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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE BENGUELA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA SAÚDE


LICENCIATURA EM ENSINO PRIMÁRIO

UNIDADE CURRICULAR: TEORIA DO DESENVOLVIMENTO


CURRICULAR

TEMA:

TEORIAS CURRICULARES:
 TEORIA TÉCNICA
 TEORIA PRÁTICA
 TEORIA CRÍTICA
 FUNDAMENTOS CURRICULARES

Elaborado por grupo nº 4 DOCENTE


Turma: G002
Período: Manhã ________________________________
Curso: Enfermagem Juliano Mule

BENGUELA/OUTUBRO 2023

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE BENGUELA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENSINO PRIMÁRIO

UNIDADE CURRICULAR: TEORIA DO DESENVOLVIMENTO


CURRICULAR

TEMA:

TEORIAS CURRICULARES:
 TEORIA TÉCNICA
 TEORIA PRÁTICA
 TEORIA CRÍTICA
 FUNDAMENTOS CURRICULARES

Elaborado por grupo nº 3


Turma: F012
Período: Tarde
Curso: Ensino Primário

Elementos do grupo:
1. Hernandes Quibita
2. Helena isaac
3. Helena Antunes
4. Laura Chandja
5. Laurinda Monteiro
DOCENTE
_________________________________
Juliano Mule

BENGUELA/OUTUBRO 2023

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PENSAMENTO

“O currículo reflete a ideologia de uma sociedade presente nas ações e


nas ideias de todos os envolvidos no processo educativo”.

Paulo Freire

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AGRADECIMENTO

Expressamos a nossa gratidão primeiramente ao supremo Deus, pela vida e


intelecto; em seguida, a todos aqueles que fazem parte da nossa camaradagem
intelectual: colegas, amigos… e aos nossos mestres que ao longo deste percurso
formativo nos vão agregando valores.

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DEDICATÓRIA

A toda classe acadêmica que venha interessar-se pelo estudo desta temática.

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ÍNDICE
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................7
DESENVOLVIMENTO..............................................................................................................8
Conceito..................................................................................................................................8
A FUNÇÃO DA TEORIA CURRICULAR...............................................................................9
TEORIA TÉCNICA................................................................................................................9
TEORIA PRÁTICA..............................................................................................................10
AS TEORIAS CRÍTICAS....................................................................................................10
FUNDAMENTOS CURRICULARES....................................................................................11
CONCLUSÃO..........................................................................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................13

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INTRODUÇÃO
É consabido pelos estudiosos da ciência do ensino primário, que a
Teoria Curricular ( TC ) é uma disciplina acadêmica dedicada a examinar e
moldar currículos educacionais . Existem muitas interpretações do Processo
Curricular, sendo tão restritas quanto a dinâmica do processo de
aprendizagem de uma criança numa sala de aula ao percurso de
aprendizagem ao longo da vida que um indivíduo percorre. A PC pode ser
abordada sob as
perspectivas educacional , filosófica , psicológica e sociológica . James
MacDonald afirma que "uma preocupação central dos teóricos é identificar a
unidade fundamental do currículo com a qual construir sistemas conceituais.
Quer sejam decisões racionais , processos de ação, padrões de linguagem ou
qualquer outra unidade potencial , não foi acordado pelos teóricos ."

A teoria do currículo preocupa-se fundamentalmente com os


valores , com a análise histórica do currículo, com as formas de ver o currículo
educacional atual e as decisões políticas, e com a teorização sobre os
currículos do futuro.

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DESENVOLVIMENTO
Conceito
Pinar define o campo contemporâneo da teoria do currículo como “o
esforço para compreender o currículo como uma representação simbólica ”.

A primeira menção da palavra "currículo" nos registros universitários foi


em 1582, na Universidade de Leiden , Holanda : "tendo completado o currículo
dos seus estudos". No entanto, acredita-se que a teoria do currículo
como campo de estudo tenha sido iniciada com a publicação do Relatório de
Yale sobre a Defesa dos Clássicos em 1828, que promoveu o estudo de um
currículo clássico, incluindo latim e grego , de cor. memorização .

Do ponto de vista etimológico a palavra currículo deriva do grego,


curriculum, que, por sua vez, significa “pista de corrida”. De imediato nos leva a
uma interpretação de que o currículo escolar se refere a uma trajetória, ao
caminho percorrido pelo homem no processo de significação do mundo e
produção do conhecimento.

Do ponto de vista acadêmico, podemos classificar as teorias do currículo


em três tipos: teorias tradicionais, teorias críticas e teorias pós-críticas. Em
vista disso, faremos a discussão de cada uma delas para assim
compreendermos a relação entre o currículo e os processos de ensino-
aprendizagem. Silva (2010) ressalta que o entendimento do currículo deve
levar em consideração as questões de identidade e de poder. Nesse contexto,
os conteúdos e competências oficiais do currículo escolar também é uma
questão de classe e, portanto, de capital econômico, social e cultural, conforme
pensado em Bourdieu (2012).

De acordo com Gonçalves (2012, p.15) “o currículo é sempre resultado


de uma seleção: de um universo mais amplo de conhecimentos e saberes
seleciona-se aquela parte que vai constituir precisamente o currículo”. Nesse
sentido, aquilo que “constitui o currículo é o resultado de um processo que
reflete os interesses particulares das classes e grupos dominantes”
(GONÇALVES, 2012, p. 15).

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A FUNÇÃO DA TEORIA CURRICULAR

Além de ensinar um determinado assunto, deve aguçar as


potencialidades e a criticidade dos alunos. Nessa perspectiva, a função da
teoria curricular é compreender e descrever fenômenos da prática curricular. É
através da teoria que teremos a compreensão do objeto e intenções de um
determinado grupo social.

As teorias curriculares versam sobre a função e as perspectivas do


currículo no contexto educacional. Elas dividem-se em tradicionais, críticas e
pós-críticas.

TEORIA TÉCNICA

As teorias curriculares tradicionais, também chamadas de teorias


técnicas, foram promovidas na primeira metade do século XX, sobretudo por
John Franklin Bobbitt, que associava as disciplinas curriculares a uma questão
puramente mecânica.

As teorias curriculares tradicionais, também chamadas de teorias


técnicas, foram promovidas na primeira metade do século XX, sobretudo por
John Franklin Bobbitt, que associava as disciplinas curriculares a uma questão
puramente mecânica. Nessa perspectiva, o sistema educacional estaria

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conceitualmente atrelado ao sistema industrial, que, na época, vivia os
paradigmas da administração científica, também conhecida como Taylorismo.

Assim, da mesma forma que o Taylorismo buscava a padronização, a


imposição de regras no ambiente produtivo, o trabalho repetitivo e com base
em divisões específicas de tarefas, além da produção em massa, as teorias
tradicionais também seguiram essa lógica no princípio do currículo. Dessa
forma, o currículo era visto como uma instrução mecânica em que se elaborava
a listagem de assuntos impostos que deveriam ser ensinados pelo professor e
memorizados (repetidos) pelos estudantes.

Nesse sentido, a elaboração do currículo limitava-se a ser uma atividade


burocrática, desprovida de sentido e fundamentada na concepção de que o
ensino estava centrado na figura do professor, que transmitia conhecimentos
específicos aos alunos, estes vistos apenas como meros repetidores dos
assuntos apresentados.

TEORIA PRÁTICA

Para a teoria prática, o currículo é olhado como um processo, definindo-


se como uma proposta que pode ser interpretada pelos professores, de modos
distintos, e adequada a diferentes contextos, englobando a interacção didáctica
que existe ao nível da sala de aula (Pacheco, 1996).

AS TEORIAS CRÍTICAS

As teorias críticas do currículo, por sua vez, surgem a partir dos


movimentos sociais nos anos de 1960. Eles se constituem de abordagens
baseadas na crítica ao modelo de currículo profissional centrado na reprodução
do modelo fabril, na reprodução, no monitoramento e no controle rigoroso dos
processos de ensino aprendizagem com base na sistematização de um
currículo de base hegemônica. Silva (2010) aponta alguns desses movimentos
que modificaram e/ou trouxeram uma nova visão de currículo, tais como: Os
movimentos de independência das antigas coloniais europeias; os protestos
estudantis na França e em vários outros países; a continuação do movimento
dos direitos civis nos Estados Unidos; os protestos contra a guerra do Vietnã;
os movimentos de contracultura; o movimento feminista; a liberação sexual; as

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lutas contra a ditadura militar no Brasil (SILVA, 2010, p.29). Esses movimentos
trouxeram à tona a discussão sobre as diversas formas de opressão e
colonização do outro, suscitando uma discussão sobre os marginalizados na
sociedade, principalmente, sobre a pobreza e desigualdade social, incluindo,
aqui, àquelas materializadas pelo currículo escolar em que predomina a língua,
a cultura e os saberes das classes privilegiadas economicamente. Desse
modo, as teorias críticas do currículo surgem como uma alternativa para
compreensão do processo de ensino aprendizagem e dos saberes e
competências que perpassam o currículo. Colocam-se no lugar da crítica dos
conhecimentos até então naturalizados no currículo, entendido, aqui, não
apenas como conteúdos, objetivos, competências, metodologias, etc., mas
como uma práxis pedagógica ligada à dinâmica da vida social, à luta de
classes e, portanto, ligado à cultura. Silva (2010) enfatiza ainda que essas
teorias surgem como uma nova forma de “conceptualização”, como um
“movimento” que critica a concepção tecnicista de currículo pensada pelos
primeiros pesquisadores da área, tais como Bobbitt e Tyler.

FUNDAMENTOS CURRICULARES

Os fundamentos curriculares referem-se aos princípios, teorias e bases


filosóficas que sustentam a elaboração e implementação de um currículo
educacional. Eles apresentam uma estrutura conceitual sobre qual plano de
estudos é desenvolvido e justificado. Elencamos a seguir alguns elementos-
chave dos fundamentos curriculares:

A filosofia educacional: desempenha um papel fundamental nos


fundamentos curriculares. Ela aborda questões fundamentais, como o
propósito da educação, a natureza do conhecimento e a finalidade do ensino.
As escolhas filosóficas influenciam diretamente as decisões curriculares.

Objetivos Educacionais: Definir objetivos educacionais claros é crucial.

Os fundamentos curriculares identificam o que os alunos devem


aprender, estabelecendo metas específicas e mensuráveis que direcionam o
planejamento do ensino e a avaliação do aprendizado.

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Segundo Tyler, Ralph W., o processo de planejamento curricular deveria
começar com a identificação clara dos objetivos educacionais. Ele propôs que
os educadores deveriam responder às quatro perguntas fundamentais ao
desenvolver um currículo: - O que os alunos devem aprender? - Como
saberemos se eles aprenderam? - Como ensinaremos? - Como organizaremos
e avaliaremos o ensino.

CONCLUSÃO
Concluindo, as teorias curriculares desempenham um papel crucial na
moldagem da educação, influenciando a forma como os currículos são
desenvolvidos, implementados e avaliados.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMORIM, Ana Luisa Nogueira de. Educação infantil e currículo: compassos e


descompassos entre os aspectos teóricos, legais e políticos. Espaço Currículo,
v.3. n.1, pp.551-461, mar/set 2010.
BOURDIEU, Pierre. Sur l’État. Cours au Collège de France (1989-1992). Paris:
Raisons d’Agir/Seuil, 2012.
Tyler, RW (2013). Princípios básicos de currículo e instrução. Imprensa da
Universidade de Chicago.

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