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ISSN: 2525-8761
RESUMO
Ao longo dos anos, conforme o desenvolvimento das sociedades, os volumes de resíduos
sólidos urbanos aumentam progressivamente. Dentre as soluções atualmente adotadas a
esse passivo ambiental está a utilização de aterros industriais e, embora possuam
tecnologia para contenção de percolados e gases, esses empreendimentos se saturam,
necessitando de locais para novos aterros, e assim sucessivamente. Além disso, a
logística de transporte de resíduos é baseada, majoritariamente, no transporte rodoviário,
com emissões atmosféricas de Gases de Efeito Estufa pela queima de combustíveis
fósseis, sendo consenso entre a maioria dos governantes mundiais a necessidade de sua
redução drástica, o quanto antes. Considerando-se tal cenário, este estudo propõe, no
âmbito da UFRJ, uma alternativa à gestão de resíduos sólidos, com o aproveitamento
energético da sua fração não reciclável, mediante sua incineração na futura Unidade de
Recuperação Energética do Caju, na cidade do Rio de Janeiro. Para tanto, entendeu-se
como funciona a gestão atual de resíduos, coletando-se amostras não recicláveis para
posterior Análise Térmica, quantificando-se a perda mássica e a entalpia de queima para
cada amostra, bem como dos seus combinados, observando-se o potencial energético na
geração de energia elétrica. Finalmente, analisou-se a sua cadeia logística de transporte,
quantificando, em equivalentes de Gás Carbônico, a redução de Gases de Efeito Estufa,
pela queima de menores volumes de combustível, além de menores volumes de resíduos
depositados em aterro sanitário. Como conclusão deste estudo, verificou-se que os
resíduos analisados poderiam gerar energia elétrica da ordem de 9GWh (Gigawatt-hora)
anuais, suficiente para atender a mais de quatro mil residências populares ao ano, além
da redução em até 74,85% no Potencial de Aquecimento Global (PAG), além de manter
conformidade ao que definem o Plano Nacional de Resíduos Sólidos e o Plano Municipal
de Saneamento da Cidade do Rio de Janeiro.
ABSTRACT
Over the years, the municipal solid waste increase progressively. One of the solutions
currently adopted is the industrial landfills which, although an associated technology,
these sites are saturated in one or two decades, requiring new sites for new landfills. In
addition, waste transport is mostly based on road transport, emitting Greenhouse Gases
by burning fossil fuels, with a consensus among the scientific community towards its
drastic reduction, as soon as possible. Thus, this study proposes, within the scope of
UFRJ, an alternative for solid waste management, extracting energy from the non-
recyclable fraction, through incineration processed in the future Waste Thermal Energy
Unit in Rio de Janeiro city. On this page, its waste management was understood,
collecting non-recyclable samples for its subsequent Thermal Analysis, quantifying mass
loss and enthalpy of burning per sample, including their combinations, observing the
potential energy in order to generate electric energy. Finally, the transport logistics were
analyzed, quantifying, in terms of Carbon Dioxide equivalent, the reduction of
Greenhouse Gases, due to smaller volumes of fuel burned and smaller volumes of waste
deposited in landfills. As a conclusion, it was found that it could generate electricity about
9GWh (Gigawatt-hour) per year, enough to serve more than four thousand low-income
households per year, in addition to a reduction of up to 74.85% in the Potential of Global
Warming (GWP), in agreement with the National Solid Waste Plan and the Municipal
Sanitation Plan for the Rio de Janeiro City.
Keywords: industrial landfill; greenhouse gases; thermal analysis; energy use; Carbon
Dioxide equivalent; waste transport logistics and deposition.
1 INTRODUÇÃO
A problemática dos resíduos sólidos cada vez mais vem se tornando recorrente
na vida do ser humano Resíduos sólidos são conceituados como todo e qualquer refugo,
sobra ou detrito que resulte da atividade humana, podendo ser classificados de acordo
com a sua natureza física, sendo seco ou molhado, de acordo com sua composição
química, seja orgânico ou inorgânico, podendo ainda ser classificado por sua fonte
geradora, como domiciliar, industrial, hospitalar etc. (PETRY ET. AL., 2015, p. 684). O
Brasil possui diversas referências, tanto em forma de forma de Lei como em normas
dedicadas a resíduos sólidos, e, dentre as suas mais conhecidas definições, encontramos
a seguinte:
população global, com o envio para incineração, aliviando, assim, os aterros e, até
mesmo, os lixões, contribuindo para uma redução nas emissões de Gases de Efeito Estufa
(GEE) e na redução de lixiviado passível de percolar no solo (chorume) – este último no
caso do uso de lixões e aterros fora de especificação – e GEE como Óxido Nitroso (N2O),
Metano (CH4) e o Dióxido de Carbono (CO2) absorvem uma parte da radiação
infravermelha refletida pela superfície da Terra e, por sua vez, irradiam de volta uma
parte da energia à superfície (SILVA E DE PAULA, 2009, p. 43), contribuindo para o
fenômeno do aquecimento global. Além disso, as questões envolvendo logística de
transporte de resíduos também contribuem para o aumento de GEE, já que, no Brasil, o
transporte de cargas é majoritariamente rodoviário, consumidor de combustíveis fósseis,
contribuindo ao aumento de CH4, CO2 e N2O na atmosfera, fazendo-se necessária sua
diminuição, seja pela redução ou modernização constante da frota, seja pela redução das
distâncias percorridas. Conforme sugerido por Araújo e Altro (2014), são pertinentes
investigações mais profundas sobre como melhorar a gestão de resíduos sólidos,
propondo fontes alternativas de tratamento ou de reaproveitamento dos resíduos não
recicláveis. Dentro de um determinado intervalo temporal, pesquisou-se alguns detalhes
sobre a tipologia dos resíduos da universidade, as quantidades não recicláveis
descartadas, as condições seguras de manipulação e os resultados de laboratório sobre o
balanço energético apresentado por cada material analisado, mediante aplicação de
técnicas e equipamentos adequados à análise térmica. Com relação aos GEE, torna-se
necessária a comparação do Potencial de Aquecimento Global (PAG) nas situações de
antes e depois do tratamento térmico proposto, em termos de equivalentes de CO2 (eq.
CO2), com foco na logística de transporte de resíduos atualmente empregada, da origem
à destinação, esperando-se reduções nas emissões de N2O, CO2 e CH4, estes os três
principais GEE, em termos de PAG. Através dos resultados das análises térmicas e da
quantificação dos GEE a serem diminuídos com a alteração da logística de transporte,
sinalizaremos com uma alternativa para tomada de decisões dos gestores responsáveis,
aliviando os aterros sanitários atualmente em uso, sob uma logística mais enxuta de envio
de resíduos, e a possibilidade de parceria com futuras unidades de recuperação de
energética de resíduos nas proximidades.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
Primeiramente, foi feita pesquisa de campo sobre quais são os resíduos gerados,
seus percentuais, formas de destinação e disposição final ambientalmente adequadas,
logística de transporte dos resíduos. Verificou-se junto aos respectivos departamentos
de gestão de resíduos sólidos da UFRJ quais os tipos de resíduos são gerados nas suas
unidades na cidade do Rio de Janeiro e Região Metropolitana, quais são suas frações
recicláveis ou não, especificando suas quantidades geradas no triênio de 2017 a 2019,
contabilizados entre os meses de janeiro a dezembro. A partir desse levantamento,
conhecendo-se as tipologias dos resíduos sólidos gerados pela UFRJ em suas unidades
da cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana, identificou-se aquelas frações das
quais poderão ser extraídas amostras para análise através de tratamento térmico via
incineração, em laboratório. Analisou-se questões envolvendo a segurança operacional
dos agentes diretamente envolvidos que, conforme critérios normativos e legais,
poderiam inviabilizar a seleção das amostras, sendo somente propostas para os testes
aquelas amostras que possuíssem parâmetros seguros à sua manipulação. Foi utilizada
a estrutura disponível no Laboratório de Análises Térmicas (LABAT) do Departamento
de Processos Inorgânicos da Escola de Química da UFRJ, no Campus Ilha do Fundão.
Em laboratório, aplicou-se, para cada amostra coletada as técnicas de análise por
Termogravimetria (TG), Termogravimetria Derivada (DTG), Caloria Exploratória
Diferencial (DSC) e por Análise Imediata – esta última, em especial, para as suas
misturas –, estando todos os materiais testados nas formas secas, pulverizadas ou mesmo
em minúsculos pedaços, da ordem de miligramas (mg). O equipamento utilizado foi um
analisador simultâneo TG-DSC da TA Instruments, modelo SDT Q600. Os parâmetros
utilizados foram: razão de aquecimento de 20°C/min da temperatura ambiente até
1000°C; atmosfera de ar (incineração) na vazão de 100 ml/min; e massa de amostra de
4,0mg a 10mg, dispostas em cadinho refratário de Alumina (Al2O3) com cadinho de
referência do mesmo material. A partir dessas técnicas de análise, foram obtidos os
dados de interesse ao estudo, como a Entalpia resultante de queima [∆H queima (J/g)], o
seu percentual de Cinzas (% cinzas), suas temperaturas (ºC) de início de perda de massa,
temperatura (ºC) de pico de Entalpia e de final de perda de massa. Foram também feitas
as Análises Imediatas das misturas das amostras coletadas, as quais foram dimensionadas
seguindo-se percentuais definidos pela matriz gravimétrica nacional de resíduos sólidos.
Através da Análise Imediata foram obtidos os percentuais de Umidade, Materiais
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A UFRJ é uma entidade pública de ensino fluminense de graduação e pós-
graduação, mantida pelo governo federal, com diversas unidades localizadas neste
estado. Em função da sua área ocupada, bem como dos seus diversos setores existentes,
Unidade Externa – Hospital Escola São Francisco São Francisco Centro, Rio de Janeiro-RJ
de Assis (HESFA)
Unidade Externa – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais Centro, Rio de Janeiro-RJ
(IFCS) Externa – Maternidade Escola
Unidade Laranjeiras, Rio de Janeiro-RJ
Unidade Externa – Museu Nacional São Cristóvão, Rio de Janeiro-RJ
Tabela 1 – Massa total de resíduos sólidos descartados anualmente pela UFRJ (de 2017 a 2019)
Resíduos Resíduos Resíduos
Período RSS RCC
Extraordinários Químicos Recicláveis1
Média anual
4.040,00 3.138,73 33,37 620,55 171,75
(toneladas)
Média anual
50,47 39,21 0,42 7,75 2,15
(%)
1
Não estão inclusas as massas de recicláveis eventualmente misturadas às demais tipologias.
2
Papéis, papelões, plásticos, couros, tecidos e outros materiais impregnados com alimentos, sujos ou
úmidos; resíduos de sanitários; resíduos orgânicos oriundos de comida dos restaurantes (‘bandejões’) e
trailers; resíduos orgânicos oriundos de capina/jardinagem/poda/varrição.
3
Entulhos de obras da construção civil (restos de tijolos, blocos de concreto, madeira, reboco, telhas, metais
retorcidos, pedaços de fio, plásticos e papéis de embalagens de areia e cimento, restos de argamassa, restos
de concreto, restos de brita etc.).
Polietileno de Alta Densidade (PEAD) – Amostra 3 Tampa de tubo para creme Plástico
dental
Polietileno de Baixa Densidade (PEBD) Embalagem de creme dental Embalagem
Multicamada
Borracha para revestimento Têxteis, couros e
Poli-isopreno
de piso borrachas
350.07°C
100 80
60 7498J/g
80 60
40
Weight (%)
60 40
98.97%
20
40 20
35.43°C
248.8J/g 713.16°C
0
20 65.86°C
0
1.054%
0 -20
0 200 400 600 800 1000
Exo Up Temperature (°C) Universal V4.5A TA Instruments
Nas Figuras 2 e 3, são apresentadas as curvas TG, DTG, DSC, bem como os dados
de interesse das análises térmicas dos resíduos combinados (matriz completa e matriz
4
A princípio, todo o quantitativo descartado deveria ser considerado não reciclável; no entanto, conforme
a pesquisa de campo, observou-se frações recicláveis (papel, papelão, plástico etc.) descartadas como
resíduo extraordinário.
8
100
10
6
80
5
4
Weight (%)
60 91.87%
20.10°C
403.7J/g
933.20°C
40 2
0
484.64°C
20 54.53°C 10073J/g 0
-5
7.542%
0
-2
-20
-4
0 200 400 600 800 1000
Exo Up Temperature (°C) Universal V4.5A TA Instruments
100
20 25
80
Deriv. Weight (%/min)
Heat Flow (W/g)
20
10
Weight (%)
789.67°C 850.23°C
60 34.00J/g
33.14°C 36.66J/g 15
203.1J/g 826.20°C 93.56%
0 653.78°C
329.87°C
40 75.00°C 8508J/g
10
-10 5
20
6.250%
0
0
0 200 400 600 800 1000
Exo Up Temperature (°C) Universal V4.5A TA Instruments
recicláveis. Para a matriz completa, os dados de interesse foram: umidade (%) = 5,833;
substâncias voláteis (%) = 79,38; carbono fixo (%) = 0,3231; e cinzas (%) = 14,89. Para
a matriz somente com não recicláveis, os dados de interesse foram: umidade (%) =
8,959; substâncias voláteis (%) = 84,60; carbono fixo (%) = 1,849; e cinzas (%) = 4,509.
Sample: MtotalAnImediata_20C_ar_12Ago22 File: Matriz_total_Análise_Imediata_20C_ar_...
Size: 9.3070 mg DSC-TGA Operator: MariaTeresa
Method: MtotalAnImediata_20C_ar_12Ago22 Run Date: 12-Aug-2022 09:48
Figura 4 - Análise imediata para o combinado total analisado em N até 600ºC e Ar até 1000ºC
Comment: MtotalAnImediata_20C_ar_12Ago22 Instrument:2SDT Q600 V20.9 Build 20
120 10
100 1000 8
5.833%
80 800 6
60 600 4
79.38%
40 400 2
20 200 0
0.3231%
14.89%
0 -2
0 20 40 60 80 100 120
Time (min) Universal V4.5A TA Instruments
100 1000
8.959%
10
80 800
Deriv. Weight (%/min)
Temperature (°C)
Weight (%)
60 600 5
84.60%
40 400
20 200
1.849%
0 4.509% -5
0 20 40 60 80 100 120
Time (min) Universal V4.5A TA Instruments
2 Análise do combinado com todas as amostras 9.663,00 22,12 492,75 933,20 7,54
Pelos dados obtidos e tabelados acima, concluímos que, entre os grupos 1-2
(grupos de todas as amostras coletadas) e 3-4 (grupos dos materiais considerados não
(PAGRedução do PAG
atual versus PAG (%)
proposto) 74,85
Fonte: autoria própria.
4 CONCLUSÕES
O sistema de gestão de resíduos sólidos da UFRJ consegue ser eficaz em parte da
hierarquia proposta no PNRS (BRASIL, 2010), atendendo com boas evidências de campo –
a despeito de algumas lacunas observadas ao longo da pesquisa – as etapas de reciclagem,
tratamento de resíduos (sobretudo aos perigosos) e disposição final, considerando-se, ainda
em 2022, os aterros sanitários como uma forma aceitável de destinação de resíduos no Brasil.
Após todas as análises térmicas realizadas, constatou-se um atendimento pleno às condições
mínimas previstas para um projeto de URE por incineração – considerando-se os parâmetros
intrínsecos aos resíduos coletados, como os teores de substâncias voláteis, carbono fixo,
cinzas, poder calorífico e umidade – como também foram compatíveis com sua faixa de
temperatura de operação. Seguindo com a análise do potencial energético, no caso do
aproveitamento de toda a matriz de resíduos coletados, a valor da Entalpia foi de 9.663 J/g,
enquanto o valor da Entalpia para o caso do aproveitamento somente dos resíduos não
recicláveis foi de 8.234,24 J/g. Tomando-se como referencial uma massa anual calculada de
3.861,05 toneladas de resíduos enviados ao CTR-Rio, convertemos os dois valores de
Entalpia em energia elétrica útil, obtendo-se 10.371.992,67 kWh anuais, para a Entalpia de
9.663 J/g, e 6.140.701,75 kWh anuais, para a Entalpia de 8.234,24 J/g. Comparando-se os
valores de energia elétrica acima com a literatura disponível, verificou-se que, com
9.334.783,36 kWh anuais, seriam atendidos até 12.123 habitantes ao ano, podendo ser
convertido para 4.041 unidades habitacionais com três moradores ou 3.030 unidades com
quatro moradores; já com 5.281.842,78 kWh anuais seriam atendidos até 6.859 habitantes
ao ano, o que poderia ser convertido para 2.286 unidades habitacionais com três moradores
ou 1.714 unidades com quatro moradores. Embora sejam resultados relativamente modestos,
deve ser ressaltado que estes números poderão aumentar ao longo dos anos, seja pelo
aumento progressivo populacional, seja com a redução ou eliminação definitiva de lixões e
aterros controlados; além disso, na futura URE, os resíduos da UFRJ constituiriam apenas
uma pequena fração de um todo (ainda não estimado, em 2022), oriundo de diversos pontos
da cidade e de sua região metropolitana. Ressalta-se que as informações pesquisadas, até a
conclusão deste estudo, dão conta de que a URE-Caju ainda se encontrava nas fases iniciais
de concepção de seu projeto, sem ainda haver dados precisos a serem divulgados ao público
externo interessado. Quando analisamos a alteração da logística atual para o envio da fração
desses resíduos sólidos para incineração nas futuras instalações da URE-Caju, observamos
que, além do potencial energético acima mensurado, haveria impacto ambiental positivo
quanto à redução das emissões de GEE, comparando-se com a nova distância, em média, de
14 km, a ser percorrida da origem até a futura URE-Caju, evitando-se os 74 km médios
atualmente percorridos até o CTR-Rio. Para tanto, seguiu-se o conceito de ACV, analisando-
se cadeia logística atual, em seus diferentes trechos e levando-se em conta todas as distâncias
envolvidas com as respectivas taxas de consumo de óleo Diesel. Conforme a massa
referencial de resíduos gerados de 3.861,05 toneladas anuais enviados ao CTR-Rio, e
obedecendo a cadeia atual de logística de transporte, verificou-se que a frota atual de
caminhões consome, em média, 12.037,83 litros de Diesel/ano, enquanto que, no caso do
envio dessa mesma massa à URE-Caju, seriam consumidos 5.773,80 litros de Diesel/ano,
representando (apenas neste aspecto) uma redução em torno de 52% do consumo desse
combustível. Considerando-se, ainda, a incineração da fração analisada de resíduos em
URE, a redução total do PAG associado (com foco nos três principais GEE conhecidos: CO2,
CH4 e N2O) cairia dos atuais 7.864.530,32 kg eq.CO2/ano para 1.977.986,66 kg eq.CO2/ano,
o que significa uma redução em torno de 74,85%, tornando a proposta deste estudo uma das
alternativas a serem consideradas em futuras tomadas de decisões por parte dos agentes
diretamente responsáveis pelo saneamento ambiental no âmbito da UFRJ.
REFERÊNCIAS
PETRY, D.; PILATTI, C.; SEHNEM, S.; ORO, I. – Gestão de Resíduos Sólidos: um estudo
em uma empresa que atua na cidade de Xanxerê e região. Revista Eletrônica em Gestão,
Educação e Tecnologia Ambiental Santa Maria, v. 19, n. 2, 2015, p. 682-702. Disponível em:
<https://periodicos.ufsm.br/reget/article/viewFile/14783/pdf>. Acesso em: 27/03/2021. DOI:
105902/2236117014783.
SILVA, T.; CAMPOS, L, 2008. Avaliação da Produção e Qualidade do Gás de Aterro para
Energia no Aterro Sanitário dos Bandeirantes - SP. Engenharia Sanitária Ambiental, v.13,
n. 1, p.88-96, 2008. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-41522008000100012>.
Acesso em: 29/08/2022.