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ESCOLA TÉCNICA DESTAKE – FUNDAMENTOS I

SAE

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

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TERMINOLOGIA HOSPITALAR

● Matrícula: número do prontuário ou registro

● Internação: É considerada Internação Hospitalar em regime de diária o atendimento que demande o a


ocupação de leito numerado em hospital ou clínica que exija, pelas características e necessidade da
condição do paciente, permanência de 24 horas ou diárias excedentes.
● Leito hospitalar: É a cama numerada e identificada destinada à internação de um paciente dentro de
um hospital, localizada em um quarto ou enfermaria, que se constitui no endereço exclusivo de um
paciente durante sua estadia no hospital e que está vinculada a uma unidade de internação ou serviço.
● Censo hospitalar diário: é a contagem e o registro, a cada dia hospitalar (intervalo entre dois censos),
do número de leitos ocupados e vagos nas unidades de internação e serviços do hospital.
● Óbito hospitalar: É aquele que ocorre após o paciente ter dado entrada no hospital, independente do
fato dos procedimentos administrativos relacionados à internação já terem sido realizados ou não.
● Alta hospitalar: é a finalização do período de internação que ocorre pela melhora do estado do cliente
ou óbito. Outros motivos podem gerar a alta hospitalar, como a alta a pedido pelo paciente ou
responsável (desistência do tratamento), a necessidade de transferência para um hospital
especializado e a evasão hospitalar
● Prontuário médico: O prontuário médico é o conjunto de documentos com informações sobre a
saúde do doente e a assistência prestada a ele”.

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● Transferência do paciente: para outros hospitais é uma prática comum que, geralmente, acontece
para adequar o atendimento prestado ao cliente à infraestrutura necessária e compatível à
complexidade do caso.
● Unidade do cliente: É o conjunto de espaços e móveis destinados a cada cliente.
COMPONENTES: 01 cama com colchão; 01 mesa de cabeceira equipada com material de uso
do cliente; 01 cadeira; 01 campainha; 01 escada; 01 mesa de refeição; 01 ponto de oxigênio.
LIMPEZA DE UNIDADE
É a limpeza realizada na Unidade do Paciente, pode ser: Limpeza concorrente ou Limpeza terminal.

Objetivos:
Promover conforto, segurança e bem estar ao paciente;
Remover Microorganismos;
Evitar infecção cruzada;
Manter a unidade com aspecto limpo e agradável;

Limpeza diária ou concorrente


Entende-se por limpeza concorrente o processo de higienização realizado diariamente em diferentes
dependências do hospital: unidade do paciente, piso de quartos e enfermarias, corredores, saguões,
instalações sanitárias, áreas administrativas entre outras.
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* Limpeza de piso, remoção da poeira do mobiliário, limpeza completa do sanitário; * Limpeza de todo
mobiliário da unidade (bancadas, mesa, cadeira) realizada pela equipe da unidade ou equipe de higienização,
devidamente orientada. Obs.:
*A limpeza das superfícies horizontais deve ser repetida durante o dia, pois há acúmulo de partículas
existentes no ar ou pela movimentação de pessoas;
*A limpeza ou desinfecção concorrente do colchão deve ser feita no período da manhã, durante a higiene do
paciente.

Limpeza Terminal
Entende-se por limpeza terminal a higienização completa (superfícies horizontais e verticais) das
áreas do hospital e, às vezes, a desinfecção para a diminuição da sujidade e redução da população
microbiana. A periodicidade depende da área onde a limpeza é realizada, sendo que em quartos e
enfermarias, ocorre após a alta, transferência, óbitos ou longa permanência do paciente, ou também pode ser
realizada de acordo com uma rotina pré-estabelecida, habitualmente, uma vez por semana ou quando
necessário.
* Consiste no método de limpeza ou desinfecção de mobiliário e material que compõem a unidade do
paciente no hospital. Além da limpeza da unidade outros mobiliários e equipamentos, que têm
contato direto com o paciente, também devem ser limpos sempre que utilizados (cadeira de rodas,
maca e outros). No piso, a limpeza é mais completa quando comparada à concorrente, sendo
realizada através de máquina. A técnica a ser executada requer movimentos firmes, longos e em uma
só direção e seguir os seguintes princípios: Do mais limpo para o mais sujo; Da esquerda para
direita; De cima para baixo e Do distal para proximal.

EXAME CLÍNICO

Condições necessárias para realizar-se um bom exame clínico:

1. Ambiente adequado: iluminação; conforto para o examinador e para o paciente; temperatura


agradável; silêncio; vestimenta adequada do paciente;

2. Respeito e delicadeza durante a realização do exame: só expor o segmento do corpo em exame;


informar o paciente sobre os passos de exame; ao examinar segmentos em que há queixa álgica,
informar o paciente.

Objetivo do exame físico: testar as hipóteses diagnósticas desenvolvidas durante a fase inicial da
coleta de dados - entrevista clínica ou anamnese. Deve-se confirmar, afastar ou descobrir nova
hipótese diagnóstica.

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- Para realizá-lo nos utilizamos de nossos sentidos e às vezes instrumentos auxiliares simples:

● Inspeção (visão, olfato) consiste na avaliação minuciosa e sistemática da superfície externa. Vários
segmentos corporais são observados: aspecto, tamanho, cor, forma e movimento. A inspeção pode
ser estática, observando-se os contornos do paciente parado; ou dinâmica, exigindo ao paciente que faça
alguns movimentos.

● Palpação (tato) “O toque no corpo é o que confirma a existência de dor local”, explica a profissional do
Hospital São Camilo. Na palpação, verifica-se o estado das estruturas externas por pressão: a parte
superficial do corpo com pressão de 1 cm; a parte profunda com pressão de 4 cm. A percussão, variante
da palpação, aplica pequenos golpes no organismo e analisa as vibrações quanto à intensidade, tonalidade
e timbre.

● Percussão (tato e audição) É efetuada com leves pancadas das pontas dos dedos sobre a área do corpo. O
som produzido revela e estado dos órgãos internos

● Ausculta (audição) Para ser realizado, o procedimento exige ambiente livre de ruídos externos –
permitindo, assim, ouvir sons inaudíveis produzidos pelo corpo. A técnica é feita com auxílio de
instrumentos. “É quando se verifica a respiração e os batimentos cardíacos, por exemplo”

TÉCNICAS ASSÉPTICAS.
TERMOS:

Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microorganismos


num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.
Antissepsia: É a destruição de micro-organismos existentes nas camadas superficiais ou profundas da pele,
mediante a aplicação de um agente germicida de baixa causticidade, hipoalergênico e passível de ser
aplicado em tecido vivo.
Degermação: Vem do inglês degermation, ou desinquimação, e significa a diminuição do número de
microorganismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão
Desinfecção: é o processo pelo qual se destroem particularmente os germes patogênicos e/ou se
inativa sua toxina ou se inibe o seu desenvolvimento. Os esporos não são necessariamente destruídos.
Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas
vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos, Toda
esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos.

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Lavagem das mãos

A contaminação das mãos dos profissionais pode ocorrer durante o contato direto com o paciente ou
por meio do contato indireto com produtos e equipamentos no ambiente próximo a este, como bombas de
infusão, barras protetoras das camas e estetoscópio, entre outros.
Uso de água e sabonete

As mãos devem ser higienizadas com água e sabonete nas seguintes situações:
• Quando estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais.
• Ao iniciar e terminar o turno de trabalho. • Antes e após ir ao banheiro.
• Antes e depois das refeições. • Antes de preparar alimentos.
• Antes de preparar e manipular medicamentos..
• Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico.
• Nas situações indicadas para o uso de preparações alcoólicas.

Uso de preparações alcoólicas A higienização das mãos deve ser feita com preparação alcoólica (sob
a forma gel ou líquida com 1%-3% de glicerina) quando estas não estiverem visivelmente sujas, em todas as
situações descritas a seguir:

• Antes de ter contato com o paciente.


• Após ter contato com o paciente.
• Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos.
• Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico.
• Após risco de exposição a fluidos corporais.
• Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente.
• Após ter contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente.
• Antes e após a remoção das luvas.

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CONTENÇÃO DO PACIENTE NO LEITO

Trata‐se de um dispositivo empregado para imobilizar um cliente ou um membro, e que restringe a liberdade
de movimento ou acesso normal ao corpo de uma pessoa.

Objetivo
• Limitar a atividade dos clientes confusos e agressivos
• Evitar ou diminuir os riscos de queda, quando desassistidos.

Tipos de contenção
• As típicas contenções de membros são os cintos e faixas de tecido macio.
• Também são utilizadas ataduras e lençóis

– É importante ressaltar que não se usa ataduras menor que 10 cm, pois podem causar garroteamento no
membro imobilizado

– O local onde a atadura ficará deverá ser protegida com tecido macio, evitando lesões de pele.
Considerações importantes

• Um cliente contido, tentará naturalmente remover a contenção, aumentando o risco de lesão do cliente.
– Formação de úlcera de pressão

– Pneumonia hipostática

– Constipação

– Incontinência urinária e fecal

– Retenção urinária.

A contenção deve satisfazer os seguintes objetivos:

• Reduzir o risco de lesão por queda;

• Evitar interrupção da terapia (tração, infusão, alimentação por sondas, etc)

• Evitar que cliente confuso ou agressivo remova o equipamento de suporte de vida

• Reduzir risco de lesão para outros clientes.

Grades laterais

• Podem ajudar a aumentar a mobilidade e/ou estabilidade do cliente, quando no leito ou quando se move do
leito para a cadeira

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• As grades laterais ajudam a evitar que o cliente inconsciente caia do leito ou maca.

• Quando grades restringem o movimento, podem ser consideradas uma contenção.

Foco da enfermagem

• Com frequencia a enfermagem confunde uma tentativa do cliente de explorar seu ambiente ou de ir
sozinho ao banheiro com a confusão.

• É essencial uma avaliação completa.

• Sempre que grades forem utilizadas, o leito deverá ser mantido em posição mais baixa possível.

Procedimento

-proceder a restrição no leito dos segmentos corporais na seguinte ordem: ombros, pulsos e tornozelos,
quadril e joelhos;

-ombros: lencol em diagonal pelas costas, axilas e ombros, cruzando-as na região cervical;

-tornozelos e pulsos: proteger com algodão ortopédico, com a atadura de crepe fazer movimento circular,
amarrar;

-quadril: colocar um lençol dobrado sobre o quadril e outro sob a região lombar, torcer as pontas, amarrar;

-joelhos: com 02 lençóis. Passar a ponta D sobre o joelho D e sob o E e a ponta do lado E sobre o joelho E e
sob o D.

Observações

-não utilizar ataduras de crepe (faixas) menor do que 10 cm;

-evitar garroteamento dos membros;

-afrouxar a restrição em casos de edema, lesão e palidez;

-retirar a restrição uma vez ao dia (banho);

-proceder limpeza e massagem de conforto no local

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LESÃO POR PRESSÃO – LPP

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LPP - ESTADIAMENTO

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CURATIVOS

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