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Pós-docência

Pós-docência

Principais Teorias
Curriculares
Pós-docência

TEORIAS CURRICULARES

O currículo é mais do que uma lista de tópicos, é uma construção histórica


e cultural que evolui ao longo do tempo. Os professores devem entender não
apenas os conteúdos, mas também o propósito do currículo.
Ao longo dos anos, diferentes correntes pedagógicas moldaram o conceito
de currículo na educação, resultando em três principais teorias: tradicionais, críticas
e pós-críticas.
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TEORIAS CURRICULARES
Tradicional
As teorias curriculares tradicionais, também conhecidas como teorias técnicas,
surgiram na primeira metade do século XX, principalmente através de figuras como John
Franklin Bobbitt. Essas teorias associavam as disciplinas do currículo a um modelo mecânico.
Isso refletia o contexto industrial da época, marcado pelo Taylorismo, que buscava
padronização, imposição de regras, trabalho repetitivo e divisão específica de tarefas.
Essas teorias tradicionais também aplicaram essa lógica ao currículo educacional. O
currículo era visto como uma instrução mecânica, com uma lista de tópicos impostos que os
professores deveriam ensinar e os alunos memorizarem. A elaboração do currículo se tornou
uma atividade burocrática, desprovida de significado. O ensino era centrado no professor, que
transmitia conhecimentos aos alunos, que eram vistos apenas como repetidores dos conteúdos
apresentados.
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TEORIAS CURRICULARES
Crítica
As teorias curriculares críticas têm sua base nas concepções marxistas e na Teoria
Crítica da Escola de Frankfurt, representada por Max Horkheimer e Theodor Adorno, além da
influência da Nova Sociologia da Educação, com Pierre Bourdieu e Louis Althusser.
Na década de 1960, essas ideias ganharam destaque ao considerar a escola e a educação como
meios de reprodução e legitimação das desigualdades sociais presentes na sociedade
capitalista. Segundo essa visão, o currículo reflete os interesses das classes dominantes, não
levando em conta os grupos subordinados.
Dessa forma, o currículo não é apenas um conjunto organizado de matérias, mas
também deve possuir uma abordagem crítica para promover uma perspectiva libertadora,
visando beneficiar as massas populares. As práticas curriculares são entendidas como espaços
de defesa das lutas culturais e sociais.
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TEORIAS CURRICULARES
Pós-Crítica
Nas décadas de 1970 e 1980, surgiram as teorias curriculares pós-críticas, baseadas
em princípios fenomenológicos, pós-estruturalistas e multiculturalistas. Em contraste com
abordagens tradicionais e críticas, as pós-críticas focaram no indivíduo, indo além das
considerações sobre classes sociais.
Essas teorias valorizaram não somente a realidade social, mas também as características
étnicas, culturais, raciais, de gênero e orientação sexual, ou seja, as diversas diferenças entre
pessoas. Seu propósito era combater a opressão de grupos marginalizados e promover
inclusão na sociedade.
Argumentavam que o currículo tradicional legitimava preconceitos. Sua função
passou a ser adaptar-se ao contexto dos alunos, encorajando compreensão, respeito e
diversidade em práticas culturais. Sob influência do pós-estruturalismo, o currículo passou a
perceber o conhecimento como relativo à perspectiva histórica, evoluindo em diferentes
tempos e lugares.
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Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais para a
Educação Profissional e
Tecnológica
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DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO


PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 5 DE JANEIRO DE 2021

Art. 1º Paragrafo Único. Entende-se por Diretriz o conjunto articulado de


princípios e critérios a serem observados pelos sistemas de ensino e pelas
instituições e redes de ensino públicas e privadas, na organização, no planejamento,
no desenvolvimento e na avaliação da Educação Profissional e Tecnológica,
presencial e a distância.
Art. 2º A Educação Profissional e Tecnológica é modalidade educacional
que perpassa todos os níveis da educação nacional, integrada às demais
modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da
tecnologia, organizada por eixos tecnológicos, em consonância com a estrutura
sócio-ocupacional do trabalho e as exigências da formação profissional nos
diferentes níveis de desenvolvimento, observadas as leis e normas vigentes.
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DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO


PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
PRINCÍPIOS NORTEADORES

I - Parceria com setor produtivo para formar estudantes em profissões


técnicas.
II - Respeito à diversidade de ideias pedagógicas.
III - Educação integral para cidadania e trabalho.
IV - Trabalho como base curricular para competências.
V - Pesquisa para preparar para mudanças.
VI - Tecnologia essencial para setores produtivos.
VII - Conexão entre educação, prática e história.
VIII - Integração de conhecimentos no currículo.
IX - Ensino flexível, prático e interdisciplinar.
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DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO


PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 5 DE JANEIRO DE 2021

X - Vínculo com desenvolvimento local e econômico.


XI - Inclusão de pessoas com necessidades especiais.
XII - Educação para acolhimento e privação de liberdade.
XIII - Reconhecimento de identidades diversas.
XIV - Valorização de várias formas de trabalho e cultura.
XV - Flexibilidade em trajetórias formativas.
XVI - Perfis profissionais alinhados com demandas.
XVII - Autonomia das escolas com base em diretrizes.
XVIII - Colaboração para aprendizagem e emprego.
XIX - Estímulo à inovação em vários aspectos.
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DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO


PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

As diretrizes profissionais curriculares nacionais tem como base a idéia de


competência profissional
Essa competência é definida como a capacidade pessoal de mobilizar, articular,
integrar e colocar em ação os conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e emoções que
permitam responder intencionalmente aos desafios do mundo do trabalho.

C - Conhecimento
H - Habilidade
A - Atitude
V - Valores
E - Emoções
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DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO


PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
Na metodologia Senai de Educação Profissional o desenvolvimento de capacidade é
considerado o tema central seguido pelos seus norteadores:

M – Mediação da aprendizagem
A – Avaliação da aprendizagem
T – Teoria e prática integradas
E – Ênfase no aprender
M – Mundo do trabalho e práticas sociais
A – Aprendizagem Significativa
I – Interdisciplinaridade
I – Incentivo ao pensamento criativo e a inovação
I – Incentivo ao uso de tecnologias educacionais
C - Contextualização
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Análises Críticas
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ANÁLISE CRÍTICA SOBRE AS LEITURAS REALIZADAS

O texto da apostila fornece uma visão abrangente sobre o conceito de


currículo no campo educacional ao longo da história. Vou dividir a análise em
partes:

1. Definição de curriculo
2. Análise histórica
3. Contexto brasileiro
4. Perspectivas Tradicinais Vs. Críticas
5. Multiculturalismo e diversidade
6. Definição atual
7. Desafios atuais
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ANÁLISE CRÍTICA SOBRE AS LEITURAS REALIZADAS


1. Definição de Currículo: O texto começa por definir o currículo como o ambiente
do conhecimento, espaço de contestação social, lugar da gestão e participação na
educação. Essa definição inicialmente ampla serve como um ponto de partida sólido
para a discussão subsequente.

2. Evolução Histórica: O texto traça a evolução histórica do conceito de currículo,


desde a sua primeira menção em 1633 até o seu desenvolvimento e mudanças ao
longo dos anos, destacando a relação entre currículo e princípios de globalidade
estrutural e sequenciação da experiência educacional.

3. Contexto Brasileiro: Ele também aborda o contexto brasileiro, mencionando


como as discussões sobre currículo surgiram nos anos 1970, em resposta a reformas
no sistema educacional e as mudanças nas licenciaturas. Isso contextualiza a
discussão no âmbito nacional.
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ANÁLISE CRÍTICA SOBRE AS LEITURAS REALIZADAS

4. Perspectivas Tradicionais vs. Críticas: O texto destaca a mudança de perspectiva


em relação ao currículo, passando das visões tradicionais, que enfatizavam a seleção
de conteúdo útil, para abordagens mais críticas que reconhecem o viés ideológico e
a importância das escolhas curriculares na construção de identidades e
subjetividades.

5. Multiculturalismo e Diversidade: O texto aborda a importância do currículo em


refletir as múltiplas culturas presentes no contexto educacional e destaca a
necessidade de incluir as culturas locais e anteriormente excluídas no currículo.
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ANÁLISE CRÍTICA SOBRE AS LEITURAS REALIZADAS

6. Definição Atual: O texto oferece uma definição atualizada de currículo,


destacando sua importância na construção de identidades dos estudantes e no
desenvolvimento de suas capacidades cognitivas e socioafetivas. Isso reflete uma
visão contemporânea do currículo como uma proposta de ação educativa.

7. Desafios Atuais: O texto encerra mencionando os desafios atuais relacionados ao


currículo, como o que ensinar e como ensinar, bem como a discussão sobre o
currículo oculto, que enfatiza as questões não explícitas que também desempenham
um papel na educação.
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ANÁLISE CRÍTICA SOBRE AS LEITURAS REALIZADAS

CONCLUSÃO

No geral, o texto oferece uma visão informativa e crítica sobre a evolução


do conceito de currículo na educação, destacando como ele está intrinsecamente
ligado à cultura, à ideologia e à construção de identidades dos estudantes. Ele
aborda questões importantes e desafios atuais no campo educacional, tornando-o
uma contribuição valiosa para a compreensão do tópico.
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Referências

MEC. Histórico da Educação Profissional e Tecnológica no Brasil.2023.

NOVOA, António. Firmar a posição como docente, afirmar a profissão docente.


Cad. Pesqui. [online]. 2017.

PINHO, C. E. S. Ascensão e Ocaso do Governo Dilma Rousseff à luz das


Capacidades do Estado Brasileiro: usurpação democrática e corrosão do Estado
de Bem-Estar Social (2011- 2016). In: CARDODO JÚNIOR, J. C. P. et al. (Ed.),
planejamento governamental e finanças públicas no Brasil contemporâneo no
século XXI. São Paulo: Fund. Perseu Abramo, 2017.

PINTO, José Marcelino de Rezende. FUNDEB aprovado na Câmara. [Entrevista


cedida a] Anped.org. Anped, Rio de Janeiro, 24 jul. 2020.
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RAMOS, Marise N. O currículo para o Ensino Médio em suas diferentes


modalidades: concepções, propostas e problemas. Educ. Soc., Campinas, v. 32, n.
116, p. 771-788, set. 2011.

SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. 3. ed. Campinas:


Autores Associados, 2011.

SHIROMA. Eneida Oto. Gerencialismo e formação de docentes nas agendas das


Organizações Multilaterais. Momento: diálogos em Educação. v.27. n.2, p. 88-106,
maio/agosto. 2018.

SILVA. Luciano Pereira da Silva. Formação Profissional no Brasil: o papel do Serviço


Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI. 2010.
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