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Matriz de atividade individual

Disciplina: Empreendedorismo e Gestão de


Módulo: 1022/12
Inovação

Estudante: Jonathan Vicente Bem Chagas Turma: ONL022Z7-EFPRJSP09T1

Tarefa: Você deve escolher uma organização e, em seguida, desenvolver uma proposta de
empreendedorismo corporativo que gere valor para o negócio dessa empresa.

DIAGNÓSTICO

A AM Fernandes é a empresa selecionada para a proposta de


empreendorismo corporativo, do segmento do setor imobiliário e construção civil.

Fundada em 2014 na cidade de São Caetano – SP, a incorporadora conta


com cerca de 100 funcionários que participam de ambos os segmentos, tendo um
papel muito importante para desenvolvimento imobiliário na cidade que está
localizada.

A empresa é responsável pela construção de prédios residenciais na região


do ABC paulista, tendo como foco os empreendimentos de médio/alto padrão.

O ramo da construção civil apesar de contribuir para o desenvolvimento das


cidades de forma positiva, tem também grandes impactos negativos, uma vez que
muitos resíduos e gases são gerados durante este processo.

Segundo o relatório de situação de global 2020, a construção civil é


responsável por 38% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2), que
aumentam os efeitos nocivos da mudança climática.

As emissões de CO2 dos prédios precisam ser reduzidas pela metade até
2030, para direcionar o segmento para a neutralidade climática até 2050. Com
conhecimento destes impactos negativos ao mundo, a AM Fernandes tem como
proposito usar a inovação para compensar as emissões do carbono emitidas em

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seus empreendimentos.

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Como já citado acima, o problema identificado dentro da AM Fernandes é o


aumento na emissão de CO2, gerados na construção dos seus empreendimentos
residenciais.

O início do processo é realizar um inventário das emissões de gases, com a


ajuda de uma empresa especializada. Deve ser utilizada uma metodologia
embassada para que possa se chegar a uma estimativa mais próxima da
realidade.

Todo o processo deve ser mapeado, desde os materiais aplicados aos


funcionários, passando também pelo combustível utilizado no transporte, além de
avaliar os fornecedores.

VALIDAÇÃO DO PROBLEMA

Sabe se que nos últimos tempos, as questões ambientais, sociais e de


governança passaram a ser consideradas essenciais em todos os segmentos do
mercado.

A uma preocupação crescente do mercado financeiro sobre a


sustentabilidade, cada vez mais as empresas buscam se encaixar e se alinhar
com o ganho na eficiência.

De maneira proativa e reconhecendo a importância das mudanças climáticas


para seus negócios, a AM Fernandes realizou o inventário de emissões de GEE
de suas atividades durante toda a construção de um empreendimento, a obra
analisada foi o TASTE RESIDENCIAL.

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O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é o instrumento
gerencial que permite quantificar as emissões de GEE de uma determinada
organização. A partir da definição de sua abrangência, da identificação das fontes
e sumidouros de GEE, e da contabilização de suas respectivas emissões ou
remoções, o Inventário possibilita conhecer o perfil das emissões resultantes das
atividades.

O Inventário considerou as emissões de CO2, CH4 e N2O de acordo com as


fontes de emissão mapeadas e a disponibilidade de dados. Os gases CO2, CH4,
N2O são gerados na AM FERNANDES - TASTE RESIDENCIAL das seguintes
maneiras:

• CO2: gerado na queima de combustíveis por fontes móveis e pela


aquisição de energia elétrica.

• CH4: gerado na queima de combustíveis por fontes móveis.

• N2O: gerado na queima de combustíveis por fontes móveis.

A Tabela abaixo mostra as categorias de emissão de GEE e atividades


cobertas em cada escopo:

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Após apresentação do problema, apresento os dados obtidos através do
inventário realizado.

No período da construção, as emissões do Escopo 1, 2 e 3 do TASTE


RESIDENCIAL foram 84,105tCO2e, 2,832tCO2e e 1.182,808tCO2e,
respectivamente.

Gráfico 01 com dados levantados pelo estudo:

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Resumindo o impacto do empreendimento Taste-AM Fernandes no ano 2021
foi de: 1270 ton CO2, com isso a empresa adotara medidas para a compensação
destes gases.

CONSTRUÇÃO DA SOLUÇÃO

Com intuito de contribuir para um mundo mais sustentável, a empresa decidiu


a partir de seus estudos compensar o CO2 e outros gases de efeito estufa (GEE)
emitidos em seus empreendimentos.

Por meio da aquisição de créditos relacionados a iniciativas de preservação


ambiental, é possível equilibrar os efeitos causados em suas obras. Existem
diversas soluções no mercado. Com a aquisição deste crédito foi possível

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preservar 309.620 arvores compensando assim os danos causados.

Existem outras soluções como a compra de créditos gerados através da


captação de gás em aterros sanitários, ou até empresas que realizam o combate
do desmatamento e a degracação florestal.

Além disso há outros caminhos no processo que podem contruibuir para a


diminuição dos gases emitidos, como a escolha de materiais a partir da sua
composição, fornecedores, e até a melhoria no processo de reciclagem e descarte
dos resíduos da obra.

VALIDAÇÃO DA SOLUÇÃO

Temos que tratar urgente das emissões de CO2 na construção civil,


atualmente causam um impacto de quase 40% das emissões globais. É algo que
devemos enfatizar, o setor precisar começar a descarbonização e não há mais
tempo.

Se o concreto e o aço se tornarão, ou não os materiais do futuro não


sabemos. Tudo dependera da agilidade e rapidez em que as industriais do setor
inovem diante das tecnologias novas do mercado.

No estágio atual, todos os investidores devem reavaliar com cautela seus


investimentos imobiliários, olhando sempre com uma lente de eficiência energética
e de redução da emissão de CO2.

Incentivar e apoiar estas ações, coloca as empresas um passo á frente na


relação com os investidores, clientes e interessados. Além do reflexo no meio

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ambiente.

Existem hoje diversas linhas de créditos especiais para financiar e incentivar


as empresas para que elas respeitam os pilares do ESG e contribuíam com
práticas sustentáveis. Para e empresa o resultado é sempre um investimento que
acaba se pagando, ou seja, ele retornar para a empresa como uma atualização da
marca, como se fosse um recall.

CONCLUSÕES

Temos hoje diversos obstáculos para atingir um resultado satisfatório no


processo, mas pensando que cada um fará sua parte podemos atingir o objetivo a
longa prazo. O aumento das emissões no setor enfatiza a necessidade urgente de
uma estratégia agressiva para reduzir a demanda de energia no ambiente
construído.

Com isto, é possível enxergar uma grande oportunidade de se destacar no


mercado a frente de outras empresas, e consequemente, contribuir para a criação
de empreendimentos mais sustentáveis com um grande retorno. Os pacotes de
recuperação verde podem nos direcionar o fornecer a chama que nos fará
progredir de forma rápida na direção certa.

Para que os objetivos sejam concluídos é necessário o setor da construção


civil se encaminhe para a neutralidade de emissões até 2050.

A Agência Internacional de Energia (AIE) estima que as emissões diretas de


CO2 dos edifícios precisam, até 2030, cair 50% e as emissões indiretas do setor

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de construção em 60%.

Com isso, todos os envolvidos da cadeia de valor devem aumentar em 5


vezes as ações de descarbonização do seu impacto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/comunicado-de-imprensa/
emissoes-do-setor-de-construcao-civil-atingiram

https://www.abecip.org.br/imprensa/noticias/construcao-civil-visa-ganho-de-
eficiencia

https://www.quimicryl.com.br/even-quantifica-e-mapeia-emissoes-de-carbono-em-
suas-obras/

https://valor.globo.com/patrocinado/imoveis-de-valor/noticia/2022/09/23/
construtoras-investem-em-creditos-de-carbono.ghtml

https://www.pactoglobal.org.br/pg/esg

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