Você está na página 1de 10

E. M. E. F. M.

“MÁRIO BORELLI TROMAZ”

GUILHERME VICTOR BORDAN BOLFARINI, Nº 28, 2°B

AGENDA 21, CRÉDITO DE CARBONO E INTEMPERISMO QUÍMICO

PORTO FERREIRA - SP

2022
GUILHERME VICTOR BORAN BOLFARINI

AGENDA 21, CRÉDITO DE CARBONO E INTEMPERISMO QUÍMICO

Pesquisa Interdisciplinar apresentada à Escola E.


M. E. F. M. “Mário Borelli Thomaz”, como requisito
para a compensação de faltas referente as
Disciplinas Geografia, Química e Biologia.

Professoras: Fátima Assis, Marielza Lacerda e


Vanessa Brandolim.

PORTO FERREIRA – SP

2022
Sumário
1. AGENDA 21.....................................................................................................................................1
2. CRÉDITO DE CARBONO...................................................................................................................2
2.2. Como os créditos de carbono são comercializados?..............................................................2
2.3. "Vantagens e desvantagens”..................................................................................................3
2.4. Protocolo de Kyoto – origem dos créditos de carbono...........................................................3
3. INTEMPERISMO QUÍMICO..............................................................................................................4
3.2. Quais são os tipos de intemperismo?.....................................................................................5
3.3. Quais são os fatores que influenciam o intemperismo?.........................................................5
4. BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................................
4

1. AGENDA 21.

A Agenda 21 é um documento lançado na ECO92 (ou Rio92, a


Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento -
CNUMAD – realizada em 1992 na cidade do Rio de Janeiro), que sistematiza um
plano de ações com o objetivo de alcançar o desenvolvimento sustentável.

Durante dois anos governos e entidades de diversos países contribuíram


com propostas para a criação deste plano de ações para concretizar o ideal de
desenvolver sem agredir ao meio ambiente.

A inovação trazida por essa agenda foi colocar em primeira ordem o que
geralmente costumava ficar sempre em último lugar quando o assunto era
desenvolvimento: o meio ambiente. Até então, todas as políticas de desenvolvimento
visavam sempre o crescimento econômico legando ao último lugar a preocupação
com o futuro ambiental do planeta, isso quando ainda se atribuía alguma
preocupação a este assunto.

A partir de então, 179 países assumiram o compromisso de contribuir


para a preservação do meio ambiente.

Composta por quarenta capítulos, a Agenda 21 é um instrumento de


planejamento participativo onde se admite de forma explícita a responsabilidade dos
governos em impulsionar programas e projetos ambientais através de políticas que
visam a justiça social e a preservação do meio ambiente. Entretanto, a Agenda pode
(e deve) ser implementada tanto pelos governos quanto pela sociedade,
concretizando o lema da ECO92: “pensar globalmente, agir localmente. A
implementação local da Agenda 21 (Agenda 21 local, citada no capítulo 28 da
Agenda 21 global) se baseia no princípio de que as mudanças não podem ser
realizadas somente “de baixo para cima”, como uma imposição. Isso porque as
pessoas tendem a se preocupar apenas com as mudanças que afetam diretamente
suas vidas e estejam ligadas diretamente as suas necessidades. Além do que, é
também, uma forma de agilizar o processo, uma vez que, uma população envolvida
passará a exigir mais de seus governantes.
5

A Agenda 21 Brasileira começou a ser criada em 1996 pela Comissão de


Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS). Cerca
de 40.000 pessoas contribuíram para a criação da Agenda 21 brasileira que
começou a ser implantada em 2003.

Entre as conquistas da Agenda 21 no Brasil podemos citar a criação de


Agendas 21 nos municípios, a ampliação da CPDS através do Decreto Presidencial
de 03 de fevereiro de 2004, a formação de gestores municipais e ONG’s em todo o
país e sua inclusão no Plano Plurianual do Governo Federal (PPA) com o objetivo de
assegurar a implementação das ações prioritárias da Agenda 21 brasileira, a
instalação de Fóruns locais de DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, além de
estimular e acompanhar a elaboração e implementação de planos locais de
desenvolvimento sustentável por meio das Agenda 21 locais e desenvolver um
método de avaliação e monitoramento do Programa Agenda 21 Locais.

2. CRÉDITO DE CARBONO.

"Créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissão (RCE)


corresponde a uma unidade emitida pela modalidade que prevê a redução de gases
de efeito estufa (GEE), chamada de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)
resultante do Protocolo de Kyoto. Esses créditos de carbono podem ser
comercializados entre países desenvolvidos que possuem a obrigação de reduzir
suas emissões de gases de efeito estufa e países em desenvolvimento que não
possuem essa obrigatoriedade."

2.2. Como os créditos de carbono são comercializados?


O crédito de carbono como unidade de redução dos gases de efeito
estufa equivalem a uma tonelada de dióxido de carbono, um dos principais GEE.
Portanto, a cada tonelada de CO2 não emitida à atmosfera ou reduzida gera um
crédito de carbono. Esse crédito é comercializável no mercado.

Muitos países desenvolvidos que não conseguem atingir suas metas de


redução estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto, optam por comprar esses créditos, o
que ficou conhecido como “mercado de carbono”. De acordo com a Point Carbon,
responsável por analisar e divulgar informações a respeito do mercado de carbono,
indicou que no ano de 2007 esse mercado atingiu a marca de 40 bilhões de euros.
6

O comércio dos créditos de carbono é feito segundo a modalidade


referente ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), ou seja, caso a
comercialização seja unilateral o país hospedeiro é quem estabelece valores; caso
seja bilateral, o país desenvolvido que implementa o projeto em um país em
desenvolvimento é que estabelece valores e as regras em relação à comercialização
dos créditos de carbono e por fim caso seja multilateral quem estabelece valores são
os próprios fundos de investimentos.

No Brasil, o comércio de créditos de carbono é feito pela Bolsa de


Mercadorias & Futuro por meio de leilões. As principais bolsas de créditos de
carbono no mundo são: European Union Emissions Trading Scheme (Europa); New
South Wales (Oceania); Chicago Climate Exchange (América do Norte) e Keidanren
Voluntary Action Plan (Ásia).

2.3. "Vantagens e desvantagens”


Vantagens: Os países desenvolvidos que não atingirem suas metas de
redução de gases de efeito estufa podem, por meio da compra de créditos de
carbono, reduzir seu débito. Os países em desenvolvimento terão, em seus
territórios, projetos voltados ao desenvolvimento sustentável, bem como irão
impulsionar suas economias mediante a comercialização de créditos de carbono.
"Redução da emissão de gases de efeito estufa, reduzindo o aquecimento global e
estabilizando o efeito estufa."

Desvantagens: Alguns estudiosos acreditam que os créditos de carbono


dão aos países desenvolvidos o direito de poluir, portanto, não atingirão os
benefícios climáticos desejados. Possível aumento dos níveis de emissão de gases
poluentes por parte dos países que compram créditos de carbono. Possível
supervalorização dos créditos de carbono à medida que esse mercado se
desenvolve, podendo então prejudicar economia dos países em desenvolvimento.

2.4. Protocolo de Kyoto – origem dos créditos de carbono.


"O Protocolo de Kyoto é um desses acordos estabelecidos entre países
cujo objetivo é estabilizar as emissões de gases de efeito estufa à atmosfera. Criado
em 1997, ratificado em 1999 e em vigor desde 2005, o Protocolo de Kyoto traçou
7

metas que objetivam reduzir a emissão de gases que agravam o efeito estufa,
estabelecendo quantidade e prazo para cada país.

Contudo, é válido ressaltar que nem todos os países possuem a


obrigatoriedade de reduzir suas emissões. Os países desenvolvidos, citados no
Anexo I do Protocolo, possuem metas específicas baseadas nos seus níveis de
emissão de gases de efeito estufa. Já os países em desenvolvimento não
receberam metas e obrigações quanto à redução das emissões, portanto, a
colaboração dessas nações é voluntária.

Uma das particularidades desse acordo foi o tempo que levou para entrar
em vigor, visto que muitos países se recusavam a ratificá-lo por questões
econômicas. Muitas nações, como os Estados Unidos (maior poluente do mundo),
que por sinal não assinou o Protocolo, apontavam que as metas estabelecidas
impactariam drasticamente sua economia. Já os países que assinaram, firmaram o
compromisso de cooperarem entre si em prol da redução das emissões e para
promover um desenvolvimento sustentável.

O Protocolo de Kyoto além de estabelecer metas traz também alguns


mecanismos que auxiliam os países as alcançarem, conhecidos como mecanismos
de flexibilização. São eles:

1- Implementação conjunta

2- Comércio de emissões

3- Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

Entre esses mecanismos, apenas o Mecanismo de Desenvolvimento


Limpo permite cooperação entre países que não possuem obrigatoriedade quanto à
redução das emissões de gases de efeito estufa. Sendo assim, representa então a
“parceria” entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento.

3. INTEMPERISMO QUÍMICO

O intemperismo é o processo de transformação das rochas por


desagregação (física) ou decomposição (química) de suas estruturas, dando origem
aos sedimentos e interferindo em processos sedimentares, como a erosão, a
diagênese e a pedogênese (formação dos solos).
8

As rochas, ao aflorarem na superfície, tornam-se expostas aos agentes


externos ou exógenos de transformação do relevo, tais como a água e a força dos
ventos. Com isso, elas desagregam-se em processos de oxidação ou “lavagem” de
suas coberturas, além de permanecerem expostas às variações de temperatura.
Todos esses efeitos são considerados eventos intempéricos.

3.2. Quais são os tipos de intemperismo?


O intemperismo químico ocorre quando há uma decomposição dos
minerais que estruturam as rochas. Esses minerais transformam-se de primários
para secundários, a exemplo dos argilominerais. Quando uma rocha decompõe-se e
o seu material transforma-se em argila pela ação da água, temos aí um exemplo de
intemperismo químico.

O intemperismo físico ocorre quando há uma desagregação ou quebra


das partículas de rochas, sendo que as suas estruturas fragmentam-se em
pequenos sedimentos. Quando uma rocha se quebra em vários pedaços ou
partículas de poeira, temos um exemplo de intemperismo físico.

3.3. Quais são os fatores que influenciam o intemperismo?


Existem vários fatores que controlam a ação do intemperismo. Os
principais são: Clima e relevo.

O clima é o mais relevante fator de influência e controle sobre o


intemperismo. Isso porque ele interfere na ação dos principais agentes de
decomposição e desagregação das rochas, como a água (controlada pelo regime de
chuvas) e as temperaturas. Se chove muito em uma região, aumentam os casos de
intemperismos químicos; se a estiagem prolonga-se, aumentam os casos de
intemperismos físicos, uma vez que as rochas e os solos desagregam-se em função
do calor.

O relevo influencia o intemperismo através de suas fisionomias e


disposições. Um exemplo é a declividade. Em zonas de declives acentuados, a água
corre mais rápido, gerando um maior impacto sobre as rochas e proliferando ações
intempéricas.

A composição da rocha-mãe também é um fator muito importante nesse


processo. Isso significa que rochas que possuem minerais mais resistentes tendem
9

a ser igualmente mais resistentes às ações do intemperismo.

O tempo de exposição dessa rocha à ação dos agentes intempéricos


também é outro ponto de destaque. Formações que se afloraram na superfície em
tempos geologicamente remotos apresentam um maior grau de transformação,
enquanto relevos mais jovens costumam ser mais acidentados e menos
sedimentados.

Os seres vivos, embora em menor intensidade, também contribuem para


as transformações ocasionadas pelo intemperismo. A deposição de matéria orgânica
nos solos, por exemplo, aumenta a acidez da água e favorece a decomposição
química de alguns minerais que compõem as rochas, que vão sendo destruídas aos
poucos.
10

4. BIBLIOGRAFIA

https://www.mma.gov.br/
https://www.ambientebrasil.com.br/

Você também pode gostar