SOBRE O ENSINO DA

FILOSOFIA:
UMA DIDÁTICA A PARTIR DE PROBLEMAS,
TEORIAS E ARGUMENTOS
CLEBER BOERI,
PÂMELA PEROSSO,
TAIUANE CORRÊA.
 INTRODUÇÃO

Com a chegada das ciências empiricas, a filosofia como disciplina foi

relegada a um status de marginalidade. Antes conhecida com mãe
de todas as ciências, foi perdendo substancialmente seu status que
lhe conferia soberania diante das outras áreas do conhecimento.
O problema central da filosofia como uma disciplina a ser ensinada
naõ é algo de natureza externa, é um problema de natureza
eminentemente filosófica, um problema intimo da filosofia.
Para resolver essa questão, é necessária uma forma didática e
metodológica de ensino, para que a disciplina seja relevante.
FILOSOFIA ANALÍTICA VS
CONTINENTAL
Como se concebeu esse fenômeno
ambivalente de polarização:
 Ensino histórico-teórico
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Claro que a história tem
Trata-se de um ensino relevância, porém como
baseado na história da metodologia de
filosofia. Pode parecer aprendizagem filosófica,
uma posição bastante não estabelece uma
ortodoxa, não se relação com a realidade,
conectando as situações somente com a
da realidade atual. historicidade. Sendo assim,
uma técnca repetível de
erudição.
3
A história tem, por outro
lado, uma importância
substancial: O prévio
conhecimento histórico da
filosofia auxilia o
estudante, conferindo
maior segurança ao seu
pensamento.
O ESTUDANTE QUE SABE HISTÓRIA
DETÉM DE UM CONHECIMENTO MAIS
AMPLO DE ESTUDO,

GARANTINDO UMA PRODUÇÃO MAIS

RIGOROSA EM COMPARAÇÃO COM
AQUELE QUE ENTENDE POUCO DE
HISTÓRIA.
 Ensino temático-problemático
1 2 3
Esse grupo entende a Entretando, o ensino
filosofia como uma temático não é um ensino
disciplica temátia. Uma sequencial. Como principal
disciplica que trabalha a objetivo dessa tendêcia é
partir de problemas, tratar de temas e
conferindo-lhe um caráter problemas da realidade,
mais filosófico. acaba perdendo um pouco
seu rigor, sua seriedade.
O rigor é fundamental,
seja em filosfia como em
qualquer outra disciplina.
Do contrário, ela pode
estar se auto condenando
ao fracasso.
ENFIM, A DISCUSSÃO É POLÊMICA.
AMBOS OS LADOS APRESENTAM
RAZÕES QUE JUSTIFICAM SUAS
TOMADAS DE POSIÇÃO. PORÉM, HÁ
AINDA UMA TERCEIRA VIA EM MEIO A
POLARIZAÇÃO.

ESSA VIA BUSCA SINTETIZAR O QUE HÁ

DE MAIS RELEVANTE EM AMBAS AS
TENDÊNCIAS.
 TERCEIRA VIA

ESTILO
TRABALHAR COM COMPETÊNCIA
DIALÉTICO
A HISTÓRIA DOS ARGUMENTATIVA
PROBLEMAS
A terceira via seria, em suma, uma síntese entre as duas
posições, propondo uma didática que trabalhe a partir da
história dos prblemas.
1
Essa didática trabalha a partir das
competências filosóficas, também
diferenciando as das não-filosóficas.

3
Argumnentos são
tudo o que o filósofo
tem a seu dispor. Eles

2
Uma competência que não possuem de meios
seria exclusivamente empiricos para
filosófica é a competência responder aos seus
argumentativa problemas.

DIDÁTICA
 A terceira via seria, portanto, a
ligação entre o ensino histórico e o
ensino temático, que acontece
através da competência
argumentativa.
FILOSOFAR

O filosofar surge de interrogações, que quando corretamente

formuladas, constituem em problemas ou temas filosóficos. A
vivência dos alunos deve ser usada para a identificação desses
problemas. As respostas encontradas constituem as teorias
filosóficas. Diante dessas respostas o trabalho filosófico
direciona-se a averiguar a veracidade de cada teoria.
O que se pretende é que o estudante seja
capaz de defender suas próprias ideias,
tendo clareza dos problemas que procura
resolver e capacidade de desenvolver uma
teoria original apoiada em argumentos
sólidos. Para isso, é necessária criatividade
e criticidade.
 Método
Sendo assim, os problemas ou temas, as teorias ou
referência histórica e os argumentos filosóficos
são os conteúdos da filosofia. A interrogação
crítica e racional, constitui seu método.
 DISCUSSÕES FILOSÓFICAS COMEÇAM PELA CORRETA
FORMULAÇÃO DOS PROBLEMAS

A correta formulação dos
problemas é uma parte decisiva
para a interpretação de um
problema filosófico. Seja para
distinguir um problema filosófico
de um não-filosófico ou ainda, de
um pseudoproblema.
Essa é uma capacidade que o Essas são as competências
professor deve ajudar a genuínas da filosofia, levando em
desenvolver em seus alunos. A consideração a didática baseada
capacidade de compreender na conjunção problema-história.
corretamente o problema em
causa e mostrar a razão da
importância desses problemas
É FILOSOFICAMENTE IMPORTANTE QUE O
ALUNO SEJA CAPAZ DE ASSUMIR UMA
POSIÇÃO CRITICA FUNDAMENTADA EM
TEORIAS, RENSPONDENDO SE UMA TEORIA É
PERTINENTE OU NÃO.

APÓS ANALISADO A TEORIA, É PRECISO

APOIÁ-LA EM ARGUMENTOS. A QUALIDADE
DESSES ARGUMENTOS DEPENDE DO VALOR
DA TEORIA.

O ESTUDANTE DEVE SER CAPAZ DE

IDENTIFICAR ARGUMENTOS, AVALIÁ-LOS E
INSERI-LOS EM SEU CONTEXTO FILOSÓFICO,
CONFRONTANDO COM OUTROS
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS ACERCA DO
PROBLEMA.
CONCLUSÃO
Essas seriam as pricipais competências filosóficas
para avaliação dos estudantes de filosofia.
A partir de uma didática que contemple uma
conjunção entre problemas e tradição, resultando
na capacidade de argumentar, se torna possívelo
desenvolvimento de um ensino de filosofia que
atende verdadeira as competências que lhe são
próprias.
OBRIGADO!