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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ROSA RITALY MOURA DE OLIVEIRA

PEDAGOGIA HOSPITALAR: A importância para crianças e jovens em


situação de enfermidade

Maceió-AL

2021
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ROSA RITALY MOURA DE OLIVEIRA

PEDAGOGIA HOSPITALAR: A importância para crianças e jovens em


situação de enfermidade

Projeto de Pesquisa apresentado como


requisito parcial de avaliação da Disciplina de
Pesquisa Educacional do curso de
Pedagogia, CEDU-UFAL, ministrado pela
Profª. Marina Rebeca de Oliveira Saraiva.

Maceió-AL
2021
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SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO.......................................................................................................04

2 – JUSTIFICATIVA......................................................................................................06

3 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................07

4 – OBJETIVOS............................................................................................................09

4.1 – GERAL...........................................................................................................09

4.2 – ESPECIFICOS...........................................................................................09

5 – METODOLOGIA.....................................................................................................09

6 – CRONOGRAMA......................................................................................................10

7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................11
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1. INTRODUÇÃO

Pretende-se abordar neste pré projeto sobre a importância da Pedagogia


Hospitalar para aquelas, crianças e adolescentes que por algum motivo de
saúde não pode está em escola regular, trazendo também algumas
implicações acerca disto. A Pedagogia pode atuar em vários âmbitos,
evidenciando que a educação pode se fazer presente em vários espaços não
escolares, e o hospital é um desses, que busca ajudar esse público para que
não se prejudique ou afete o desenvolvimento em seus diferentes aspectos

Tente agora se por um pouco no lugar de uma criança hospitalizada por


um momento, imagine só que está criança tinha uma vida normal como as
demais, era extrovertida e adora ir pra escola, gostava muito da hora do
recreio, pois usava sua imaginação para se aventurar nos brinquedos da
escola e também gostava de brincar de personagens com os seus colegas,
para essa criança cada dia era uma aventura, a escola era um dos lugares
favoritos e o seu lar o seu porto seguro. A partir disto a vida dela (e) mudaria
radicalmente, acometida por uma doença que entra na sua vida sem avisar e
você passa a viver em um hospital, sua vida escolar não acontece mais, sua
vida família também não. Pense agora como essa criança pode estar a partir
dessas situações que acontecem na sua vida de uma hora pra outra, é difícil
para essa criança, o seu emocional é fragilizado e demais fatores psicológicos,
então a partir dessa situação, vemos que essas crianças precisam de apoio,
proteção, zelo, companheirismo e, sobretudo uma educação de qualidade

Por muito tempo as crianças e adolescentes hospitalizados foram


excluídos do sistema de ensino. Pelo fato de estarem internados, eram
considerados incapazes e sem futuro e desta forma não iriam conseguir dar
prosseguimento aos estudos. Vê-se que esses indivíduos além de ser
penalizados pelas doenças, também tinha essa exclusão social educativa, mas
felizmente o avanço para desmistificar isso já acontece, através das leis que
assegura por direito o ensino nessas condições e suas garantias de proteção
social para essas pessoas
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No Brasil, a legislação reconhece através da ECA - Estatuto da Criança


e do Adolescente que se encontra hospitalizado, pela Resolução nº 41 de
Outubro de 1995, no item 9, o “Direito de desfrutar de alguma forma de
recreação, programas de Educação para a Saúde, acompanhamento do
Currículo Escolar durante sua permanência hospitalar”. Sendo assim, é um
direito para qualquer criança ou adolescente em situação de enfermidade á
Educação, onde o profissional se adéqüe a essa realidade e possa desenvolver
métodos de ensino que os ajude significamente

As atividades lúdicas também entra nesse contexto educacional da


criança interna visando proporcionar a estimulação cognitiva que ajuda no
processo de aprendizagem da criança, embora que não esteja vinculada ao
conteúdo curricular da educação formal. Essas atividades além de favorecer o
desenvolvimento da criança, auxilia para o enfrentamento da sua doença,
podendo assim combater a ansiedade, a ociosidade e o estresse advindo pela
hospitalização

[...] para a criança doente o lúdico tem três


funções diferentes: recreativa, terapêutica e
educacional. A primeira refere-se a brincar
como momento de diversão, seria o brincar
livremente; a função terapêutica estaria
relacionada com o desenvolvimento
neuromotor, social e emocional. (NOVAES,
apud CARDOSO 2011, p. 55).
Essa indagação só reafirma a importância de se trabalhar o lúdico com
as crianças internas, levando em consideração cada caso individualmente, e
assim essa prática só trará benéficos e avanços

É comum nos dias atuais encontrar profissionais da educação atuando


em ambientes fora dos muros da escola, no entanto a presença do pedagogo
no ambiente hospitalar ainda é pouco conhecida e acaba deixando as pessoas
confusas e por desconhecer a função desses profissionais. Muitos familiares
dessas crianças que se encontram nessa situação e até mesmo os
profissionais da saúde, vem a questionar sobre "como pode haver educação
para uma criança que se encontra doente? Por que tem um professor no
hospital? Isso é perda de tempo, sabia?”
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É desta forma que vemos o quão desconhecida ainda é a função


importante do pedagogo no hospital, uma profissão tão linda e necessária que
acaba sendo ainda desconhecida pela sociedade em si.

2. JUSTIFICATIVA

A Pesquisa surge a partir das reflexões que me vêem sobre essa área e
que por conseqüência não há tanto reconhecimento assim, a partir das práticas
pedagógicas que se estabelece no ambiente hospitalar, no qual me desperta
um interesse em atuar mediante a minha formação concluída. É por esse meio
que se vê importante o acompanhamento pedagógico de perto para esse
público que não pode estar na escola, por problemas de saúde

Considera que o objetivo de uma escuta


pedagógica em ambiente hospitalar é afirmar
positivamente a experiência da doença ou
hospitalização e não marcá-la como ruptura
com os laços interativos da aprendizagem de
si, do mundo e das relações. Para uma
aproximação dos objetivos propostos,
justificamos que esse estudo servirá como
possibilidade de interlocução entre o hospital
e a escola; o trabalho conjunto entre a saúde
e a educação (CECCIM, 1997).

A partir das leituras e pesquisas, é perceptível que o trabalho do


educador não se prende somente ao educar convencionalmente, ele tem á
função humanizadora e solidária de se colocar no lugar do outro, de procurar
entender o cotidiano da criança que se encontra ali hospitalizada, de poder
transmitir certo conforto e segurança e, sobretudo o de ser o parceiro dessa
criança que se encontra internado. Seria viável e de grande importância um
projeto ou tipo de intervenção com o intuito de conhecer melhor o trabalho
desse pedagogo, pois infelizmente o contato acerca da Pedagogia Hospitalar é
quase nenhuma, as poucas coisas que se sabe no decorrer da formação são
bem rasas e acaba que muitos pedagogos desconhecem essa modalidade de
ensino, que por ser tão necessária se faz importante. Essa apresentação
acerca do papel do pedagogo e a sua importância na vida dessa criança
mostrará qual o olhar que os familiares ou responsáveis dessa criança, que a
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partir das suas limitações, sejam elas físicas ou psicológicas, tem do trabalho
desse profissional que estará ali para ajudar no que for necessária a criança
internada

Desta forma as atividades pedagógicas iram poder proporcionar o bem


estar para a criança e contribuir para a ludicidade que se torna um meio
transdisciplinar de comunicação que favorece para o esquecimento daquele
momento vivido, mesmo que seja só por alguns instantes, e que também possa
contribuir para a construção do conhecimento deste novo espaço de ensino,
desmistificando o pensamento de ambiente hospitalar, trazendo confiança e
carinho

“A escola na contemporaneidade tem o


compromisso de estar onde a criança
está... Se a criança não estivesse no
hospital, onde ela estaria? Certamente
na escola!” (RAMOS, Unirio 2007).

A criança não tem culpa da situação que se encontra, ela não poder
freqüentar a escola regular pode ser visto como desculpa, mais a partir do
momento que o aluno começa a faltar de uma hora pra outra, e não se tem
notícias acerca disso, é preciso investigar para saber o que houve não se pode
afirmar algo sem ter certeza

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste tópico se encontra a fundamentação teórica que trata de questões


sobre o surgimento da Pedagogia Hospitalar e as Classes Hospitalares, as
respectivas Bases Legais que assegura esse método de educação

De acordo com Matos e Muggiati, a pedagogia


hospitalar teve sua gênese ligada a uma forma
alternativa de atendimento, que teve inicio no séc.
XVIII, com o nome de Medicina Social, em países
de primeiro mundo, imbuídos de sentimento
humanitário, e posteriormente avançou para o
mundo difundindo a idéia humanística do
pensamento social e atendimento singular ao
paciente, numa dinâmica de medicina comunitária,
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que fez imanente a necessidade de inter-relação de


educação e pediatria, dando atenção diferenciada a
crianças e adolescentes, oportunizando atividades
de estudo, brincadeira, participação sorriso e
interação, subsídios salutares da recuperação e
manutenção da saúde como forma de bem estar
social. (MATOS e MUGGIATI, 2001).

É desta forma, que a prática pedagógica no ambiente hospitalar valoriza


os indivíduos e reconhece suas necessidades especificas, oferecendo um
atendimento que seja direcionado e de forma elaborada, com base nos
princípios de dar uma atenção integralizada

A classe hospitalar se faz presente como forma de acompanhar


didaticamente a pessoa hospitalizada, evitando que ocorra atraso no ensino
regular do educando ou um atraso no seu desenvolvimento por conta da sua
internação. A Pedagogia Hospitalar se destina ao conjunto de ações
pedagógicas que tendem a beneficiar o aprendizado do aluno, ou seja, se
complementam

Este modelo educacional defende a idéia de que


o conhecimento deve contribuir para o bem estar
físico psíquico e emocional da criança enferma,
enfocando mais os aspectos emocionais que os
cognitivos. Essa modalidade busca uma ação
diferenciada do professor no hospital e apesar
de trazer uma perspectiva transformadora
intrínseca na sua atuação, é de difícil realização
e pode ser banalizada (SCHILKE, 2008 p. 17)

Na legislação brasileira o termo Pedagogia Hospitalar não se encontra, o


que se acha é o termo Classe Hospitalar, mas segundo Fontes (2005, p. 121) e
Schilke (2008, p. 17) o termo Classe Hospitalar é bem delimitado em torno do
contexto de Educação Especial, porque não se abrange todos os projetos
existentes em um Hospital, onde se torna mais conveniente para a Pedagogia
Hospitalar.

Partindo agora para as Bases Legais, devemos reconhecer e saber


sobre elas que faz parte da nossa vida. A educação e a saúde são duas coisas
muito importantes para o ser humano, que busca tanto o desenvolvimento de
um ser critico e social no mundo, os profissionais da educação devem estar por
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dentro das leis, para poder passar para seus alunos e deixá-los ciente acerca
dos seus direitos na sociedade

A lei 8.069/90 que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente,


no artigo 3º afirma que:

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de


todos os direitos fundamentais inerentes á
pessoa humana, sem prejuízo da proteção
integral de que trata esta Lei, assegurando-lhes,
por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes
facultar o desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social, em condições de liberdade e
de dignidade. (BRASIL, ECA 1990, Art. 3º)

A lei funciona pra isso, e o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA


vem para tornar legitimo o que é de direito para as crianças e adolescentes do
mundo, garantindo os direitos essenciais que é a educação e a saúde

4. OBJETIVOS

4.1 Geral

 Compreender o papel do pedagogo em ambiente não escolar, e sua


importância ao atuar na Pedagogia Hospitalar

4.2 Especifico

 Identificar quais são os desafios enfrentados pelos pedagogos que


atuam em hospitais e as metas que almejam alcançar
 Reconhecer a vivência escolar que alunos/pacientes adquirem ao
estudar, interagir ou brincar em um ambiente hospitalar adaptado
pedagogicamente

5. METODOLOGIA
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De princípio será realizado um planejamento buscando alcançar


objetivos concretos ao assunto proposto. Segundo P. Ramos e M. Ramos
(2008, p. 11) “[...] planejamento é compreendido como um instrumento de
intervenção na pesquisa. É preciso perceber que a pesquisa não ocorre
espontaneamente, mas o que transforma ela são as ações.”

Para embasar e validar o tema em questão nessa pesquisa pretendi


fazer uma pesquisa exploratória se, baseando-se em uma abordagem
qualitativa de pesquisa, que tem como objetivo, fazer análise, discussão e o
levantamento dos dados sobre o referido tema em questão, selecionar os
assuntos necessários, buscando uma fundamentação mais teórica sobre o
tema. Autores fundamentais para a pesquisa são, Matos, Muggiati (2006),
Ceccim (1997), Schilke (2008) e Fonseca (1996)

Esta pesquisa de natureza básica permite socializar com o leitor as


idéias, argumentos e referencias que expressam à vasta e grandiosa dimensão
da Pedagogia Hospitalar sobre o contexto da criança internada que requer de
uma atenção especial e um olhar mais atento, muitas vezes em situação
debilitada ou fechada para o mundo. E ainda assim mostrando os desafios e a
realidade que compõe esta área

6. CRONOGRAMA

Mês
Ativ. Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro

Escolha da temática x
e planejamento
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Discussão teórica
em função da x x
determinação dos
objetivos

Revisão teórica x

Produção final do x
texto

Revisão do Projeto X

Entrega final x

7. REFERÊNCIAS

ALICE, Maria. A história da Classe Hospitalar Jesus. Unirio, Rio de Janeiro,


2007.

CARDOSO, Mirelle Ribeiro. Desafios e possibilidades da ludicidade do


atendimento pedagógico hospitalar. Brasília: Universidade de Brasília, 2011.
Dissertação. (Pós graduação em educação). 134 p.

CECCIM, Ricardo Burg, (1997). Criança hospitalizada: a atenção integral


como uma escuta à vida. In: CECCIM, Ricardo Burg.
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CONANDA. Resolução nº 41, de 17 de outubro de 1995. Dispõe sobre os


Direitos da Criança e do Adolescente Hospitalizados. Diário Oficial da União.
Brasília, Seção I, p. 16319-16320, 17/10/95.

Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do


Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13
jul. 1991. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm

LIEBSCHER, P. Quantidade com qualidade? Ensino de métodos


quantitativos e qualitativo. Programa de mestrado em LIS. Tendências da
Biblioteca, ,v. 46, n. 4, 1998, p. 668-680.

MATOS Elizete Lúcia Moreira, MUGIATTI Margarida Maria Teixeira de Freitas:


Pedagogia Hospitalar. Curitiba: Champagnat, 2001.

RAMOS, Paulo.; RAMOS, Magda Maria. Os Caminhos Metodológicos Da


Pesquisa: Da Educação Básica Ao Doutorado. 4. ed. Blumenau: Odorizzi,
2008.

SCHILKE, Ana Lucia T. Representações Sociais Em Espaço Hospitalar.


Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estácio de Sá, Rio de
Janeiro, 2008.
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