OPORTUNIDADES NO MERCADO DE CARBONO

E AS EMPRESAS

Profa. Msc. Fátima Pereira Pinto

Prof. Msc. Luiz Rielli
 Módulo 1 – Emissões de Carbono (1 aula de 2hs)

 Ciências das mudanças do clima

 Mudanças climáticas, acordos internacionais e a economia global
 6º. Relatório do IPCC e a gestão de carbono nas empresas
 Os principais temas da COP 26 e a repercussão nas empresas
 Ambiente institucional e as legislações brasileiras sobre clima

Módulo 2 – Mercados de carbono (3 aulas de 2hs)

Origens – mecanismos e projetos
 O mercado de Kyoto
Mercados de carbono
 Projetos MDL – princípios, processos e transações  Mercados regulados
 Projetos MDL, REDD e REDD+ no Brasil  Mercados voluntários
 Sequestro de carbono  Casos de empresas brasileiras
Mecanismos econômicos
Tendências – compromissos do Acordo de Paris
 Instrumentos econômicos para redução de emissões  Novos mecanismos de mercado de redução de emissões
 Precificação de carbono  Fase de transição entre mercado Kyoto e de Paris
 Gestão de riscos climáticos
 Tendências de futuro
 Ministrante: Fátima Pereira Pinto
Formação
• Mestrado em Tecnologia Ambiental pelo IPT/USP - 2010
• MBA em Conhecimento, Inovação, Tecnologia pela FIA/USP
• Especialização em Engenharia da Qualidade
• Engenharia química pela FEI.

Experiência Profissional
• 17 anos - Diretora Executiva da “Ecouniverso Projetos Ambientais”, consultoria em Sustentabilidade Empresarial e Gestão
de Emissões de Carbono.
• 12 anos em indústrias químicas
• 8 anos em indústria cosmética

Docência
•Ministra disciplinas sobre Sustentabilidade Empresarial, Gestão Ambiental e Emissões de Carbono em Universidades
(FIA/USP , Senac, Centro Paula Souza, UMAPAZ) , Instituto Racine e outras instituições.
https://www.linkedin.com/in/fatima-pereira-pinto-a42ab820/
O clima definindo tendências globais

 Descarbonização da economia Evidências no IPCC -AR6

 Retomada verde na União Europeia Barreiras técnicas : taxa de carbono de importações.

(CBAM- Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira)

 Zero líquido em 2050: governos e empresas

 Precificação de Carbono: governos e empresas

 ESG : indicadores ambientais, sociais e governança

Para qualquer ação relacionado ao CLIMA ...............

PRECISAMOS CONHECER O IMPACTO DE GEE

começa com a
OU SEJA, AS EMISSÕES DE GEE
Conceitos sobre Aquecimento Global e
Mudanças Climáticas
O Efeito Estufa

B- a radiação é refletida C- parte da radiação que é refletida pela Terra

pela Terra não retorna ao espaço por que é refletida
novamente e absorvida pela camada de gases
de efeito estufa.
ÊSTE É O EFEITO ESTUFA

A- a radiação é
absorvida e
aquece a Terra.
A evolução das emissões de gases de CO2 pós era industrial

A temperatura média anual aumentou numa taxa de: Comparativo

• 0,08 ºC por década desde 1880 mensal das
• 0,18 ºC (duas vezes mais) desde 1981. emissões a cada
https://www.co2.earth/ ano
 Destino das emissões

Emissões se acumulam na atmosfera e são absorvidas nos

oceanos e biomassa

55

9
Fonte: Extraído da palestra de Tasso Azevedo_2º. Seminário sobre Mudanças
Climáticas_Planeta Sustentável_2014
Quanto emitimos
6º maior
emissor de GEE

Brasil (2019): 2,18 bilhões tCO2e

Mundo (2019) : 55 bilhões tCO2e

Emissões brutas

Emissão per capta ( média mundial) : Emissão per capta Brasil:

~7 tCO2e/hab 10,4 tCO2e/hab
Fonte: WRI
 Os 7 Gases de Efeito Estufa

HFC NF3 SF6

CH4 N2O PFC
CO2

Dióxido de Metano Óxido Nitroso Perfluor Hidrofluor Trifluoreto de Hexafluoreto

Carbono Carbono Carbono nitrogênio de enxofre

 Cada GEE tem um potencial de aquecimento global ou GWP (Global Warming Potential)

 O efeito de aquecimento dos GEEs é cumulativo ao longo do tempo

 Possuem diferentes tempos de permanência na atmosfera.

 Emissões por setor
Brasil 2020 (tCO2e)
Evolução das emissões brutas - Brasil (tCO2e) 5%
4%

18%
46%

27%

Total em 2020
2,16 bilhões CO2e

Fonte: https://plataforma.seeg.eco.br/total_emission#
Vamos acessar as informações de emissões brasileiras

seeg.eco.br
DIÓXIDO DE CARBONO
DESMATAMENTO E QUEIMADAS

CO2
TRANSPORTES

As fontes de emissão de GEEs

Combustão em equipamentos industriais

14
 METANO Queimador (flare)
No campo
Transportes Instalações
industriais
CH4 Dejetos de suínos

Fermentação entérica e dejetos Plantação de arroz

de bovinos Vazamentos em tubulações de
gás natural

15
 ÓXIDO NITROSO Queima de combustíveis em veículos e equipamentos

N2O
Agricultura / uso de fertilizantes

https://valor.globo.com/mundo/coluna/onu-sugere-foco-em-outro-gas-
16
vilao-o-n20.ghtml
HIDROFLUORCARBONO Ar condicionado
Uso de gases
refrigerantes

HFC

Refrigeração em supermercados Refrigeração industrial

17
Outros GEEs FLUORADOS

Trifluoreto de Hexafluoreto de
Perfluorcarbono
Nitrogênio enxofre

PFC NF3 SF6

Produção de alumínio Telas LCD Isolante elétrico em

subestações e transformadores
18
Os 7 Gases de Efeito Estufa

GWP – Potencial de
Aquecimento Global-
Gases de Efeito Estufa (GEEs)
horizonte 100 anos –
IPCC 2013 /AR5

Dióxido de Carbono CO2 1

Metano CH4 28 Os GEEs mais relevantes

Óxido Nitroso N2O 265

HFC 4-1 2.400

Os gases fluorados têm uma
PFC 6.630 – 17.400
Gases fluorado relevância devido seu potencial de
NF3 16.100
aquecimento global (GWP)
SF6 23.500
O 6º. Relatório do IPCC
Ago. 2021
Fontes de emissão dos GEEs

Participação de cada GEE nas emissões globais

Principais fontes das emissões de CO2
2%

6%
4%
7%
Uso de combustíveis
17% fósseis

Uso da terra, mudança

de uso da terra,
sivicultura
Outros

74%
89%

Dióxido de Carbono Metano Óxido Nitroso Gases fluorados

IPCC- AR6
 IPCC e UNFCCC

Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas

Objetivo: fornecer conhecimento técnico sobre mudanças climáticas e suas possíveis

repercussões ambientais e socioeconômicas.
Criado em 1988 e possui 195 países membros.

UNFCCC – Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima

Objetivo: fornecer o arcabouço com diretrizes aos governos para estabilizar as

emissões de GEE na atmosfera em níveis tais que evitem a interferência perigosa com
o sistema climático.

United Nations Framework

É um tratado internacional resultante da Conferência da ONU para o Meio Ambiente
Convention on Climate Change e o Desenvolvimento criado em 1992, na Rio 92.
22
 AR6- O sexto relatório do IPCC

 Visão clara do estado atual das

mudanças climáticas

 Descreve as ações transformadoras que

os governos devem tomar para evitar
um futuro calamitoso

 O trabalho examina a base física das mudanças climáticas passadas, presentes e futuras.
 Foi finalizado e aprovado por 234 autores e 195 governos.
IPCC AR6 WGI – Síntese das principais conclusões do relatório

1. O planeta aquecerá em 1,5°C em todos os cenários. No caminho mais ambicioso, alcançamos 1,5°C
nos anos 2030

2. Há necessidade de combater outros GEEs além do CH4 é o 2º. GEE mais abundante e aquece 25
CO2 no curto prazo, tal como as emissões de metano
vezes mais que o CO2)

Ecossistemas terrestres e oceânicos

3. O mundo natural será prejudicado com o
têm uma capacidade limitada para
aumento do aquecimento resolver o desafio climático.

4. Para frear o aquecimento, os tomadores de decisão precisam implementar planos de

emissão zero líquido.

5. É necessário profundas reduções de emissões e também a remoção do CO2.

https://www.ecodebate.com.br/2021/08/09/ipcc-ar6-wgi-sintese-principais-conclusoes-do-relatorio/
 As Fontes de Emissão de GEE – nível global

Emissão anual
média *: 55
bilhões tCO2e

* Emissões brutas de GEE: total emissão

Não consideram a remoção de dióxido de carbono pelas mudanças de uso do solo, isto é, a quantidade de gases de carbono
25
fixados pelo crescimento da vegetação em florestas e áreas protegidas.
 As previsões climáticas: Relatório IPCC- ago 2021

• Nós criamos uma transformação permanente em nosso planeta

• As decisões e ações tomadas nesta década moldarão nosso futuro para os próximos milhares de anos.

Fonte: https://climainfo.org.br/2021/08/09/relatorio-do-ipcc-ultimato-governos-empresas/
 Os 5 cenários futuros definidos pelo IPCC

Mudança da temperatura global da superfície da terra de 1850-1900

5
Alta emissão
4,5

4,0 Alta emissão

3,5

3,0
Emissões intermediárias
2,5

2,0
GRANDES ESFORÇOS DE
1,5
Baixa emissão REDUÇÃO DE EMISSÕES
Baixa emissão
1,0
Mais de 50% de chance
0,5
SSP1-1.9 de atingir ou
0
ultrapassar a meta de
1940 1960 1980 2000 2020 2040 2060 2080 2100
1,5ºC entre 2021 e
2040.
Fonte: IPCC – AR6 Significado sigla SSP: Shared Socio Economic Pathway
O que fazer para limitar o aquecimento a 1,5ºC?
Emissões futuras de Dióxido de carbono (bilhões/ano)

Conseguiremos limitar a
1,5ºC se
EMISSÃO LÍQUIDA ZERO EM
2050

Mudanças de pequena escala

não serão suficientes, vamos
precisar de AÇÕES RÁPIDAS E
TRANSFORMADORAS.
SSP1
-1.9

IPCC- AR6
 A importância de redução das emissões de metano
Depois do CO2, o metano (CH4) é o maior contribuinte para a mudança climática.
Metano tem 28 vezes mais poder de aquecimento do que o CO2 num horizonte de 100 anos (GWP do AR6).

A redução das emissões de

metano antropogênico
É uma das formas mais
econômicas e mais rápidas de
limitarmos o aquecimento a
1,5ºC
• Estima-se US$ 600/t de metano
até 2030
• Para setores de carvão e resíduos os
custos podem ser melhores.
Fonte: Instituto ClimaInfo
 O Acordo de Paris

O Acordo de Paris e suas repercussões a

nível governamental e empresarial
 O Acordo de Paris - resumo
O Acordo
 Tratado internacional ratificado por 194 países e a União Europeia
 Estabilizar o aquecimento global “bem abaixo de 2oC”, “fazendo esforços” para
estabilizá-lo em 1,5oC.

Compromissos dos países

 NDCs – metas de reduções e compromissos nacionais voluntários.
 Estratégias de longo prazo para “atingir um equilíbrio” entre emissões e remoções
O processo do Acordo

 Não há punição para quem não cumprir suas metas.

 As decisões são tomadas por consenso.
 Os países que não cumprirem seus compromissos podem sofrer pressão nas relações
comerciais como barreiras tarifárias.
 31
 Compromissos Nacionais

 NDC - Contribuições Nacionalmente Determinadas

Metas de redução  Serão revisadas a cada 5 anos.
 Período: 2020 a 2025 (prorrogado pelo menos 2 anos devido
pandemia Covid-19)

Limitar o aumento da  máximo 2ºC em relação aos níveis pré-industriais

temperatura média  esforços para não ultrapassar 1,5 ºC.

 Mitigação de emissões dos países

O que a NDC  Adaptação às mudanças climáticas
contempla:  Alinhamento e apoio financeiro à ação climática necessária
(para minimizar perdas e danos climáticos dos países ricos
que mais emitiram).
 Decisões COP 26 Antonio Gutierrez
Déficit de credibilidade e um superávit de confusão sobre a
redução das emissões e as metas net zero, com significados
Metas de redução diferentes e medidas diferentes”.

• Redução global das emissões de CO2 em 45% até 2030 (ano-base 2010)
• Neutralidade de CO2 até 2050 - redução ao máximo as emissões e compensação por reflorestamento e
tecnologias de captura de carbono da atmosfera.

Carvão:
• Diminuição (não eliminação) até a década de 2030 e subsídios “não eficientes”.
• Grupo de 40 países (Reino Unido, Canadá e Polônia ) assinou um acordo paralelo para eliminar o uso de
carvão mineral de sua matriz energética entre 2030 e 2040. Não fazem parte China e Estados Unidos.

Metano:
• Reduzir emissões em 30% até 2030 (ano-base 2020).
• Assinaram: mais de 100 países – 70% do PIB global (metade das emissões globais) inclusive o
Brasil.
Desmatamento
• Mais de 100 países: deter e reverter o desmatamento e recuperar áreas degradadas até 2030
• US$ 19,2 bilhões em financiamento público e privado.

Fonte: WRI
 Decisões COP 26

Transportes:
• Transporte com emissão ZERO e acessível em todas regiões do mundo até 2030
• Compromisso da Ford, Mercedes-Benz e Volvo.

Várias CRÍTICAS deste acordo: Mantém o princípio

extrativista
• Não é sustentável.
• A demanda por lítio será 40 vezes maior até 2040.
• Outros minerais estratégicos: cobalto, grafite, níquel terão
aumento em torno de 20 vezes.
• A COP 26 não considerou o uso de bicicleta e transporte público,
pois o carro possui 2 toneladas para transportar 1 ou 2 pessoas.
Fábrica chinesa de baterias de lítio, mineral
estratégico da transição energética. - AFP

Fonte: Brasil de Fato. (Aposta na COP26, lítio e carros elétricos podem ser falsa solução climática) 34
https://www.brasildefato.com.br/2021/11/12/aposta-na-cop26-litio-e-carros-eletricos-podem-ser-falsa-solucao-climatica
Definições da COP 26 para manter máx.1,5°C até 2.100

Metas de limitar o 1,5°C

aumento de
1,1°C
temperatura

Metas de redução
emissões 45% Zero líquido
(ano-base 2010):

2021 2030 2050 2100

COP 26

 As políticas públicas definindo metas de redução

por setor produtivo?
O que as empresas devem esperar destas
 E o plano de implantação que será apresentado
definições ? na COP 27 em dez/2022.
As motivações das empresas para
implantar a Gestão de GEE

• Regulatórias
Riscos e Oportunidades
• Mercadológicas
• Financeiras
36
O clima definindo tendências globais

 Descarbonização da economia Evidências no IPCC -AR6

 Retomada verde na União Europeia Barreiras técnicas : taxa de carbono de importações.

(*CBAM- Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira)

 Zero líquido em 2050: governos e empresas

 Precificação de Carbono: governos e empresas

 Environmental – ambiental
 ESG - os indicadores:  S – Social
 G – Governança Corporativa
*CBAM: Carbon Border Adjustment Mechanism
Evitar fuga de carbono e incentivar países parceiros a estabelecerem políticas de precificação de carbono para combater as mudanças climáticas.
 SBTi- Sience Based Targets

O que é:
As empresas definem suas metas de mitigação de emissões de GEE de acordo com a mais atual ciência climática para que os
objetivos do Acordo de Paris sejam alcançados:
• Limitar o aquecimento global1,3a muito abaixo dosfazem
mil companhias 2°C (níveis
partepré-industriais)
da SBTi,
• E os esforços possíveis para limitar esse aumento da temperatura global a 1.5°C.

Objetivo:
1. elaborar métodos e ferramentas
2. engajar empresas e apoiá-las no processo de elaboração de suas metas;
3. avaliar e validar as metas
4. comunicar dados e informações relativos à iniciativa e às empresas participantes.
Fonte: https://sciencebasedtargets.org/
SBTi- Sience Based Targets

“Metas baseadas na ciência são metas de redução

de emissões de GEE consistentes com o nível de
descarbonização que, de acordo com as ciências
climáticas, é necessário para manter o aumento da
temperatura média global entre 1,5 ºC e 2 ºC em
comparação a níveis pré-industriais.”
 BRASIL

Escopos 1 e 2
Redução em 50% até 2025
Ano base: 2015 - termos absolutos.

• eficiência energética
• transição de combustíveis fósseis para biocombustíveis
• contratos de energia livre de fóssil.

Meta de eletricidade sem combustíveis fósseis para 2020

Meta de eficiência energética de 33%/veículo 2020 (ano base 2010) estão construindo blocos para esta meta.

De acordo com a iniciativa Science Based Target uma redução de 50% nos Escopos 1 e 2 durante dez anos é muito ambiciosa
e está de acordo com um cenário de 1,5 grau – o cenário de descarbonização mais rigoroso do Science Based Targets.
https://www.scania.com/br/pt/home/about-scania/sustainability/scanias-science-based-targets.html
Exemplo meta com base na ciência BRASIL

Escopo 3

Mais de 96% das emissões de carbono do negócio são geradas quando os produtos estão em uso.
Impacto climático real durante o uso de seus produtos:

Well-to-Wheel (Poço à Roda ) + as emissões geradas na produção do combustível ou da eletricidade.

De acordo com a iniciativa Science Based Target (Science Based Targets):

Meta é abrangente e alinhada com o cenário de descarbonização mais ambicioso que foi
desenvolvido por eles.

• Esta é uma meta de intensidade medida em equivalentes de CO2 por quilômetro.

• A Scania medirá o impacto climático de seus produtos utilizando dados operacionais de todos os
seus caminhões e ônibus conectados globalmente.
• A meta significa que os veículos produzidos em 2025 deverão ter emissões de CO2 20% menores
por quilômetro em comparação com os veículos produzidos em 2015.
41
 Vamos acessar este site no link:
https://sciencebasedtargets.org/net-zero

42
 Reunião do Conselho Curador FIA – 11/03/2002

A. ORÇADO x REALIZADO NO ANO DE 2001

1. RECEITAS E DESPESAS GLOBAIS

- Jan a Dez/2001 -
(em R$ mil)
Orçado Realizado Variações
RUBRICA Ano 2001 Ano 2001 Valor %

Gestão Corporativa de Emissões

(A) (B) (C=B-A) (D=B/A)
1. RECEITAS:
1.1. Contratos 55.000 51.368 (3.632) (6,60)
1.2. Extraordinárias 600 148 (452) (75,37)

de GEE
1.3. Receitas Financeiras 1.400 2.230 830 59,30
1.4. Subtotal de Receitas 57.000 53.746 (3.254) (5,71)
1.5. Reversão de Provis ão para Projetos Externos 2001 0 3.493 3.493 0,00
1.6. Total de Receitas 57.000 57.240 240 0,42

2. DESPESAS:
2.1. Pess oal Técnico 23.149 23.006 (143) (0,62)
2.2. Pess oal Administrativo 3.347 5.060 1.713 51,18
2.3. Encargos Sociais 3.182 4.262 1.080 33,94
2.4. Despesas Financeiras 600 768 168 28,07
2.5. Despesas Gerais 24.177 14.913 (9.264) (38,32)
2.6. Subtotal de Despesas 54.455 48.010 (6.445) (11,84)
2.7. Provisão para Projetos Externos 2002 0 4.493 4.493 0,00
2.8. Provisão para Apoio à Pesquisa 0 300 300 0,00
2.9. Subtotal de Provis ões 0 4.793 4.793 0,00
2.10. Total de Despesas e Provisões 54.455 52.803 (1.652) (3,03)

3. SUPERAVIT / (DEFICIT) 2.545 4.437 1.892

 Gestão de GEE corporativa

Inventário Redução Compensação Relato

Verificação
É um processo contínuo.....

A contabilização das emissões de Gases de Efeito Estufa é o primeiro passo de uma

organização na tomada de decisões estratégicas rumo à economia de baixo carbono.
INVENTÁRIO DE GEE

É um processo que contabiliza as emissões e remoções de Gases de Efeito Estufa (GEE)

relacionadas às operações de uma organização num determinado período.

Os resultados são expressos em tCO2e.

 Fornece dados para avaliar o impacto dos esforços de mitigação de emissões de GEE de
uma empresa.
 Suas informações são essenciais para a tomada de decisões de estratégicas de maior
eficiência em sustentabilidade.
As metodologias

Especificações • Parte 1 –inventários de

É referência de
Base científica de GEE e verificação;
método de
cálculos. transportes (viagens • Parte 2 –projetos de
aéreas, naval e redução de GEE;
terrestre) • Parte 3 – validação de
projetos de redução
Abrangência do Inventário de GEE
FONTES DE EMISSÃO

Fonte: Ecouniverso
Exemplo de Programa de Redução de GEE
Braskem

Fonte: https://www.braskem.com.br/mitigacao
https://www.braskem.com.br/centraldeindicadores
Vamos acessar o site do Programa Brasileiro GHG Protocol

https://registropublicodeemissoes.com.br/
Preparação das empresas para a
precificação de carbono
 MRV- monitoramento, relato e verificação

O MRV será uma demanda para as organizações, na

medida que a precificação de carbono seja
implantada.

• MRV bottom-up regulado

• voltado para a estruturação e aplicação de
um sistema de comércio de emissões.
• Suporte em políticas públicas

Definidas as regras na COP 26 –

aguardando as Políticas Públicas para sua
implementação
Fonte: Requerimentos para um Sistema Nacional de Monitoramento, Relato e Verificação de Emissões de Gases de Efeito
Estufa
Passos para a Precificação de Carbono nas empresas

1. (Implantar o MRV – monitoramento, relato e verificação

• Inventário de Emissões de GEE
• Relatório de GEE
• Verificação do Inventário de GEE

2. Desenvolver o custo interno do carbono

3. Sistema de relato digital

Aguardando
definição das regras
no Brasil
 Sistemas MRV- monitoramento, relato e verificação

O procedimento anual de MRV faz parte do ciclo de conformidade para conciliação as emissões. E assim
garantir a integridade dos Sistemas de Comércio de Emissões (trocas de créditos ou direitos de emissões).
PMR Brasil - Projeto Partnership for Market Readiness

Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE)

A participação no SBCE é por instalação (fonte de emissão) e não por empresa/organização

1) Emissores acima do limiar 25 a 50 MtCO2e / ano (ainda em definição)

2) Emissões : combustão e processo (~10,5% das emissões do Brasil) será implantado em fases:
• Emissões de combustão industrial
• Emissões de produção de combustíveis
• Emissões de processo.

O sistema MRV já é adotado em outros países, em mercados voluntários e mandatórios.

Fonte: CEBDs - Workshop Técnico 4: Sistema de Relato de Emissões
MRV no Brasil : voluntários e mandatórios

Relatórios públicos:

1. Programa Brasileiro GH Protocol

2. SIRENE (MCTI) – está

desenvolvendo um programa
voluntário de inventário
organizacional com base nas
experiências do GHG Protocol e
dos relatos estaduais.

Fonte: CEBDS : Workshop Técnico 4: Sistema de Relato de Emissões

 Sistemas MRV- União Européia – EU ETS

• Cobre instalações industriais e operadores de aeronaves

• Necessário apresentar plano aprovado para monitorar e relatar as emissões anuais. Ele faz parte da licença
de funcionamento necessária para instalações industriais e outras.

Categorias:
A : menor ou igual a 50 mil tCO2e
B : menor ou igual a 500 mil tCO2e
C: maior que 500 mil tCO2e
Para instalações menores que 25mil
tCO2e o relatório é simplificado.

MRR- Monitoring, Reporting and Regulation

Fonte: CEBDs - Workshop Técnico 4: Sistema de Relato de Emissões
Sistemas MRV- Califórnia

https://ww2.arb.ca.gov/mrr-tool
California
MRR- Regulation for the Mandatory Reporting of Greenhouse Gas Emissions
Desde 2007
Aplicado para:
• Geradores de eletricidade,
• Instalações industriais,
• Fornecedores de combustível
• Importadores de eletricidade

CARB - California Air Resources Board

Implanta e supervisiona um programa de verificação de terceiros para dar suporte aos relatórios obrigatórios de GEE

Fonte: CEBDs - Workshop Técnico 4: Sistema de Relato de Emissões

As Políticas Públicas do Brasil –
Mudança do Clima
Fonte: https://forumempresarialpeloclima.ethos.org.br/observatorio-
de-politicas-publicas-de-mudancas-climaticas/
 Principais Políticas sobre Mudanças Climáticas

POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA-2009

Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12187.htm)

DECRETO Nº 9.172, DE 17 DE OUTUBRO DE 2017

Institui o Sistema de Registro Nacional de Emissões - Sirene
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9172.htm)
 Inventário de GEE - mandatório em SP e RJ

Estado de São Paulo - CETESB

Decisão de Diretoria Nº 035/2021/P, de 13 de

abril de 2021 – São Paulo
Objetivo: elaboração de planos e programas de mitigação

https://cetesb.sp.gov.br/wp-content/uploads/2021/04/DD-035-2021-P-Criterios-para-a-elaboracao-do-inventario-de-
emissoes-de-gases-de-efeito-estufa-no-Estado-de-Sao-Paulo-e-da-outras-providencias.pdf

Estado do Rio de Janeiro - INEA

Resolução INEA/PRES Nr.64- 12/12/2012 -Rio de Janeiro

Objetivo: Licenciamento Ambiental

(http://www.inea.rj.gov.br/wp-content/uploads/2019/01/RESOLU%C3%87%C3%83O-
INEA-N%C2%BA-64-Invent%C3%A1rio-de-emiss%C3%B5es-de-Gases-de-Efeito-Estufa-
GEE.pdf)
 Bibliografia
• ABNT NBR ISO 14064:2007- GASES DE EFEITO ESTUFA

• BRASKEM . MUDANÇA DO CLIMA . Disponível em: < https://www.braskem.com.br/mudancas-do-clima> Acesso em: Jan. 2021.

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• CENTRO DE ESTUDOS EM SUSTENTABILIDADE DA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO- FGVCES. Requerimentos
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• CHIARELLI, D.. VALOR. Empresários pedem que Brasil leve “Objetivos climáticos ambiciosos “ à COP 26”- a carta. São Paulo:
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• CEBDS. Neutralidade Climática: uma grande oportunidade. Abr. 2021. Disponível em: < https://cebds.org/publicacoes/neutralidade-
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• MINISTÉRIO DA FAZENDA. Requerimentos para um Sistema Nacional de Monitoramento, Relato e Verificação de Emissões de Gases de
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Bibliografia
• CENTRO DE ESTUDOS EM SUSTENTABILIDADE DA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO- FGVCES. Registro
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• INSTITUTO CLIMA E SOCIEDADE -ICS, OBSERVATÓRIO DO CLIMA-OC. Acordo de Paris: um guia para perplexos. Brasil: SET 2021.
DISPONÍVEL EM: <HTTPS://WWW.OC.ECO.BR/ACORDO-DE-PARIS-UM-GUIA-PARA-OS-PERPLEXOS/ > . ACESSO EM 26/102021.

• PACTO GLOBAL – REDE BRASIL. Índice S&P/B3 Brasil ESG analisa adesão aos Dez Princípios entre as empresas listadas. Disponível em: <
https://www.pactoglobal.org.br/noticia/486>. Acesso em: Jan. 2021.

• REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Pretendida contribuição nacionalmente determinada. Brasília: 2015. Disponível em: <
http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_desenvsust/BRASIL-iNDC-portugues.pdf > . Acesso em Jan. 2021.
• SISTEMA DE ESTIMATIVA DE EMISSÕES DE GASES - SEEG Brasil. Plataforma de emissões. Disponível em: < http://seeg.eco.br/ > Acesso
em Fev. 2021.
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