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Rodolfo Gracioli

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- Rascunho / Papiro / Caderno / Bloquinho de anotação

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(Prof. Rodolfo Gracioli) “O comitê de transição pretende chegar até a COP28
com recomendações sobre como operacionalizar o fundo, com a intenção de
adotá-lo na mesma COP. O comitê vai contar com 10 membros do grupo de
países desenvolvidos e 14 de países em desenvolvimento”. (Fonte: Nexo
Jornal, novembro de 2022).

A COP 28 acontecerá:

a) Manama, no Bahrein
b) Riad, na Arábia Saudita
c) Ancara, na Turquia
d) Dubai, nos Emirados Árabes Unidos
e) Doha, no Qatar
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CURSO COMPLETO DE
ATUALIDADES

Prof. Rodolfo Gracioli


MEIO AMBIENTE E A COP27

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COP 27 termina com novo fundo contra danos
climáticos, mas sem novas metas de redução de
gases estufa
Principal conquista da conferência será a composição de um fundo de
compensação de danos climáticos a países em desenvolvimento ou impactados
diretamente pelos efeitos da mudança climática.

Por g1
20/11/2022

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 A COP 27 terminou neste domingo (20) com a adoção de dois textos principais:
uma declaração final e uma resolução sobre perdas e danos sofridos pelos
países mais vulneráveis. O principal ponto do acordo prevê a criação de um
fundo de compensação de danos climáticos a países em desenvolvimento ou
impactados diretamente pelos efeitos da mudança climática.

 Um comitê de transição, integrado por 24 países, três deles da América Latina e


Caribe, elaborará recomendações sobre o funcionamento e financiamento dos
novos dispositivos, incluindo o fundo específico. Mas ainda é necessário
determinar quem serão os contribuintes.

 As recomendações devem levar a um "estudo e adoção" dos novos mecanismos


de financiamento na COP 28 em Dubai, no final de 2023.
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 O arranjo é uma vitória para países mais pobres, que pressionam pela mudança
há anos. Segundo o jornal "The Wall Street Journal", o fundo destinará dinheiro
para eventos como elevação do nível do mar, tempestades graves e outros
efeitos que os cientistas vinculam à mudança climática e causam destruição
repentina ou irreparável.

 As economias desenvolvidas, que são responsáveis pela maior parte das


emissões de gases de efeito estufa, sempre resistiram às compensações por
receio de que, ao realizar os pagamentos, ficariam expostas a processos
judiciais, tanto a governos como a empresas.

 Antes, a expectativa era de que a mitigação de danos viesse de organizações de


combate à emergência climática já existentes.
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 Durante a conferência, os Estados Unidos e a União Europeia exigiam que a
China – potência emergente e maior emissora de gases de efeito estufa –
aceitasse contribuir para o mecanismo, segundo a agência RFI. Mas os chineses
rejeitam pagar enquanto os países desenvolvidos, responsáveis históricos pelo
aquecimento, não cumprissem as promessas passadas de financiamento.

 Ainda assim, as negociações aceleraram depois que o vice-presidente da


Comissão Europeia, Frans Timmermans, propôs, em uma sessão plenária na
quinta-feira, abordar a criação de um "Fundo de Resposta" aos desastres
climáticos, dedicado aos países mais vulneráveis, em troca basicamente de duas
condições.

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 A primeira era "ampliar a base de doadores", ou seja, integrar os países que se
tornaram grandes emissores de gases do efeito estufa, como a China. E a
segunda condição é obter um compromisso forte e explícito a respeito da
mitigação, para manter o objetivo do limite de +1,5ºC.

 Em sua declaração final, a COP27 ressalta a necessidade urgente de reduções


imediatas, profundas, oportunas e sustentadas nas emissões globais de gases
de efeito estufa, assunto que acabou ficando sem renovação de compromisso.

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 O acordo aprovado apenas reafirma o objetivo do Acordo de Paris, de conter o
aumento da temperatura média do planeta abaixo de 2°C em relação aos níveis
do período pré-industrial e continuar os esforços para limitar a alta da
temperatura a 1,5°C.

 O texto também "recorda que os impactos da mudança climática serão muito


mais atenuados com um aumento de 1,5°C contra 2°C. E decide continuar com
os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C".

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 A declaração final "destaca a necessidade urgente de reduções imediatas,
profundas, rápidas e sustentáveis das emissões mundiais de gases do efeito
estufa", responsáveis pela mudança climática. O secretário-geral da ONU,
Antonio Guterres, lamentou que a COP27 não tenha optado por uma frase mais
forte que proclamasse a necessidade de "reduzir drasticamente as emissões".

 Além disso, o texto pede o fim dos "subsídios ineficientes aos combustíveis
fósseis" e a "aceleração para transições limpas e justas às energias renováveis".
Muitos países haviam solicitado uma menção à saída progressiva do uso de
petróleo e gás, e não apenas a redução dos subsídios ineficazes.

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US$ 100 bilhões por ano

 O delegado chinês na sessão plenária, Zhao Yingmin, se limitou a pedir que o


Acordo de Paris "não seja reescrito".

 O acordo histórico de 2015 estabeleceu as bases do atual compromisso contra a


mudança climática, mas recordou que responsabilidade é comum, embora
diferenciada, ou seja, que os países desenvolvidos devem contribuir muito mais
com base em seu histórico de emissões e uso de recursos naturais.

 Entre os países em desenvolvimento há uma desconfiança considerável pelas


promessas não cumpridas do passado.

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 Em 2009, os países desenvolvidos prometeram que desembolsariam a partir de
2020 a quantia de US$ 100 bilhões por ano para ajudar na adaptação dos países
pobres às mudanças climáticas e na redução de suas emissões, ao mesmo
tempo que iniciam a transição energética.

 E o valor de US$ 100 bilhões, que ainda não foi completado, deve ser
aumentado, a princípio, a partir de 2025.

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COP27: avanços, retrocessos e oportunidades ao
Brasil
Giovanna de Miranda e Anna Maria Cárcamo / Nexo Jornal
26/11/2022

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 Dia 20 de novembro, com dois dias de atraso, encerrou-se a COP27, o
encontro global das Nações Unidas para debater a agenda climática entre seus
198 membros. A Conferência deste ano era tida como a “COP da
implementação”, contudo, o resultado do relatório final nos leva a crer que,
infelizmente, não atingiremos nosso objetivo global de manter o aumento da
temperatura em 1.5ºC.

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 Até a madrugada de 20 de novembro, o rascunho da decisão parecia promissor.
Contudo, ao final do dia, a mensagem final do documento se enfraqueceu,
especialmente no que diz respeito à transição energética, dada a afirmação de
que pretendiam “melhorar o conjunto de energias limpas, incluindo energias
renováveis e de baixa emissão”.

 A inclusão de “energias de baixa emissão” no relatório retrocede e esvazia os


avanços de Glasgow com relação aos combustíveis fósseis. A próxima
conferência da COP será em 2023 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, um
dos principais produtores de petróleo do mundo, o que pode levar a uma maior
dificuldade na redução do uso de combustíveis fósseis.

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 O resultado da COP27 não foi de todo negativo. A “COP Africana” trouxe uma
novidade revolucionária: a criação de um fundo para financiar a resposta a
perdas e danos climáticos nos países mais vulneráveis do mundo. A ação
responde o pleito de mais de 30 anos dos países em desenvolvimento,
principalmente das pequenas ilhas, deliberando sobre como lidar com os
impactos nas comunidades cujas vidas e meios de subsistência foram arruinados
pelos piores impactos das mudanças climáticas.

 A criação de um fundo específico para perdas e danos marcou um avanço


importante, com o tema sendo incluído na agenda oficial e sendo adotado pela
primeira vez na COP27.

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 O comitê de transição pretende chegar até a COP28 com recomendações sobre
como operacionalizar o fundo, com a intenção de adotá-lo na mesma COP. O
comitê vai contar com 10 membros do grupo de países desenvolvidos e 14 de
países em desenvolvimento.

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 Os países desenvolvidos deixaram claro que o fundo será voluntário e não será
considerado como compensação. Ainda não está claro se países emergentes,
como a China, a Índia e o Brasil serão financiadores ou recipientes desse fundo.
Entretanto, é provável que não sejam nenhum dos dois, uma vez que não
compõem o Anexo I da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
a Mudança do Clima) e, portanto, têm sido historicamente considerados como
países em desenvolvimento que não devem contribuir com o financiamento
climático. Além disso, a linguagem de que o fundo se destina “aos países em
desenvolvimento particularmente vulneráveis às mudanças climáticas” conduz a
uma interpretação restritiva sobre quem seria beneficiado por esse fundo.

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 Um estudo de 2008 sobre o aumento do nível do mar da OCDE (Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) demonstrou que o Brasil
será um dos 15 países mais afetados pelo aumento do nível do mar em termos
de quantidade de população afetada. Algumas comunidades tradicionais em
zonas costeiras, como a comunidade Caiçara da Enseada da Baleia em São
Paulo, já tiveram que ser realocadas devido à erosão do mar.

 No passado, o Brasil não tinha se posicionado claramente em relação ao tema


de perdas e danos, domesticamente nem internacionalmente. Neste ano,
contudo, como grupo negociador ABU (Argentina, Brasil e Uruguai) e como
parte do bloco dos países em desenvolvimento, G77+China, o Brasil foi
favorável ao estabelecimento do fundo.

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COP27 termina nesta sexta-feira; confira
principais ações e discursos de líderes
Mitigar as emissões de gases do efeito estufa esteve entre os principais objetivos
desta Conferência do Clima; Lula propõe COP30 no Brasil, em 2025

Anna Gabriela Costada CNN* em São Paulo

18/11/2022

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 No ano passado, a 26ª Conferência do Clima em Glasgow aprovou um
compromisso, assinado por mais de 200 países, para buscar fontes de energia
alternativas. O acordo final trouxe uma referência aos combustíveis fósseis, em
especial o carvão, e sua influência na crise climática.

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 Entre as medidas apresentadas na COP, está uma aliança entre as três nações
com as maiores florestas tropicais do mundo, Brasil, República Democrática do
Congo e Indonésia. Os países lançaram formalmente na segunda-feira (14) uma
parceria para cooperar na preservação das florestas após uma década de
negociações sobre uma aliança trilateral.

 A China, o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, acenou para uma
meta de limitação do aquecimento global.

 O enviado sobre Clima da China para a COP27, Xie Zhenhua, disse que Pequim
gostaria que o acordo climático da Cúpula do Clima da ONU estabeleça uma
meta para limitar o aquecimento global a 2ºC, e acrescentou que os países
devem tentar 1,5°C – compromisso semelhante à linguagem acordada no
Acordo de Paris, em 2015.
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O Brasil na COP27

 O Brasil foi representado por uma comitiva do atual governo de Jair Bolsonaro
(PL) e por membros da equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), que assume a Presidência da República em 2023 e compareceu ao evento
este ano.

 Em seu discurso na COP27 na última quarta-feira (16), Lula afirmou que seu
governo reforça o compromisso de acabar com o desmatamento até 2030.

 “Não há segurança climática para o mundo sem uma Amazônia protegida. Não
mediremos esforços para zerar o desmatamento e a degradação de nossos
biomas até 2030, da mesma forma que mais de 130 países se comprometeram
ao assinar a Declaração de Líderes de Glasgow sobre Florestas”, disse.

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 Lula também criticou duramente o atual governo do presidente Jair Bolsonaro,
afirmando que ele foi “desastroso em todos os sentidos”.

 “No combate ao desemprego e às desigualdades, na luta contra a pobreza e a


fome, no descaso com uma pandemia que matou 700 mil brasileiros, no
desrespeito aos direitos humanos, na sua política externa que isolou o país do
resto do mundo, e também na devastação do meio ambiente”, afirmou.

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 Estados Unidos
 O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursou na conferência
climática COP27 na última sexta-feira (11), dizendo que a crise climática global
representa uma ameaça existencial ao planeta.

 No discurso, Biden anunciou mais de US$ 150 milhões em novo apoio para
acelerar os esforços do Plano de Emergência do Presidente para Adaptação e
Resiliência (PREPARE) em toda a África.

 “A crise climática é sobre segurança humana, segurança econômica, segurança


ambiental, segurança nacional e a própria vida do planeta”, disse Biden. Um
grupo de manifestantes protestou dentro do plenário da ONU durante o
discurso oficial do presidente dos EUA. Eles não chegaram a interromper a fala
de Biden, mas levantaram das cadeiras, empunharam cartazes e fizeram sons
altos, que foram captados pela mídia durante a transmissão do discurso para o
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mundo todo.
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China

 O enviado especial climático da China, Xie Zhenhua, disse na última terça-feira


(8) que Pequim está comprometida em alcançar a neutralidade de carbono.

 Segundo Zhenhua, o multilateralismo e a cooperação são fundamentais para


resolver a mudança climática global.

 “Não importa o quanto o ambiente externo mude, e não importa quantos


desafios enfrentamos, a China tem firme determinação em alcançar essa visão
de neutralidade de carbono”, disse ele a delegados na cúpula climática COP27
no Egito.

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França

 O presidente francês, Emmanuel Macron, reiterou que os esforços contra


as mudanças climáticas devem ser implementados com urgência. A afirmação se
deu em seu discurso na segunda-feira (7).

 “Cada minuto perdido é um minuto em que o problema [mudanças climáticas]


fica mais difícil de ser resolvido e que a injustiça se torna maior. Fica mais difícil
de resolver para todos nós, e as injustiças crescem ainda mais para os países
que são os mais impactados”, declarou Macron.

 O líder francês ainda mencionou a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia,


dizendo que “são sempre nos mesmos países as consequências mais duras”.

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Alemanha

 Em discurso na COP27, o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou


que o país vai aumentar seus investimentos climáticos anuais do país para 6
bilhões de euros.

 Scholz disse que a Alemanha vai oferecer 170 milhões de euros para um
“escudo global” do G7 para proteger o V20, grupo das 58 nações mais
vulneráveis do planeta. A ideia, segundo o premiê, é fortalecer a proteção à
insegurança e desastres naturais.

 O alemão afirmou que uma das prioridades do país é diminuir o uso de


combustíveis fósseis.“Vamos parar de usar combustíveis fósseis! Não deve haver
um renascimento global dos combustíveis fósseis. […] Precisamos de mais
cooperação na mudança para as energias renováveis. Este é o imperativo do
momento. Nossas promessas firmes devem ser seguidas por ações firmes.”
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ONU

 O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres,


defendeu a implementação de sistemas universais de prevenção de danos
ambientais no prazo de até cinco anos.

 Em um vídeo reproduzido na COP27, em Sharm el-Sheikh, no Egito, Guterres


afirmou que pessoas e comunidades em todos os lugares devem ser protegidas
dos riscos imediatos e crescentes da emergência climática.

 “Devemos responder ao sinal de socorro do planeta com ação – ação climática


ambiciosa e confiável”, disse o secretário-geral.

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COP27: a ativista de 11 anos que coloca líderes
em saia justa na Cúpula do Clima
Licypriya Kangujam, que se encontrou com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da
Silva, confrontou o ministro de Energia e Mudanças Climáticas do Reino Unido. Um
vídeo em que ele parece tentar fugir da menina viralizou na internet.

Por Nathalia Passarinho e André Biernath, BBC


18/11/2022

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A ambientalista de 11 anos que viralizou ao questionar ministro — Foto: CORTESIA
LICYPRIYA KANGUJAM
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 Ela tem cerca de um metro e meio, anda quase sempre de rabo de cavalo e
mochila rosa. Quando se aproxima de líderes e ministros na COP27, eles não
desconfiam que estão prestes a ficar em saia justa. Licypriya Kangujam tem 11
anos e é uma ativista ambiental indiana.

 É convidada de honra em painéis importantes na conferência sobre mudanças


climáticas nas Nações Unidas, em Sharm El-Sheikh, no Egito. E, nas redes
sociais, tem mais de 160 mil seguidores. Mas ficou particularmente conhecida
por questionar duramente lideranças internacionais, principalmente de países
ricos, nos corredores da cúpula do clima.

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 Na segunda-feira (14/11), Kangujam confrontou o ministro de Energia e
Mudanças Climáticas do Reino Unido, Zac Goldsmith, que aparece em imagens
gravadas pela mãe da ativista aparentemente tentando fugir da menina.

 No vídeo, que viralizou nas redes sociais, a menina aborda Goldsmith, que
pergunta a idade dela. Ela responde 11 anos e ele repete a idade e sorri com
incredulidade. Depois, Kangujam pergunta ao ministro o que ele fará sobre a
detenção de ativistas ambientais no Reino Unido.

 "Quando o senhor vai soltar os ativistas climáticos que protestavam contra


investimentos em petróleo no Reino Unido?", perguntou.

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Encontro com Lula

 Na quinta-feira, Kangujam se encontrou com o presidente eleito do Brasil, Luiz


Inácio Lula da Silva, durante reunião na COP27 entre o petista e representantes
da sociedade civil.

 Com Lula, ela foi menos rigorosa na cobrança. Abraçou o presidente brasileiro e
disse que ele estava "recuperando a imagem do Brasil".

 "Na verdade, Lula traz esperança para todos nós. Nossos líderes precisam
transformar liderança climática em ação climática. Acho que o presidente eleito
Lula quer fazer isso. Nossos líderes precisam se inspirar nele", disse.

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Oriente Médio vira protagonista polêmico da
próxima conferência do clima da ONU
COP28 será realizada nos Emirados Árabes, que tem histórico de repressão ao
ativismo ambiental

Diogo Bercito / Folha de São Paulo


20/11/2022

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 A maré trouxe a conversa global sobre o clima para o Oriente Médio. A cúpula
deste ano, a COP27, aconteceu no Egito. Já a do ano que vem, a COP28, será
realizada nos Emirados Árabes.

 Essa onda faz sentido. O Oriente Médio é uma das regiões do mundo mais
ameaçadas pelas mudanças climáticas, segundo a ONU (Organização das
Nações Unidas).

 Por outro lado, o protagonismo que esses governos querem ter no debate é
incômodo. As populações de países como Egito e Emirados Árabes vivem sob
regimes autoritários que perseguem e punem ativistas, incluindo os defensores
do meio ambiente.

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 A crise climática é mesmo evidente na região. A temperatura no Iraque, por
exemplo, pode subir de duas a sete vezes mais rápido do que a média global.
Neste verão, Bagdá chegou perto dos 50°C. Dos 17 países com maior risco no
acesso à água, 12 estão no Oriente Médio, afirma o WRI (World Resources
Institute).

 "A região tem vivido tempestades de areia frequentes e extremas, inundações,


aumento do nível do mar e queimadas", diz Mohamed Mahmoud, diretor do
programa de clima e água no Middle East Institute.

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 A mensagem do Egito, o anfitrião da COP deste ano, foi a de que o continente
africano contribui pouco para as emissões de carbono, mas sofre as
consequências de modo desproporcional. Sua sugestão foi que os países mais
ricos, que tiveram maior participação no aquecimento global, agora ajudem os
mais pobres.

 Já os abastados Emirados Árabes devem pôr o foco do ano que vem nos seus
projetos ambientais, que estão entre os mais ambiciosos do mundo.

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 Ao hospedar a COP28, os Emirados querem mostrar que o país está na
dianteira no combate à mudança climática, afirma Mahmoud. Ao menos no
papel, já que muitos de seus projetos ainda não foram implementados.

 O emirado de Abu Dhabi, por exemplo, está construindo uma cidade


chamada Masdar, sustentada pelo sol e por outras energias renováveis.

 Já o governo da vizinha Arábia Saudita tem investido no conglomerado


futurístico Neom, também movido a energias limpas. Esses movimentos, é claro,
estão relacionados também ao fato de que os países do Golfo querem buscar
alternativas para o petróleo, fonte de energia que está na base de sua economia
—e que, além de prejudicar o ambiente, vai se esgotar.

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 "A realização das duas cúpulas no Oriente Médio é uma grande oportunidade",
diz Hassan Aboelnga, pesquisador especializado na gestão de água e professor
na universidade alemã TH Köln. "Essas edições da COP acontecem em lugares
que enfrentam grandes desafios climáticos.“

 Como Mahmoud, Aboelnga elenca alguns dos efeitos do aquecimento global na


região. Entre eles estão a fome e mesmo os conflitos armados. "A mudança
climática é um multiplicador de riscos para a instabilidade política", diz.

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 Uma seca, por exemplo, pode prejudicar o acesso à água e as colheitas em uma
determinada região. A disputa por recursos, por sua vez, pode resultar em
conflitos e em ondas de refugiados.

 Sem negar a importância desse debate, organizações de defesa de direitos


humanos têm acusado os governos locais de fazer greenwashing, ou seja, usar o
clima como uma cortina de fumaça para esconder violações.

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 O próprio fato de que o governo egípcio decidiu realizar a COP27 em Sharm el-
Sheikh é controverso, já que essa cidade costeira está isolada do restante do
país. Ativistas tiveram maior dificuldade de chegar ao evento e, uma vez ali,
foram vigiados e controlados pelo regime.

 "As restrições ao financiamento e a vigilância sobre organizações não


governamentais significam que o único clima sobre o qual realmente ouvimos
falar no Egito é o clima do medo", afirma McManus.

 Ela expressa preocupação semelhante em relação ao evento do ano que vem,


nos Emirados. "É um país que investiu para apresentar uma face moderna para
o mundo, mas que também controla e reprime a liberdade de expressão e a
mobilização."
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Não dá para discutir papel das florestas no clima
sem ouvir quem mora lá, diz liderança do Xingu
Para Ianukula Kaiabi Suiá, abandono na gestão Bolsonaro teve o efeito colateral de
fortalecer busca por direitos

Alexa Salomão / Lalo de Almeida / Folha de São Paulo


15/11/2022

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 Descendente dos povos kaiabi e kisêdjê, Ianukula Kaiabi Suiá tinha pouco mais
de 20 anos quando começou a atuar em movimentos de defesa dos povos
indígenas. Nunca foi uma tarefa fácil, ele conta, mas o ambiente piorou nos
últimos quatro anos, momento em ele assumiu a presidência da Atix (Associação
do Terra Indígena do Xingu).

 Ianukula precisa combater o avanço de madeireiros e garimpeiros sobre


territórios indígenas, a pressão para adotar monocultura em áreas de reserva e
a catequização de evangélicos que coíbe até o artesanato de seu povo. Tudo
isso em meio ao desmantelamento do órgão público que um dia já foi chamado
de "mãe dos índios", a Funai (Fundação Nacional do Índio).

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 Essa lista passou a incluir espaço para os indígenas dentro das discussões
da COP27, a 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, no Egito,
onde Ianukula esteve.

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COP 27: o que ficou de dentro e o que ficou de
fora do acordo
Após duas semanas de negociações, evento chegou ao fim neste domingo (20), no
Egito

Por Associated Press


20/11/2022

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Fundo de perdas e danos

 Países ao redor do mundo já estão vendo os efeitos das mudanças climáticas,


desde um clima mais hostil até verões mais quentes e aumento do nível do mar.
As nações pobres que menos contribuíram para o problema das emissões de
gases de efeito estufa estão entre as mais atingidas. Portanto, houve aplausos
quando a ideia de um fundo de “perdas e danos” entrou pela primeira vez na
agenda oficial das negociações.

 Os países industrializados há muito resistem a esse fundo, temendo que isso os


coloque na armadilha de bilhões de dólares pelas décadas em que bombearam
carbono para a atmosfera. Uma oferta inesperada da União Europeia na quinta-
feira deu o pontapé inicial e em 48 horas um acordo foi fechado. Os detalhes
ainda precisam ser elaborados, mas as nações mais vulneráveis podem esperar
obter dinheiro para lidar com as catástrofes climáticas no futuro.
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 Regras financeiras

 Os países doadores exigiram que o dinheiro canalizado para os países pobres


esteja alinhado com as metas do acordo de Paris.
 Alguns países em desenvolvimento têm resistido a isso, temendo que isso
distraia as discussões sobre o dinheiro que os países ricos prometeram (mas até
agora não entregaram) para ajudá-los a se adaptar às mudanças climáticas e
reduzir suas emissões. Os negociadores em Sharm el-Sheikh não conseguiram
chegar a um acordo sobre a questão e agora ela será retomada em Dubai, no
ano que vem.

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Evidenciar a questão dos combustíveis fósseis

 As negociações do ano passado terminaram com um acordo para “reduzir


gradualmente” o uso de carvão, a primeira vez que um combustível fóssil foi
explicitamente nomeado, envergonhado e noticiado em nível internacional. A
Índia, que estava insatisfeita com essa mudança, este ano fez um apelo surpresa
para que o petróleo e o gás fossem reduzidos também, mas a proposta não foi
aprovada.

 Vários pactos foram firmados entre nações ricas e em desenvolvimento nos


últimos meses para acelerar essa mudança em direção à energia limpa, mais
recentemente um acordo de US$ 20 bilhões com a Indonésia. No entanto,
houve desapontamento entre os ambientalistas pelo fato de a reunião de Sharm
el-Sheikh incluir energia de “baixa emissão” – que alguns afirmam incluir gás
natural, um combustível fóssil – em uma resolução sobre a transição para
energia limpa.
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A questão do metano

 Glasgow também viu uma nova aliança de países, incluindo os Estados Unidos,
se unir e se comprometer a reduzir a quantidade de metano – um poderoso gás
de efeito estufa – liberado na atmosfera em um terço até 2030.

 A lista de países que apoiam essa promessa cresceu este ano, chegando a cerca
de 150. Até a China disse que trabalharia para reduzir as emissões de metano.

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Direito ao protesto

 As questões de direitos humanos ganharam destaque na COP27 devido à


história de repressão do Egito e ao caso de destaque do ativista preso Alaa
Abdel-Fattah.

 Seu destino foi levantado por vários líderes estrangeiros em reuniões com seus
colegas egípcios, mas os ativistas permanecem na prisão. Sua família disse que
ele estava “muito, muito magro” depois de encerrar uma greve de fome que
gerou preocupação generalizada com sua saúde.

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Créditos de carbono

 Discussões de longa data sobre as regras de comércio de emissões não


conseguiram avançar muito. Os ativistas do clima criticaram que as brechas
existentes nas regras já fracas para os mercados de comércio de emissões
podem permitir que os poluidores continuem bombeando carbono na
atmosfera enquanto afirmam que estão cumprindo as metas internacionais -
simplesmente pagando a outros para compensar suas emissões.

 Especialistas disseram que as regras atuais dificultam a transparência e a


linguagem importante sobre a proteção dos direitos humanos foi diluída,
gerando temores de que os povos indígenas em particular possam sofrer como
resultado dos mercados de carbono, por exemplo, sendo forçados a deixar suas
terras ancestrais para dar lugar a projetos florestais usados para vender
compensações de emissões.

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Ativista egípcio preso encerra greve de fome
AFP
15/11/2022

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 O prisioneiro político britânico-egípcio Alaa Abdel Fattah encerrou sua greve de
fome de sete meses, escreveu ele em uma carta à sua família divulgada nesta
terça-feira. "Terminei minha greve", disse o ativista pró-democracia, segundo
sua irmã Mona Seif, que postou uma foto da carta endereçada à sua mãe da
prisão onde está detido. Abdel Fattah comeu apenas 100 calorias por dia
durante sete meses e parou de comer em 2 de novembro.

 Em 6 de novembro, quando começou a COP27 no Egito, ele também decidiu


parar de beber líquidos. Sua família alertou nas últimas semanas sobre o
delicado estado de saúde desse ativista, que iniciou sua greve de fome para
protestar contra sua prisão e das outras 60.000 pessoas presas no Egito por
motivos políticos, segundo as ONGs.

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 Em sua carta, datada desta terça-feira, Abdel Fattah, que completará 41 anos na
sexta-feira, diz: "Quero comemorar meu aniversário com vocês nesta quinta-
feira, tragam um bolo". Sua mãe pôde visitá-lo pela última vez em 17 de
outubro e, desde então, só tomou conhecimento de sua situação por meio de
suas cartas, enviadas pela administração penitenciária, que desde 2020 nega
permissão de visita ao seu advogado.

 Abdel Fattah foi condenado no final de 2021 a cinco anos de prisão por
"divulgar informações falsas", depois de passar a maior parte da última década
atrás das grades.

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MTST é premiado na COP27 por cisternas em
Guarulhos: 'Economizamos água'
Giacomo Vicenzo
De Ecoa, em São Paulo
19/11/2022

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 Em Guarulhos, as caixas-d'água distribuídas ao lado dos barracos na ocupação
Maria da Penha, que faz parte do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-
Teto), à primeira vista parecem uma cena comum às construções improvisadas
dos mutirões de habitação. Mas a ideia simples de construir cisternas para
captar água da chuva atravessou o Oceano Atlântico e garantiu o prêmio
ImaGen Ventures na COP27, no Egito.

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 A estrutura faz parte do projeto nomeado de "Quebrada Agroecológica", feito
por jovens do MTST, que leva água para atividades dos moradores, como irrigar
hortas e em faxinas. São mais de 2 mil famílias beneficiadas na região, com perfil
diverso.

 Para que o projeto acontecesse, o grupo de jovens que participou da criação


das cisternas, inscreveu a proposta em um edital, que obteve o financiamento
da Unicef. A ONG Viração Educomunicação, que foi responsável pela
elaboração do edital e selecionou seis projetos, que foram buscados na cidade
de São Paulo e no litoral.

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 Indicados para etapa global, o prêmio recebido na COP27 fez com que o
projeto dos jovens do MTST concorresse e ganhasse em um grupo com mais de
90 concorrentes de 45 países diferentes. "Essa é a primeira vez que o Brasil
ganha a etapa global desse prêmio. Agora, o projeto terá uma verba maior para
a expansão", diz Hornos, responsável pelo edital.

 Com a premiação, o valor destinado ao projeto será de R$ 60 mil e irá levar as


cisternas para todo Brasil. "Vamos expandir as cisternas para o Brasil todo, e
fazer uma cisterna em cada Cozinha Solidária do MTST. A projeção é que 16 mil
famílias sejam beneficiadas", conta Napoli.

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Brasil cai cinco posições em ranking de proteção
climática
DW Brasil
14/11/2022

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 Brasil cai cinco posições em ranking de proteção climática - País tem queda de
nível "médio" para "baixo" e é criticado por ausência de políticas mais efetivas
em relação ao clima, bem como pelos cortes governamentais em instituições.
Em ritmo lento, energia renovável cresce. Enquanto líderes mundiais discutem o
futuro do planeta na 27ª Conferência do Clima da ONU (COP27), em Sharm el-
Sheikh, no Egito, o mais recente Índice de Desempenho em Mudança Climática
(CCPI) aponta que o Brasil caiu cinco posições no relatório de 2022, caindo da
33ª posição para a 38ª.

 O levantamento, publicado anualmente pelas ONGs ambientais Germanwatch e


New Climate Institute, além da rede Climate Action Work, avalia as medidas de
proteção climática da União Europeia e de outros 59 países, que, juntos, são
responsáveis por mais de 90% das emissões de gases de efeito estufa em todo
o mundo.
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 Conforme o estudo, o Brasil "mostra um desempenho misto nas categorias do
CCPI, com classificações altas para Energia Renovável e Consumo de Energia,
mas baixa para Emissões de GEE [gases de efeito estufa] e muito baixa para
Política Climática". O relatório critica o fato de que "instituições que
desempenham um papel importante na política ambiental têm sofrido ataques
e cortes de financiamento desde que o presidente [Jair Bolsonaro] assumiu o
poder, em 2019". Especialistas responsáveis pelo CCPI mostram-se
preocupados também com o atual aumento do uso de combustíveis fósseis no
país, tendência que se intensificou a partir da crise energética causada pela
invasão russa da Ucrânia.

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 O relatório do CCPI também aponta que o Brasil está entre as 20 nações com as
maiores reservas de petróleo do mundo e que o país planeja aumentar a
produção de gás natural e carvão mineral em mais de 5% até 2030. Segundo os
cientistas, essa possível iniciativa seria incompatível com as metas do Acordo de
Paris, estabelecido em 2015, no qual diversos países se comprometeram a
reduzir as emissões de gases para que a temperatura média do planeta diminua
1,5°C e retorne a patamares do período pré-industrial, no início do século 19.

 O CCPI também destaca que o Brasil ainda é muito dependente da energia


hidrelétrica, que é vulnerável às secas, acarretando o risco de um aumento do
uso de eletricidade produzida por combustíveis fósseis. Isso ocorreu entre 2021
e 2022, quando o país registrou a pior estiagem em 91 anos nas regiões sudeste
e centro-oeste.
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 Dinamarca na frente, Chile é destaque Como nos anos anteriores, os três
primeiros lugares no ranking permanecem vazios, ou seja, nenhum país está
fazendo o suficiente para cumprir as metas de proteção climática do Acordo de
Paris. A Dinamarca segue ocupando a melhor posição na lista. À frente em
quase todas as categorias, é a única nação que tem uma política climática
nacional "alta" e uma política climática internacional "muito alta".

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 Um dos motivos para isso é o fato de ter se comprometido a repassar dinheiro
para perdas e danos sofridos em países em desenvolvimento devido às
mudanças climáticas. Mesmo assim, a Dinamarca corre contra o tempo para
recuperar-se em termos de eficiência energética, que pode lhe custar o alcance
de suas metas climáticas para 2025, aponta o CCPI. Países como Chile,
Marrocos e Índia, classificados entre o sexto e o oitavo lugares, também
apresentaram bons resultados no relatório deste ano, ficando próximos das
líderes Dinamarca e Suécia. O país sul-americano subiu três posições em relação
ao ranking de 2021.

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 Geralmente considerada pioneira no combate às mudanças climáticas e geração
de energia limpa, a Alemanha também caiu nesta edição do CCPI. Há dois
motivos principais: a expansão das importações de gás natural e o aumento das
centrais elétricas a carvão. No geral, o país caiu três posições, do 13º para o 16º
lugar. A boa notícia é o declínio de suas emissões de gases de efeito estufa per
capita entre 2017 e 2021.

 Como um todo, a União Europeia (UE) subiu três posições em comparação com
2021, finalizando em 19º lugar. A principal razão para a melhora é a evolução da
política climática do bloco que visa reduzir as emissões de gases de efeito
estufa em pelo menos 55% até 2030.

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 No geral, porém, há uma grande discrepância nos desempenhos dos países-
membros, individualmente: nove tiveram classificação "alta", enquanto sete
tiveram nota "baixa", com Polônia e Hungria figurando no grupo "muito baixo".
Destaque para a Espanha, que galgou 11 posições para o 23º lugar, graças a
melhorias em todas as categorias. A França, por outro lado, caiu o mesmo
número de posições para o 28º lugar, devido ao enfraquecimento de suas
políticas climáticas e à lenta expansão de seu setor de energia renovável.

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