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GUIA DO

CARBONO
Obrigado por fazer parte da
JORNADA PRO CARBONO
/// Produzir mais, com mais
SUSTENTABILIDADE, vem se
tornando uma realidade no agronegócio
brasileiro. As práticas no dia a dia do
campo estão ajudando a construir o
legado da agricultura de baixo carbono
e desempenhando um papel estratégico
no combate ao aquecimento global.
E você é parte deste modelo de
negócio pioneiro, mostrando que é
possível produzir com responsabilidade
e, ao mesmo tempo, preservar.

/// Neste guia reunimos alguns


termos e informações importantes
sobre o mercado de carbono e sobre
sustentabilidade de modo geral, que
vão te ajudar a se engajar ainda mais
e se consolidar como protagonista
desta jornada.
COMO SURGIU O
MERCADO DE CARBONO?
A história dos mercados de carbono começou com o
estabelecimento do Protocolo de Kyoto, em 1997.

Já era necessário que países e empresas minimizassem as


emissões de GEE, mas não havia objetivos definidos de
maneira uniforme e nem acordos para que fizessem essa
redução. Assim, diferentes mecanismos de mercado de
carbono foram criados.

O Protocolo de Kyoto estabeleceu o objetivo de reduzir as


emissões de GEE nos próprios países e implementar projetos
de redução de emissões em outros países. Outro marco
importante foi o Acordo de Paris em 2016, com o objetivo
geral de reduzir as emissões em 43% até 2030.

A compra e venda de créditos de carbono pode ser uma


ferramenta importante nessa dinâmica. Atualmente, o
mercado é dividido em dois: regulado e voluntário.
MERCADO REGULADO
E VOLUNTÁRIO – QUAL A
DIFERENÇA?
No voluntário, são estabelecidas regras de mercado e
as empresas podem livremente comprar créditos para
compensar suas emissões e cumprir seus próprios objetivos
neste quesito, inclusive entre setores públicos e privados
de diferentes países. Somente em 2020, esse mercado
movimentou por volta de US$ 300 milhões, segundo a
plataforma Ecosystem Marketplace.

Já no regulado, os governos definem metas de emissões


de gases de efeito estufa para setores e entidades.
Aqueles que emitirem menos que o estabelecido, podem
comercializar permissões referentes à quantidade não
emitida, enquanto outros atores que não conseguirem
atingir a meta determinada podem comprar permissões e
créditos de carbono a depender dos limites estabelecidos
por cada mercado.

COMPENSAÇÃO
DE CARBONO
Existem duas formas de compensar as emissões de
carbono – Insetting e Offsetting. Para o mercado voluntário,
valem as duas formas. Para o mercado regulado, apenas
o Offsetting.
O QUE É UM OFFSETTING?
O Offsetting é a compra de créditos de carbono
originados em projetos fora da cadeia de valor, quando
terceiros são pagos para remover ou compensar uma
quantidade de carbono equivalente ao volume emitido,
que não pode ser reduzido internamente devido a custos
ou aspectos técnicos.

É o crédito de carbono que pode ser adquirido de


projetos verificados e certificados pelos grandes padrões
globais. Para isso, é necessário seguir alguns protocolos
e critérios de qualidade, que variam de acordo com o
padrão escolhido e o tipo de projeto.

O QUE É UM INSETTING
OU INTERVENÇÃO NA
CADEIA DE VALOR (VCI)?
Insetting é a compensação de emissões de escopo 3
por intervenção na cadeia de valor. É quando só podem
ser compensados os GEEs dentro da própria cadeia ou
as emissões indiretas. Diferente do Offsetting, o Insetting
não precisa seguir obrigatoriamente um protocolo e um
padrão global, basta que siga as regras alinhadas entre
as partes e passe por auditoria de uma terceira parte.
MAS AFINAL O QUE É UM
CRÉDITO DE CARBONO?
É uma tonelada de carbono e pode vir tanto do sequestro
(remoção) ou de você deixar de emitir CO 2 (avoidance).

O QUE É O SEQUESTRO DE
CARBONO OU REMOÇÃO?
O sequestro de carbono no solo é a remoção de CO 2
da atmosfera e fixação no solo através da agricultura
sustentável.

A produção agrícola é um agente poderoso nesse processo


de captura e estoque de longo prazo do gás carbônico
(CO 2 ) da atmosfera, retido pelo solo e transformado em
oxigênio (O 2 ). Ao adotar medidas que potencializam esse
sequestro, como o aporte de palha e o plantio direto, você
estará também beneficiando a sua produção, já que o maior
aporte de carbono deixa o solo mais saudável e contribui
para o aumento da produtividade.
O QUE É PEGADA DE
CARBONO OU FOOTPRINT?
O Footprint ou Medição de Pegada de Carbono é o
mapeamento /cálculo de emissões de gases de efeito
estufa lançadas na atmosfera que são produzidos direta
ou indiretamente por atividades humanas (escopos 1,
2, 3). É calculado pelas emissões feitas por produtos,
serviços, pessoas físicas, empresas ou nações. E a
unidade de medida padrão é o dióxido de carbono
equivalente (CO 2 e).

O QUE SÃO EMISSÕES


DE ESCOPO 1,2 E 3?
As emissões de CO 2 são classificadas de acordo
com escopo 1, 2 e 3.

Escopo 1: emissões diretas (processo produtivo da


empresa, frota própria, instalações).

Escopo 2: fontes de energia (energia adquirida).

Escopo 3: emissões da cadeia - up/downstream


(emissões de fornecedores, logística até mercado
consumidor, etc)
O QUE SIGNIFICA
ESTOQUE DE CARBONO?
Parte do gás carbônico sequestrado pelas árvores
pela fotossíntese é transportado pelas raízes até o
solo. E, com as práticas de manejo conservacionistas já
implementadas por você, esse carbono fica armazenado
no solo, evitando a perda para a atmosfera e aumentando
o estoque. Para a sua fazenda, trabalhar com mais carbono
no solo também tem benefícios como a reconstrução da
fertilidade natural, maior estabilidade na produção e
aumento da produtividade.

O QUE SIGNIFICA SER


CARBONO NEUTRO?
É quando há um estado de equilíbrio entre o CO 2
emitido para a atmosfera e o CO 2 removido da
atmosfera. A neutralidade de carbono ou emissões
líquidas de CO 2 zero refere-se apenas às emissões de
dióxido de carbono é fundamental para minimizar os
efeitos das mudanças climáticas.

Já carbono negativo é quando você remove mais


CO 2 da atmosfera do que você emite, quando uma
atividade vai além de atingir zero emissões de carbono
para realmente criar um ambiente benéfico, removendo
dióxido de carbono adicional da atmosfera. Isso vale
para atividades desenvolvidas por uma empresa, por
cidades, países ou organizações.
COMO É POSSÍVEL GERAR
E COMERCIALIZAR UM
CRÉDITO DE CARBONO?
O crédito pode ser gerado tanto pela redução das emissões
(avoidance) ou pela remoção do CO2 (sequestro de
carbono). Funciona assim:

/// As entidades emissoras calculam suas emissões de GEE.

/// Os créditos de carbono são gerados por meio de projetos


de carbono.

/// A redução do projeto de carbono é então certificada para


o comprador.

Para validar as transações, um registro emite, retém e


transfere compensações de carbono, que recebem um
número de série exclusivo para rastreá-los.

Quando uma compensação é vendida, o número de série e


o crédito da redução são transferidos da conta do vendedor
para uma conta do comprador.

Se o comprador “usar” o crédito ao reivindicá-lo como uma


compensação das próprias emissões, o registro retira o
número de série para que o crédito não possa ser revendido.
POR QUE SEGUIR OS
GRANDES PADRÕES GLOBAIS?
Os padrões foram desenvolvidos para gerenciamento de
projetos de carbono em mercados voluntários. São esses
padrões que:

/// Garantem que tudo o que é reivindicado é real e


quantificável.

/// Fornecem protocolos e metodologias para garantir uma


negociação transparente.

/// Atestam a credibilidade dos projetos de redução de


emissões.

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS


CRITÉRIOS DE QUALIDADE
DOS PADRÕES GLOBAIS?
/// Permanência: os riscos de reduções ou remoções serem
revertidas exigem que os créditos não sejam elegíveis.

/// Evitar dupla contagem: é preciso haver medidas para


evitar dupla emissão, duplo uso e dupla reclamação.

/// Adicionalidade: a medida deve produzir benefícios


além dos que teriam de qualquer maneira, como lei,
regulamento, etc.

/// Monitoramento, reporte e verificação: as reduções


de emissões são calculadas de forma conservadora e
transparente, verificadas por entidade independente
credenciada antes da emissão dos créditos de
compensação, que devem ser baseados em
medições precisas e monitorados regularmente.
MRV
É um termo usado para descrever o processo de
monitoramento, medição e coleta de dados sobre as
emissões de gases de efeito estufa. Também fazem
parte desse processo a compilação e o relato dessas
informações para um programa respectivo e, em seguida,
a submissão dos dados a uma revisão de terceiros e
verificação. Pode ser aplicado tanto no relato das emissões
de GEE por entidades ou instalações, como na geração de
compensação de carbono por meio do desenvolvimento e
implementação de projetos de compensação de GEE.

PERMANÊNCIA &
REVERSÃO
É quando há um estado de equilíbrio entre o CO 2 emitido para
a atmosfera e o CO 2 removido da atmosfera. A neutralidade
de carbono ou emissões líquidas de CO 2 zero refere-se
apenas às emissões de dióxido de carbono é fundamental
para minimizar os efeitos das mudanças climáticas.

Ao reter o carbono no solo, é essencial que ele permaneça


acumulado, para evitar reversões. Essa permanência pode
ser de anos ou mesmo séculos, dependendo da forma como
é feito o manejo, com atividades que mantenham o acúmulo
em longo prazo. Reversão é quando acontece a perda do
carbono sequestrado no solo, seja por práticas inadequadas
no cultivo e na colheita ou mesmo devido às condições
climáticas e outros fatores naturais. Por isso é
fundamental estar atento e evitar ao máximo esse
risco, mantendo a permanência por mais tempo.
ANÁLISE DE SOLO
Depois que sua propriedade é aprovada no processo
de Validação Socioambiental, acontecem a coleta e a
análise do solo do seu talhão selecionado, com assessoria
especializada para te auxiliar na adequação (caso
necessário) e nos próximos passos da jornada.

MANEJO DO SOLO
É o conjunto de todas as práticas que são aplicadas no
solo, como o preparo, o plantio e outras. Como agricultor
PRO Carbono, as principais práticas no manejo do solo são
o aumento do aporte de palha para evitar o revolvimento
do solo, adição de cultura não comercial com foco em
conservação para manter o solo com cobertura viva o
máximo de tempo possível e adoção rotação de culturas
comerciais ou de cobertura.
SUSTENTABILIDADE
A palavra sustentável tem origem no latim “sustentare”,
que significa sustentar, apoiar, conservar e cuidar. Já
“sustentabilidade” surgiu em 1992, colocado pela ONU na
agenda global, criando uma lista de atividades focadas
na proteção e renovação dos recursos ambientais e
direcionadas para governos do mundo todo. De modo geral,
a sustentabilidade pode ser definida como a capacidade de
sustentação de um sistema. Com o tempo, o conceito foi se
popularizando e passou a abranger todas as ideias e ações
voltadas para o atendimento das necessidades humanas,
mas sem prejudicar o meio ambiente.

EFEITO ESTUFA
A superfície da terra é coberta por uma camada de gás
carbônico (CO 2 ), metano (CH 4 ), N 2 O (óxido nitroso) e vapor
de água. Esse fenômeno natural é o chamado efeito estufa,
que mantém o planeta aquecido e é essencial para a vida
na terra, não deixando ocorrer grandes amplitudes térmicas.
Mas, na medida em que acontece uma emissão de grande
quantidade de gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera, a
camada fica mais espessa e o planeta cada vez mais quente.
Por isso a importância de práticas como as que você vem
adotando e que ajudam a reduzir essas emissões.
AQUECIMENTO GLOBAL
O aumento das emissões de dióxido de carbono (CO²)
e outros gases de efeito estufa na atmosfera dificulta a
dispersão do calor no espaço e isso faz com que o planeta
fique cada vez mais quente. E esse aumento constante na
temperatura média da camada de ar próxima à Terra pode
levar a graves consequências para a população no futuro.
Outra característica do aquecimento global é a instabilidade
no clima, com grandes períodos de seca ou de chuva,
muito sol, geadas, entre outros. Ao fazer parte da iniciativa
PRO Carbono, seu trabalho está ajudando a combater o
aquecimento global e fazendo a diferença não apenas na sua
produção, mas também no futuro do planeta.

NEUTRALIDADE CLIMÁTICA
A meta da neutralidade climática visa zerar as emissões de
carbono até 2050 (prazo estabelecido atualmente). Para isso,
é necessário que haja uma grande mudança na economia
mundial e um esforço conjunto global, para eliminar fontes
de emissões de CO2 e compensar o que ainda for emitido.
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Ao aumentar a produtividade no seu plantio de forma
sustentável, contribuindo para a preservação do planeta,
você está praticando o desenvolvimento sustentável. Esta
forma de desenvolvimento leva em consideração o meio
ambiente e a capacidade de suprir as necessidades atuais,
mas preservando os recursos naturais para que não haja
comprometimento das necessidades das gerações futuras.

CONSUMO CONSCIENTE
Significa consumir melhor, pensando na real necessidade
de adquirir algum produto ou serviço e também nos
impactos da produção na natureza, na economia e na
sociedade como um todo. A implementação de práticas
que garantem a segurança alimentar dos itens da sua
colheita atrai consumidores finais que se preocupam
com o que levam para casa. E vale também para os seus
próprios hábitos de consumo e sua preocupação em
saber como cada produto foi feito.
PACTO GLOBAL
É uma iniciativa da ONU (Organização das Nações Unidas)
criada para fazer com que empresas, governos, sociedade
civil e organizações de todo o mundo adotem práticas
socialmente responsáveis, buscando atingir os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – um conjunto de
17 princípios universais nas áreas de direitos humanos,
trabalho, meio ambiente e anticorrupção. As boas práticas
na agricultura estão de acordo com essas diretrizes para um
desenvolvimento mais justo.

ECONOMIA REGENERATIVA
Alia o crescimento econômico com a preservação ambiental.
Diferente da sustentabilidade, que visa neutralizar os
impactos negativos, a economia regenerativa busca gerar
impactos positivos. O conceito é relativamente novo e vem
ganhando força ao propor que empresas foquem não apenas
no lucro, mas também nas consequências socioambientais
e em formas de impactar positivamente o ecossistema.

COP26
Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima,
realizada pela ONU, que teve sua 26ª edição realizada
em Glasgow, na Escócia, em novembro de 2021. Líderes
do mundo todo e executivos de grandes empresas se
reuniram para discutir as mudanças necessárias para
alcançar os objetivos na redução das emissões de CO 2.
A Bayer esteve presente no evento, falando sobre o
tema Carbono Orgânico no Solo. Confira o vídeo.
/// PA R A S A B E R M A I S
SOBRE O ASSUNTO

MINISSÉRIE
“CARBONO: A
EVOLUÇÃO DA
AGRICULTURA
SUSTENTÁVEL”
A minissérie tem quatro
episódios e conta a nossa
história, mostrando como a
agricultura brasileira está
se TRANSFORMANDO com
a adoção de boas práticas
que potencializam o
sequestro de carbono.

ONDE ASSISTIR:
Canal da AgroBayer no Youtube
O QUE UNE TUDO
ISSO? VOCÊ!
/// Você é o grande protagonista nesse
ecossistema de carbono.

Ao implantar as boas práticas no dia a dia


da sua propriedade, você está trabalhando
não apenas pelo aumento da produtividade,
mas também fomentando a sustentabilidade
e ajudando a combater o aquecimento global.
Além de ser uma iniciativa transformadora,
que trará benefícios econômicos e impactos
positivos na rentabilidade. Isso mostra que
é possível produzir com responsabilidade,
fazer bons negócios e, ao mesmo tempo,
preservar o meio ambiente.
/// Vamos juntos
construir o legado
da agricultura de
baixo carbono!

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