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Assistência Neonatal

Felipe Lopes Torres


Laboratório de Procedimentos
Assistência Neonatal

• Definição

• Conjunto de ações e estratégias para a redução da morbimortalidade neonatal


• Lembrar:

• 10% das gestantes podem complicar durante pré-natal, parto e puerpério


• Até 10% dos recém-nascidos podem precisar de intervenções na sala de parto
• 20% dos óbitos neonatais são na primeira semana

PAPEL DO NEONATOLOGISTA
Assistência Neonatal

• Nascimento Seguro

• Identificação evolutiva do risco gestacional materno-fetal e neonatal


• Pontos de atenção ambulatorial e hospitalar, de risco habitual e alto risco
gestacional e ou feto-neonatal, integrados em rede, para assegurar continuidade
e abrangência do cuidado
• Processos assistenciais organizados em ambiente com estrutura e recursos
tecnológicos capazes de responder às demandas clínicas risco-dependentes, das
mulheres e recém-nascidos, nos pontos de atenção ambulatorial e hospitalar

SPB, 2018
Assistência Neonatal

• Nascimento Seguro

• Prontuário clínico eletrônico com registro sistematizado da informação relevante


e essencial para melhores práticas no período neonatal
• Sistemas de apoio: diagnóstico, terapêutico e assistência farmacêutica
• Regulação de leitos obstétricos e neonatais no nível pré-hospitalar para garantia
de assistência ao parto e nascimento na maternidade de referência da gestante
• Sistema de transporte em saúde para gestantes e recém-nascidos com acesso
regulado
• Sistema de informação integrado, para comunicação e monitoramento da
assistência, em rede
SPB, 2018
Assistência Neonatal

• Atendimento do Neonato “Briefing”

• Conhecimento da história materna e análise do trabalho de parto


• Disponibilização de material adequado na sala de parto
• Prestação da assistência propriamente dita
Assistência Neonatal

• História Materna e Análise do Trabalho de Parto

• Anamnese da parturiente
• Dados do cartão de pré-natal
• Fatores de risco
História Materna

• Ficha Pré-natal

• Preenchida na admissão

• Conferência dos dados


Assistência Neonatal

• Disponibilidade de Material Adequado na Sala de parto

• Ambiente adequado
• Material específico para as necessidade do RN
• Testado antes do nascimento
Material da Sala de Parto

• Específico

• Anteriormente testado

• Temperatura
da sala de parto
Assistência Neonatal

• Prestação da Assistência

• Equipe treinada
• Papéis estabelecidos
• Estabelecer a Liderança
• Protocolo
Assistência Neonatal

• Papel do Médico Obstetra/ Enfermeiro Obstetra

• Recebimento do recém-nascido
• Avaliação inicial da vitalidade neonatal
• Considerar:

• Idade Gestacional (34 semanas)


• Choro ou esboço de choro
• Tônus adequado
Assistência Neonatal

• RN ≥ 34 semanas

• Choro/esboço adequado
BOA
• Tônus adequado
VITALIDADE

• Contato pele a pele – abdome materno

• Aspecto do líquido NÃO IMPORTA


RN ≥ 34 semanas (Boa Vitalidade)

Atendimento Inicial
Aquecimento
Posicionamento no abdome da mãe
Permeabilidade das vias aéreas
Cuidados com cordão umbilical
Testagem sanguínea – C.S. e VDRL
Profilaxia ocular
Administração de Vitamina K
Exame geral, avaliar malformações grosseiras
Identificação e amamentação precoce (salvo contraindicações)
Assistência Neonatal

• Aquecimento

• Aquecer o RN – evitar campos úmidos


• Secar face e cabeça

• Posicionamento no abdome da mãe

• Manter temperatura
• Melhora o vínculo
Assistência Neonatal

• Permeabilidade das vias aéreas

• Retirar o excesso de secreções


• Aspirar só se necessário

• Cuidados com o Cordão

• Clampeamento oportuno
• 1 a 3 minutos (SBP) / 1 a 5 minutos (BRASIL)
Assistência Neonatal

• Testagem Sanguínea (sangue do cordão)

• Classificação sanguínea – Isoimunização RN


• VDRL – testagem de sífilis congênita

• Profilaxia Ocular / Vitamina K

• Eritromicina 0,5% ou Tetraciclina a 1%


• Nitrato de prata se ausência de outras opções
• Vitamina K – subcutâneo/intramuscular
Assistência Neonatal

• Exame Físico

• Procurando alterações ameaçadoras à vida


• Alterações sindrômicas e malformações grosseiras

• Identificação e Amamentação Precoce

• Identificação do RN (pulseira braço e coxa)


• Amamentação na primeira hora de vida
Assistência Neonatal

• Índice de Apgar

• 1º minuto

• 5º minuto
Assistência Neonatal

• RN ≥ 34 semanas

• Choro/esboço inadequado E/OU


VITALIDADE
• Tônus inadequado COMPROMETIDA

• Clampeamento imediato do cordão


• Estímulo tátil + aquecer com campos
• Levar imediatamente à mesa de reanimação
• Cabeça voltada para o examinador
RN ≥ 34 semanas (Comprometido)

Estabilização - Reanimação
Manter Normotermia
Permeabilidade das vias aéreas
RN com Líquido Amniótico Meconial
Frequência Cardíaca Neonatal
Frequência Respiratória
Saturação de Oxigênio
Necessidade de reanimação cardiopulmonar
Realizar profilaxias
Exame geral, avaliar malformações grosseiras
Assistência Neonatal

• Manter Normotermia

• Secar cabeça, usar touca, desprezar compressas úmidas


• Calor radiante – Temperatura ideal 36,5 – 37,5 graus

• Permeabilidade das vias aéreas

• Leve extensão para assegurar vias aéreas pérvias


• Aspirar só se necessário
Assistência Neonatal

• RN com Líquido Amniótico Meconial

• Se RN respirando – manter VA pérvia


• Se irregular ou apnéia – VPP

• Frequência Cardíaca Neonatal

• Principal determinante da reanimação


• Deve ser rapidamente avaliada
Assistência Neonatal

• Frequência Cardíaca Neonatal

• Determina decisões
• Vários Métodos (palpação, oximetria, ausculta, monitor)
• Subestimar a FC real nos primeiros minutos
• Monitor cardíaco – mais acurado
• Valores adequados – acima de 100 bpm
• Abaixo de 100 bpm – bradicardia
Assistência Neonatal

• Frequência Respiratória Neonatal

• Regular para manter FC > 100 bpm


• Apneia ou irregular - comprometida

• Saturação de oxigênio

• Determinantes para decisões


• Depende dos minutos do nascimento
Avaliação na Prática
Seguimento à
Frequência Cardíaca assistência - contato
pele a pele
FC ≥ 100 bpm
Abaixo de 100 bpm FR regular
FR inadequada

Iniciar VPP (até 60 s)


Manter – 40 a 60
Monitorização: movimentos por minuto
FC, cardioscopia, aperta, solta, solta
SatO2

Reavaliação
(30 segundos)

Abaixo de 100 bpm


SatO2 inadequada FC < 100 bpm
SatO2 inadequada
Corrigir técnica Máscara laríngea
Aumentar oferta do O2 Cânula traqueal
Assistência Neonatal

• Ventilação com Pressão Positiva (VPP)

• Mais importante e efetivo na reanimação do RN ao nascimento


• Iniciar antes de 60 segundos “Minuto de ouro”
• Equipamentos
• Balão auto inflável
• Ventilador mecânico com peça T
• Interfaces
• Máscara facial
• Máscara laríngea / Cânula traqueal
Ventilação com Pressão Positiva
Assistência Neonatal

• Ventilação com Pressão Positiva (VPP)

• Cânula traqueal
Assistência Neonatal

• Reanimação Cardiopulmonar (RCP)

• Indicada com FC < 60 bpm


• Técnica:

• Dois polegares
• Dois dedos
• Relação 3:1 (massagem/ventilação)
Assistência Neonatal

• Reanimação Cardiopulmonar (RCP)

• Indicada com FC < 60 bpm


• Técnica:

• Adrenalina
• Via endovenosa (veia umbilical)/ traqueal
• Dose: 0,01 mg/kg (traqueal)
0,02 mg/kg (endovenoso)
Reanimação Cardiopulmonar (RCP)
Índice de Apgar Ampliado

• Avaliar

• 1º minuto

• 5º minuto

• A Cada 5 min até 20 min


(se Apgar menor que 7)
Índice de Apgar Ampliado

• Prognóstico

Apgar
• 1º minuto 8 – 10 Sem hipóxia
5–7 Hipóxia leve
• 5º minuto
3–4 Hipóxia moderada
0–2 Hipóxia grave
Bibliografia recomendada

• Marcondes et al. Pediatria Básica. 9 ed, 2003, Volume 1, pág. 316-320.


• Neonatal Resuscitation. PDF de Atualização AHA 2020 via whattsapp.
• Reanimação do recém-nascido ≥ 34 semanas em sala de parto:
Diretrizes 2022 da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Vamos para a prática?

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