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Acordo de Paris

O Acordo de Paris é um compromisso mundial sobre as alterações climáticas e prevê metas


para a redução da emissão de gases do efeito estufa. Para que esse acordo entrasse em vigor,
era necessário que os países que representam em torno de 55% da emissão de gases de efeito
estufa ratificassem-no. Em 12 de dezembro de 2015, o acordo foi assinado após várias
negociações, entrando em vigor em 4 de novembro de 2016. Até 2017, 195 países assinaram e
147 ratificaram.

Objetivo
Reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, é o principal
objetivo do Acordo de Paris. O uso intenso de combustíveis fósseis como matriz energética no
mundo intensifica a liberação de dióxido de carbono e outros gases nocivos à atmosfera. Essa
emissão de gases contribui de maneira significativa para o aumento da temperatura do
planeta. A meta do Acordo de Paris é manter o aumento da temperatura do planeta abaixo
dos 2 ºC.

Metas para países desenvolvidos e subdesenvolvidos


Uma das metas do Acordo de Paris é estimular os países desenvolvidos a dar suporte
financeiro e tecnológico aos países subdesenvolvidos. A ideia é que essa ajuda colabore na
ampliação de ações propostas pelos países subdesenvolvidos, mas todos devem apresentar
planos de ação.

Entre os acordos firmados pelos países, um deles sugere que a cada cinco anos os governos
comuniquem de forma voluntária os mecanismos para a revisão das suas contribuições para
que as metas possam ser elevadas. Os países desenvolvidos encontram-se à frente do acordo e
devem estabelecer metas numéricas a serem alcançadas em relação à emissão de gases de
efeito estufa. Já os países subdesenvolvidos precisam elevar os esforços para continuar
atingindo as metas propostas.
O principal objetivo do Acordo de Paris é reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido
de carbono.

Contexto histórico do Acordo de Paris


As alterações provocadas no meio ambiente pela ação humana preocupam o mundo inteiro. A
emissão de gases nocivos à atmosfera tem provocado o agravamento do efeito estufa e do
aquecimento global. Essa emissão ocorre em razão da intensa queima de combustíveis fósseis
para o uso industrial, transporte urbano e geração de energia elétrica.

Esse cenário tem sido palco de diversos debates, acordos e metas. Grande parte das alterações
provocadas no meio ambiente relaciona-se com o período industrial e com o intenso
desenvolvimento tecnológico. A Revolução Industrial propiciou o aumento da produção,
intensificando ainda mais o uso de combustíveis fósseis, bem como acelerou o processo de
urbanização e o consumo exagerado. Os problemas ambientais gerados pelo processo
industrial fazem parte de uma realidade antiga, ao passo que a conscientização acerca das
mudanças climáticas é recente.

Países que não aderiram ao Acordo de Paris


Por causa da dramática guerra civil em que está envolvida, a Síria não faz parte do acordo. A
Nicarágua, por sua vez, alegou que o acordo era ambicioso demais e que seria ineficaz, visto
que os países apresentariam seus compromissos voluntariamente, acabando por boicotá-lo.
Em 2017, após ser devastada por furacões, o então presidente da Nicarágua, Daniel Ortega,
decidiu aderir ao acordo.

Saída e retorno dos Estados Unidos


Em 2017, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos na ocasião, assustou o mundo com a
decisão de sair do acordo. Trump era considerado cético em relação às alterações climáticas.
Na época, o presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump, chegou a afirmar que o Brasil também
poderia sair do acordo, mas isso não ocorreu. Entre os quase 200 países que assinaram o
acordo em 2015, apenas os EUA saiu.

A decisão dos EUA foi vista pela organização como decepcionante, haja vista os esforços
mundiais na luta pela redução da emissão de gases de efeito estufa e pelo fato de os Estados
Unidos serem o segundo maior emissor desse tipo de gás, perdendo apenas para a China.
Durante seu mandato, Trump foi bastante criticado em diversas manifestações que pediam o
retorno do país ao acordo.

No entanto, no início de 2021, Joe Biden, recém-empossado presidente dos Estados Unidos,
retornou o país ao Acordo de Paris. No momento da assinatura, Biden prometeu reduzir as
emissões de gases estufa nos EUA nos próximos anos e zerar as emissões até 2050.

Biden e Trump possuem posições opostas sobre o Acordo de Paris

Participação do Brasil no Acordo de Paris


O Brasil assinou o Acordo de Paris em 2015, comprometendo-se a reduzir até 2025 suas
emissões de gases de efeito estufa em até 37% (comparados aos níveis emitidos em 2005),
estendendo essa meta para 43% até 2030. As principais metas do governo brasileiro são:

• Aumentar o uso de fontes alternativas de energia;


• Aumentar a participação de bioenergias sustentáveis na matriz energética brasileira
para 18% até 2030;
• Utilizar tecnologias limpas nas indústrias;
• Melhorar a infraestrutura dos transportes;
• Diminuir o desmatamento;
• Restaurar e reflorestar até 12 milhões de hectares.

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