Você está na página 1de 74

Escola de Enfermagem Menino Jesus

Curso Técnico de Enfermagem

INTRODUÇÃO À
SEMIOTECNICA
Prof. Enf. Flávio Medeiros
Semiotécnica
É um campo de estudo onde estão inseridas
as mais diversas técnicas realizada pelo enfermeiro,
técnico de enfermagem e auxiliar de enfermagem.
Procedimentos como: realização de curativos,
sondagens vesical e gástrica, preparo dos mais
diversos tipos de cama, aspiração entre outras. A
fundamentação científica na aplicação de cada técnica
é muito importante, inclusive para noções de controle
de infecções.
Hospital
É a instituição destinada a internar,para
diagnóstico e tratamento de pessoas que necessitam
de assistência médica diária e cuidados constante de
enfermagem.
A origem do termo

• Vem do latim Hospitale – lugar de abrigo para


enfermos,viajantes e peregrinos.
• Palavra inglesa Host – HÒSPEDE -abriga,
hospede e distrair.
• Segundo a organização mundial de saúde (OMS): “O
hospital é um elemento de uma organização de caráter
médica e social,cuja função consiste em assegurar
assistência médica completa, curativa e preventiva à
população e cujos serviços externos se irradiam até a
célula familiar considerada em seu meio; é um centro de
pesquisa biossocial”
Função do Hospital

• Restauração

• Prevenção

• Educação

• Pesquisa
• Restauração = Proporcionar assistência aos paciente
visando sua recuperação mediata
• Diagnóstico e tratamento (curativo e paliativa)
• Readaptação física,mental e social dos paciente.
• Assistência a casos de urgência.
• Preventiva – Colaboração nos programa de saúde pública
e educação sanitária.
• CD
• Controle das doenças transmissíveis;
• Prevenção da invalidez física e mental
• Educativa – Participação ativa na formação e capacitação,
treinamento e aprendizagem dos profissionais da área
de saúde .
• Pesquisas – Promoção do desenvolvimento de
conhecimentos relacionados aos aspecto físico,
psicológicos e sociais de saúde e das doenças.
• Práticas hospitalares,técnicas e adminstrativas.
LIMPEZA HOSPITALAR
Limpeza hospitalar é o processo de remoção de
sujidades de superfícies do ambiente, materiais e
equipamentos, mediante a aplicação e ação de
produtos químicos, ação física ou combinação de
processos.

Ao limpar superfícies de serviços de saúde,


pretende-se proporcionar aos usuários um ambiente
com a menor carga de contaminação possível,
contribuindo na redução da possibilidade de
transmissão de patógenos oriundos de fontes
inanimadas, através das boas práticas em higiene e
limpeza hospitalar.
A limpeza da unidade
do paciente, antes exclusiva
da enfermagem, já vem
sendo realizada em muitas
instituições por
funcionários do serviço de
Higiene que por sua vez,
encontram-se interligados
diretamente ao serviço de
Hotelaria Hospitalar.
TIPOS DE LIMPEZA

Limpeza diária ou concorrente;

Limpeza Terminal.
Limpeza diária ou concorrente:

É o processo de limpeza realizado diariamente em


diferentes dependências: unidade do paciente, piso de
quartos e enfermarias, corredores, saguões, instalações
sanitárias, áreas administrativas etc.
Limpeza Terminal:

É o processo de limpeza que ocorre em todas as


superfícies horizontais e verticais de diferentes
dependências, incluindo parede, vidros, portas, pisos
etc. No piso, a limpeza é mais completa quando
comparada à concorrente, sendo realizada através de
máquina.
A periodicidade depende da área onde a limpeza é
realizada, sendo que em quartos e enfermarias, ocorre
após a alta, óbito ou transferência do paciente.

A unidade do paciente é representada por todo o


mobiliário, materiais e equipamentos que estejam
próximos ao paciente e sejam passíveis de toques
freqüentes pelas mãos dos profissionais de saúde e
paciente.
ARRUMAÇÃO DE CAMA

É a forma padronizada de distribuir e ordenar a


roupa hospitalar, visando a proporcionar conforto e
segurança ao paciente, sendo essencial na manutenção
e na recuperação da saúde. Existem três tipos de
arrumação de cama, de acordo com as finalidades:
cama fechada, maca aberta e cama de operado.
Cama fechada:

Realizada após a limpeza terminal, para aguardar a


chegada de um novo paciente.
Cama aberta:

Realizada diariamente durante a permanência do


paciente na unidade, utilizando o mesmo material da
cama fechada. Existem duas situações de arrumação de
cama aberta: sem paciente e com paciente acamado.
Cama de operado:

Preparada para receber pacientes submetidos a


cirurgias. Para arrumar a cama de operado deve ser
utilizado o mesmo material da cama fechada,
acrescentando-se mais um lençol.
Material utilizado:

1 lençol de baixo;
1 impermeável;
1 lençol móvel;
1 lençol de cima;
1 cobertor;
1 colcha;
1fronha;
1 ramper.

TOTAL: 07 lençóis.
Normas básicas:

O leito deve ser trocado quantas vezes forem


necessárias durante o plantão.
O leito deve ser preparado de acordo com a sua
finalidade.
Abrir portas e janelas antes de iniciar o trabalho.
Utilizar lençóis limpos, secos e sem pregas.
Caso os lençóis sejam reutilizados pelo cliente, não
deixar migalhas, fios de cabelos.
Observar o estado de conservação dos colchões e
travesseiros.
Não sacudir as roupas de cama.
Não arrastar as roupas de cama pelo chão.
CUIDADOS COM A HIGIENE DO
PACIENTE
Os cuidados básico de higiene são fundamental
para a promoção da saúde. A manutenção da higiene
e necessário para o bem-estar, a segurança e a de
conforto do individuo.

Essas práticas de higiene englobam: lavagem das


mãos, higiene oral, o banho total ou parcial, os
cuidados com os cabelos e, eventualmente, com outras
partes do corpo, quando necessário.
> Higiene Corporal
O pessoal da enfermagem deve procurar manter seus
pacientes limpos e livres de maus odores, incentivando-
os para que participem o mais ativamente possível de
sua higiene. Essas medidas tem como finalidade:
promover conforto e bem-estar, manter a higiene,
preservar a saúde, melhorar a auto-estima do paciente
e evitar infecções.
> Higiene Ocular
Consiste na remoção de secreções nas pálpebras do
paciente, obtidas por processos infecciosos. Este
procedimento dar-se pela utilização de gazes
embebecidas em solução fisiológica.
> Higiene Oral
A higiene oral consiste na remoção de resíduos
alimentares e de outras matérias orgânicas (incluindo
micro-organismos) da cavidade bucal,a fim de
proporcionar bem-estar ao paciente e evitar cáries. A
limpeza deve ser feita nas paredes da bochechas, nos
dentes, nas gengivas, na língua e nos lábios.
> Higiene dos cabelos e do
couro cabeludo
Consiste na lavagem dos cabelos e do couro cabeludo
visando a estimular a circulação sanguínea da região, a
remoção de células mortas e a oleosidade,
conseqüentemente proporcionando bem-estar ao
paciente.
> Higiene Íntima

Higiene íntima feminina:


◦ É a lavagem externa da vagina e do períneo.

Higiene íntima masculina:


◦ É a lavagem do meato urinário, da glande, do
prepúcio, do corpo do pênis, dos pelos pubianos e
dos testículos.
Material:

◦ Jarro com agua morna;


◦ Algodão ou gazes;
◦ Sabonete líquido ou soluções
medicamentosas;
◦ Saco plástico;
◦ Luvas de procedimento;
◦ Comadre;
◦ Toalha;
◦ Comadre;
◦ Papagaio;
◦ Toalha;
◦ impermeável;
◦ Biombo
BANHO

O banho proporciona bem-estar, estimula a circulação,


remove odores, abre os poros e é uma boa
oportunidade para observação do estado da pele e para
a verificação de anormalidades, como úlceras por
pressão, erupções e edema.
> Existem os seguintes
tipos de banho

• Aspersão – banho no chuveiro

• Imersão - banho do bebê

• Banho no leito
As
pe
rsã
o–
ba
n ho
no
ch
uv
ei r
o
Imersão banho do bebê
Imersão banho do bebê
Banho no leito
> Banho de aspersão

Conhecida como banho de chuveiro, deve-se sempre


ser estimulada pela equipe de enfermagem, com
intuito de promover o auto-cuidado.

Há duas maneiras de o paciente dirigir-se ao chuveiro:


deambulando ou em uma cadeira higiênica.
> Banho no leito

Este banho é um procedimento de enfermagem que


tem por objetivo a remoção de células mortas,
sujidades e micro-organismos da pele, a fim de
estimular a circulação e promover conforto e bem-estar
ao paciente acamado.
Material:

◦ Luvas de procedimentos;
◦ Sabonete;
◦ Material para higiene oral;
◦ Desodorante;
◦ Jarros com agua morna;
◦ Creme hidratante;
◦ Bacia;
◦ Pente ou escova de cabelo;
◦ Balde;
◦ Comadre;
◦ Panos de banho;
◦ Papel toalha;
◦ Tolhas;
◦ Hamper;
◦ Roupa de cama e do paciente;
◦ Biombo.
USO DA COMADRE E PAPAGAIO
A necessidade de eliminação é um aspecto importante a
ser observado e assumido pela enfermagem, pois os
hábitos de eliminação intestinal e vesical devem estar em
condições de normalidade em todos os paciente. Entretanto,
para o paciente acamado, depender de outra pessoa para
realizar essa necessidade traz um desconforto muito
grande.

Sendo assim, a enfermagem deve atender as


necessidades de eliminação do paciente por meio de uma
aproximação gentil e compreensiva, evitando o
constrangimento, tranquilizando-o, orientando-o e
ajudando-o.
Atender à necessidade de
eliminação de fezes e urina,
Atender à necessidade de
tanto de mulheres como de
eliminação urinário nos
homens, facilitar os cuidados
pacientes do sexo
de higiene dos órgãos genitais
masculino
femininos e masculinos;
coletar materiais para exames.

Papagai
Comadr
o
e
> Colocação e retirada de comadre
e papagaio
Material necessário:

◦ Luvas de procedimento;
◦ Sabonete;
◦ Comadre ou papagaio;
◦ Bacia;
◦ Biombo;
◦ Papel higiênico;
◦ Jarro com agua morna;
◦ Folha de papel absorvente.
É importante saber..
Mantenha a privacidade do paciente, não o expondo
desnecessariamente, se possível, o procedimento deve
ser realizado por profissional do mesmo sexo;
Avalie as condições do paciente para posicioná-lo
melhor;
Aqueça a comadre ou o papagaio em agua quente,
enxugue com um pano ou forre a antes de colocá-la no
paciente;
Em pacientes debilitados (caquéticos), deve-se
acolchoar bem a comadre para evitar lesões na pele.
MEDIDAS DE CONFORTO E
SEGURANÇA DO PACIENTE

O conforto e a segurança constituem-se também em


necessidades básicas do ser humano e podem manifestar-
se pela necessidade de proteção diante de perigos físicos,
ameaças psicológicas e dor.
A massagem é o melhor meio de
promover o conforto do paciente, através da
manipulação sistemática dos tecidos do corpo,
geralmente na região dorsal, propiciando um
relaxamento muscular e prevenindo a úlcera
por pressão.
É importante saber..

Observe com atenção as condições da pele nas regiões


escapular, ilíaca e sacrococcígea;
Antes de prosseguir, comunicar se houver eritema e/ou
edema;
Executar movimentos contínuos, longos e circulares e
exercer pressão firme nos deslizamentos pesados e
suave nos deslizamentos leves.
ÚLCERA POR PRESSÃO

Úlcera por pressão são áreas de tecido necrótico,


causadas por uma interferência na circulação da parte
pressionada.

A causa direta é a compressão da área corporal sobre a


superfície do colchão, cadeira, aparelho de gesso etc.,
que pode reduzir o fluxo sanguíneo, prejudicando a
nutrição e a oxigenação da área.
> Sinais da úlcera por
pressão
A úlcera inicia-se por uma vermelhidão local, que
evolui para inchaço com rubor e calor, adquirindo
coloração arroxeada e formando, posteriormente
uma ulceração.

As áreas de maior incidência são as que apresentam


saliências ósseas, onde não há um suprimento
abundante de sangue para nutrir as partes, e aquelas
em que a camada de tecido subcutâneo esta muito
fina e, conseqüentemente, a pele fica sem a devida
proteção.
Locais de maior vulnerabilidade:
◦ Cóccix;
◦ Quadris;
◦ Joelhos;
◦ Tornozelos;
◦ Nuca;
◦ Orelhas;
◦ Calcâneo.
> Fatores que contribuem para
a formação das úlceras de
pressão
Emagrecimento;
Desnutrição;
Anemia;
Paralisia;
Idade avançada;
Falta de limpeza;
Obesidade;
Distúrbios circulatórios;
Edema;
Desidratação;
Imobilização de paciente;
Uso de gesso.
Para aplicar as medidas de
prevenção de úlceras de decúbito,
devem ser utilizados recursos
materiais como: travesseiros, rodas
de borracha, coxins e colchão de
água.
É importante saber..

É necessária uma vigilância constante quanto a


alterações na pele e a identificação de pacientes de alto
risco;

No caso de ulceras por pressão já instaladas seguir


rigorosamente as orientações médicas ou do
enfermeiro em relação as condutas terapêuticas.
MOVIMENTAÇÃO E MUDANÇA
DE DECÚBITO

É o processo de movimentar e mudar o decúbito do


paciente com limitações físicas, para descompressão
de área sob proeminências ósseas, prevenção de fadiga,
manutenção do tônus muscular e prevenção de
complicações pulmonares.
Tem como finalidades:
◦ prevenir contraturas musculares e deformidades;
◦ estimular a circulação, ajudando a prevenir
tromboflebites, ulceras por pressão e edema de
extremidades;
◦ promover a expansão pulmonar e a drenagem de
exsudatos respiratórios, prevenindo complicações;
◦ aliviar a pressão sobre uma área corporal;
◦ prevenir a fadiga.
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
HOSPITALARES

A enfermagem, em suas atividades diárias, tem a


responsabilidade de zelar pela segurança do meio
ambiente e do indivíduo internado em uma instituição
de saúde.
Fatores relacionados ao paciente;

Fatores relacionados ao ambiente;

Fatores relacionados aos materiais e


equipamentos;

Fatores relacionados ao profissional de


enfermagem.
Fatores relacionados ao paciente:
◦ Deficientes físicos, pessoas idosas, crianças, debilitados, pct.
agitados e psiquiátricos.

Fatores relacionados ao ambiente:


◦ Pisos molhados com cera ou sabão, desordem na estrutura,
cadeiras ou macas não travadas, banheiro sem apoio.

Fatores relacionados aos materiais e


equipamentos:
◦ Materiais cortantes, como facas e aparelhos de uso pessoal do
paciente, aparelho elétrico, tubos de oxigênio e outros gases
devem ficar longe de correntes elétricas e fogo, proibido o
fumo.

Fatores relacionados ao profissional de


enfermagem:
◦ Falta de habilidade ou o desconhecimento no manuseio de
equipamentos, uso de sapatos altos predispõe a quedas com
torções, fraturas e outros acidentes.
APLICAÇÕES DE COMPRESSAS
QUENTES E FRIAS
APLICAÇÕES QUENTES

Consistem na aplicação de calor sobre a pele para


provocar vasodilatação com a finalidade de
facilitar os processos supurativos, aliviar a dor,
facilitar a visualização da rede venosa, acelerar a
cicatrização e promover o relaxamento muscular.
> Contraindicações:

Feridas cirúrgicas;

Hemorragias;

Lesões abertas;

Pacientes com fragilidade capilar;


> Tipos:

Calor seco;
◦ Bolsa de água quente, raios infravermelhos,
almofadas elétricas.

Calor úmido.
◦ Compressas quentes, banhos.
Materias para bolsa Materias para a
quente: compressa quente:
Jarro com água quente,
Bolsa de agua quente, capa
plástico, compressas, duas
protetora para a bolsa e
toalhas, impermeável e
toalha .
bacia.
>Cuidados a serem
tomados:
Verifique a indicação, o local e a duração da aplicação;
Verifique a integridade da bolsa;
Coloque a água na bolsa, numa temperatura de 50°,
até completar 1/3 de sua capacidade;
Proteja a bolsa com capa protetora ou toalha;
Renove a água sempre que precisar;
Guarde a bolsa esvaziada e cheia de ar, para evitar o
colamento.
Antes de iniciar as aplicações quentes, sempre
verifique a temperatura do paciente;
Se houver hiperemia na região suspenda o uso;
APLICAÇÕES FRIAS

Consistem na aplicação de frio sobre a pele para


provocar vasoconstricção, a fim de diminuir
hemorragias, temperatura corporal, congestão,
inflamação, aliviar a dor, diminuir edemas nas
luxações e contusões e nas queimaduras
superficiais (1º grau).
> Contraindicações:
Estase circulatória, estados de desnutrição e
pacientes debilitados.

> Tipos:
Frio seco;
◦ Bolsas de gelo.

Frio úmido.
◦ Compressas de água fria.
Materiais para bolsa Materias para a
gelo: compressa fria:
Bolsa de gelo, capa Bacia, toalha, jarro com
protetora para a bolsa e água gelada, roupa de cama
toalha e gelo picado. e compressas.
> Cuidados a serem
tomados:
Verificar a duração e indicação da aplicação da bolsa;
Coloque o gelo picado na bolsa até 1/3 de sua
capacidade;
Remova o gelo quantas vezes forem necessárias até
perfazer o tempo indicado para a aplicação;
A aplicação de compressas frias em pacientes com
hipertemia deve ser feita nas regiões mais
vascularizadas, como axilar, inguinal e frontal;
Observar sinais de isquemia e necrose nas aplicações
frias demoradas.

Você também pode gostar