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Aracaju
2023
DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE DO TRABALHO DE CONCLUSÃO
DE CURSO II PARA DEPÓSITO NA COORDENAÇÃO E DEFESA NA
BANCA
Eu, Professor (a), Fabyanne Wilke Costa Santos orientador (a) do (a) aluno (a)
Mychelle dos Santos Carvalho na pesquisa e desenvolvimento do trabalho de conclusão
de curso em sua fase de projeto, intitulado: “O mito do amor materno: idealização e o
impacto na saúde mental da mulher”, declaro que este encontra-se apto e autorizado
por mim para depósito junto à coordenação, assim como em condições de submissão à
apreciação da banca examinadora.
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ASSINATURA
TERMO DE CIÊNCIA DE PRAZO MÁXIMO PARA ENTREGA DA VERSÃO
FINAL DO PROJETO PARA ALUNOS DO 10º PERÍODO
Eu, aluna Mychelle dos Santos Carvalho, orientado pelo Professor (a) Fabyanne Wilke
Costa Santos na ênfase acadêmica autora do projeto intitulado: O mito do amor
materno: idealização e o impacto na saúde mental da mulher, até dia 10/01/2024,
diretamente na coordenação do curso, sob pena de ter minha nota zerada pelo não
cumprimento deste prazo. Fico ciente também, que em caso de dúvida, devo procurar
esta mesma coordenação para conhecer o dia da solenidade acima referida.
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ASSINATURA
MYCHELLE DOS SANTOS CARVALHO
Aracaju
2023
MYCHELLE DOS SANTOS CARVALHO
APROVADO EM 01/12/2023
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AVALIADOR: Prof.ª MSc., Aline Andrade Rabelo – Universidade Federal de Sergipe.
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AVALIADOR: Psicóloga, MSc., Flávia dos Santos Nascimento – Universidade
Tiradentes.
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ORIENTADOR: Prof.ª MSc., Fabyanne Wilke Costa Santos – Universidade Federal de
Sergipe.
“Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”
Simone de Beauvoir
AGRADECIMENTOS
Começo agradeço à minha família, pelo amor, apoio e compreensão ao longo de toda a
minha jornada acadêmica. Em especial, a minha mãe, que não mediu esforços para eu
chegar aqui hoje. Sem o seu suporte, não teria alcançado este objetivo. A minha irmã,
expresso o meu carinho e gratidão, por sempre vibrar pelas minhas conquistas. Ao meu
namorado, agradeço pela companhia e palavras de motivação. Agradeço a minha
orientadora, pela paciência, sabedoria e assistência ao longo deste estudo. Suas
contribuições foram essenciais para o meu crescimento acadêmico e profissional. Aos
meus amigos, pela amizade, incentivo e momentos de descontração que foram
essenciais para manter o equilíbrio durante este período desafiador. Em especial, a todas
as mulheres que fizeram/fazem parte da minha vida e foram fonte de inspiração para
este tema. Enfim, todos os que, de alguma forma, contribuíram para a realização deste
trabalho, o meu sincero agradecimento. Por fim, não menos importante, expresso meu
agradecimento a mim mesma, Mychelle, que mesmo diante das adversidades, busco
sempre enfrentar os desafios e ser uma pessoa melhor.
1- INTRODUÇÃO.................................................................................................09
2- REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................12
2.1- Uma breve construção histórica e social da maternidade....................................12
2.2 - O mito do amor materno e suas idealizações.....................................................14
2.3- A contribuição do mito do amor materno para a perpetuação de estereótipos de
gênero..........................................................................................................................17
3- OBJETIVOS.........................................................................................................19
3.1 - Geral..................................................................................................................19
3.2- Específicos..........................................................................................................19
4- METODOLOGIA................................................................................................20
4.1- Amostra...............................................................................................................20
4.2- Instrumentos........................................................................................................20
4.3- Aspectos éticos....................................................................................................21
4.4- Coleta de dados...................................................................................................21
4.5- Análise de dados..................................................................................................22
4.6- Resultados esperados ..........................................................................................23
5- CRONOGRAMA.................................................................................................24
REFERÊNCIAS
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1. INTRODUÇÃO
Ser mulher em uma sociedade patriarcal ainda pode ser associado ao dever de
ser mãe, gerar ou criar um filho, como condição inata de toda mulher. A romantização
da maternidade, produzida através da manutenção de ideais construídas socialmente,
pode gerar tensões e anseios diante das construções de vida experimentadas de formas
individuais pelas mulheres. Visto que, segundo Banditer (2011), é propenso que na
trajetória de vida da mulher, em algum momento, a maternidade será um assunto a ser
considerado. Tanto para as mulheres que desejam e sonham em ser mães, quanto para
aquelas que por algum motivo não querem ter filhos e, por isso, passam a ser alvos de
críticas e julgamentos da sociedade. Neste sentido, de uma maneira geral pensa-se no
amor materno1 como uma idealização de instinto feminino (Bezerra, 2020).
Um dos estigmas criado em cima da mulher é de que elas nasceram para o
coletivo, com valores e projetos de vida pautados em ser mãe e dona de casa (Federici,
2017, p. 181). Ou seja, à mulher é pautado ideais de cuidado para com o outro e pouco
para si. Esse ideal pode ecoar em uma opressão mascarada de opinião social e, sendo
assim, pode causar a exclusão da subjetividade do indivíduo ignorando seus desejos e
vontades pessoais para se adequar aos padrões estabelecidos. E por consequência, essa
submissão pode provocar sofrimentos silenciados pelo julgamento social (Silva et al.
2015). É por isso que, ser mãe tornou-se algo quase compulsório, de modo que muitas
mulheres podem se sentirem culpadas por não desejarem ter filho ou por, mesmo
desejando, terem dúvidas e medos com relação a serem mães e às formas de ser mãe
que a sociedade também impõe. Já que, como se não bastasse, a sociedade não impõe à
mulher somente a decisão de ter um filho, mas também impõe modos de criação de
maneiras de transmissão de afeto que uma mãe precisa ter para com a sua prole.
1
Amor materno como inerente a toda e qualquer mulher, um sentimento que deve estar presente desde a
descoberta da gestação. BADINTER (1985)
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uma vez que foram ensinadas desde cedo que esse seria o caminho natural de todas as
mulheres (Orsolin, 2002 apud Fidelis, 2013).
Monteiro e Andrade (2017) afirmam que quando a mulher não faz o discurso
romantizado acerca da maternidade que a sociedade espera ou impõe a ela, muitas vezes
ela é taxada como insensível, por não se comportar da maneira esperada e padronizada
pela sociedade. Rompendo com a lógica do amor materno, ela pode ser vista como
egoísta e desprovida de amor.
Segundo Oliveira (2007 apud César, 2019) - inúmeros discursos sociais foram
constituindo e reforçando o papel da mulher como mãe ao longo da história feminina na
sociedade moderna. Nesse sentido, verifica-se que a maternidade ainda se mantém
aprisionada à ideologia do patriarcado, onde qualifica as mulheres como necessárias
para a perpetuação da raça humana, pois qualquer que seja suas fraquezas, as mulheres
possuiriam uma virtude que anularia todas elas: podem possuir útero e ter a
possibilidade de dar à luz.
É preciso destacar que o amor materno foi por tanto tempo concebido em
termos de instinto, pois se acreditaria que tal comportamento e desejo fossem parte da
natureza da mulher. Diante dessa perspectiva, havia e talvez ainda haja, a crença que
toda mulher, ao se tornar mãe, encontra em si, quase como mágica, todas as respostas e
objetivos da sua condição humana. No entanto, o perigo de transtornos mentais serem
ocasionados no processo da maternidade são significativos, pois, a partir do momento
que uma mulher se torna mãe, ela pode abdicar da sua vida pessoal, social, trabalho,
etc., para se dedicar totalmente ao seu filho, acarretando uma sobrecarga que a
impossibilita de ter uma vida leve e tranquila. Essa abdicação é uma das perspectivas do
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imaginário social: a mulher suspende os seus outros papeis sociais para servir apenas a
um só, o de mãe (Poles et al., 2018).
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. UMA BREVE CONSTRUÇÃO HISTÓRICA E SOCIAL DA
MATERNIDADE
É possível constatar por meio de Ariès (1986) e Poster (1979) que os conceitos
de família, infância e de maternidade, encontram-se articulados na história, afetando-se
mutuamente e variando conforme os diversos contextos culturais, sociais, econômicos e
políticos de cada época.
Durante longos séculos, a teologia cristã, na pessoa de Santo Agostinho,
elaborou uma imagem dramática da infância. Logo que nasce, a criança é símbolo da
força do mal, um ser imperfeito esmagado pelo peso do pecado original (Badinter,
1985). Ou seja, para Santo Agostinho, a infância não teria uma inocência, visto que,
nascia de um pecado.
2
BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1985.
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para o ideal mundano da época do século XVIII, como relata (Ariès, 1978 apub
Penteado, 2012).
Além disto, havia uma alta taxa de mortalidade infantil e, assim, a indiferença
era tida como um comportamento de proteção que a mãe desenvolvia frente a possível
perda de seu filho. No entanto, posteriormente acabou-se concluindo que esta alta
mortalidade estava justamente relacionada a este desinteresse dos pais e,
essencialmente, da mãe pela criança (Azevedo, 2017).
Para (Poster, 1979, apub Resende, 2017) foi a partir de meados do século XIX
que floresce uma abundante literatura sobre a importância da conservação das crianças
para o fortalecimento das famílias. Nele, os filhos foram reavaliados tornando seres
importantes para os pais.
Isto posto, a nova ordem econômica que passa a vigorar com ascensão da
burguesia como classe social, e impunha como imperativo a sobrevivência da criança,
vista como futura mão de obra produtiva para o Estado (Resende, 2017).
Dessa forma, Federici (2017), afirma que as mulheres eram vistas como
“necessárias para produzir o crescimento da raça humana”. Pois, possuem o aparato
biológico e eram retratadas como seres passivos, mais obedientes e morais, capazes de
exercer uma influência positiva.
Segundo Azevedo (2017), foi assim imposto à mulher a obrigação de ser mãe,
agregando o mito do instinto materno, amor espontâneo e incondicional da mãe pelo
filho. A maternagem e os cuidados maternos então se tornaram considerados
fundamentais para o desenvolvimento e sobrevivência infantil.
Por tudo isto, (Poster, 1979, apub Resende, 2017) observa que nesse momento
o amor materno foi considerado natural as mulheres, que passaram a ter de não só zelar
pela sobrevivência dos filhos, mas ter que treiná-los para um lugar responsável na
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sociedade, uma vez que já se iniciava o cuidado com a educação institucional. Estrutura
familiar burguesa, que se distribuiu como dominante na sociedade capitalista, e
permanece essencialmente inalterada hodiernamente.
O mito do amor materno impõe à mulher uma situação sine qua non e
inquestionável de que ser mulher significa “maternar” (Badinter, 1985). Baseado nisso,
toda mulher só se sentirá plenamente realizada quando passar pela experiência da
maternidade.
Há alguns anos, o amor materno vem sendo compreendido em diversas
civilizações como algo instintivo da natureza feminina. Este é um pensamento enraizado
de um ponto de vista naturalizado da maternidade, onde o principal foco está na
condição biológica para reproduzir (Arteiro, 2017).
Para Tourinho (2004), a maternagem era vista como algo à priori e inerente ao
universo feminino, que não dependia da cultura ou da classe socioeconômica, por se
basear em um pressuposto biológico instintivo. No entanto, Badinter (1985) diz que é
muito pelo contrário, a maternidade deve ser compreendida como uma construção
social, que designou, por muito tempo, o lugar das mulheres na família e na sociedade.
Por isso:
Entende-se que uma vez instaurado, o Mito do Amor Materno foi
inscrito na memória familiar dos indivíduos e transmitido entre as
gerações como uma crença irrefutável a partir do fim do século XVIII.
Desde esta época percebe-se que o Mito do Amor Materno atuou
como um elemento organizador das sociedades, para possibilitar,
através da crença no amor materno inato, o estabelecimento de regras
de comportamento, que interessavam aos Estados, concernentes às
mulheres mães (Resende, 2017).
pessoal não querem ter filhos e passam a ser alvos de críticas e julgamentos da
sociedade.
Para Patias e Buaes (2012), as representações sociais da maternidade
possibilitam às mulheres a entenderem aquilo que são e devem fazer enquanto mães, por
meio de diferentes discursos circulantes na sociedade.
Conforme apontam Rios e Gomes (2009), ao não optar pela maternidade, a
mulher passa a ser encarada pela sociedade com abjeção, pois se compreende sua
decisão como expressão de uma anormalidade, uma vez que não responde às
expectativas sociais em relação ao papel social da mulher. Assim, as mulheres que
abdicam da maternidade são vistas como egoístas e estranhas. Conforme indicam Patias
e Buaes (2012):
As representações dos filhos como destino natural de toda mulher
produziram a perspectiva de que a maternidade é o caminho da
plenitude e realização da feminilidade. Trilhar esse caminho implica
ter uma vida de renúncia e sacrifícios prazerosos indispensáveis à
constituição da identidade feminina.
Por motivos diversos (culturais, sociais e históricos), ser mãe tornou-se algo
compulsório, de modo que muitas mulheres se sentem culpadas por não desejarem um
filho ou por, mesmo desejando, terem dúvidas e medos com relação a serem mães
(Marques, 2022).
Pois, para Correia (2022) a idealização da maternidade 3não prepara a mulher
para as mudanças que ocorrem durante o período gravídico ou para o que de fato é criar
um filho. Logo, esse papel imposto de perfil materno perfeito, faz com que muitas
mulheres sofram um processo de culpabilização, caso não consigam alcançar as
expectativas criadas.
Vale, ainda ressaltar, que essa imagem idealizada sobre a maternidade dificulta
como as mulheres vão agir, pensar e perceber as prováveis ambivalências que o
momento proporciona (Carvalho et al., 2018).
Segundo a autora Halasi (2018), “a maternidade da culpa é vivida em cada
etapa da decisão, seja enquanto uma escolha, enquanto uma questão financeira,
enquanto um parto, uma amamentação, uma doação possível, enfim, enquanto espaços
que podem ou não ser abertos. ” (P. 51).
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A idealização da maternidade não considera as experiências individuais, promovendo um discurso social
que ignora os desafios reais enfrentados no processo de tornar-se mãe (Gomes, 2022).
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Nesse sentido, quando a mulher não alcança esse ideal de maternidade acaba
por ser estigmatizada, e pode padecer e sofrer psiquicamente pela tentativa de
corresponder a esse ideal (Tourinho, 2006).
Para Lopes et. al., 2014 “esse contexto ideológico pode ser o
propulsor para [...] inseguranças e receios perante a maternidade” (p.
296). Já que “ter um filho em uma sociedade em que cada um é
responsável por si próprio e na qual se almeja uma estabilidade
inatingível é um contexto propício para a produção de inseguranças,
medos e ambivalências” (p. 296).
Para Federici (2017), ao longo dos séculos XVI e XVII, as mulheres perderam
terreno em todas as áreas da vida social.
Durante a idade média as mulheres tinham contato com muitos métodos
contraceptivos, que consistia basicamente em ervas transformadas em poções. Um saber
passado de geração em geração, proporcionando-lhes certa autonomia em relação ao
nascimento dos filhos (Federici, 2017). No entanto, aparentemente esse saber não foi
perdido, mas passou para clandestinidade em alguns casos.
Força-lás a “produzir filhos e filhas para o Estado4” seria a nova definição
parcial das funções das mulheres na nova divisão sexual do trabalho. Nessa época, as
mulheres haviam perdido espaço inclusive em empregos que haviam tradicionalmente
ocupado, como: tecelãs, empregadas domésticas, amas de leite ou bordadeiras (Federici,
2017).
Dizia-se até mesmo que qualquer trabalho feito por mulheres em sua casa era
“não trabalho” e não possuía valor, mesmo quando voltado para o mercado, era pago
um valor menor do que o trabalho masculino (Wiesner, 1993 apub Federici, 2017). O
casamento era visto como a verdadeira carreira para uma mulher.
Segundo, Sousa e Guedes (2012), a família surge como a instituição mais
importante para a procriação e para o ocultamento do trabalho das mulheres. Ou seja,
para Osman (2021) a nova ordem patriarcal, é construída na modernidade ocidental a
partir da feminilização e desvalorização da reprodução social.
Para Federici (2017), a categoria mulher não tem lastro no essencialíssimo,
mas na feminilidade enquanto função-trabalho, “oculta sob o disfarce de um destino
biológico”, como se ela tivesse vocação natural para o trabalho reprodutivo. A divisão
sexual do trabalho é, portanto, a chave para a compreensão do domínio masculino, do
controle da sexualidade feminina e da maternidade compulsória e disciplinada.
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A referência de uma canção feminista italiana de 1971, “Aborto di Stato” [Aborto de Estado].
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3. OBJETIVOS
3.1- GERAL
3.2- ESPECÍFICOS:
4. METODOLOGIA
O projeto metodológico é uma pesquisa qualitativa, por apresentar de forma
subjetiva a compreensão do fenômeno que será apresentado. Ademais, refere-se a uma
pesquisa de caráter exploratório. Para Godoy (1995) segundo esta perspectiva, um
fenômeno pode ser melhor compreendido no contexto em que ocorre e do qual é parte,
devendo ser analisado numa perspectiva integrada. Para tal finalidade, o pesquisador vai
a campo buscando captar o fenômeno em estudo a partir da perspectiva dos próprios
sujeitos que participam da situação, para que se entenda a dinâmica do fenômeno. Sem
se preocupar com representatividade numérica, generalizações estatísticas e relações
lineares de causa e efeito.
4.1 AMOSTRA
As entrevistas semiestruturadas, serão realizadas das com mulheres. A pesquisa
será divulgada nas famigeradas redes sociais como, WhatsApp e Instagram, uma vez
que, são fortes disseminadoras de informação, as entrevistadas poderão ser selecionadas
a partir de indicação ou conveniência em participar do estudo. Seguirá como critério de
inclusão: mulheres na faixa etária a partir dos 20 anos, esse critério foi levando em
consideração o biológico, pois é um período considerado mais propício para a gravidez,
por isso, pode existir uma pressão social para a mulher engravidar, visto que, é quando
as funções hormonais das mulheres favorecem à gestação, mulheres mães e não mães e
ser residente do estado de Sergipe.
4.2 INSTRUMENTOS
Após a coleta do material, será utilizada como técnica para condução dos dados
a análise de conteúdo de Bardin (2004). Para Guerra (2014) a análise de conteúdo é uma
técnica de tratamento de dados coletados, que visa à interpretação de material de caráter
qualitativo, assegurando uma descrição objetiva, sistemática e com a riqueza manifesta
no momento da coleta dos mesmos. Dessa forma, logo depois do processo de entrevista
será produzida uma análise dos conteúdos, descritos pelos participantes da pesquisa, de
conforme os critérios. Essa visa extrair as informações úteis a partir do conteúdo
encontrado durante o processo de entrevista.
tratamento de resultados, realizaremos interpretações dos dados com base nos critérios
predefinidos.
Além disso, vale enfatizar, que além da a análise de conteúdo, iremos utilizar
como referência da psicologia na análise das entrevistas, as teorias da psicologia social.
Dado que, ela estuda a relação do indivíduo com uma sociedade. Dessa forma, seguindo
a abordagem técnica-analítica, está pesquisa estará apta a discernir os efeitos que a
idealização da maternidade pode causar na saúde mental das mulheres mães e não mães.
5. CRONOGRAMA
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REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Rhuama Ayube. “Amo meu filho, mas odeio ser mãe” Reflexões sobre a
ambivalência na maternidade contemporânea. Universidade Federal do Rio Grande
do Sul Instituto de Psicologia Programa de Pós-Graduação em Psicologia Porto Alegre,
março de 2017.
MONTEIRO, A.; ANDRADE, L. Ser Mãe ou não ser: Uma Pressão Sociocultural na
Contemporaneidade. v. 6 n. 2 (2018): Revista Brasileira de Ciências da Vida.