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CURRÍCULO

Celestino Piedade Chikela, Ph.D.


“Ao mundo novo corresponde a universidade nova".
José Martí
em l883
“É crime o divórcio, entre a educação que se forma
em uma época, e a época."
POLITICA EDUCATIVA
IDEAL DO HOMEM A FORMAR
DIMENSõES:

Filosófica

Sociológica
Legislativa e Pedagógica.
ELEMENTOS A UTILIZAR
Pensamento Político
Decretos e Legislação

Objectivo e fim da educação (Modelo


do cidadão a formar)

Enfoques Pedagógicos
Planos de Estudo ou PPC (Planos
Pedagogicos do Curso
EVOLUÇÃO DO CONCEITO CURRÍCULO

1967 1979 1976


1918

Experiências
• Denominação Objectivos Conteúdo

Johnson Sperb Wheeler


Bobbit

1983 1984

Plano de Análise de
instrução práctica
Taba Stenhouse

Junk, W. (1985) Demidovitch, B. (1993), Ballester, at al (2000), Jiménez, H. (2000), Sa, A.


(2011), Rodríguez, J.B (2003), Simões, V. (2012), Espinhosa R. (2012) entre otros.
Raízes da teoria curricular
Séc. XII: Os studium começam a chamar-
se “universitas”.

Aparecem as primeiras
universidades:

Bolonha – 1088/1119
París- 1096/1150
Oxford – 1096/1167

Montpellier– 1150
Currículum

• É denominado assim ao tempo de estudo que


compreendiam as artes liberais e a continuação
de estudos numa das três faculdades especiais
nas primeiras universidades.
• Posteriormente foi assim chamado ao ciclo de
conferência que ditavam os professores.
Currículum

• O vocábulo currículum procede do latím e


etimológicamente significa, corrido,
carreira, o que está sucedendo ou
ocorrendo.
Currículum: novas significações
• Século XVI : Era denominado currículum ao
tempo consignado em cada ano para assistir e
ouvir as lecções em colégios e universidades.

• Século XVII: Era denominado currículum


a colecção dos tratados principais que
ensinava uma faculdade nas
universidades ou nos colégios e escolas
públicas.
Início da teoria curricular
• Século XX : Desenvolvimento industrial nos
Estados Unidos: era necessário preparar os
estudantes com eficiência a fim de incorporá-
los na vida produtiva com melhor
conhecimento dos processos industriais.

Franklin Bobbit (1918) definiu ao currículum


como “curso de estudos ou estrutura de
conhecimentos organizados de modo que dê
resposta efectiva a esta necessidade
económica”.
Início da teoria curricular
• Franklin Bobbit, elaborou o primeiro tratado
sistemático em relação a esta temática em
"The curriculum" (1918) e "How Make de
Curriculum" (1924)
• Frederick Winslow Taylor, estabeleceu um
modelo ao nível instrucional que responde as
necessidades da indústria.
• , J. B. Watson, expôs sua concepção condutista
a partir de um texto escrito em 1913,
denominado “A Psicologia desde o ponto de vista
conductista”
Inicio da teoria curricular
A preocupação pelo currículo e sua teoría é
incentivada por conveniências económicas e
não apenas por um imperativo intelectual.

• A Pedagogia, a Psicologia ou a Filosofia da


Educação da época de alguma maneira
reflectiam também estas contingências
sociais.
A teoria curricular
• Depois da Segunda Guerra Mundial, o
desenvolvimento da teoría curricular dá sequência
com Ralph Tyler (1949), quem estabelece as
bases teóricas que dominaram seu estudo em
diferentes perspectivas teóricas.

• "Principios básicos do Currículo" (1949) de Tyler e


posteriormente "Elaboração do Currículo" (1962)
de Hilda Taba, ambos norte americanos.
Definições de curriculum

“Curriculum é um projeto educativo global que assume um modelo


didáctico conceptual e possui a estrutura de seu objeto: o ensino
aprendizagem. Tem caráter de processo que expressa uma natureza
dinâmica ao possuir seu objeto, relações independentes com o contexto
histórico social, a ciência e os alunos, condição que lhe permite adaptar-se
ao desenvolvimento social, às necessidades do estudante e aos progressos
da ciência.” Rita Marinha Álvarez (1995).

Curriculum é um projeto educativo integral com caráter de processo que


expressa as relações de interdependência em um contexto histórico social,
condição que lhe permite redesenhar-se sistematicamente em função do
desenvolvimento social, progresso da ciência e necessidades dos estudantes
que se traduza na educação da personalidade do cidadão que se aspira a
formar.
Addine, F., (1997)
Definições de curriculum

O currIculum constitui um projeto sistematizado de formação e um


processo de realização através de uma série estruturada e ordenada de
conteúdos e experiências de aprendizagem, invertebrados em forma de
proposta político-educativa que propugnan diversos setores sociais
interessados em um tipo de educação particular, com a finalidade de produzir
aprendizagens significativas que se traduzam em formas de pensar, sentir,
valorar e atuar frente aos problemas concretos que expõe a vida social e
trabalhista em um país determinado.”
González Pacheco, Otmara, (1994)
Tendência contemporânea.

 O currículo como projecto educativo.


 O currículo como estudo do conteúdo de
ensino.
 O currículo como sistema tecnológico de
produção .
 O currículo como reconstrução do
conhecimento e proposta de acções.
O currículo como projecto educativo.
“Projecto de formação e um processo de realização
através de uma série estruturada e ordenada de
conteúdos e experiência de aprendizagens que
articuladas em forma de proposta política
educativa propugnam diversos sectores sociais
interessados num tipo de educação particular com
a finalidade de produzir aprendizagens
significativas traduzidas em formas de pensar,
sentir, valorar e actuar frente aos problemas
concretos que estabelece a vida social e laboral de
determinado um país.” (Otmara González P, 1993)
O currículo como projecto educativo.

“Currículum é um projecto educativo global que


assume um modelo didáctico conceptual e possuí
a estrutura de seu objecto: o ensino aprendizagem.
Têm carácter de processo que expressa uma
natureza dinâmica ao possuir seu objecto, relações
interdependentes com o contexto histórico social,
da ciência e os alunos, condições que lhe permitem
adaptar-se ao desenvolvimento social, as
necessidades do estudante aos progressos da
ciência.” (Rita Marina Álvarez de Zayas, 1995)
O currículo como projecto educativo.

“Currículum é um projecto educativo integral com


carácter de processo, que expressa as relações
de interdependência num contexto histórico social;
condição que permite ser redesenhado
sistemáticamente em função do desenvolvimento
social, a evolução da ciência e necessidades dos
estudantes traduzidas na educação do cidadão
que se aspira formar.” (Fátima Addine Fernández,
1995)
O currículo como projecto educativo.
• Responde a:
• Realidade político social;
• exigências científico - metodológicas gerais e
particulares;
• contexto macro-social e institucional;
• um grupo escolar e de professores;
• um sujeito em interaçção com esse contexto.
• O currículo como projecto educativo requer uma
permanente adequação, o que exige uma alta
profissionalidade dos professores, directores e
funcionários.
O currículo como estudo do conteúdo
de ensino.

• Esta posição está relacionada com a


necessidade de um plano temático, fixa
certas metodologías e actividades para
alcançar os objectivos.
• Esta concepção foi desenvolvida desde
a idade Média até a metade do século
XIX e continua ser usada na actualidade.
O currículo como sistema tecnológico de
produção

• Esta concepção propõe que os


resultados da aprendizagem sejam
traduzidos em comportamentos
específicos definidos
operacionalmente a partir de
objectivos.
• Surge nos Estados Unidos, na
década de 60.
O currículo como reconstrução do
conhecimento e proposta de acções

• Este centra o problema curricular na


análise da prática e na solução de
problemas a partir da unidade entre
a teoría e a prática.
TIPOS DE CURRICULUM

Desde o ponto de vista da Politica Educativa

Macro – curriculum – depende do Estado

Meso- Curriculum – Realidade Escolar


Tipos de
curriculum

Micro – curriculum – Sala de aulas


TIPOS DE CURRICULUM

De maneira geral os currículos podem ser:

currículo pensado (teórico, explícito)

currículo Real ou vivido


Tipos de
curriculum
currículo nulo

currículo oculto
TIPOS DE CURRICULUM

Em sua relação com a prática os currículos podem ser:

Obsoletos: Refletem uma prática decadente

Tradicionais: Refletem uma prática dominante


Tipos de
curriculum
Desenvolvedor: Refletem uma prática emergent

Utópicos: Divorciados da prática

Inovadores: É possível e desejável seu desenvolvimento na prática.


TIPOS DE CURRICULUM

Por seu grau de flexibilidade podem ser:

Concepção centralizada (currículos


fechados, rígidos, inflexíveis, normativos).

Tipos de
curriculum

Concepção descentralizada (currículos


abertos, flexíveis).
BASES CURRICULARES

As bases para a construção do currículo são consideradas:

 Condições económicas;

 Estrutura social;

 Estrutura política (políticas educativas);

 Tradições culturais.
currículo é um término que se refere a que e como ensinar. É um
termo polissémico que se usa indistintamente para referir-se a
planos de estudo, programas e inclusive à instrumentação didática.
O currículo é a concreção do desenho, desenvolvimento e
avaliação de um projeto educativo  que responde a umas bases
e fundamentos determinados e a uma concepção didáctica. É
possível distinguir no mesmo três dimensões fundamentais do
trabalho curricular:
 

 O desenho curricular
 O desenvolvimento curricular
 A avaliação curricular
Dimensões curriculares.
DESEVOLVIMENTO CURRICULAR

PROGRAMA PROGRAMAÇÃO
Documento oficial. Reflexão sobre o que
deve ser o trabalho do
Ponto de partida. professor

Miguel Ángel Zabala (1991)


Dimensões curriculares.
Gerais

Desenho
curricular
Desenvolvimento
curricular
Avaliação
curricular
Dimensões curriculares.
Desenho curricular

• É a tradução de um ideário
educativo a uma possibilidade de
realização.
• É a relação entre a intenção e a
acção.
Dimensões curriculares.
Desenho curricular

• É currículo pensado.
• É o plano que se concebe, no qual
está expresso o enfoque educativo
desejado.
Dimensões curriculares.
Desenho curricular. Compreende:

• Determinação das bases e fundamentos


curriculares.
• Critérios de: professores, usuários e
especialistas, população e sector da população
que utilizará os benefícios do graduado.
Dimensões curriculares.
Desenho curricular. Compreende:

 Diagnóstico de necessidades.
 Determinação de problemas
profissionais.
Dimensões curriculares.
Desenho curricular. Compreende:

• Construção do modelo de
egressado.
• Plano de Estudo ou plano curricular.
• Elaboração de programas e
actividades curriculares.
Dimensões curriculares.
Desenvolvimento curricular.

• Se organiza e desenvolve o processo de


ensino aprendizagem, o currículo "cobra
vida", e em grande medida são
materializados os fins do projecto social
e da política educacional.
Dimensões curriculares.
Desenvolvimento curricular.

 É a dimensão dinâmica do currículum,


na qual o projecto se identifica com o
próprio processo educativo .
 É o currículo vivido
Dimensões curriculares.

Avaliação curricular.

 Possui o sentido de retroalimentar o próprio


projecto.
 A avaliação não é um acto final, decorre ao
longo do desenvolvimento do próprio projecto,
nas suas diversas fases.
Dimensões curriculares.

Avaliação curricular.

 É processo, exigência intrínseca do


projecto curricular, em que é avaliado
todo o desenhado desde a concepção
teórica do projecto até ao
desenvolvimento e resultados.
CARACTERÍSTICA DE UM BOM DESENHO CURRICULAR

 Interrelaciona todos os elementos integrantes do mesmo.


 Delimita com claridade e precisão os objetivos que pretende
alcançar.
 Não fica reduzido ao meramente informativo, mas sim abrange
todos os aspectos formativos, tanto do intelecto como da
personalidade do aluno.
 Adapta-se plenamente aos alunos a quem vai dirigido, exigindo
deles o grau de profundidade que lhes corresponde por seu nível
e capacidade.
 Prevê as actividades adequadas para o desenvolvimento dos
objectivos previstos.
CARACTERÍSTICA DE UM BOM DESENHO CURRICULAR, CONTINUAÇÃO ….

 Considera a actividade do aluno como fundamental.


 Fomenta a utilização de variadas técnicas de aprendizagem.
 Especifica o material que será necessário usar e construir.
 Temporaliza adequadamente as actividades e se adapta ao
tempo disponível.
 Permite uma valoração adequada dos objetivos a alcançar.
 Prevê uma análise e reflexão dos resultados obtidos.
 É o suficientemente flexível para poder levar a cabo a
actualização e ampliação dos conhecimentos.

Sancho (1995)
COMPONENTES DO DESENHO CURRICULAR NA EDUCAÇÃO
SUPERIOR

A partir dos estudos realizados da política educacional do país, o


diagnóstico inicial e os problemas profissionais, na educação superior
geralmente se elaboram os seguintes documentos curriculares para a
carreira:
1.- A caracterização da carreira
2.- Modelo do profissional ou perfil do formado.
3.- Os objetivos por níveis ou etapas.
4.- O plano de estudo ou do processo docente.
5.- Os programas docentes ou de estudo

6.- As indicações metodológicas e de organização do processo


docente educativo ao nível de carreira.
COMPONENTES DO DESENHO CURRICULAR NA EDUCAÇÃO
SUPERIOR (PPC)

A caracterização da
carreira
As indicações
metodológicas e de
organização do
PDE ao nível de Modelo do
carreira. profissional ou
perfil do formado.

Acciones

Os objectivos por
níveis ou etapas.
Os programas
docentes ou de
estudo
O plano de estudo ou
do processo docente.
A CARACTERIZAÇÃO DA CARREIRA

A caracterização da carreira tem que conter os seguintes aspectos:


 Sobre a base da utilização do método histórico- lógico se
chegará a realizar uma pequena resenha histórica do
desenvolvimento da carreira.
 Principais fundamentos curriculares em que se sustenta o
currículo.
 A caracterização da carreira deve incluir explicitamente o objeto
do formado ou da profissão, o objeto de trabalho do
profissional, seus campos de ação, as esferas de atuação e
os problemas profissionais que dão origem aos modos de
atuação.
MODELO DO PROFISSIONAL OU PERFIL DO FORMADO.

Modelo do profissional é a descrição das características principais que


deverão ter os educandos como resultado de ter transitado por um
determinado sistema de ensino-aprendizagem.
Arnaz, J., A (1996).

É a descrição do profissional da maneira mais objectiva a partir de suas


características.
Mercado O, Martínez L, y Ramírez C.
MODELO DO PROFISSIONAL OU PERFIL DO FORMADO.

Um perfil bem definido deve ter a suficiente claridade e precisão para


que possa evidenciar como será o formado pelo que os elementos
que o caracterizam podem resumir-se em:
 Especificar as áreas do conhecimento nas quais deverá
adquirir domínio.
 Descrição das tarefas, atividades, acções que deverá realizar
em sortes áreas.
 Delimitação de valores e atitudes a adquirir, necessárias para
o bom desempenho.
 Análise da população que receberá as esferas de trabalho.
 Especificação das habilidades que deve desenvolver do ponto
de vista teórico e prático e que permitirá seu desempenho.
OS OBJETIVOS POR NÍVEIS OU ETAPAS.

Os objetivos por níveis ou etapas delineiam as aspirações ou metas a


alcançar com um indicado caráter de interdisciplinaridade integral. Não
representam a soma dos objetivos das disciplinas deste nível, a não ser
sua integração ou síntese e em plena concordância com o modelo do
profissional, a partir do qual se produz um processo de derivação
gradual.

Estrutura
Anos
Semestres
Trimestres
Outro tipo de período temporário
PLANO DE ESTUDO

O plano de estudo é o documento que estabelece as vias e formas


de levar a cabo o modelo do profissional. Uma tarefa importante na
elaboração do projeto curricular é a determinação dos conteúdos
(conhecimentos, habilidades e valores) necessários para alcançar
os objetivos terminais. A confecção do plano de estudo se faz a partir
da estruturação do conteúdo que demandam os objetivos do
modelo do profissional, distribuídos em áreas, módulos, disciplinas e
cadeiras os quais a sua vez são se localizados racionalmente nas
etapas de estudo.
PLANO DE ESTUDO, CONTINUAÇÃO …

Composição do plano de estudo

Disciplinas Módulos

Cadeiras

Anos

Tempos
Horas Créditos
lectivos
Créditos ou CRA Coeficiente de Rendimento Académico

Indice que mede o desempenho académico do estudante


em cada período lectivo.
QCC –Quantidade
Créditos/ Grelha de créditos do
Disciplinas curricular Curso

Resultado Ex. Microbiologia


final possui 9 créditos
com 90 horas
CRA= RFxCR lectivas e o
CR estudante consegue
6 créditos no final
Os créditos dependem do total de créditos do curso que serão
redistribuidos por cada disciplina da grelha curricular tendo sempre
em consideração o total de horas. Ex. O curso possui 90 créditos, ver
o total de disciplinas, a carga horária e a especificidade das mesmas.
Existem varios critérios, 1 crédito= 15 horas teoricas outros a 6 h e
outros a 30 horas praticas /semestre ou 15.
PLANO DE ESTUDO, CONTINUAÇÃO …

Na elaboração do plano de estudo devem cumprir um conjunto de


requisitos, para que este seja:

Eficiente na utilização
Funcional Flexível Coerente
de recursos

 
Funcional
Sua concepção deve dar resposta às exigências do modelo do
profissional, mas, de uma vez, deve ser aplicável no tempo, ajustado
às características dos estudantes e a instituição, e permitir em sentido
general uma vida escolar harmonicamente estruturada.
 
PLANO DE ESTUDO, CONTINUAÇÃO …

Flexível: deve conceber um plano que apoie, com uma estrutura do


conteúdo de estudos, que permita ajustar-se às particularidades
individuais dos estudantes, que preveja matérias opcionais e saídas
intermédias, e sobre tudo que brinde possibilidades para adequar-se
às transformações que impõe o desenvolvimento científico-técnico e
o contexto de sua execução.
 
Coerente: as atividades docentes e extra-docentes associadas devem
estar concebidas em forma de sistema, em estreita relação umas com
outras, com objetivos bem definidos, aproveitando ao máximo todas as
potencialidades educativas do processo pedagógico, para obter uma
máxima eficiência.
 
PLANO DE ESTUDO, CONTINUAÇÃO …

Eficiente na utilização de recursos: a análise dos recursos


humanos e materiais que intervêm na aplicação do plano de estudos
é uma tarefa que a comissão de especialistas não deve eliminar. O
plano deve ser portador de uma alta qualidade na gestão educacional;
mas, de uma vez, deve obter um mínimo de gastos, aproveitando ao
máximo a planta de professores, a base material de estudo e as
condições concretas da instituição e seu entorno em geral.
OS PROGRAMAS DOCENTES OU DE ESTUDO

O programa docente constitui a descrição sistemática e hierárquica


dos objetivos instrutivo - profissionais, educativos e de formação de
valores que se devem alcançar a partir e dentro das definições dadas
no Modelo do profissional e o Plano de estudo, dos conteúdos
essenciais que se deve ensinar aos estudantes, dos métodos e meios
de ensino fundamentais, assim como dos aspectos de organização
em que se deve estruturar dito programa docente para dar resposta
aos objetivos que lhes atribuíram no modelo do profissional e no plano
de estudo.
ESTRUTURA DE UM PROGRAMA DOCENTE

P  Dados preliminares
R
 Fundamentação da disciplina ou cadeira
O
G  Problemas principais que deve dar resposta
R
A  Objetivos gerais – instrutivos e educativos
M
 Objetivos gerais dos temas que o integram
A
D  Conteúdos básicos (sistema de conhecimentos)
O
C  Sistema de habilidades
E
 Projecção metodológica de como desenvolver o
NT
E processo docente educativo.
 Sistema de avaliação da aprendizagem.
 Bibliografia
DISCIPLINA

Estrutura organizativa do plano de estudo em que, a fim de alcançar


algum ou alguns dos objetivos declarados no perfil do profissional,
organizam-se em forma de sistema e ordenados lógica e
pedagogicamente, os conteúdos.

Hernández H. (2003).
CADEIRA

Constitui um subsistema da disciplina que abrange um subconjunto de


conhecimentos, habilidades, procedimentos e métodos da mesma.

Hernández H. (2003).
CLASSIFICAÇÃO DAS DISCIPLINAS

Dirigidas à formação de qualquer tipo de


formando, contribuem no desenvolvimento de
De formação geral
qualidades muito generais da
personalidade do estudante.
Sem ser próprias da atividade do formando,
mas contribuem com habilidades que se
Básicas convertem em ferramentas ou médios
imprescindíveis para seu modo futuro de
atuar.

São as fundamentais, a essência mesmo


da actuação do formando, embora o
Básicas específicas estuda por parte justamente para
aprofundar.

Ou próprias da actividade do formando,


são aquelas em que o aluno aprende a fazer
Do exercício da profissão. praticamente o mesmo que fará quando se
formar
AS INDICAÇÕES METODOLÓGICAS E DE ORGANIZAÇÃO DO
PROCESSO DOCENTE EDUCATIVO AO NÍVEL DE CARREIRA.

Em alguns centros este documento é conhecido também como


desenho metodológico da carreira.
Em dependência das características e as necessidades de cada
carreira, se incorporaram aspectos tais como:

Os problemas educacionais principais que afectam a carreira em


determinada região ou território e as vias ou estratégias a seguir para
sua solução a curto e médio prazo.

As formas organizativas e métodos que caracterizam a carreira e uma


proposta de médios e avaliação que se adequem às peculiaridades e
à flexibilidade que os desenhos demandam.
CONTINUAÇÃO …

Via que serão empregadas ao nível da carreira para obter a


realização dos processos docentes, investigadores e de
extensão, assim como as formas e períodos fundamentais para
seu desenvolvimento e controlo.

Proposta de possíveis disciplinas optativas/ electivas.


Indicações sobre a instrumentação das estratégias curriculares

Precisões adicionais sobre os diferentes perfis, caso exista.


Precisões sobre a base material requerida, em particular sobre a
bibliografia a utilizar.

Em especial se darão indicações para a avaliação dos objetivos do


modelo do profissional ao culminar a carreira, bem seja mediante
o desenvolvimento de tese de grau, exercícios profissionais ou
outras que se considerem.
Verificável em função: CONCLUSÃO
O contexto socioeconômico;
O avanço do conhecimento
e o exercício das profissões
A instituição que propícia o Contínua, no sentido de
currículo; que deve instaurar um
H O sistema que permita
As condições reais da E N AR
E S UL avaliar o currículo de
estudantada. D RIC maneira permanente.
R
CU

Colóquio Internacional de Desenho


Curricular celebrado em 1981 (Citado por
Díaz Barriga, 1993)

Sistemática e organizada, de
maneira que cada decisão
Participativa, porque se repercuta no currículo em sua
deve envolver a todos os totalidade, nos métodos, nos
setores comprometidos, meios, nos recursos e
mas especialmente aos inclusive em outros ciclos do
docentes e aos alunos.
sistema escolar.
AVALIAÇÃO
CURRICULAR
Dimensões curriculares.

Avaliação curricular.

 Possui o sentido de retroalimentar o próprio projecto.


 A avaliação não é um acto final, decorre ao longo do
desenvolvimento do próprio projecto, nas suas diversas fases.
A avaliação curricular.

FACTORES QUE
IMPULSIONAM A
AVALIAÇÃO CURRICULAR

Útil Valorização
para do trabalho
Melhorar Justificar de
o Programas Instituições
currículo Educativos educativas
A avaliação curricular.

A avaliação é, portanto um
processo, ao mesmo tempo que é
um resultado. Um resultado através
do qual se pode saber até que ponto
(com determinados indicadores) o
desenhado é ou foi cumprido
ou não.
Critérios de diferentes autores sobre a
avaliação curricular.
• R. Tyler: “o processo de avaliação significa
fundamentalmente, determinar em que medida o currículo e o
ensino satisfazem realmente os objetivos da educação”

São observados os vínculos entre


a avaliação da aprendizagem e a
curricular.
Avaliação curricular: dimensões de
currículo.
• L. Nozenko y G. Fornaris: “A avaliação curricular é um
processo inerente a prática curricular, que partindo do
diagnóstico da situação, se identifica e recolhe
sistemática, contínua e organizadamente informação útil,
quantitativa/qualitativa, que uma vez analisada e
interpretada, evidencie o grau de correspondência entre o
previsto e o alcançado num programa,
independentemente da fase em que se encontre:
planificação, execução ou culminação; tudo isso com o
propósito de orientar a tomada de decisões com a
finalidade de melhorar, modificar ou descontinuar o
programa em questão.”

Posição que considera a avaliação em todas as


fases curriculares e que combina informação
quantitativa e qualitativa.
A avaliação curricular:

 É um processo contínuo inerente ao currículo.


 Serve para recolher informação em todas as etapas do processo.
 Serve para determinar o alcance de objetivos formativos.
 Considera os elementos para determinar a eficácia dos recursos
empregues.

 Permite tomar decisões.


 Possibilita retroalimentar ao sistema curricular e procurar seu
melhoramento.
 Se desenha e instrumenta sobre a base dos pressupostos e
referenciais teóricos do currículo.
 Centra sua atenção nos protagonistas do processo de ensino-
aprendizagem.
ELEMENTOS A TER EM CONTA NA AVALIAÇÃO
CURRICULAR.

• Para quê? Objectivos mais gerais da


avaliação e derivar destes
paulatinamente os objetivos
parciais claros, precisos,
atingíveis e avaliáveis

Quê? A avaliação pode referir-se a todo


o currículum ou a um aspecto
particular deste.
Elementos a ter em conta na avaliação curricular
continuação…

• Quem? Em dependência do que se vai


avaliar e do nível organizativo em
que se realizará são determinados os
participantes que serão incluídos na
avaliação e quem a executará em
relação ao nível organizativo do que
se trate.
Cómo? Métodos a utilizar em
dependência do que se
avalia.
Elementos a ter em conta na avaliação curricular
continuação …

• Com quê?
São valorizados os métodos,
recursos, pressupostos.

Quando?
É tida em conta a sequência
ou organização do
processo de avaliação.
TIPOS DE AVALIAÇÃO CURRICULAR.

• De acordo as suas funções.

Avaliação inicial Determinar se as condições


ou para executar o currículo
diagnóstica estão criadas

Etapa activa do processo


Avaliação de ensino- aprendizagem.
formativa ou Desempenha uma função
continuada reguladora.
TIPOS DE AVALIAÇÃO CURRICULAR.

• De acordo a suas funções.

Permite a tomada
Avaliação de decisões em relação ao
sumativa currículo. Inclui avaliar
a própria estratégia de
avaliação curricular.
PRINCIPAIS VIAS DE AVALIAÇÃO CURRICULAR.

 Registro de experiência: Análises da disciplina.


 Trabalho científico metodológico.
 Trabalho científíco-investigativo.
REGISTO DE EXPERIÊNCIAS.

• Análise crítica e um juizo valorativo do programa que


lecciona, mediante o qual se determina onde estão centradas
suas principais dificuldades.

Análise da disciplina

Colectivo de disciplina
ou módulo
TRABALHO CIENTÍFICO-METODOLÓGICO

• É a actividade investigativa ou de desenvolvimento no campo


da didáctica realizada fundamentalmente pelos professores é
concretizada mediante o trabalho docente educativo.

Resultados obtidos são os critérios


básicos para introduzir as modificações
ao processo de ensino-aprendizagem

Aperfeiçoar o processo
Trabalho Científíco-Investigativo
• Enfocado para a solução de problemas
concretos na formação dos futuros
egressados.
Eleva a qualidade da preparação
dos estudantes

Define melhorar os traços que devem


caracterizar o egressado de acordo as
novas necessidades sociais sobre uma
base objectiva.
• Objectivo da avaliação curricular

Valorizar o desenvolvimento , os resultados e a


Consecussão do currículo e através destes, o
desenho curricular, seu valor teórico, metodológico
e a pertinência para a sociedade, para a instituição
educativa e para os individuos implicados no
processo curricular.
DIRECÇÕES DA AVALIAÇÃO CURRICULAR

 Avaliação do trabalho pedagógico.


 Avaliação da aprendizagem
 Avaliação do desenho curricular.
AVALIAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

 A planificação para a intervenção pedagógica em função do


modelo do profissional.
 Organização do processo pedagógico profissional.
 Execução ou direcção do processo.
 Controlo do processo.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM.

 Grau de satisfação do modelo expressado nos objetivos de


cada nivel organizativo, tanto no educativo como no domínio
do conteúdo.
 Formações psicológicas (auto avaliação, aspiração, interesses,
capacidades), exigidas e plasmadas no modelo do profissional.
 Qualidades da personalidade do profissional.

 No que toca ao domínio do conteúdo:


– Integração dos conhecimentos.
– Desenvolvimento de habilidades, os hábitos, sua fixação,
profundidade, sistematização e a aplicação a novas
situações.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM.

 Determinação da significação e o sentido da aprendizagem nos


estudantes, atendendo ao nivel destes, sua motivação e as
potencialidades do conteúdo:
– Será avaliado em que medida o estudante integra o novo
conteúdo com o que já domina, em um novo contexto.
– Domínio que se vai alcançando dos modos de actuação do
profissional, na solução dos problemas aplicando os
métodos de trabalho próprios das ciências correspondentes
e os métodos da investigação científica.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM.

• Medida em que o estudante participa na direcção de sua


própria aprendizagem.
• Nivel de orientação profissional da aprendizagem. Faz
referência ao vínculo do que se aprende com seu futuro
desempenho profissional.
AVALIAÇÃO DO DESENHO CURRICULAR.

 A integração das avaliações de trabalho pedagógico e da


aprendizagem dos estudantes permite conceber a avaliação do
desenho curricular como um processo investigativo em que
são esclarecidos os problemas presentes.

 Desde os resultados das avaliações anteriores é valorizado o


desenvolvimento do desenho no micro currículo, onde alcança
maior concretização e são tiradas conclusões referidas ao
meso e macro currículo.
AVALIAÇÃO DO DESENHO CURRICULAR.

• Aspectos a ter em conta na avaliação:


– Em que medida o desenho projetado satisfaz a demanda
social.
– Em que medida o desenho projecado foi interpretado e
executado na realidade.
– Que aspectos do desenho curricular devem ser adequados
ou redesenhados.
– Qual deve ser o novo desenho.
Exemplo de operacionalização e
instrumentos de avaliação curricular

Referenciais teóricos curriculares

Interdisciplinariedade
Processo de
ensino-
aprendizagem
Contextualização
desenvolvedora
Variável: processo de ensino-aprendizagem
desenvolvedora
Dimensões da variável

Problematização Aprendizagem desenvolvedora


I Problema docente I
n n Actividades de regulação
d Conhecimentos d
i prêvios i Actividades autorregulativas
c c
Vivências Relações significativas
a a
d d Motivação por aprender
Tarefas para resolver o
o o
problema
r r Expectativas positivas para
e Solução e resultados
s s
Relação das variáveis com os instrumentos
VARIÁVEL Instrumentos Objetivos
Observação de Constatar
aulas Valorizar a
Processo de
ensino- Inventário de motivação
aprendizagem opiniões
Avaliar opiniões
desenvolvedora Relatórios colectivos de professores
pedagógicos Constatar
Auto avaliação dos Explorar auto
estudantes e valorações
professores Valorizar a
Composição evolução
Observação
atitudinal
Conclusões

 A avaliação curricular implica:


 Reflexão,
 Análises críticas,
 Valorização de suas implicações
 Pessoais e sociais.

 Não apenas é um problema de instrumentos,


procedimentos ou questões técnicas
“Decir bien es bueno; pero
obrar bien es mejor!”

(J. Martí. OC. T. 22, pág. 37)

Muchas Gracias

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