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PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA CONVERSAÇÃO E

O REGISTO LINLINGUÍSLINGUÍSTI
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PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA CONVERSAÇÃO E


O REGISTO LINGUÍSTICO

1. Introdução.................................................................................................................................3

1.1. Objectivos.............................................................................................................................3

1.1.1. Objectivo geral:.................................................................................................................3

1.1.2. Objectivos específicos.......................................................................................................3

1.2. Metodologia..........................................................................................................................3

2. PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA CONVERSAÇÃO.......................................................4

2.1. Conceitos básicos..................................................................................................................4

2.1.1. Princípio............................................................................................................................4

2.1.2. Conversa............................................................................................................................4

2.2. Princípios orientadores da conversação................................................................................4

5.1. O princípio de cooperação........................................................................................................4


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2.3. Princípio de cortesia.............................................................................................................5

3. O REGISTRO LINGUÍSTICO................................................................................................7

3.1. Linguagem escrita e oral: Inter-relações e diferenças..........................................................8

3.2. Características da fala e da escrita........................................................................................9

Conclusão..................................................................................................................................................10

Referências bibliográficas.........................................................................................................................11

1. Introdução
Considerando, porém, que os padrões de comunicação são altamente sensíveis as características
culturais que variam no temo e no espaço geográfico e social, temos que essas máximas não se
aplicam categoricamente, cabe aos participantes das interfaces, reinterpreta acomodando as,
variações situacionais. Tal habilidade do falante arte de sua competência comunicativa; isto do
conhecimento que lhe permite comunicar-se adequadamente em sua comunidade de fala e
distinguir o que apropriado ou inapropriado em uma determinada interação. Em toda interação
verbal, cada participante e capaz de ajustar-se de expectativas de seu interlocutor ou a outras
conexões determinadas pela cultura vigente. Há restrições sociais, em definidas quanto concisão
adequada e aceitável nas diferentes situações de comunicação. Essas normas sociais ariam;
contudo, conforme a comunidade de fala, e as interações dos interlocutores. Para que os
interlocutores devem conhecer os princípios que orientam a conversação. Desta feita, neste
trabalho abordar-se sobre princípios orientadores da conversação e o registo linguístico com o
Objectivo de compreender os princípios norteadores duma conversa.
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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral:


 Compreender os princípios orientadores da conversação e o registo linguístico.

1.1.2. Objectivos específicos


 Identificar os princípios que orientam uma conversa;
 Analisar os princípios orientadores da conversação;
 Acatar os princípios orientadores da conversação
 Descrever o registo linguístico;
 Apontar os elementos que fazem parte o registo linguístico.

1.2. Metodologia
Segundo Lacatos e Marconi, a revisão bibliográfica consiste no levantamento e estudo de
bibliografias, publicadas em forma de livros, revistas, imprensa escrita, internet que visualizam
não somente os problemas ou conhecidos. Deste modo o grupo recorreu revisão literária que
consistiu no levantamento de obras literárias e outro material ao tema deste trabalho o que
permitiu a leitura, interpretação das mesmas o que levou-nos ao debate no grupo.

2. PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA CONVERSAÇÃO

2.1. Conceitos básicos

2.1.1. Princípio
Princípio do latim princípio significa o início, fundamento ou essência de algum fenômeno.
Também pode ser definido como a causa primaria, o momento, o local ou trecho em que algo,
uma ação ou um conhecimento tem origem. Sendo que o princípio de algo, seja como origem ou
proposição fundamental, pode ser questionado. Outro sentido possível seria o de norma de
conduta, seja moral ou legal. Na filosofia, e uma proposição que se coloca no início de uma
dedução e que não deduzida de nenhuma outra proposição do sistema filosófico em questão.
(RRRE4RA, 1986: 3933)
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2.1.2. Conversa
Conversa é a ação e o efeito de falar entre uma ou mais pessoas, uma ou com a outras. O termo
deriva do latim (Conversa) e costuma ser utilizado como sinônimo de diálogo ou conversação
(idem).

2.2. Princípios orientadores da conversação


Os princípios orientadores da conversação são:
 Princípio de cooperação;
 Princípio de cortesia.

5.1. O princípio de cooperação


Este princípio e elaborado com base em uma fórmula geral é assim posto: faça a sua contribuição
no momento exigido, visando aos propósitos comuns e imediatos, de forma consequente em
relação aos compromissos conversacionais estabelecidos (GR4CE, 1982:86). Assim, de acordo
com o autor do princípio de cooperação resultam quatro maximais:
 Máxima da quantidade (seja informativo)
 Que sua contribuição contenha o tanto de informação exigida;
 Que sua contribuição não contenha mais informação do que e exigido.

 Máxima da qualidade (seja verdadeiro)


 Que sua contribuição seja verídica;
 Não afirme o que você pensa que e falso;
 Não afirme coisas de que você não tem provas;

 Máxima da relação (seja relevante)


 Fale o que e concernente ao assunto tratado (se6a pertinente).

 Máxima do modo (seja claro)


 Evite exprimir-se de maneira obscura;
 Evite ser ambíguo;
 Seja breve (evite a prolixidade inútil);
 Vale de maneira ordenada.
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Em outras palavras, se fornecemos mais ou menos informasses do que e necess8rio, se dissemos


algo que sabemos ou acreditamos estar errado, se dissemos algo que e irrelevante ao assunto da
conversação, se falamos de modo obscuro, ambíguo ou confuso, isso se constitui num
comportamento não cooperativo.

2.3. Princípio de cortesia


O princípio da cortesia refere-se ao conjunto de estratégias, de normas de conduta K verbais e
não verbais – (informais formais, regras de etiqueta), estabelecidas pelas sociedades e usadas
pelos interlocutores para reduzir e/ ou evitar os conflitos entre si; isto e, para evitar que a troca
geral seja ofensiva ou ameaçadora, acautelando-se assim os conflitos, e, em simultâneo, garantir
um comportamento social adequando. É o caso, por exemplo, de um reencontro entre dois
indivíduos que não se vem há algum tempo e em que um deles, procurando ser simpático e

Evitar atingir negativamente o seu interlocutor, lhe diz «Estás com bom aspecto. » mesmo que
isso não corresponda a verdade (GUIMARAES, 2001:47')

Algumas dessas estratégias são as formas de tratamento (Nossa Excelência, o senhor, tu, sr.
João.) e as expressões convencionais de cortesia por favor, obrigado,).

Por outro lado; determinados traços da competência comunicativa do falante contribuem também
para o princípio da cortesia:
 Adaptar o seu discurso ao contexto e as circunstancias;
 Dominar estratégias que evitem a troca verbal ofensiva ou ameaçadora;
 Suavizar determinados conteúdos (mensagens considerados agressivos, O chocantes).

Além disso; qualquer falante deve respeitar determinadas regras durante a conversão;
 Não interromper o seu interlocutor;
 Evitar o silencio ostensivo;
 Revelar atenção ao discurso não se mostrar desatento.

A este princípio associa-se o conceito de face, isto e, a autoimagem publica que o falante
pretende dar de si próprio Deste modo, o locutor investe na sua imagem social, de modo a
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manter a face e a não a perder, constituindo a fala um meio privilegiado de o falante apresentar
uma imagem pessoal positive a ou negativa aos demais indivíduos.

Dá-se o nome de face positiva ao desejo do locutor de que a sua imagem seja apreciada e
aprovada e de face negativa ao desejo que o mesmo locutor tem de não ser contrariado e
desacreditado.

Assim sendo, considerando que e do interesse dos falantes protegerem a face um do outro, no
pressuposto de que, se A Preserva a de B, este preservara a daquele, eles regulam a sua interação
por meio do ajuste reciproco de comportamentos e adoptam estratégias de mutua cortesia
tendentes a prossecução desse Objectivo.

Objectivo do princípio de cortesia é, precisamente, atenuar estas ameaças. Assim, os


interlocutores procuram observar determinados princípios (atrás referidos) e fazer uso de
diferentes estratégias linguísticas para mitigar as ameaças a face de cada um, procurando
diminuir o impacto dos atos de fala acima descritos:
 Uso de atos de fala indiretos que contribuem para diminuir a ameaça que as ordens, os
pedidos, as perguntas.

Representam para a face negativa do interlocutor:


 Cala-te?
 Não te importas de te calar?
 Podes calar-te, por favor?
 Poderias calar-te?
 Era melhor calares-te.

3. O REGISTRO LINGUÍSTICO
Assim como não podemos afirmar que na escrita há planejamento e na fala não, também não
podemos dizer que a fala é menos formal que a escrita, pois a escolha de como organizar essa
fala é feita em consequência do gênero do discurso e do lugar de circulação do discurso. É o
lugar de circulação do discurso que determina sua audiência. Isso, articulado com a escolha do
gênero no qual o discurso se organizará, determina as escolhas linguísticas que serão feitas para
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que esse discurso possa ser reconhecido e legitimado por essa audiência. Entre essas escolhas,
inclui-se a do registro.

O registro será definido, portanto, pelo auditório e pelo gênero. Vejamos o exemplo de uma
conferência. Esse gênero tem seu público constituído por estudantes, pesquisadores e
professores. Assim, será sempre organizado em um registro mais formal do que uma conversa
cotidiana entre amigos e obviamente será sempre planejada previamente, com mais rigor do que
a conversa, possível entre os mesmos participantes, todavia em outro contexto que não exija
formalidade, como uma conversa no corredor ou na cantina da Universidade. Se o nível de
formalidade não for considerado de acordo com o auditório e com o gênero, a conferência pode
ser desqualificada por conta do emprego inadequado da linguagem e a conversa pode ser
considerada “chata” e seu interlocutor “arrogante”.

Não podemos dizer que a escrita tem maior prestígio, é mais completa e precisa ou que
independe mais do contexto do que a fala. O que podemos afirmar é que, dadas as suas
condições de produção, o discurso escrito impresso requer a utilização de recursos diferentes.
Não há como substituir uma palavra ou frase por um gesto, num discurso escrito impresso, já que
o gesto não pode ser escrito e o interlocutor não estará presente fisicamente.

Entretanto, é perfeitamente adequado, em um discurso produzido oralmente, que a pergunta


“Você sabe onde é que estava aquilo que deixei ali ontem?” seja respondida por “Eu acho que vi
na outra sala”, e que ambas, pergunta e resposta, sejam acompanhadas por um gesto de apontar
que não deixe a menor dúvida sobre o assunto do qual se fala e a qual local a resposta se refere.
(ERIKA HOFF, PHD, OUTUBRO 2009).

Isso significa que também não podemos dizer que a fala é mais dependente do contexto do que a
escrita, pois os contextos de produção de ambas são diferentes. No discurso escrito impresso,
dois contextos contribuem para a construção dos sentidos:
 O de produção;
 O de publicação.
Enquanto o contexto de produção é construído pelo produtor antes do momento da publicação
do texto;
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O de publicação é constituído no processo de editoração e de submissão do discurso ao projeto


gráfico-editorial no qual circulará (jornal, revista, boletim, folder,).

Nesse momento são inseridos os elementos não verbais que serão articulados ao texto, como
imagens, espaços, gráficos, fotografias, símbolos, posição em relação a outros textos. No
momento da leitura, ao articular texto e elementos do contexto, o contexto de publicação adquire
significado pelo leitor, que passa a constituir os sentidos do texto. Enquanto no discurso escrito
as etapas são sequenciais, no discurso oral, o momento de produção e o de publicação coincidem,
pois os elementos extra verbais são articulados concomitantemente ao elemento verbal.
(LUCIANA DA SILVA SOUZA, 2012)

3.1. Linguagem escrita e oral: Inter-relações e diferenças


O lugar em que circulará, o lugar social que ocupam produtor e interlocutor, bem como a
imagem que o primeiro constituiu acerca do segundo, a finalidade e o gênero no qual será
organizado são condições que definem as inter-relações existentes entre linguagem oral e
linguagem escrita.

Para se estabelecer as relações que distinguem as modalidades falada e escrita da língua, é


necessário, portanto, considerar as condições de produção. São essas condições que possibilitam
a efetivação de um evento comunicativo e são distintas em cada modalidade. (CASTANO,
2003,)

3.2. Características da fala e da escrita


 Interação face a face.
 Interação a distância (espaço-temporal).
 Planejamento simultâneo ou quase simultâneo à execução.
 Planejamento anterior à execução.
 Impossibilidade de apagamento.
 Possibilidade de revisão para operar correções.
 Sem condições de consulta a outros textos.
 Livre consulta a outros textos.
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 Ampla possibilidade de reformulação: essa reformulação é marcada, pública, pode ser


promovida tanto pelo falante como pelo ouvinte.

A reformulação pode não ser tão marcada, é privada e promovida apenas pelo escritor. Acesso
imediato ao imediato. O falante pode processar o texto, redirecionando-o a partir das reações do
ouvinte. O escritor pode processar o texto a partir das possíveis reações do leitor. (LUCIANA
DA SILVA SOUZA, 2012)

Essas condições de produção irão determinar formulações linguísticas que apresentam aspectos
específicos, conforme o tipo de texto produzido:
 Oral: conversação espontânea, debate, entrevista, conferência;
 Escrito: carta familiar, editorial, artigo para revista científica.

Em síntese, podemos dizer que do ponto de vista linguístico a fala apresenta:


 Maior liberdade de estruturação sintática, no que se refere tanto ao caráter local (unidade
sintática) quanto ao global (a nível de inter-relacionamento de tópicos);
 Maior uso de elementos contextualizadores;
 Maior frequência de marcadores conversacionais;
 Maior ocorrência de expressões generalizadoras.

Conclusão
Com o presente trabalho foi possível compreender que há regras que regem a conversação e que
o falante disse da violação das mesmas para produzir implicaturas conversacionais, ou seja,
sentidos além dos veiculados de forma literal pelo enunciado. O professor não precisa empregar
uma linguagem difícil, argumentos herméticos incompreensíveis, para se impor a seus alunos. E
Preciso adequada em se tratando do discurso pedagógico, não Impor-se aos seus alunos, mas
conseguir a sua decisão, a sua cooperação, para que haja uma real interação. Por tanto É o lugar
de circulação do discurso que determina sua audiência. Isso, articulado com a escolha do gênero
no qual o discurso se organizará, determina as escolhas linguísticas que serão feitas para que esse
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discurso possa ser reconhecido e legitimado por essa audiência. Entre essas escolhas, inclui-se a
do registro. O registro será definido, portanto, pelo auditório e pelo gênero. Não podemos dizer
que a escrita tem maior prestígio, é mais completa e precisa ou que independe mais do contexto
do que a fala. O que podemos afirmar é que, dadas as suas condições de produção, o discurso
escrito impresso requer a utilização de recursos diferentes. Não há como substituir uma palavra
ou frase por um gesto, num discurso escrito impresso, já que o gesto não pode ser escrito e o
interlocutor não estará presente fisicamente.

Referências bibliográficas

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - APOSTILA

Didática Do Ensino Da Língua Concepções de Linguagem e Práticas Docentes de Leitura.


DUBOIS, J. et al. Dicionário de Lingüística. São Paulo: Cultrix, 1973.

FERREIRA, Aurélio B. H. Novo dicionário eletrônico Aurélio. Versão 5.0. Regis Ltda, 2004. 01
unidade em CD-ROM. Escrita.
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Luciana da Silva Souza Reino_ Dissertação Estudos de Linguagens_2012

MATEUS, Maria Helena Mira et al. Fonética, fonologia e morfologia do português. Lisboa:
Universidade Aberta, 1990. Cap. 4, p. 59-96.

MORI, Angel Corbera. Fonologia. In: MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Christina (orgs.).
Introdução à lingüística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2001.

OLIVEIRA, Sidneya G. de; BRENNER, Terezinha de Moraes. Introdução à fonética e à


fonologia da língua portuguesa: fundamentação teórica e exercícios para o 3o Grau.
Florianópolis: Ed. do autor, 1988.

PERRE4RA. LIVR dicionário da língua portuguesa editora. Rio de janeiro

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