Você está na página 1de 38

AMBIENTE DO PACIENTE E TÉCNICAS DE

HIGIENIZAÇÃO

Profª Thamires Ribeiro da Silva


HIGIENE, UM CUIDADO DE ENFERMAGEM

• A higiene corporal é uma necessidade


humana básica , tanto para pessoas
saudáveis quanto para doentes que
necessitam de repouso absoluto.
• A doença diminui a resistência às infecções.
• O ambiente hospitalar apresenta alta
prevalência de microrganismos patogênicos.
• SOUZA (1978) afirma que a limpeza da
pele durante uma doença é mais importante
que no estado normal .
• O banho com fricção estimula circulação.
HIGIENE, UM CUIDADO DE ENFERMAGEM
• A escolha do tipo de banho é uma decisão
da enfermagem, baseada no estado d
paciente.
• É uma oportunidade para conhecer seu
paciente, identificar seu estado emocional,
necessidades, verificar as condições da pele,
áreas de pressão e de ouvir queixas de dor
ou desconforto.
• Segundo CLARKE (1986) a manutenção da
higiene corporal do paciente acamado evita
infecção cruzada, promove conforto e auto-
estima do paciente.
• Objetivos: conforto e relaxamento;
estimulação da circulação; limpeza; melhorar
a auto-imagem; tratamento da pele.
Camas
POSIÇÕES
Fowler: dificuldades respiratórias, alimentação, pós-operatório nasal,
higiene oral.
Semi-fowler: dificuldades respiratórias, uso de sondas para
alimentação, risco de broncoaspiração.
Trendelemburg: hipotensão severa; após diálise no leito.
Horizontal: alguns pacientes acamados com tração em MMII.
ATENÇÃO!!

A transferência do paciente sempre deverá ser realizada em BLOCO!!!

Ao utilizar carro de banho, considerar a parte superior como contaminada


(apoio da bacia, jarro e compressas de banho) e a inferior como limpa (roupa
limpa e fralda). Caso não tenha carro de banho, utilizar mesa de cabeceira
como parte contaminada e uma cadeira como limpa.
BANHO
Carrinho de banho/mesa de
MATERIAIS cabeceira;
Jarro com água aquecida;
Bacia;
ARRUMAÇÃO DO LEITO Sabão líquido;
Lençol de Forrar; Biombos;
Oleado ou Impermeável; Fralda descartável;
Traçado ou lençol móvel; Luvas de procedimento;
Comadre ou papagaio;
Lençol de cobrir;
Toalha;
Cobertor (quando necessário);
Hamper;
Fronha. Material para lavagem externa.

Colocar na ordem inversa


para o planejamento
BANHO DE ASPERSÃO SUPERVISIONADO

Objetivo Material
Manter higiene e conforto do Roupas do hospital, sabonete,
paciente internado com toalha de banho, outros produtos
prescrição de enfermagem de higiene do paciente, roupa
de cama.
DESCRIÇÃO
Higienizar as mãos;
Preparar o material;
Explicar o procedimento;
Avaliar o paciente;
Acompanhar ou supervisionar o banho;
Encaminhar o paciente ao leito, se necessário;
Registrar na prescrição de enfermagem ou prontuário (Registro de
Enfermagem)
BANHO DE ASPERSÃO COM AUXÍLIO

Objetivo Material
Proporcionar conforto em Cadeira higiênica, álcool a 70%,
pacientes internados com roupa do hospital, produtos de
dificuldade de locomoção uso pessoal, luva de
procedimento, avental para o
profissional de enfermagem (EPI)
DESCRIÇÃO
Higienização das mãos;
Explicar o procedimento e avaliação do paciente para ver se necessário
transferência do leito para cadeira;
Higienização da cadeira higiênica com álcool a 70%;
Cobrir o paciente para não ficar exposto;
Auxiliar o paciente durante o banho, estimular o autocuidado;
Encaminhar ao leito com lençóis trocados;
Deixar o paciente em posição confortável;
Registrar o procedimento.
HIGIENE OCULAR
DESCRIÇÃO

• Com SF 0.9% e gazes limpas (estéreis, se pós-op


de cirurgia ocular);
• Limpeza do canto interno do olho para o externo,
facilitando a drenagem de eventuais partículas;
• Pacientes com as pálpebras semi-abertas as
córneas ficam expostas à infecções. Utiliza-se
gazes úmidas ou adesivo pequeno para mantê-las
fechadas.
HIGIENE NASAL
DESCRIÇÃO

• Pacientes com sondas nasais: inspecionar para


verificar lacerações e lesões por pressão.
• Retirar as secreções visíveis do nariz utilizando
cotonetes com soro fisiológico.
• Observar no septo nasal e asas do nariz sinais
inflamatórios, hemorragias ou úlceras.
• Observar fixações de sondas e cateteres e
substitui-los sempre que necessário.
HIGIENE AURICULAR
DESCRIÇÃO

• Limpar os pavilhões auriculares durante o banho.


• Retirar o excesso de cerume visível com gaze úmida com água e
sabão.
• Não utilizar cotonetes devido ao rusco e traumatismos no canal
auditivo, tamponamento por cerume e rompimento da membrana
timpânica.
HIGIENE ORAL
Objetivos
• Promover conforto;
• Evitar alitose;
• Prevenir carie dentária;
• Conservar a boca livre de resíduos alimentares.

Descrição
• Limpeza dos dentes, gengivas, bochechas, línguas e lábios.
HIGIENE ORAL
HIGIENE ORAL
HIGIENE ORAL NO PACIENTE GRAVE
• Pacientes neurológicos com lesão cervical:
usar espátula com gaze e retirar excesso de
líquido sem mobilizar a cabeça.
• Em pacientes conscientes, ele próprio deve
escovar os dentes.
• Em pacientes entubados: usar clorexidina
0.2%; aspirador e cânula de guedel se
necessário; realizar 1x a cada plantão; a
troca do cadarço da cânula endotraqueal
deve ser feita a caa 12h ou quando
necessário (o reposicionamento da cânula
endotraqueal deve ser feito pela enfermeira
da unidade).
HIGIENE DA PRÓTESE DENTÁRIA
HIGIENE DOS CABELOS
HIGIENE DOS CABELOS
BANHO NO LEITO

Objetivo Material
Proporcionar higiene e conforto Roupas de cama e de uso do
em pacientes internados e paciente; produtos de uso
acamados; pessoal; “carrinho” de banho,
jarro com água morna, biombo,
hamper, álcool a 70%, EPIs,
comadre/patinho, bacia,
material do setor para
higienização da pele; atenção:
proteger curativos e cateteres de
punção venosa.
RESUMO – BANHO NO LEITO
Higiene oral (Antes ou depois): utilizar cuba rim.
Higienização dos cabelos (utilizar bacia);
Olhos: canto interno para o externo (ampola de SF 0,9%);
MMSS: região distal para proximal (das mãos até região axilar e depois
despreza o material;
Região torácia: atenção em pacientes do sexo feminino na região
inframamária; em pacientes monitorados com eletrodos retirar para troca de
novos;
Atenção: ensaboar, enxaguar e secar!
Proteger região já higienizada com toalha de banho.
RESUMO – BANHO NO LEITO
Higiene íntima:
Mulheres – oferecer comadre;
Separar os grandes lábios com a mão não-dominante, expondo o meato
uretral e o orifício da vagina e ensaboar com a mão dominante de cima para
baixo (região pubiana e vulva) e desprezar material. Enxaguar e secar.
Retirar a comadre.
Homens: Retrair o prepúcio, ensaboar o meato uretral com movimentos
circulares de dentro para fora.
Ensaboar o corpo do pênis de cima para baixo; enxaguar e secar.
RESUMO – BANHO NO LEITO
Ensaboar, enxaguar e secar MMII.
Colocar paciente em decubito lateral:
Higienizar costas, região anal. Não esquecer de trocar luvas
OBSERVAÇÕES
- Avaliação do enfermeiro acerca da tomada de decisão sobre o tipo de
higiene a ser realizada no paciente;
-Avaliação do paciente (Abordagem inicial, Exame físico, leitura prévia
do prontuário, passagem de plantão);
- Leitura da Prescrição Médica;
- Planejamento do material necessário (Arrumação do carrinho de banho
com material adequado, roupa de cama, fralda, curativos etc).
- Iniciar a higiene com segurança ( abaixar as grades do leito somente
na hora de iniciar o procedimento);
- Interagir sempre com o paciente, explicando cada mudança de
decúbito;
- No caso de dúvidas acerca da mudança de decúbito do paciente
conversar com equipe multidisciplinar;
- Recrutar o quantitativo de pessoas necessárias para a realização do
banho com segurança, conforme o peso e a complexidade do paciente.
OBSERVAÇÕES
2- Se o paciente recusar o banho por causa de dor?

-Avaliação da dor – Aplicar a Escala de Dor;


-Avaliar a Prescrição Médica – Analgésico SOS; Atenção ao último horário
que a medicação foi administrada!
-Aguardar a melhora da dor e reavaliar.
-Prestar um cuidado humanizado : ouvir o paciente, respeitar suas
individualidades independente da rotina hospitalar;

-Atenção:

-Lavar as mãos sempre antes e após cada procedimento;


-Utilizar EPI adequado;
-Registrar o procedimento.

Você também pode gostar