatores que colaboram para isso: uso de
anticoncepcionais, antibióticos, obesidade, diabetes melitus, gravidez e uso de
roupas justas. O principal agente da doença é o fungo Candida albicans.

Herpes genital
Causada pelo vírus herpes simplex (tipo 1 ou tipo2). Surgem lesões
dolorosas, de tamanho pequeno, na região genital (mucosa e pele). O período de
incubação do vírus é de, aproximadamente, 25 dias.
16

AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)


A sigla AIDS significa. O vírus da AIDS é conhecido como HIV e encontra-se
no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas
infectadas pelo vírus. Objetos contaminados pelas substâncias citadas, também
podem transmitir o HIV, caso haja contato direto com o sangue de uma pessoa.
Após o contágio, a doença pode demorar até 10 anos para se manifestar. Por
isso, a pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo, mas ainda não ter AIDS. Ao
desenvolver a AIDS, o HIV começa um processo de destruição dos glóbulos brancos
do organismo da pessoa doente. Como esses glóbulos brancos fazem parte
do sistema imunológico ( de defesa ) dos seres humanos, sem eles, o doente fica
desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer e complicar a saúde da
pessoa. A pessoa portadora do vírus HIV, mesmo não tendo desenvolvido a doença,
pode transmiti-la.

Formas de Contágio
A AIDS é transmitida de diversas formas. Como o vírus está presente no
esperma, secreções vaginais, leite materno e no sangue, todas as formas de contato
com estas substâncias podem gerar um contágio. As principais formas detectadas
até hoje são: transfusão de sangue, relações sexuais sem preservativo,
compartilhamento de seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de
sangue. A AIDS também pode ser transmitida da mão para o filho durante a
gestação ou amamentação.

Principais Sintomas da AIDS


Como já dissemos, um portador do vírus da AIDS pode ficar até 10 anos sem
desenvolver a doença e apresentar seus principais sintomas. Isso acontece, pois o
HIV fica "adormecido" e controlado pelo sistema imunológico do indivíduo. Quando o
sistema imunológico começa ser atacado pelo vírus de forma mais intensa,
começam a surgir os primeiros sintomas. Os principais são: febre alta, diarreia
constante, crescimento dos gânglios linfáticos, perda de peso e erupções na pele.
Quando a resistência começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas
começam a aparecer: pneumonia, alguns tipos de câncer, problemas neurológicos,
perda de memória, dificuldades de coordenação motora, sarcoma de Kaposi (tipo de
câncer que causa lesões na pele, intestino e estômago). Caso não tratada de forma
rápida e correta, estas doenças podem levar o soropositivo a morte rapidamente.

Formas de Prevenção
A prevenção é feita evitando-se todas as formas de contágio citadas acima.
Com relação a transmissão via contato sexual, a maneira mais indicada é a
utilização correta de preservativos durante as relações sexuais. Atualmente, existem
dois tipos de preservativos, também conhecidos como camisinhas : a masculina e a
feminina. Outra maneira é a utilização de agulhas e seringas descartáveis em todos
os procedimentos médicos. Instrumentos cortantes, que entram em contato com o
sangue, devem ser esterilizados de forma correta antes do seu uso. Nas transfusões
de sangue, deve haver um rigoroso sistema de testes para detectar a presença do
HIV, para que este não passe de uma pessoa contaminada para uma saudável.

Tratamento
Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a AIDS. O que
temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a
doença. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente,
aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT (
17

zidovudina ) que é um bloqueador de transcriptase reversa. Embora eficientes no


controle do vírus este medicamento provoca efeitos colaterais significativos nos rins,
fígado e sistema imunológico dos pacientes.
Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de
uma vacina contra a AIDS. Porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui
uma capacidade de mutação muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no
desenvolvimento de vacinas.

Link dos slides: http://www.omelhordabiologia.com.br/2011/01/aula-sobre-dst-


doencas-sexualmente.html
18

4º MOMENTO

Após leituras e discussões o tema será aprofundado com a palestra de um


profissional da área da saúde, alertando sobre as DST’s e suas conseqüências para
os adolescentes.
19

5º MOMENTO

Neste momento os professores serão incentivados a pesquisar e motivar os


alunos a buscarem informações sobre as doenças sexualmente transmissíveis,
através de textos, imagens, dados estatísticos, entre outros. Aqui serão
apresentados atividades e métodos diferenciados, como atividades lúdicas, jogos,
brincadeiras, dinâmicas mais eficazes para a transmissão de conteúdos aos alunos
em sala de aula.

Jogo 01
Titulo: Identificando a maneira como se pega AIDS/HIV
Metodologia: O professor irá montar dois painéis na sala como demonstrado abaixo
na figura 01, irá disponibilizar fichas, como mostra a figura 02, para que os alunos
fixem nos painéis como as abaixo, na figura 01, cada ficha terá um valor, por
exemplo, cinco pontos, o grupo que acertar mais maneiras de pegar ou não
AIDS/HIV, vence a competição. Para ser utilizado na escola como material
permanente e que auxilie nesta atividade, foi confeccionado um banner com as
informações de como se pega ou não AIDS/HIV, para o professor utilizar após o jogo
e durante as suas aulas.

Figura 1
20

Figura 2

Jogo 02
Titulo: Quiz AIDS/HIV
Metodologia: O professor colocará sobre a mesa 31 cartões com perguntas sobre
AIDS e HIV, após o aluno ler a pergunta o mesmo irá sobre a outra mesa em que se
encontram as repostas e identificará qual resposta é a correta. Caso erre a resposta
sairá do jogo, caso acerte a resposta o aluno poderá escolher mais uma pergunta
para tentar acertar a resposta, depois passa a vez para outro colega. Ganha quem
permanecer no jogo acertando mais respostas.
21

Jogo 03
Titulo: Corrida da AIDS
Metodologia: O professor escolherá seis alunos para participarem da corrida, três
alunos ficarão no tabuleiro, e três alunos com as placas das respostas de múltipla
escolha, formando três duplas. O professor faz a pergunta e o aluno com a placa
consulta o aluno que está no tabuleiro após consenso sobre a resposta, o aluno
levantará a placa. O professor dará a resposta correta, se a equipe acertou poderá
avançar uma casa no tabuleiro. Vence quem chegar primeiro a linha de chegada.

Jogo 04
Titulo: Conhecendo a AIDS/HIV
Metodologia: Para a realização desta atividade os alunos deverão ter conhecimento
prévio do assunto. Este é um jogo de tabuleiro de perguntas e respostas, onde os
jogadores devem percorrer as casas, cumprindo determinações que algumas casas
espalhadas pelo tabuleiro exigem. O professor irá separar os alunos em duas
equipes que podem ser separados por sexo, números ou letras. Cada equipe
escolhe a cor do carrinho que irá utilizar para competir. O Professor faz a pergunta
para uma das equipes, caso a equipe erre a resposta, permanecerá na casa onde
esta, se acertar avançará duas casas ou seguirá a instrução descrita na casa do
tabuleiro. A equipe que completar todas as casas do tabuleiro será a vencedora.

Jogo 05
Titulo: Corrida do HPV
Metodologia: Jogo de tabuleiro sobre HPV com perguntas e respostas, onde o
professor escolhe seis alunos para participarem da corrida, três alunos ficam no
tabuleiro, e três alunos com as placas das respostas de múltipla escolha, formando
três duplas. O professor faz a pergunta e o aluno com a placa consulta o aluno que
está no tabuleiro, o aluno levantará a placa com a resposta que a equipe julga
correta. O professor dará a resposta correta, se a equipe acertou poderá avançar
uma casa no tabuleiro. Vence quem chegar primeiro a linha de chegada.

Dinâmica:
22

Titulo: Contatos Pessoais4


Objetivo: Facilita a compreensão da transmissão sexual do HIV e das DST’s
Duração: 50 minutos
Material: Sala ampla, folha de papel, caneta e musica alegre e movimentada.
Desenvolvimento: O Facilitador entrega a cada participante uma folha de papel
(conforme modelo), com apenas uma figura já desenhada. Para cada grupo de 10
participantes, desenhar em cada folha apenas uma figura geométrica, sendo:
- 1 triângulo;
- 2 quadrados (um por folha);
- 7 círculos (um por folha).
Então os participantes devem dançar pela sala e conversar com os colegas,
com a finalidade de integração. Em determinado momento, o facilitador solicita aos
participantes que parem e copiem o desenho do colega que estiver mais próximo.
Isso deve ser repetido por quatro vezes. Após o término da atividade, o facilitador
pergunta se os participantes têm idéia do quê significam as figuras. Então o
facilitador discute com o grupo o significado das figuras e o que aconteceu com cada
Participante.
- círculo significa pessoa sadia;
- quadrado significa portador de DST;
- triângulo significa portador de HIV.

Sugestões para reflexão:


- Quantos participantes começaram o jogo com círculos?
- Quantos participantes começaram o jogo com quadrados?
- Quantos participantes começaram o jogo com triângulos?
- Quantos participantes chegaram ao final do jogo sem triângulo na folha?
- O quê significa mais de um triângulo na folha?
- O quê significa mais de um quadrado na folha?
- É possível prever quem é portador de DST/AIDS, levando em conta apenas a
aparência física?
- Você se preocupa com a idéia de contrair DST/AIDS?

4
Disponível em: http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.4.html
23

6º MOMENTO

Após as leituras, o vídeo, apresentação de slides, jogos e dinâmicas chegou a


hora de realizar debates com os professores sobre suas metodologias de trabalho,
para troca de experiências, verificando quais estratégias são as que mais dão
resultado para aprendizagem.
24

7º MOMENTO

Após o debate com os professores, por meio de sorteio cada professor


trabalhará com uma turma a respeito de uma DST, e os resultados serão
apresentados em forma de painel nos corredores do colégio. Os professores
escolherão dois representantes de cada turma para explicar as outras turmas sobre
a doença que pesquisaram e os problemas que a mesma traz para a vida adulta.
25

8º MOMENTO

Para concluir o trabalho, será solicitado que os professores respondam um


novo questionário e ao final apresentem os pontos positivos e negativos do trabalho
com os alunos e o trabalho do professor PDE.

Questionário 03

Nome (opcional):______________________________________________________
Escola:______________________________________________________________
Disciplina:___________________________________________________________
Sexo:_______________________________________________________________
Idade:______________________________________________________________

1- Com a implementação do projeto do professor PDE, você acredita que ficará


mais fácil lecionar conteúdos relacionados as DST’s?
( ) sim ( ) não

2- Você fará uso das metodologias apresentadas aqui em suas aulas


( ) sim ( ) não

3- É importante trabalhar o conteúdo DST’s na escola?


( ) sim ( ) não

4- Você acha que o conteúdo DST’s deve ser restrito apenas a disciplinas de
ciências e biologia?
( ) sim ( ) não

5- Cite pontos positivos da implementação do professor PDE:


a)__________________________________________________________________
b)__________________________________________________________________
c)__________________________________________________________________
d)__________________________________________________________________
e)__________________________________________________________________
26

6- Cite pontos negativos da implementação do professor PDE:


a)__________________________________________________________________
b)__________________________________________________________________
c)__________________________________________________________________
d)__________________________________________________________________
e)__________________________________________________________________

7- Sua opinião sobre o trabalho com as DST’s modificou após esta


implementação?
( ) sim ( ) não

8- Se sim, de que maneira mudou?


_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

9- Se não, onde poderia ser melhorarado?


_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
________________________________________________________________

10- Você se sente mais preparado para falar sobre o tema?


( ) sim ( ) não
27

REFERÊNCIAS

GUIMARÃES, I. Educação Sexual na Escola: mito e realidade. Campinas, SP:


Mercado de Letras, 1995
MAISTRO, V. I. de A.; ARRUDA, S. de M.; JUNIOR, A. L. O papel do professor em
projeto de educação sexual. IIV ENPEC, Florianópolis, 2009. Disponível em:
http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/pdfs/955.pdf
MOREIRA, B. L. da R.; FOLMER, V. Percepções de professores de ciências e
educação física acerca da educação sexual na escola. Experiências em Ensino
de Ciências V.10, No. 3. Universidade Federal do Pampa, Uruguaiana, 2015.
MOREIRA, L. M.; VOGEL, M.; REZENDE, D. B. Prática de Ensino em Química: O
Olhar de Quem Aprende! In: CONGRESSO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA
DE ENSINO (ENDIPE), 13, Recife, 2006. Anais. Recife: ENDIPE, 2006.
VILELA, W. V. Sobre a experiência sexual dos jovens. Cadernos de Saúde
Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 11, p. 2467-2472, 2006.

Você também pode gostar