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Bom dia alunos, na aula de hoje vamos falar um pouco sobre a cop28. Mas o que é uma COP?

A COP, ou conferência das partes, é uma associação de países que se reúnem anualmente
durante duas semanas, desde 1995, para avaliar a situação das mudanças climáticas no
planeta e propor melhorias.

- Professora, mas quem participa das COPs? São os presidentes dos países?
Quase isso. Quem realmente participa das reuniões são os delegados
governamentais dos países, que são os únicos com poder de voto, mas também
vemos jornalistas e integrantes de ongs, entre outros, que participam como
observadores. A delegação brasileira é comandada pelo Ministério das Relações
Exteriores que realiza uma série de reuniões com diversos ministérios, entidades
estaduais e ONGs para definir a posição brasileira no encontro.

- Mas como eles tomam as decisões?

- É verdade. Eles fazem tipo nas eleições ou o quê?

No final de cada reunião da COP, uma série de decisões é adotada para conduzir as
atividades de seus membros durante o período posterior a ela. As decisões são
tomadas através de um consenso entre as Partes, o que muitas torna as
negociações um processo lento.

Bom. Agora antes de falarmos do futuro, vamos falar um pouco do passado; a


COP27.

Ela aconteceu em novembro de 2022 no egito, a reunião deveria ter ocorrido em 2021,
mas foi adiada devido a pandemia da covid19. O principal objetivo da COP 27 foi a
cooperação internacional para o cumprimento das metas estabelecidas em sessões
anteriores.

-Mas quais foram os objetivos da cop27?

Ia falar sobre isso agora. A COP27 visou principalmente a implementação do Pacto de Glasgow.
Uma das exigências desse pacto é a revisão das metas de redução de emissões de carbono que
devem ser cumpridas até 2030 pelos países signatários. Também foi pautada a implementação
de sistemas de alimentação sustentáveis, um objetivo com o qual o Brasil se comprometeu,
visando a auxiliar diretamente outras nações. Mas o objetivo principal foi garantir o trabalho
conjunto dos governos na implementação de novas soluções e também na prática para
redução dos impactos das mudanças climáticas em médio e longo prazo. Dentre os assuntos
discutidos é interessante ressaltar o desmatamento nos biomas brasileiros, com destaque para
a Amazônia e a proposta de uma transição energética para uma matriz energética mais limpa e
sustentável.

-Mas como foi tomada essa decisão? Tipo... todos os países foram afetados da mesma forma?

Ah não, muito pelo contrário, é importante saber que essas soluções e medidas visaram
auxiliar especialmente os países subdesenvolvidos, com acompanhamento dos acordos
financeiros e dos compromissos de financiamentos destinados aos países subdesenvolvidos e
em desenvolvimento para a garantia de maior transparência no cumprimento das metas de
ação climática. Também vale ressaltar também que as metas propostas são diferentes para os
países desenvolvidos e para os países subdesenvolvidos

- E o que é esse tal Pacto de Glasgow?

O Pacto de Glasgow foca em aumentar o comprometimento dos países em metas mais


ousadas para a diminuição das mudanças climáticas. O grande objetivo é reduzir as
emissões globais de carbono em 45% até 2030 em relação ao nível de 2010. O Pacto de
Glasgow foi o primeiro a buscar a eliminação do uso de combustíveis fósseis,
começando pela energia proveniente de usinas de carvão.

Também acho importante falar um pouco sobre o Acordo de Paris. A meta do Acordo
de Paris é manter o aumento da temperatura média global inferior a 2°C. Para que
entrasse em vigor, os países que representam aproximadamente 55% das emissões
deveriam aderir ao tratado. O Acordo de Paris também prevê a revisão, a cada cinco
anos, dos compromissos feitos por cada país, começando em 2025.

-E todos os países aceitaram isso de boa?

Muito pelo contrário. Alguns países não aderiram ao acordo, dentre eles os EUA que
haviam assinado o acordo em 2015, na gestão do presidente Barack Obama, mas que
em 2017 sob direção do ex presidente Donald Trump, anunciou a saída do país do
Acordo de Paris, alegando possíveis desvantagens à economia norte-americana.

Um assunto muito cotado para a COP28 é o projeto willow, um projeto de extração de


petróleo e gás no Alasca. Além da remoção da vegetação e população nativa o projeto
extrairá até 180 mil barris de petróleo por dia, emitindo uma estimativa de 278 milhões
de toneladas de CO2 ao longo dos seus 30 anos de vida útil, o equivalente a um
aumento de dois milhões de carros na frota norte-americana todos os anos.

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