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NHZ4043-15 - Seminários em Química II

Prof. Dr. Sérgio Henrique Bezerra de Sousa Leal

Chen, J. J. & Lee, Y. R.


Otimização da reação de
transesterificação da microalga
Monoraphidium sp
B.el Matheus Lopes Silva
Santo André
2019
Tópicos
• Introdução
– Biodiesel
– Reação de Transesterificação
– Microalga Monoraphidium sp
• Objetivos da Pesquisa
• Metodologia
• Resultados
• Conclusões

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Introdução
Por que precisamos buscar
novas fontes de energia
renovavéis como o Biodiesel?

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O Problema dos Combustíveis
Fósseis

Combustível Reação de Combustão ΔH°c Relação


(kJ · mol-1) Energia /
mol de CO2
Gasolina 2 C8H18 + ​25 O2 → 16 CO2 + 18 H2O 4970,4 621,3
GLP 2 C4H10 + ​ 13 O2 → 8 CO2 + 10 H2O 2992,8 748,2
Carvão C + ​O2 → CO2 471,6 471,6

Pior eficiência energética possível


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O Problema dos Combustíveis
Fósseis
Níveis de CO2 na atmosfera
nos últimos 800 000 anos

Anos no tempo de escala geológico

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O Problema dos Combustíveis
Fósseis
Efeito Estufa

CO2 e outros gases na atmosfera “prendem”


os raios solares mantendo a Terra aquecida

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Mudanças Climáticas
Ciclones

Temperaturas
Extremas
Degelo

Nível
do Secas
Mar

Alagamentos
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Matriz Energética Brasileira

*Ministério de Minas e Energia

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Matriz Energética Mundial

81,6% da energia do mundo vem de combustíveis


fósseis
*Global energy matrix (2011). (IEA, 2013) 9
Por que Biocombustíveis?

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Por que Biocombustíveis?

CO2 Fotossíntese

Energia Renovável

Ácidos
Queima
Graxos

Biodiesel

Net Carbon ≈ 0 Glicerol e outros Resíduos


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Por que Biocombustíveis?

CO2 já compôs ~25% da atmosfera


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Por que Biocombustíveis?
1,020 x 1015 kg
(2%)
de Carbono está
está disponível
para fotossíntese
da biota marinha
na superfície dos
oceanos

3,8100 x 1016 kg
de Carbono está
no fundo dos
oceanos dissolvido
na forma de CO2
por processos
geoquímicos

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Por que Biocombustíveis?
Fotossíntese Heterotrofia
CO2 • Cyanobacteria • Animais
(Oceanos)
• Pré-histórico • Dinossauros
• Plantas, Algas
• Fungos

Rochas Petróleo e
Sedimentares, Carvão Queima
(Segundos)
Calor, Pressão (Milhões de anos)

“Na Natureza,
CO2 antes nada se cria, nada
fixado agora se perde, tudo se
transforma”
liberado
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Porque Biocombustíveis
Queima de Aumento
Efeito Estufa
Comb. Foss. ppm CO2

Elevação da Aquecimento Liberação de


Temperatura dos Oceanos CO2 dissolvido

+ Efeito Estufa

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Biodiesel
• Obtido de ésteres de ácidos graxos
(lipídeos) presentes em óleos vegetais

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Questão da Soja

(Embrapa) 17
Reação de Transesterificação

Biodiesel

Glicerol
FFA FAME

FFA: Free Fatty Acid Ácido Graxo Livre


FAME: Fatty Acid Methyl Ester Éster metílico de ácido graxo

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Cuidado com a Saponificação
Em meio anidro:
CH3OH + OH- ⇋ CH3O- + H2O
NaOH
ou KOH
Se houver água presente:
CH3OH + H2O ⇋ CH3O- + H3O+

Reação de Saponificação
CH3O- + R’COOR ⇋ R’COO- + CH3OR
R’COO- + Na+ ⇋ R’COO-Na+
Surfactante

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Reações
Em meio anidro:
CH3OH + OH- ⇋ CH3O- + H2O
metóxi

CH3O- + R’COOR ⇋ R’COOCH3 + R’O-


triglicerídeo Estér (Biodiesel) glicerato

R’O- + H2O ⇋ R’OH


glicerol
+ OH -

20
Mecanismo de Reação
Catálise alcalina

21
Mecanismo de Reação

22
Ataque à Carbonila

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E se usássemos
(micro)algas para produzir
Biodiesel?
Autores da Pesquisa
• Jen-Jeng Chen • Yu-Ru Lee
Ph.D. Universidade Nacional Ph.D. Universidade Nacional de
Cheng Kung, Taiwan Taiwan Taiwan
Professor Associado na Pós-Doc na Universidade de
Universidade de Tajen (R.O.C.) Harward (EUA)

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Objetivos da Pesquisa
• Otimizar a produção de biodiesel
produzida pela Monoraphidium sp
em relação ao rendimento,
alterando quatro variáveis:
– volume de metanol
– temperatura da reação
– tempo de reação
– poder Ultra-Som

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Por que (micro)algas?
• Contém uma concentração alta de
lipídeos (FFAs, ácidos graxos livres)
• Produzem de 15 a 300 vezes mais
óleo para produção de biodiesel do
que óleos vegetais tradicionais
(Canola e Soja)
• Redução da área necessária para
plantio (em relação à Soja)
• Baixo impacto ambiental

(Chen, J. & Lee, Y., 2017)


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Monoraphidium sp

40-50% da massa em lipídeos


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Metodologia
• Amostragem: coleta de efluentes no
parque industrial de Neipu; 3 L de
água, alga identificada e isolada em
laboratório.

• Cultura: Meio BG-11 com 1,5% ágar


por 30 dias em placa de petri.
Transferido para garrafas de 5 L, a 25
°C, 5000 lux e 3% vol. em CO2 por 7
dias.

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Metodologia
Mudança
de
Parâmetros

Metodologia 30
Extração Soxhlet
• Montagem de Refluxo,
onde o solvente é
constantemente
evaporado e condensado,
precipitando ainda
quente no substrato de
interesse e sendo
devolvido ao balão de
extração.

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Resultados
• Quanto maior o volume de Metanol
utilizado, maior foi o rendimento
observado.
– Explicado pelo Princípio de Le Chatelier.

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Resultados
• Em ambas reações catalisadas em meio
ácido ou alcalino deram maior
rendimento nas concentrações ótimas
de 0.5% para NaOH e 2% para H2SO4.
• A catálise ácida apresentou maior
rendimento na sua concentração ótima
(2%) e maior volume de Metanol
utilizado no experimento (18 mL).

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Resultados
• Os autores realizaram uma estatística
avançada para validar a confiabilidade
dos resultados.
• Os valores obtidos pelo estudo
estatístico mostraram que as correlações
encontradas são precisas e confiáveis.

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Resultados
• O estudo de temperatura, tempo e
poder ultrassônico foi correlacionado
com volume de metanol e rendimento
de FAMEs.
• Com NaOH, as correlações geraram
planos com máximo de rendimento
sempre no maiores volumes de
metanol, maior temperatura, maior
tempo reacional e maior poder
ultrassônico.

35
Resultados

0.5% NaOH

36
Resultados
• Com H2SO4, as correlações geraram
planos com máximo de rendimento
com temperaturas em 60-80 °C, 20
minutos de reação e poder
ultrassônico de 120 W.

37
Resultados

2% H2SO4

38
Resultados
• Não foram observadas diferenças
significativas em relação à
composição de ácido graxos livres
na espécie de microalga estudada.
• Estão presentes principalmente os
ácidos palmítico, oleico e linoleico.

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Conclusões
• Os autores não mostram os dados,
mas atestam que uma combinação,
de catálise ácida e alcalina, nas
concentrações 2% e 0.5%
respectivamente, é a que produz o
maior rendimento de FAMEs para a
transesterificação de FFAs de
células da espécie Monoraphidium
sp.

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Referências Bibliográficas
• J-J. Chen, Y-R. Lee / Renewable
Energy 129 (2018) 717-723
• Jonathan Clayden et al. Organic
chemistry. Oxford, GBR: Oxford
University Press, 2001. 1512 p., il.
ISBN 9780198503460.

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