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PSICOLOGIA
Profª Anelise Meurer Renner
RESENHA CRÍTICA
Cachoeirinha
Março de 2023/1
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observar que ao mesmo tempo em que o acesso à
informação é muito positiva, alguns termos foram
“perdendo” seus significados, porque estão sendo utilizados sem fontes confiáveis e sem
contexto, e as experiências de quem sofre com algum transtorno passaram a ser vistas como
características que todos temos, ignorando o quanto de dificuldade e sofrimento isso pode
trazer. Nesse meio enorme de informações, você já deve ter visto alguém dizendo que
(UNICEF, 2022):
“Ai! eu sou tão organizada, com certeza tenho TOC (transtorno obsessivo
compulsivo)”. Ou, ainda, alguém dizendo que tem “bipolaridade” para explicar por
que muda de humor muito rápido; “depressão”, porque está em um dia ruim; ou
“déficit de atenção”, porque não está conseguindo se concentrar naquele momento.
Todos os exemplos citados são formas de banalizar as psicopatologias, porque
consideram que momentos comuns, que todos vivemos, são parte dos transtornos e,
frequentemente, são vistos na internet, especialmente na forma de memes. Esses
comentários colaboram para a ideia muito complicada de que um transtorno é
composto apenas de características isoladas, que muitas vezes nem são mesmo parte
do diagnóstico, o que torna difícil notar a diferença, por exemplo, entre um
transtorno de ansiedade e um momento de ansiedade antes de uma prova. Dessa
maneira, é preciso ter muito cuidado e compreender que o autodiagnóstico é um
caminho perigoso – seja você criança, jovem, adulto ou idoso (UNICEF, 2022).
Além disso, com as redes sociais, filmes e séries, a glamourização de certos transtornos
tem sido cada vez mais frequente. Essa situação pode levar quem assiste a desenvolver
comportamentos de risco, como a automedicação. Assim, é importante que os transtornos
mentais sejam cada vez mais desmistificados e conhecidos, porém, com muita
responsabilidade (UNICEF, 2022).
O psicólogo dentro da avaliação psicológica e um diagnóstico, deverá pautar seu
trabalho dentro das normativas do código de ética, que estabelece padrões para que o
profissional possa
refletir sobre sua prática, tornando-se consciente da sua responsabilidade, pessoal e coletiva,
pelas consequências de suas ações no exercício profissional. Uma formação ética estimula a
consciência social, baseada na teoria e na práxis, que contribuirá para o desenvolvimento de
um sujeito cotidiano, mais crítico em busca de princípios fundamentais de direito, dever,
justiça, igualdade, liberdade, solidariedade e respeito para todos e entre todos (Muiniz, 2018).
Segundo (Pessoto, 2011) ainda no que tange um diagnótico realizado pelo profissional
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da psicologia, a falta ética se dá, por exemplo, no uso
de testes psicológicos de forma isolada, desprovida de um processo, sem uma compreensão e
preparo adequado, gerando conclusões
Referências bibliográficas:
Giacomini, E., & Rizzotto, M. L. F.. (2022). Diagnóstico em saúde mental: aceitação e
desprezo da pluralidade. Physis: Revista De Saúde Coletiva, 32(Physis, 2022 32(3)),
e320302. https://doi.org/10.1590/S0103-73312022320302
Muniz, M.. (2018). Ética na Avaliação Psicológica: Velhas Questões, Novas Reflexões.
Psicologia: Ciência E Profissão, 38(Psicol. cienc. prof., 2018 38(spe)), 133–146.
https://doi.org/10.1590/1982-3703000209682