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CURRÍCULO

Aula 1
FACEN 2024
“O currículo é lugar, espaço, território.

O currículo é relação de poder.

O currículo é trajetória, viagem, percurso.

O currículo é autobiografia, nossa vida, currículum vitae:


no currículo se forja a nossa identidade.

O currículo é texto, discurso, documento.

O currículo é documento de identidade”

(Tomaz Tadeu da Silva, 2004)


CURRICULUM =
ORIGEM E ABRANGÊNCIA
CURSO, PERCURSO,
ATO DE CORRER
(modo e forma de fazer)

(vem do latim)
 Por que as escolas foram criadas?
 Em que época da história da humanidade?
 Quando se inicia (idade)a ida à escola?
 Quem deve ir a escola?
 O que se faz na escola?
 Quanto tempo ficamos (dias, anos) na escola?
 O que fazemos na escola?
 O que acontece se uma criança não vai à escola?
 O que aconteceria com a sociedade se não houvesse
escola?
 O que significa respeito à diferença na escola?
 O que acontece se um aluno não alcança as expectativas
colocadas pela escola?
 Escola tem relação com indústria/mercado? Por quê?
TEORIAS
TRADICIONAIS

TEORIAS
DO TEORIAS
CURRÍCUL CRÍTICAS
O

TEORIAS
PÓS-CRÍTICAS
TEORIAS
TRADICIONAIS

DO
CURRÍCULO
CARACTERÍSTICAS
TRADICIONAIS

 Ensino humanístico de cultura geral


 Centra-se na essência do intelecto, no
conhecimento; homem constituído por uma
essência imutável
 Ensino de caráter verbalista, autoritário e
inibidor da participação do aluno
 Conteúdos enciclopédicos,
descontextualizados
 Valorização do conteúdo, do aspecto
intelectual, da disciplina
TRADICIONAIS  6. Educação centrada no professor, que deve
dominar os conteúdos
 Ensinar é repassar conhecimentos
 Aprendizagem é modificação de desempenho
 Ensino é processo de condicionamento / reforço
da resposta, através da mecanização do processo
 Behaviorismo, comportamentalismo,
ambientalismo
 Não há preocupação com os processos de
TRADICIONAIS
aprendizagem, mas com o resultado e produto
desejado
 Criança / aluno: capacidade de assimilação igual
a de adulto, porém menos desenvolvida
 A aprendizagem é receptiva, mecânica, sem
considerar as
 O aluno/a é educado/a atingir pelo próprio
esforço sua plena realização pessoal
(competitividade)
 Busca-se a eficiência, eficácia, qualidade,
racionalidade, produtividade na escola, que deve
funcionar como uma empresa
ESCOLA: realizar a preparação moral e
TRADICIONAIS
intelectual dos indivíduos para assumirem seu
lugar na sociedade de trabalho (e de consumo).
Preocupação com aprendizagem, notas,
mensuração.
CONTEÚDO: conhecimentos verdadeiros
acumulados pela sociedade.
AVALIAÇÃO: aspectos quantitativos,
memorização, produtividade.
PROFESSOR: centro do saber, relação autoritária,
técnica e disciplina.
ALUNO: tábula rasa, passivo
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 https://www.youtube.com/watch?v=YR5ApYxkU-U
TEORIAS
CRÍTICAS
DO
CURRÍCULO
Concepção de sociedade
CRÍTICAS

• a sociedade é dividida em classes antagônicas que


sob a forma de luta de classes opõe burguesia ao
proletariado

• é uma luta que se trava nas relações de produção,


que são relações de exploração
• discute que a educação é um instrumento de
discriminação social, na medida que reforça e
legitima a marginalização cultural escolar

• escola cumpre seu papel no processo de reprodução


do capitalismo
Conceitos
CRÍTICAS

1) Violência simbólica: os grupos e classes


dominantes controlam os significados
culturalmente legítimos e socialmente mais
valorizados. capital cultural (Bourdieu)
2) Aparelhos Repressivos do Estado: polícia,
tribunais, prisões...
3) Aparelhos Ideológicos do estado
igreja, escola, mídia...
A escola é dividida em duas grandes
redes

 Rede PP= primário =profissional, destinada aos trabalhadores;


Rede SS = secundário superior, destinada à burguesia
Corresponde à divisão na sociedade capitalista; explicita os
mecanismos de funcionamento da escola capitalista e como esta
se constitui; põe em evidência o comprometimento da educação
com os interesses da classe dominante
CARACTERÍSTICAS

1. Crítica aos processos de convencimento,


adaptação e repressão da hegemonia dominante
2. Contraposição ao empiricismo e ao
pragmatismo das teorias tradicionais
3. Crítica à razão iluminista e racionalidade
técnica
4. Crítica à escola como reprodutora da
hegemonia dominante e das desigualdades
sociais. (Michael Apple)
 Escola Francesa: teoria da reprodução cultural -
“capital cultural”. o currículo da escola está
baseado na cultura e na linguagem dominante,
transmitido através do código cultural
(Bourdieu e Passeron)

 Escola de Frankfurt : crítica à racionalidade


técnica da escola “pedagogia da possibilidade”-
da resistência: currículo como emancipação e
libertação (Giroux e Freire)
 Currículo oculto = crítica à reprodução não
expressa no currículo oficial, mas manifestada
pelas relações sociais na e da escola
 Currículo como conjunto das atividades
nucleares da escola – recuperação da
especificidade da função social da escola e do
papel do conteúdo historicamente sistematizado
e construído pelo conjunto da humanidade.
Escola: Espaço socializador dos conhecimentos e
saberes universais; local de articulação entre o ato
político e o ato pedagógico
Conteúdo: conteúdos culturais universais que são
incorporados pela humanidade frente à realidade
social
Avaliação: meio de obter informações sobre o
desenvolvimento da prática pedagógica, para a
reformulação /intervenção dessa prática e dos
processos de aprendizagem
Professor-aluno: relação interativa, ambos são sujeitos
ativos na caminhada da aprendizagem. Aluno é
participante ativo.
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 https://www.youtube.com/watch?v=XFXg7nEa7vQ
TEORIAS
PÓS-CRÍTICAS
DO
CURRÍCULO
Contexto das
Teorias pós- críticas

Movimento intelectual que proclama que estamos


vivendo uma nova época histórica=a pós-
modernidade

Não representa uma teoria coerente, unificada, mas um


conjunto variado de perspectivas, abrangendo uma
diversidade de campos políticos, estéticos,
epistemológicos
EM TERMOS SOCIAIS

Tem como referência uma oposição ou transição


entre a modernidade
( iniciada com a renascença e consolidada com o
iluminismo)
e a pós-modernidade
( iniciada em algum ponto da metade do século xx)
IDÉIAS DE RAZÃO, CIÊNCIA,
RACIONALIDADE, PROGRESSO
CONSTANTE,
Estão intimamente ligadas ao tipo de sociedade que se
desenvolveu nos séculos seguintes

Não estabelecerem um sociedade perfeita do sonho


iluminista

Pesadelo de uma sociedade totalitária, burocraticamente


organizada
Com Lacan e Freud ,
o sujeito é fundamentalmente fragmentado
e não é o centro das ações sociais.

Ele não pensa, não produz,


ele é pensado, e produzido
ele é dirigido a partir do exterior, pelas estruturas,
pelas instituições, pelo discurso

Privilegia a mestiçagem, o hibridismo, de


culturas e estilos de vida
Ideia de “mudança de paradigmas”

Crítica aos padrões considerados “rígidos” da


modernidade

Rompimento à lógica, positivista, tecnocrática e


racionalista.

Tentativa de dar voz aos subalternos excluídos de


uma sistema totalizante e padronizado

Superação das verdades absolutas


O currículo existente é
linear, sequencial, estático;
sua epistemologia é realista e objetivista;
é disciplinar e fragmentado, rigidamente separado
entre o conhecimento científico
e o conhecimento do cotidiano,
segue fielmente as grandes narrativas das ciências,
tomadas como verdades.
As teorias pós-críticas
desconfiam profundamente dos impulsos
emancipadores e libertadores da teoria crítica,
que se fundamenta na vontade de domínio e
controle da epistemologia moderna.
Se constituem um ataque à própria ideia de
educação.
Enfatizam a indeterminação, a incerteza no
conhecimento
Os significados são culturais e socialmente
produzidos, envoltos em relações de poder
Questionamento de significados “transcedentais”
ligados à religião, política, ciência...
buscando onde, quando, por quem foram
inventados
DESCONTRUÇÃO DOS BINARISMOS QUE
CONSTITUEM O CONHECIMENTO
MACHO / FÊMEA;
BRANCO / NEGRO;
CIENTÍFICO / NÃO CIENTÍFICO

Discussão das atuais e rígidas separações


curriculares
entre as diversas
áreas do conhecimento.
CURRÍCULO COMO DISCURSO

Não toma a realidade tal como ela é e sim como o


que os discursos sobre elas dizem como ela
deveria ser: representações

A realidade não pode ser concebida fora dos


processos linguisticos de significação e
relações de poder
O que as
Teorias Pós- Criticas não respondem?

 FRAGMENTAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS


 RELATIVIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS
 PRIMAZIA DA AMBIGUIDADE E DA INDETERMINAÇÃO
– INSUFICIENTE PARA SE CAPTAR O REAL
 HIBRIDISMO DE CONCEPÇÕES RELATIVIZAM AS
POSSIBILIDADES DE COMPREENDER O REAL EM SUA
TOTALIDADE
 NÃO HÁ O REAL PARA SE FAZER A CRITICA
 NÃO HÁ CONHECIMENTO PARA SER SISTEMATIZADO
 INSUFICIENTE PARA SER “TRANSFORMADOR”
 PODE CONTRADITORIAMENTE SER EMANCIPADOR E
Escolas Inovadoras
https://www.youtube.com/watch?v=G29xndq
ylW0

Projeto Âncora
https://www.youtube.com/watch?v=kE6Mln
wML8Y
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Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem


tão pequeno que não possa ensinar.

PROFESSORA; CLEONICE ACIOLE


GRADUADA EM PEDAGOGIA
ESP. EM PSICOPEDAGIA INSTITUCIONAL E CLINICA E EM EDUCAÇÃO INFANTIL.

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