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A Interferência do Ambiente

Hospitalar na Segurança do
Paciente
Limpeza e Desinfecção de Superfícies
Ambiente em Serviços de Saúde
• A limpeza hospitalar é uma das medidas eficazes de
prevenção controle para romper a cadeia
• epidemiológica das infecções. A disseminação de vírus,
de micobactérias e de diversos fungos se dá
• através do ar, da água e das superfícies inanimadas. A
limpeza e a desinfecção com um desinfetante são
• eficazes em reduzir a infecção cruzada, veiculada pelo
ambiente.
Finalidade do Serviço de
Higienização e Limpeza?
• Tem a finalidade é preparar o ambiente, manter a
ordem, proporcionando maior segurança favorecendo
o bom desempenho das ações a serem desenvolvidas,
melhorando assim, a qualidade dos serviços.
principais finalidades:
• Manter o ambiente limpo;
• Prevenir infecções hospitalares;
• Conservar equipamentos;
• Prevenir acidentes de trabalho.
Classificação das aréas hospitalares:
• 1. Áreas Críticas:
• São aquelas onde há maior reunião de
pacientes graves (baixa resistência), maior
número de procedimentos invasivos e,
portanto, maior número de infecções:
• Centro Cirúrgico;
• Unidade de Tratamento Intensivo (UTI);
• Quartos de isolamento;
• Salas de pequenas cirurgias;
Aréa Crítica
• Unidade de Transplante;
• Berçário;
• Hemodiálise;
• Laboratórios;
• Banco de Sangue;
• Lavanderia (área suja).

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2. Áreas Semicríticas:
• São aquelas onde os pacientes se encontram
internados, mas com risco de transmissão de
infecção menor:
• Enfermarias em geral;
• Ambulatórios;
• Pronto Atendimento;
• Banheiros.

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Áreas não Críticas
• São todas as áreas hospitalares onde não há risco
de transmissão de infecção, não ocupadas por
• pacientes, ou destinadas a exames clínicos:
• Almoxarifado;
• Diretoria;
• Coordenação de Ensino e Pesquisa;
• Departamento de Pessoal;
• Recepções;
• Salas de aula;
• Serviços de apoio: Raios-X, CCIH, Comissão de
Prontuário, etc;
• Setores Administrativos em geral;
Área não Crítica
• Salas de aula;
• Serviços de apoio: Raios-X, CCIH, Comissão de Prontuário, etc;
• Setores Administrativos em geral;
Frequência da Limpeza:
• Em áreas críticas, duas vezes ao dia (ao iniciar os
plantões) e quando necessário;
• Em áreas semicríticas uma vez ao dia e quando
necessário;
• Em áreas não-críticas uma vez ao dia e quando
necessário;
Limpeza e desinfecção –
Porque fazer?
Limpeza e desinfecção de ambiente:
• Independente da área a ser higienizada, é
fundamental que haja remoção mecânica da
sujidade
• ou da matéria orgânica. É importante diferenciar os
termos limpeza e desinfecção, para evitar
• confusões que possam comprometer o processo de
desinfecção.
Limpeza/lavagem:
• é a remoção de sujidade do piso, de paredes, teto,
mobiliários e equipamentos,
• utilizando-se água e detergente. Esse processo é
fundamental para que a desinfecção se processe
• adequadamente. A limpeza mecânica com
detergente elimina 80% dos microrganismos e os
• desinfetantes químicos eliminam cerca de 90% a
95% destes.
Desinfecção:
• É o processo de destruição de microrganismos
patogênicos na forma vegetativa
• existente em superfícies inertes, mediante a
aplicação de agentes químicos ou físicos.
Tipos de Limpeza:
• Limpeza Concorrente: é realizada diariamente, ou
quando necessário, em todas as unidades,
• inclusive na presença de pacientes.
•  Limpeza Terminal: é realizada após alta, óbito ou
transferência do paciente. Tem por finalidade a
• redução da contaminação do ambiente, bem como
a preparação segura e adequada para receber um
• novo paciente.
Tipos de limpeza:
• Desinfecção Concorrente: é realizada após
contaminação com material orgânico (fezes, urina,
• vomito, sangue, secreções, etc.).
•  Desinfecção Terminal: é realizada após limpeza
terminal quando da alta, óbito ou transferência do
• Paciente.
Superfícies - Hospital
As superfícies carreiam um risco mínimo de
transmissão direta de infecção,

mas podem contribuir para a contaminação cruzada


secundária

(ANSI/AAMI, 2006).
Fatores que favorecem a contaminação
Atenção à matéria orgânica!!
Prevenção da transmissão de infecções relacionadas à
assistência à saúde
Superfícies - Hospital
•As áreas dos serviços de saúde são classificadas em
relação ao risco de transmissão de infecções com
base nas atividades realizadas em cada local.

•Essa classificação auxilia em algumas estratégias


contra a transmissão de infecções, além de facilitar a
elaboração de procedimentos para limpeza e
desinfecção de superfícies em serviços de saúde.
ÁREAS CRÍTICAS:
Maior número de pacientes
graves internados.
Ex: UTIs ISOLAMENTOS
CENTRO CIRÚRGICO LABORATÓRIOS
UNIDADE DE BANCO DE SANGUE
QUIMIOTERAPIA HEMODIALISE
UNIDADE DE EMERGÊNCIA
Áreas críticas: são os ambientes onde existe risco aumentado de
transmissão de infecção,onde se realizam procedimentos de
risco, com ou sem pacientes ou onde se encontram pacientes
imunodeprimidos.
ÁREAS SEMI-CRÍTICAS
PACIENTES COM MENOS
RISCO PARA INFECÇÃO
EX: ENFERMARIAS
AMBULATÓRIOS
SETORES DE INTERNAÇÃO
(CLÍNICA MÉDICA..)

são todos os compartimentos ocupados por pacientes com


doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não
infecciosas
ÁREAS NÃO-CRÍTICAS
Ex: ALMOXARIFADO
ESCRITÓRIO
SECRETARIA
ADMINISTRAÇÃO
são todos os demais compartimentos dos estabelecimentos
assistenciais de saúde não ocupados por pacientes e onde não se
realizam procedimentos de risco.
Limpeza e Desinfecção de Superfícies
Superfícies em serviços de saúde compreendem
(BRASIL, 1994; PREFEITURA..., 2006):
•mobiliários, pisos, paredes, divisórias, portas e
maçanetas, tetos, janelas, equipamentos para a
saúde, bancadas, pias, macas, divãs, suporte para
soro, balança, computadores, instalações sanitárias,
grades de aparelho de condicionador de ar,
ventilador, exaustor, luminárias, bebedouro,
aparelho telefônico e outros.
Limpeza e Desinfecção de Superfícies
•Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA, methicillin-
resistant Staphylococcus aureus) e Enterococos resistente à
vancomicina (VRE, vancomycin-resistant enterococci) São capazes
de sobreviver dias ou até semanas nas superfícies de ambientes de
serviços de saúde (BOYCE, 2007).
•Estudos têm demonstrado a presença de microrganismos
multirresistentes aos antimicrobianos em superfícies de leitos e
equipamentos, após limpeza e desinfecção inapropriadas (NOSKIN
et al., 2000; RAY et al., 2002; SAMPLE et al., 2002; DENTON et al.,
2004).
•Ressalta-se, portanto,a importância da elaboração de protocolos
rigorosos de limpeza e desinfecção de superfícies, pelos serviços de
saúde, para o controle desses microrganismos.
PORTANTO..
A higienização das mãos dos profissionais
de saúde e a limpeza e a desinfecção de
superfícies são fundamentais para a prevenção
e redução das infecções relacionadas à assistência
à saúde.

CÓDIGO BRANCO – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS!


Limpeza
A limpeza consiste na remoção das sujidades depositadas nas
superfícies inanimadas utilizando-se meios mecânicos (fricção),
físicos(temperatura) ou químicos (saneantes), em um determinado
período de tempo (BASSO,2004).
Limpeza
•Detergentes possuem efetivo poder de limpeza, principalmente pela
presença do surfactante na sua composição.
MIRAX
SSGRACE
Princípio da Limpeza

surfactants
parte Lipofílica parte Hidrofílica

sujeira

Superfície limpa
Superfície a limpar
Limpeza Concorrente
• É o procedimento de limpeza realizado
diariamente, em todas as unidades dos
estabelecimentos de saúde com a finalidade de
limpar e organizar o ambiente, repor os materiais de
consumo diário;
•Nesse procedimento estão incluídas a limpeza de
todas as superfícies horizontais, de mobiliários e
equipamentos, portas e maçanetas, parapeitos de
janelas, e a limpeza do piso e instalações sanitárias.
Limpeza Concorrente
Quadro 3 – Freqüência de Limpeza Concorrente.
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS FREQUÊNCIA MÌNIMA
Áreas críticas 3x por dia; data e horário preestabelecidos e sempre que
necessário.
Áreas não-críticas 1x por dia; data e horário preestabelecidos e sempre
que necessário.
Áreas semicríticas 2x por dia; data e horário preestabelecidos e sempre
que necessário.
Áreas comuns 1x por dia; data e horário preestabelecidos e sempre que
necessário.
Áreas externas 2x por dia; data e horário preestabelecidos e sempre
que necessário.
Limpeza Terminal
• Trata-se de uma limpeza mais completa, incluindo
todas as superfícies horizontais e verticais, internas e
externas. É realizada na unidade do paciente após
alta hospitalar transferências, óbitos (desocupação
do local) ou nas internações de longa duração
(programada).
•As programadas devem ser realizadas no período
máximo de 15 dias quando em áreas críticas
(YAMAUSHI et al., 2000; PREFEITURA..., 2007). Em
áreas semicríticas e não críticas o período máximo é
de 30 dias.
Desinfecção
• A desinfecção é o processo físico ou químico que destrói todos
os microrganismos patogênicos de objetos inanimados e
superfícies,
com exceção de esporos bacterianos (BRASIL, 1994).
•Tem a finalidade de destruir microrganismos das superfícies de
serviços de saúde, utilizando-se solução desinfetante.
•O Desinfetante é utilizado após a limpeza de uma superfície
que teve contato com matéria orgânica.
•Definem-se como matéria orgânica todas as substâncias que
contenham sangue ou fluidos corporais. São exemplos: fezes,
urina, vômito, escarro e outros.
Desinfetantes
• São mais efetivos do que os detergentes na redução da carga
microbiana do solo (99% de redução x 80%)
Entretanto, poucas horas após a desinfecção a carga microbiana
retorna aos valores pré-tratamento.

Os detergentes e o próprio mop tornam-se intensamente


contaminados durante as ações de limpeza.
Estudo: mop tinha 10 ufc/ml antes da limpeza, chegando a 34 mil
ufc/ml ao final do procedimento, em um único quarto, quando se
emprega detergente.
Ao utilizar um desinfetante, o número de microrganismos
praticamente não se alterou, revelando a não contaminação da
solução e do mop
Escolha do produto
Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 1994):
• A natureza da superfície a ser limpa ou desinfetada
e o seu comportamento perante o produto.
• A possibilidade de corrosão da superfície a ser
limpa.
•Tipo e grau de sujidade e a sua forma de eliminação.
•Tipo e contaminação e a sua forma de eliminação
(microrganismos envolvidos com ou sem matéria
orgânica presente).
•Recursos disponíveis e métodos de limpeza
adotados.
Escolha do produto
•Grau de toxicidade do produto.
•Método de limpeza e desinfecção, tipos de
máquinas e acessórios existentes.
•Concentração de uso preconizado pelo fabricante.
•Segurança na manipulação e uso dos produtos.
•Princípio ou componente ativo.
•Tempo de contato para a ação.
•Concentração necessária para a ação.
•Possibilidade de inativação perante matéria
orgânica.
Escolha do produto
•Estabilidade frente às alterações de luz, umidade,
temperatura de armazenamento e matéria orgânica.
•Temperatura de uso.
•pH.
•Incompatibilidade com agentes que podem afetar a
eficácia ou a estabilidade do produto
como: dureza da água, sabões, detergentes ou
outros produtos saneantes.
Escolha do Produto
A responsabilidade na seleção, escolha e aquisição
dos produtos saneantes deve ser do SCIH,
conjuntamente com o Serviço de Limpeza e
Desinfecção de Superfícies em Serviços de Saúde
ou Hotelaria Hospitalar, assim como do
representante
do Setor de Compras da instituição.

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