Você está na página 1de 30

Currículo

O norte para o Ensino e a aprendizagem

Prof. Esp. Elias Gonçalves Lobato


Currículo

 O que é?
 Para que serve?
 O que leva em consideração?
 A quem se destina?
 Como se constrói?
 Como se implementa?
Currículo
Qual o seu
conceito?
Etimologia da Palavra

Etimologicamente a palavra currículo vem do


grego Curriculum que quer dizer “pista de
corrida”. E isso nos leva a entender que o
significado do currículo é uma trajetória, um
caminho, uma trilha percorrida pelo homem no
sentido de compreender o mundo, a sociedade.
Só que esse currículo é uma questão de
identidade e poder.
 Significado de Currículo Escolar: “Conjunto de
disciplinas sobre um determinado curso ou
programa de ensino ou a trajetória de um
indivíduo para o seu aperfeiçoamento”
 Origem do Currículo Escolar: Os primeiros
estudos foram feitos nos Estados Unidos, por
Franklin Bobbit, influenciado pelas experiências
exitosas das industrias, passou e incorporar na
administração escolar.
 Surgimento do Currículo Escolar no Brasil: foi
no inicio do século XX, momento em que o
Brasil passou por importantes reformas no
ensino realizadas em vários Estados. Esse
movimento renovador ficou conhecido com –
Escola Nova ou Escolanovismo. É nesse cenário
que nasce os estudos sobre currículo no Brasil.
 Base Legal: o currículo escolar hoje é
fundamentado na Constituição Federal de
1988, na LDB 9394/96, em Resoluçõs e
Pareceres do CNE, dos CEE e dos CME.
O que é?
→ São construções e seleções de
conhecimentos e práticas produzidas
em contextos concretos e em dinâmicas
sociais, políticas e culturais, intelectuais
e pedagógicas. (ARROYO, 2008. p.09)
→ “É a matéria prima com que
configuramos as imagens e protótipos
de alunos” (ARROYO, 2008.p.22)
Para que serve?

São instruções que devem ser vistas


como bússola que norteia os passos
da Educação do país, de cada rede
de ensino e de cada professor.
O que leva em consideração?

 O currículo é um instrumento que deve


levar em conta as diversas
possibilidades de aprendizagem não só
no que concerne à seleção de metas e
conteúdos, mas também na maneira de
planejar as atividades.
A quem se destina?

→ A escolha do tipo ideal de alunos que queremos


formar.
Como se constrói?

→ Se constrói a partir de indagações sobre quais


conhecimentos ensinar-aprender como ordená-lo,
organizá-los, em que lógicas, hierarquia e
precedências, em que tempos e espaços.
Como se implementa?

 Por meio da reflexão e do trabalho coletivo;


 Por meio das aprendizagens dos conteúdos
curriculares;
 Por meio da nossa visão sobre as práticas escolares,
currículos, os tempos e seu ordenamento.
 A LDB garante que o currículo da escola brasileira
será divido em 2 partes:
 I – Base Nacional Comum – devem ser as mesmas
disciplinas para todas as escolas do país, sejam
públicas ou privadas;
 II - Parte diversificada – Fica a critério de cada
escola ou sistema de ensino definir o que mais
significativo para sua clientela.

 Obs. Não se trata de dois currículos, é apenas um


com partes que se completam. (país comum e país
diversificado)
TEORIAS DO CURRÍCULO
 Teorias Tradicionais: As teorias baseadas nos
modelos tradicionais simplesmente não se
preocupam em discutir, questionar ou problematizar
radicalmente as organizações educacionais, às
configurações influentes de conhecimento, ou a
estrutura social preponderante que atua
disfarçadamente nas escolas.
 Valorizam: ensino, aprendizagem, avaliação,
metodologia, didática, organização, planejamento,
eficiência e objetivos. Elas estão no patamar ou de
acordo com o modelo econômico em que vive a
maioria dos países. Nesse sentido, o currículo em si
atua de forma capitalista.
“O currículo é capitalista. O currículo reproduz –
culturalmente- as estruturas sociais. O currículo tem um
papel decisivo na reprodução da estrutura de classes da
sociedade capitalista. O currículo é um aparelho
ideológico do Estado capitalista. O currículo transmite a
ideologia dominante. O currículo é, em suma, um
território político”. (SILVA, 2010, p.148)
 Teorias Críticas: Essas teorias nascem e se configuram como
críticas através de diversos movimentos sociais
principalmente nos anos 60, período este que foi marcado
por inquietações e mudanças no tecido de alguns países,
principalmente na França e nos Estados Unidos.
 Todos esses movimentos sociais contribuíram para a
configuração e para a confirmação, do que são hoje as
teorias críticas.
 Essas teorias também nascem através do “movimento de
conceptualização”, movimento este que era contra a
concepção tecnicista do currículo. Caracterizou-se como um
movimento de insatisfação, de inquietação e de crítica aos
padrões tecnocráticos estabelecidos pelos primeiros
modelos de currículo, como o de Bobbitt e de Tyler.
Fizeram parte dessas mudanças:
“Os movimentos de independência das antigas coloniais
europeias; os protestos estudantis na França e em
vários outros países; a continuação do movimento dos
direitos civis nos Estados Unidos; os protestos contra a
guerra do Vietnã; os movimentos de contracultura; o
movimento feminista; a liberação sexual; as lutas contra
a ditadura militar no Brasil”. (SILVA, 2010, p.29).
 Teorias pós-críticas: Nesse tipo de teoria, o currículo é
entendido como algo que gera uma referência de gêneros.
Caracterizam-se por criticar a fundo todo tipo de depreciação
de progresso cultural e histórico de grupos étnicos. Colocam-se
a favor do reconhecimento das formas culturais dos mais
diversos grupos sociais.
 As teorias pós-críticas posicionam-se na busca por um currículo
multicultural (identidade, alteridade e diferença), currículo este
que implica na capacidade de entender, respeitar e apreciar a
outra cultura mesmo esta sendo a cultura diferente. São teorias
baseadas nas ideias de aceitação, de prestígio e familiaridade
amigável entre e com as diversas culturas existentes.
“As teorias pós-críticas olham com
desconfiança para conceitos como
alienação, emancipação, libertação,
autonomia, que supõem, todos,
uma essência subjetiva que foi
alterada e precisa ser restaurada”.
Silva (2010, p.149-150)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A partir das discussões geradas no decorrer desta aula pode-se
considerar que o currículo pode ser visto e concebido de um
ponto de tradicional, crítico e pós-crítico através e por meio de
teorias. Logo, essas teorias têm de funções de: naturalizar,
desnaturalizar e transformar o currículo em si. Outra função
dessas teorias é de buscar justificativas de seleção dos
conhecimentos.
TIPOS DE CURRÍCULO

 Currículo Formal;
 Currículo Informal;
 Currículo Real;
 Currículo Oculto;
 Currículo Nulo.
O currículo formal:

é uma imagem da cultura digna de ser


transmitida, com o recorte, a codificação
e a formalização correspondente a esta
intenção didática.
Ex: PCN, LDB, DCN, (PPP)
O Currículo Informal:

São atividades informais que se


realizam, usualmente em bases
voluntárias durante o almoço e depois
do horário escolar, durante os
intervalos de aulas, nas redes sociais,
em fins de semana ou durante as férias.
Podem ser ligadas ao esporte as arte ou
a vida social em geral.
 O Currículo Real:

o que se faz na prática é um


conjunto de experiências, de
tarefas, de atividades que geram
ou que se supõe que gerem
aprendizagens.
O Currículo Oculto:
implica em ideias não explicitadas,
ou seja é algo implícito ou invisível.
Necessita de olhos “experientes”
por ser mais sutil. Estão por vezes
relacionados a atitudes, valores,
códigos morais e recados passados
de forma velada.
O Currículo Nulo:
tem haver com conteúdos ou
assuntos que são omitidos, que
não se encontram presentes nem
no currículo formal, nem no real,
nem mesmo no oculto. Se trata de
assuntos “deletados”, dos
“tabus”.
A Cultura Escolar é a cultura
adquirida na escola e que
encontra nela não somente sua
difusão, mas também sua origem.
(Ex:Programas Oficiais)
A Cultura da Escola consiste em valores, crenças e
ideologias que os membros de uma instituição
partilham e que na maioria das vezes, não estão
explícitos, podendo ser identificado nas:
 Manifestações verbais e conceituais;
 Manifestações visuais e simbólicas;
 Manifestações comportamentais;
 Objetos materiais.
O currículo deve conter:
• A fundamentação teórica (preceitos gerais
para cada área);
• O histórico do ensino das disciplinas;
• Os objetivos de aprendizagem de cada ciclo ou
série ( de preferência, com o que se espera
que os alunos saibam ao fim do período);
• Os conteúdos que serão trabalhados no
período para alcançar essas expectativas, com
justificativa de cada um;
• As orientações didáticas e referências
bibliográficas, com sugestões de atividades
e leituras complementares;

Você também pode gostar