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TEORIAS

CURRICULARES
Versam sobre a função e as perspectivas do

currículo no contexto educacional, além de

serem importantes formas de compreensão do

mesmo.

CURRÍCULO
Abrange as experiências de aprendizagens implementadas pelas instituições
escolares e que deverão ser vivenciadas pelos estudantes. Nele estão contidos os
conteúdos que deverão ser abordados no processo de ensino-aprendizagem e a
metodologia utilizada para os diferentes níveis de ensino.
Deve contribuir para construção da identidade dos alunos, ressaltando a
individualidade e o contexto social que estão inseridos.

Teorias Tradicionais
Objetivo principal de preparar para aquisição de
habilidades intelectuais através de práticas de
memorização. Teve origem nos Estados Unidos e tem
como base a tendência conservadora, baseada nos
princípios de Taylor, que igualava o sistema
educacional ao modelo organizacional e administrativo
das empresas.

Teorias Críticas

Plano teórico baseado nas


concepções marxistas.
Vinculada a autores da Escola
de Frankfurt, destacando-se
Max Horkheimer e Theodor
Adorno, além da também
importante influência dos
autores da Nova Sociologia da
Educação Pierre Bourdieu e
Louis Althusser.

Teorias Pós-Críticas

Emergiram a partir das


décadas de 1970 e 1980,
partindo dos princípios da
fenomenologia do pós-
estruturalismo e dos ideais
multiculturais. Criticou a teoria
tradicional assim como a teoria
crítica, mas levou suas questões
além das classes sociais, tendo
como foco principal o sujeito.

Fique Ligado!

Teorias são noções


particulares, sendo aceitas
ou não pelas pessoas.
Os currículos são definidos
da maneira que são
concebidos pelas teorias.
Somente uma definição não
revela como um currículo
realmente é.
CARACTERÍSTICAS DA TEORIA

TRADICIONAL
Ensino
Aprendizagem
Metodologia
Didática
Organização
Planejamento
Eficiência
O contexto do surgimento da visão tradicional
de currículo está na massificação da
escolarização, na industrialização e nos
movimentos migratório.
Sua concepção tem referências nas fábricas e
os princípios do Taylorismo e Fordismo.

Taylorismo
1º PRINCÍPIO DO TAYLORISMO
A interferência do conhecimento operário
e sua disciplina sob o controle da
gerência.
Análise científica do trabalho, através do
estudo dos movimentos de cada operário,
decifrando os úteis para eliminar os
inúteis, intensificando o trabalho.
Identificação do melhor tempo para a
realização das tarefas.
Consequências:
padronização do trabalho para
eliminar a iniciativa e escolher o
melhor método;
projeção do trabalho simplificado de
encontro ao trabalho concreto.

2º PRINCÍPIO DO TAYLORISMO
Seleção e Treinamento
Com o planejamento e a simplificação do
trabalho com a escolha do operário
adequado. Em seguida, o trabalhador certo
para o trabalho certo, e a necessidade de
treinamento do indivíduo, não em uma
profissão, mas para a execução de tarefas
como determinam a gerência.

3º PRINCÍPIO DO TAYLORISMO
A "ordem de produção" ou a "tarefa" como o
elemento central da programação do
trabalho.
Na tarefa é especificado o que deve ser feito
e também como fazê-lo, além do tempo exato
concebido para a execução.
Fordismo
1º PRINCÍPIO DO FORDISMO
Intensificação:
Diminuição do tempo de duração

como uso dos equipamentos

matéria-prima com rápida

colocação do produto no

mercado.

2º PRINCÍPIO DO FORDISMO
Economia:
Reduzir ao volume mínimo o estoque

de matéria-prima em

transformação.

3º PRINCÍPIO DO FORDISMO
Produtividade:
Aumento da capacidade de produção

através da especialização e linha de

montagem.
Maior produção e melhor salário para

o operário.

Se liga na dica
O objetivo fundamental da

criação e implementação do

Fordismo foi a redução dos custos


de produção - e a consequente

redução dos preços dos produtos

-, ampliando, assim, o acesso a

um maior número de

consumidores e aumentando os

lucros das empresas. Por isso a

teoria que mais se aproxima

desses princípios seja a

Tradicional, pois é aplicada às

escolas visando a padronização

dos processos pedagógicos,

enxergando o aluno como um

produto fabril.
TEORIAS CRÍTICAS
MOTIVOS

As primeiras críticas à visão tradicional


sugiram na década de 1960, em meio
aos movimentos sociais e culturais.
Apresenta-se neutra, científica,
desvinculado das relações de poder.
Fomenta a aceitação, ajuste e
adaptação, sem questionar os arranjos
sociais.
VISÃO CRÍTICA

Questiona as desigualdades provocadas


pela visão tradicional, pois estas valorizam
apenas o mecanismo de eficácia, assim, as
escolas reproduzem os aspectos
necessários para a sociedade capitalista e
sua ideologia. Essa cultura dominante se
expressa através de um código as quais
essas classes compreendem facilmente
pois estiveram imersas nelas toda sua vida.
Já para as classes dominadas esse código
é indecifrável.
ARGUMENTOS PRINCIPAIS

É preciso compreender o que o currículo


faz, pois, é no interior da cultura que a
escola seleciona o que a experiência
humana considera adequado transmitir.
Na concepção crítica não existe cultura
única e homogênea aceita que deva ser
transmitida no futuro, mas um terreno
composto por conflitos da vida social,
tudo pelo qual deve-se lutar e não o que
se recebe.
Portanto, o currículo deve funcionar
como instrumento de emancipação e
libertação, condicionada pelos aspectos
sociais, políticos e culturais, propondo
uma interação entre conteúdo e
realidade concreta.
Professor como autoridade competente,
interferindo e criando condições para
apropriação do conhecimento e, aluno
como participante ativo no processo de
aprendizagem.
TEORIAS PÓS CRÍTICAS
MOTIVOS

A partir das décadas de 1970 e 1980 as


teorias curriculares pós críticas, emergiram
partindo dos princípios da fenomenologia,
do pós-estruturalismo e dos ideais
multiculturais, criticando duramente as
teorias tradicionais, porém elevando as
suas condições para além da questão das
classes sociais, indo direto ao foco
principal: o sujeito.
A função do currículo nesta época então,
era a de se adaptar ao contexto específico
dos estudantes para que o aluno
compreendesse nos costumes e práticas do
outro uma relação de diversidade e
respeito.
CONTEXTO

* Sociedade multicultural,
democrática economica e
socialmente desigual;
* Movimentos Sociais;
* Novas formas de análise social;
* Mudança no conceito de
Cultura;
* Virada Linguística
* Instabilidade no campo Cultural

VISÃO PÓS-CRÍTICA

No limiar do século XXI surgem as


teorias pós-críticas que direcionam
as bases para um currículo que
vincule conhecimento, identidade e
poder com temas como gênero,
raça, etnia, subjetividade,
sexualidade, multiculturalismo, entre
outros.

O movimento crítico se preocupou em

lutar contra as divisões e desigualdades

oriundas de um currículo excludente,

ancorando-se ao libertarismo e

trazendo à tona temáticas, como

“distribuição, hierarquização e

transmissão de conteúdos na escola”

(MOREIRA; TADEU, 2011, p.8).


PRINCIPAIS REPRESENTANTES
TEORIAS TRADICIONAIS
John Dewey - Progressivismo e Democratização
da Sociedade.
Franklin Bobbitt - Técnico. Preparar as pessoas

para a sociedade.
Ralph Tyler - Eficientista. Escola deve te
utilidade para a sociedade.

TEORIAS CRÍTICAS
Michael Apple: Crítica neomarxista
Henry Giroux - Currículo como política cultural.
Paulo Freire - Pedagogia libertadora.
Michael Young -Currículo como construção social.
Basil Bernstein - Escola como instância de
reprodução social.
TEORIAS PÓS-CRÍTICAS
Pós-Estruturalismo
Michel Foucault ou Jacques Derrida - recusa

aos fundamentos tradicionais da filosofia, como


as ideias de verdade, objetividade e razão
Pós-Modernismo
Michel Foucault, Gilles Deleuze, John Rawls
Ausência de valores e regras, imprecisão,

individualismo, pluralidade, mistura do real e do


imaginário (hiper-real), produção em série,

espontaneidade e liberdade de expressão.

Pós-Colonialismo
Aimé Césaire, Frantz Fanon, Gayatri Spyvak,

Bill Ashcroft, Boaventura de Sousa Santos,

Stuart Hall e Homi Bhabha.


compreender as relações de poder estabelecidas

pelos colonizadores nos países que passaram por

processos de colonialismos herdados pelos currículos

escolares.

Estudos Culturais
Defesa dos grupos mais fracos;
As relações de poder interferem no modo como
vemos a realidade;
Práticas em sala de aula que valorizam os saberes
e culturasde todos os grupos

Multiculturalismo
Surge nos EUA; Repensa a escola, a partir de

saberes que são produzidos em vários grupos

sociais.

Estudos Feministas
Defende a presença da produção feminina nos
currículos;
Utilizar o modo da mulher ver o mundo nos estudos;
Questiona a visão hetero, sexista e machista que
perpassa para a escola.

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