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A Operação Lava Jato, sob o disfarce de combate à corrupção, moveu guerra de extermínio
contra as empresas brasileiras dos setores de construção civil pesada, petróleo & gás e de
construção naval, atingindo também a área metal-mecânica e de máquinas & equipamentos,
além de toda a rede produtiva a montante e a jusante dessas cadeias longas.
Ao invés de punir com rigor acionistas majoritários e altos executivos, corruptos e corruptores,
negociou com eles sentenças leves com preservação do grosso dos patrimônios pessoais,
obteve “delações” e concentrou todo seu aparato bélico no destroçamento de companhias e
empregos e na interferência no processo democrático nacional, particularmente nas eleições
de 2018.
Lord Keynes ganhou destaque mundial ao publicar, em 1919, uma brilhante previsão analítica
do que resultaria do Tratado de Versalhes, que desmontava, vingativa e interesseiramente, a
capacidade produtiva da Alemanha vencida: As Consequências Econômicas da Paz.
Em artigo publicado na edição de hoje (28) do Valor, Luiz Fernando de Paula e Rafael Moura
tratam das consequências da “guerra contra o Brasil” e buscam quantificar o alcance do
desastre. Seus dados demonstram que interesses políticos e econômicos antinacionais e
antidesenvolvimento valeram-se de uma momentaneamente vitoriosa Lava Jato para predar
um país derrotado, buscando ocupar territórios estratégicos graças aos serviços mercenários
prestados pelos condottieri de Curitiba.
Outros gigantes do setor – Queiroz Galvão, OAS, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa –
também tiveram um derretimento de seus ativos financeiros consolidados de uma ordem de
R$ 25,77 bilhões em 2014 para aproximadamente R$ 8,041 bilhões em 2017 (perda de 68,6%).
(…)
As inversões da estatal [Petrobrás] caem de 1,97% do PIB em 2013 para 0,73% do PIB em 2017
e de 9,44% do volume total de investimentos para 4,69% no mesmo recorte. Dentro do
próprio conjunto de investimentos públicos, o volume responsável pela Petrobras também
caiu de 49,3% em 2013 para 36,5% em 2017. Essa retração aguda da atuação da empresa
contribuiu para uma redução dos trabalhadores empregados formalmente no Sistema
Petrobras de 86.108 para 68.829 entre 2013 e 2016, e de 360.180 para 117.555 entre os
terceirizados no período equivalente. Ou seja, num intervalo de quatro anos a cadeia
produtiva direta da empresa teve perda de quase 260 mil postos de trabalho formais e
informais.
(…)