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PACTO DE GLASGOW

Acordo realizado durante a COP-26 em


Glasgow, Escócia.
COP
 A Conferência das Partes (COP) é o encontro da Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), realizado por
representantes de vários países com objetivo de debater as mudanças
climáticas, encontrar soluções para os problemas ambientais que afetam
o planeta e negociar acordos. Apesar de alguns encontros ficarem mais
conhecidos que outros, como o que aconteceu em 2015, quando foi
negociado o Acordo de Paris, a Conferência das Partes é realizada
anualmente – com exceção de 2020, ano em que foi suspensa devido à
pandemia.
COP 26 E O PACTO DE GLASGOW

 Em 2021, foi realizado a 26ª edição da COP, desta vez em Glasgow,


Escócia, o objetivo principal foi criar um “mapa do caminho” para
que o Acordo de Paris seja de fato implementado pelas nações
signatárias. Também estava na mesa de negociações a
regulamentação do mercado global de créditos de carbono, redução
de emissão de metano e diminuição no uso de carvão.
REDUÇÃO DE EMISSÕES

 O texto estabelece a redução global das emissões de dióxido de


carbono em 45% até 2030, em comparação com 2010, e de
neutralidade de CO2 até 2050 – quando as emissões serão reduzidas
ao máximo e as restantes serão totalmente compensadas por
reflorestamentoe tecnologias de captura de carbono da atmosfera.
REGULAMENTAÇÃO DO ARTIGO 6 DO ACORDO DE PARIS –
MERCADO DE CRÉDITO

 Um dos pontos que mais avançou na COP26 diz respeito à


regulamentação do Artigo 6 do Acordo de Paris que regula os
mercados de carbono e o comércio de emissões. Essa era uma das
questões ainda pendentes do pacto de 2015.
 Valerá a regra dos ajustes correspondentes, ou seja, os países terão
que ajustar sua meta de redução de emissões de acordo com a
compra ou venda de créditos. Todas estas transações serão
certificadas por um organismo que ficará sob a Convenção da ONU
Mudança Climática.
REGULAMENTAÇÃO DO ARTIGO 6 DO ACORDO DE PARIS –
MERCADO DE CRÉDITO
 O mercado de crédito é um mecanismo através do qual países que
ainda não conseguiram atingir suas metas de redução podem comprar
créditos daqueles que excederam seus objetivos. Isto é, países que
estiverem abaixo do seu limite de emissões (emissões permitidas, mas
não usadas) podem vender esse crédito para outras nações que estão
emitindo acima dos limites. Por convenção, uma tonelada de dióxido
de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono.
 Os créditos de carbono neste mercado (ou VER – Verified Emission
Reduction, em inglês) podem ser gerados em qualquer lugar do
mundo e são auditados por uma entidade independente do sistema
das Nações Unidas, mas eles não valem como redução de metas dos
países.
TEMPERATURA GLOBAL

 O Acordo de Paris falava sobre um aumento máximo de 2ºC em


comparação à temperatura pré-industrial. Diante de novas
evidências e do alerta do relatório do Painel Intergovernamental
para a Alterações Climáticas (IPCC), o Pacto Climático de
Glasgow estabeleceu nova meta de 1,5°C, deixando claro que a
diferença de meio grau se traduz em um aumento brutal de
impactos climáticos.
TEMPERATURA GLOBAL
 De acordo com o relatório do IPCC, lançado no dia 04 de abril de
2022,não estamos nem perto de atingir o acordado de manter o
aquecimento abaixo de 2°C e, idealmente, 1,5°C. Os atuais planos
climáticos nacionais (NDCs) nos levam a um aquecimento global por
volta de 2,7ºC neste século, ou possivelmente até mais. Se as emissões de
CO2 continuarem nas taxas atuais, esgotaremos o orçamento de carbono
de 1,5°C restante já no início da década de 2030. Só a infraestrutura
energética dos combustíveis fósseis planejados e atuais nos compromete
com cerca de 856 GtCO2 (mais que o dobro do que resta em nosso
orçamento de carbono de 1,5°C) e todos os anos adicionamos mais
infraestrutura intensiva em carbono do que desativamos.
REDUÇÃO DE EMISSÕES

 O texto estabelece a redução global das emissões de dióxido de


carbono em 45% até 2030, em comparação com 2010, e de
neutralidade de CO2 até 2050 – quando as emissões serão reduzidas
ao máximo e as restantes serão totalmente compensadas por
reflorestamentoe tecnologias de captura de carbono da atmosfera.
CARVÃO E COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS

 O termo “eliminação” foi substituído por “redução” gradual. A


proposta que estabelecia a eliminação dessas fontes de energia foi
enfraquecida por causa de um acordo entre a China (maior
consumidora mundial de combustíveis fósseis), os EUA (maior
produtor mundial de combustíveis fósseis), a União Europeia e a
Índia.
COMPROMISSOS NACIONAIS DEVEM SER INCREMENTADOS

 O documento também reconhece que os compromissos


nacionais voluntários (NDCs) para os países reduzirem suas
emissões são insuficientes para que a temperatura global se
mantenha dentro da meta de aumento máximo de 1,5ºC. Firmadas
no Acordo de Paris e incrementadas a cada cinco anos, as NDCs
tiveram sua primeira revisão em 2021, após a COP26 ser adiada em
2020 devido à pandemia da Covid-19.
FINANCIAMENTO A PAÍSES EMERGENTES

 Em 2009, os países industrializados haviam prometido mobilizar, a


partir de 2020, US$ 100 bilhões ao ano para os países em
desenvolvimento conseguirem realizar a transição energética. Isso, no
entanto, não aconteceu. O pacto de Glasgow estabeleceu 2025 como
nova data para o financiamento.
 Assim, até 2025 os países desenvolvidos precisam duplicar seus fundos
coletivos para adaptação às demandas das nações mais pobres.
BIBLIOGRAFIA
 https://www.alemdaenergia.engie.com.br
 https://oeco.org.br
 https://climainfo.org.br

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