Este documento descreve os procedimentos de um Serviço Central de Esterilização em um hospital, incluindo a recolha e transporte de materiais contaminados, descontaminação, inspeção, embalagem, esterilização e armazenamento de materiais esterilizados. Ele estabelece normas para garantir a qualidade e segurança no processamento de dispositivos médicos reutilizáveis.
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Este documento descreve os procedimentos de um Serviço Central de Esterilização em um hospital, incluindo a recolha e transporte de materiais contaminados, descontaminação, inspeção, embalagem, esterilização e armazenamento de materiais esterilizados. Ele estabelece normas para garantir a qualidade e segurança no processamento de dispositivos médicos reutilizáveis.
Esterilizao Cdigo: CHCB.PI..EST.01 Edio: 1 Reviso: 0 Pginas:1 de 12
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Aprovado por: Conselho de Administrao Data: 15/10/2007 Data: 11/12/2007
1. Objectivo o Estabelecer normas para o processamento dos dispositivos mdicos, baseadas em padres de qualidade. o Estabelecer condies de segurana para os profissionais envolvidos no processamento dos dispositivos mdicos. 2. Aplicao Este procedimento aplica-se ao Servio Central de Esterilizao, do Centro Hospitalar Cova da Beira. 3. Referncias Bibliogrficas o Direco Geral da Sade (2001) Manual de Normas e procedimentos para um Servio Central de Esterilizao em Estabelecimentos de sade; Lisboa: Direco Geral de Sade, pag. 88. o Pina, Elaine e Contente, Ftima. (1998) Normas de Qualidade e Prticas recomendadas para Servios de Estilizao. Lisboa. 4. Definies O Servio central de Esterilizao uma unidade funcional de apoio clnico, dotada de autonomia tcnica, de recursos materiais e humanos prprios de forma a realizar centralizadamente, isto , para todos os Servios do estabelecimento de sade em que se
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integra, as actividades inerentes ao processamento dos dispositivos mdicos reutilizveis, quer sejam desinfectados ou esterilizados. Finalidades do servio: Assegurar o processamento dos dispositivos mdicos reutilizveis necessrios prestao de cuidados ao utente, segundo normas que garantam a qualidade tcnica e a optimizao dos recursos; Assegurar a distribuio dos dispositivos mdicos desinfectados ou esterilizados aos servios utilizadores; Promover as aces de formao necessrias correcta circulao, manipulao e tratamento dos dispositivos contaminados; Colaborar com a Comisso de Controlo da Infeco na preveno e controlo de Infeces Nosocomiais; Funes do servio: Recolha e transporte de dispositivos mdicos contaminados nas unidades; Lavagem, desinfeco e inspeco de dispositivos mdicos reutilizveis; Preparao e embalagem de txteis e dispositivos mdicos; Esterilizao por vapor saturado e xido de etileno; Armazenamento de materiais processados no Servio central Esterilizao; Superviso dos servios utilizadores quanto s condies de armazenamento de materiais estreis; reas funcionais: Descontaminao; Triagem;
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Preparao e embalagem; Preparao de txteis; Esterilizao; Armazm de estreis 5. Responsabilidades Tipo de documento Elaborao/ Modificao Aprovao Distribuio/ Divulgao Responsvel pelo cumprimento CHCB.PI.EST.01 Servio Central de Esterilizao Conselho de Administrao Todos os Servios Todos os colaboradores 6. Procedimento 6.1. Recolha e transporte de material sujo O transporte do material, quer contaminado, quer processado, da responsabilidade do Servio Central de Esterilizao, que dever definir e exigir requisitos de segurana. O Transporte realizado em carros fechados. Os carros de transporte devem ser: De fcil limpeza Adequados aos requisitos de proteco da carga De fcil conduo Resistentes ao choque.
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Considerando que os Dispositivos mdicos usados esto contaminados, estes devem ser manuseados, recolhidos e transportados para a zona de descontaminao, de forma a evitar a infeco cruzada em qualquer rea do estabelecimento de sade. O servio utilizador deve fazer uma triagem eliminando todos os dispositivos de uso nico, bem como solutos e desinfectantes utilizados. Os dispositivos mdicos corto/perfurantes devem ser separados e colocados em contentores apropriados. O restante material recolhido em saco e colocados dentro de contentores e transportados em carro fechado. Ao chegar rea de descontaminao efectuado o registo em impresso prprio, do material de cada servio. 6.2. Descontaminao A zona em que se realiza o processo de descontaminao conservada e controlada de modo a constituir um apoio eficincia do processo de descontaminao e a proteger os profissionais contra a exposio a agentes infecciosos e a substncias Txicas/Perigosas. nesta rea que se recebem e desinfectam instrumentos, utenslios e equipamentos reutilizveis, bem como os respectivos carros de transporte.
6.2.1. Ambiente da zona de descontaminao 6.2.1.1. A rea est separada fisicamente das outras zonas de trabalho com acesso a partir de um corredor de servio; 6.2.1.2. A rea tem ventilao mecnica adequada de modo a criar um ambiente de trabalho confortvel;
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6.2.1.3. Possui iluminao adequada; 6.2.1.4. Existem instalaes para lavagem de mos e mudana da roupa perto da zona de descontaminao. 6.2.2. Equipamento 6.2.2.1. Tem equipamento e materiais prprios para garantir a sua limpeza e desinfeco; 6.2.2.2. As mquinas de lavagem esto instaladas, montadas em conformidade com a norma ISO 15883; 6.2.2.3. A situao ideal ser ter mquinas de 2 portas com lado dos limpos a abrir para a zona de triagem; 6.2.2.4. Possui meios de limpeza ultrassnica de dispositivos, para lavagem/desinfeco de materiais sensveis; 6.2.2.5. Tem instalaes apropriadas para a limpeza manual de dispositivos / equipamentos; 6.2.2.6. Possui equipamentos de limpeza exclusivos para esta zona; 6.2.2.7. O pessoal adstrito, est protegido com: 6.2.2.7.1. Bata 6.2.2.7.2. Mscara 6.2.2.7.3. Touca 6.2.2.7.4. Luvas resistentes
6.3. Inspeco / Montagem
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Aps a descontaminao os dispositivos mdicos so inspeccionados, testados e montados. Para garantir a segurana da sua utilizao indispensvel que os dispositivos mdicos estejam limpos, funcionais e seguros. A inspeco consiste fundamentalmente na observao do estado de limpeza e das condies de funcionamento dos dispositivos mdicos. O talo de identificao do material includo em cada embalagem de modo a permitir identificar o seu contedo. 6.4. Empacotamento 6.4.1. rea de produo de limpos 6.4.1.1. A embalagem destina-se a constituir uma barreira positiva contra a contaminao, bem como a oferecer proteco do respectivo contedo at sua utilizao; 6.4.1.2. Para que se possam cumprir todas as exigncias da esterilizao indispensvel que os dispositivos mdicos sejam adequadamente colocados em embalagens de acordo com os requisitos da EN 868; 6.4.1.3. Os materiais das embalagens so seleccionados de acordo com as caractersticas e objectivos da utilizao; 6.4.1.4. Os Dispositivos mdicos podem ser empacotados numa combinao de material (liso ou contentores) de forma a manter a integridade do produto; 6.4.1.5. A limpeza da zona realizada diariamente, sendo o material de limpeza de uso exclusivo da zona; 6.4.1.6. Todo o pessoal usa roupa apropriada: 6.4.1.6.1. Farda/Bata;
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6.4.1.6.2. Touca; 6.4.1.6.3. Calado prprio; NOTA: antes do inicio da actividade e sempre que se justifique, deve-se lavar as mos. 6.4.2. Preparao de Txteis Esta zona destina-se preparao dos materiais (roupa, compressas, ligaduras, etc.) que pela sua composio libertam um grande nmero de partculas. Actualmente destinam-se essencialmente inspeco e empacotamento de compressas, uma vez que cada vez menos se utiliza a roupa 100% algodo nos Blocos Operatrios por no conferirem de facto barreira anti-microbiana. 6.5. Esterilizao O mtodo de eleio para esterilizao nos Servios de Sade o da esterilizao por vapor. A NPEN 556 define conceito estril como sendo estado de um dispositivo mdico que est isento de microrganismos viveis. 6.6. Processos de esterilizao: 6.6.1. Alta temperatura vapor 6.6.2. Baixa temperatura xido de etileno O vapor um esterilizador eficaz por duas razes: um portador eficaz de energia trmica
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Destri por coagulao, as pores sensveis internas de microrganismos penetrando facilmente a sua camada resistente de proteco exterior. As condies necessrias esterilizao por calor hmido devem ser: Contacto Temperatura Tempo Humidade O xido de etileno um agente eficaz de esterilizao, destruindo microrganismos por um processo de aniquilao das protenas e cidos nucleicos. um gs com alto poder de difuso e penetrao. J esto em vigor as normas europeias para validao e controlo da rotina da esterilizao de dispositivos mdicos por vapor e xido de etileno. Um processo de esterilizao correctamente controlado e validado no significa que o produto final esteja estril. Deve ter-se em conta outros factores nomeadamente a carga microbiana das matrias primas e outros componentes necessrios embalagem, as condies de armazenamento e o controlo do ambiente onde os dispositivos mdicos so preparados e embalados e ainda as condies de funcionamento dos equipamentos de esterilizao. Os responsveis pela esterilizao devem assegurar que, antes da libertao de carga para os servios utilizadores, o ciclo de esterilizao foi validado.
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Os registos que se destinam a demonstrar que o ciclo de esterilizao foi produzido de acordo com todas as especificaes requeridas so guardados durante um (1) ano e, so os seguintes: Registo do esterilizador Teste de Bowie e Dick Registo de parmetros fsicos Ciclo de esterilizao seleccionado Nome ou cdigo do Operador Especificao ou cdigo de carga Registo dos restantes testes utilizados (indicadores qumicos, integrados ou outros).
6.7. Armazenamento e distribuio Esta zona destina-se a receber as cargas aps serem esterilizadas. Depois de verificadas e inspeccionadas estas cargas ou so enviadas para os servios utilizadores ou ficam em stock ou ainda em quarentena caso tenham sido esterilizadas com xido de etileno. O espao de armazenamento deve permitir a segurana do pessoal, a proteco dos artigos estreis contra danos e contaminao, a visibilidade e a eficincia de distribuio. A zona de armazenamento deve ser mantida em segurana e ter o acesso limitado a um nmero restrito de pessoas autorizadas. Os nveis de Stock so adequados s necessidades dos utilizadores.
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feita uma avaliao contnua e um ajustamento de acordo com as necessidades. Os Dispositivos mdicos esterilizados so distribudos e transportados em carros limpos e fechados. A limpeza do espao feita regularmente e o material utilizado especfico da sala.
6.8. reas de Apoio So consideradas reas de apoio as que se destinam a providenciar as condies necessrias ao bom funcionamento de todas as zonas funcionais: Carcter especifico e carcter geral. 6.8.1. Carcter Especifico 6.8.1.1. Apoio s tarefas de limpeza e arrumao; 6.8.1.2. Apoio higienizao do pessoal e vestirio. 6.8.2. Carcter Geral 6.8.2.1. Aprovisionamento do material de consumo e matrias-primas; 6.8.2.2. Apoio administrativo.
6.9. Garantia de Qualidade As instalaes e mquinas so submetidas a aces regulares de manuteno. Todos os registos so legveis e arrumados em condies adequadas para fcil consulta e para reduzir ao mnimo a sua deteriorao.
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Os esterilizadores, mquinas de lavagem, desinfeco e outros equipamentos designados, so submetidos a um programa de manuteno. obrigatrio o cumprimento dos procedimentos de qualidade. A chefia do servio central de esterilizao, responsvel pela implementao e manuteno de normas que previnam a infeco cruzada, quer do pessoal que transporta e manuseia os dispositivos mdicos contaminados, quer dos utentes junto de quem posteriormente iro ser utilizados esses dispositivos mdicos. As normas so discutidas e redigidas em conjunto com a Comisso de Controlo da Infeco. Qualidade em esterilizao significa produzir dispositivos mdicos seguros para os utilizadores, e clientes mediante critrios de qualidade, tempo quantidade e custos. O controlo de qualidade um processo contnuo, em que todos os intervenientes esto envolvidos (qualidade total).
6.10. Educao e Formao A educao e formao contnua dos profissionais que produzem dispositivos esterilizados e desinfectados para uso no doente, so essenciais para a manuteno de padres aceitveis de gesto, servio e produtividade. A formao deste pessoal fundamentalmente em servio, com programas que promovem a sua compreenso sobre as variadas tarefas executadas nas diferentes zonas do Servio central de Esterilizao e sobre a importncia do seu papel na globalidade do funcionamento deste
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servio e sentido amplo no programa de controlo da infeco do estabelecimento de sade em que esto inseridos.
6.11. Vigilncia da Sade A vigilncia de sade dos profissionais efectuada mediante: Exame mdico antes de iniciarem funes; So contra indicadas as situaes ou histrias de alergias respiratrias, dermatoses, limitaes locomotoras entre outras; Exames mdicos peridicos; Deve ainda existir um programa de vacinao contra a hepatite B e a prova de mantoux (com vista vacinao por BCG).
7. Registos
Designao Indexao Responsvel pelo Arquivo Arquivo Activo Arquivo Semi- Activo CHCB.PI.EST.01 Intranet Colaborador a designar 1 Ano 4 Anos