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E

S
G
 2004: publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial (“Who
Cares Wins”)

▪ Provocação do Secretário-Geral da ONU a 50 CEOs de grandes instituições


financeiras sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de
governança ao mercado de capitais.

 Pacto Global: chamada lançada em 2000 pela ONU para as empresas alinharem
suas estratégias e operações a 10 princípios universais nas áreas de Direitos
Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção e desenvolverem ações.
O QUE É ESG?
▪ Maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de
16 mil membros, entre empresas e organizações, distribuídos em 69 redes
locais, que abrangem 160 países.

 2004: UNEP-FI lançou o relatório Freshfield, que mostrava a importância da


integração de fatores ESG para avaliação financeira.
 2006: PRI (Princípios do Investimento Responsável) possui mais de 3 mil
signatários, com ativos sob gestão que ultrapassam USD 100 trilhões.
Um novo compliance
Financiamento verde
Pactos corporativos e coalisões
Compromissos net-zero Mercado de carbono, CBAM, CCS (PL Senado 1.425/22)
Emissões escopo 1, 2 e 3 e impactos na cadeia de produção

Princípios orientadores da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos


Decreto Federal n° 9.571/2018
Direitos humanos e frente social Princípios Orientadores OCDE
Regulamentações transnacionais e impactos na cadeia produtiva

Incorporação de parâmetros ESG Alinhamento a padrões diversos como TCFD, CDP, GRI, SASB, Sustainalytics
e índices de mercado
como medida de governança Principles for Responsible Investments

Percepção positiva de mercado e ajustes necessários às práticas operacionais


atuais sem risco de greenwashing demandam uma abordagem legal sólida
Curva de maturidade ESG
 Empresas em estágio inicial: as ações ESG aparecem mais como incorporadas a
questões filantrópicas e menos em uma estratégica de negócio.
 Empresas na fase intermediária: publicam seus relatórios de sustentabilidade,
relatam informações em suas páginas, mas não possuem uma postura exatamente
coesa. Não possuem métricas internas para medir progresso, métricas e metas
vinculadas etc.
 Empresas front runners/em estágio avançado: a estratégia ESG é comumente
revisada pela diretoria e por comitês e está enraizada. Há um sistema de reporte
claro, controle, auditoria, governança, aceita standards de sustentabilidade etc.
Métricas ESG
 Ausência de métricas claras e unificadas ainda que atualmente em evolução: o que fazer, por qual
razão fazer, em qual medida fazer?

 Regras esparsas em jurisdições diferentes potencializam o risco de greenwashing e socialwashing.

 Taxonomias e regras já foram publicadas na UE ou estão em fase de discussão final com orientações
e guias mais claros (e.g. Sustainability Finance Disclosure Regulation e a Corporate Sustainability
Reporting Directive).

 No Brasil, regras para o setor financeiro e para companhias abertas


 Resolução BCB 151/2021, Resolução BACEN 4.557/2017 e Resoluções CMN 4.943, 4.944 e 4.945/2021
 Resolução CVM 59/2021.
Na União Europeia (apenas alguns exemplos)

 Em abril de 2021 a UE adotou a Sustainability Finance Disclosure Regulation. Aplica-se ao


mercado financeiro (bancos, seguradoras, asset manageres e empresas de investimento
operando na UE. Está vigente e sofrendo modificações ou provocações de modificações
recentes.

 Em 23 de fevereiro de 2022 Comissão Europeia adotou uma proposta de diretiva relativa ao


dever de diligência das empresas em matéria de sustentabilidade.

 Em novembro de 2022, foi aprovado o Corporate Sustainability Reporting Directive, diretiva


construída para reforçar a natureza ESG em operações de valores mobiliários para subsidiar o
investimento.
EUA
 Em março de 2022, a SEC (US Securities and Exchange Comission)
apresentou a proposta sobre “Enhancement and Standardization of Climate-
Related Disclosures for Investors” sobre climate-related disclosures. Exigiu
para alguns setores reporte de emissões de efeito estufa por todas as
entidades da cadeia de valor e submissão de relatórios comprovando as
declarações
CHINA
 Em maio de 2022 a China publicou, via China Enterprise Reform and Development Society, um think-
thank suportado pelo Governo, o primeiro padrão de reporte ESG denominado “Guidance for
Enterprise ESG Disclosure”. É voluntário, aplicado a todas as empresas chinesas a partir de 1.6.2022
como referência para avaliações próprias e por terceiros.
 O guia leva em conta a China’s Environmental Protection Law and Product Quality Law. Baseado em
parte nos reportes de sustentabilidade exigidos pelas bolsas de Hong Kong e Xangai. Uso de diretriz
local, enquanto o Reino Unido. Nova Zelândia, Japão e Suíça, por exemplo, utilizam-se do TCFD -
Task Force on Climate-related Financial Disclosures.
 Há dados sobre poluição, direitos trabalhistas, responsabilidade pelo produto e ética etc.
BRASIL
 Lei dos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais – FIAGRO
(Lei Federal nº 14.130/2021)
 Programa Floresta + em seus diversos eixos de pagamento por serviços ambientais
(Portaria MMA nº 288/2020 e outras)
 Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais – PNPSA (Lei Federal nº
14.119/2021)
 Programa Adote um Parque, pelo qual o Governo Federal busca atrair recursos
para custear a conservação de Parques Federais (Decreto Federal nº 10.623/2021)
 Lei do Agro (Lei Federal nº 13.986/2020)
 Regulamentação da Cédula de Produto Rural – CPR para financiar as atividades
de conservação e recuperação de florestas (“CPR de Florestas”) pelo Decreto
Federal nº 10.828/2021
 Programa Nacional de Crescimento Verde (Decreto Federal nº 10.846/2021)
 Resoluções CMN n°s 4.943, 4.944 e 4.955/2021
 Resolução CVM nº 59/2021
 Decreto Federal n° 11.075/2022 - carbono
Litigância ESG
LITIGÂNCIA ESG – NOVAS PERSPECTIVAS
Mercado de carbono
ASPECTOS REGULATÓRIOS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O MERCADO DE CO²

• Linha do tempo
• 1979: 1ª Conferência Mundial do Clima, Organização Meteorológica Mundial (WMO)
• 1988: Assembleia Geral da ONU convoca governos e sociedade civil a se engajarem em
discussões do clima
• 1988: Criado o IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas pelo Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e WMO
 IPCC não conduz suas pesquisas; revisa pesquisas ao redor do mundo
 Pesquisas de cientistas e governos de países membros da ONU
• 1990: Primeiro Relatório de Avaliação do IPCC
2ª Conferência Mundial do Clima da ONU inspira a Convenção Ministerial, Tratado Internacional e
a Convenção-Quadro
• 1992: Rio-92, Convenção-Quadro. Reconhecimento em Conferência da contribuição humana
para o aquecimento global
• 1995: 1ª COP (Berlim)
• 1997: Assinatura do Protocolo de Quioto
• 2005: Entrada em vigor do Protocolo de Quioto
ASPECTOS REGULATÓRIOS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O MERCADO DE CO²
• Convenção-Quadro
 É programática, possui princípios e diretrizes, mas necessita de detalhamento, densificação, o
que é feio nas Conferências das Partes – COPs.
 1997: assinatura do Protocolo de Quioto
 2005: Protocolo de Quioto entra em vigor

• Protocolo de Quioto
 O mercado de carbono surgiu com o Protocolo de Quioto, com o objetivo de viabilizar redução
gradual de emissões de GEE com maior custo-benefício. Instituiu 3 maneiras de
comercialização: (i) comércio de emissões; (ii) implementação conjunta (só em países
desenvolvidos) e; (iii) mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL). Apenas o MDL envolve
países em desenvolvimento
 Países industrializados têm espécie de “orçamento de carbono”.
 2007 (COP Bali) começa a engajar países do Anexo I (desenvolvidos) e em desenvolvimento para
tentar quebrar a dicotomia.
 Metas de Quioto deveriam ter sido atingidas de 2008-2012 (uma das metas – não são
homogêneas entre os países- determinava a redução de 5,2%, em relação a 1990, das emissões
de gases do efeito estufa).
 Segundo período de Quioto 2013-2020 dependia de alinhamento das Partes, o que só ocorreu
em dezembro de 2020.
ASPECTOS REGULATÓRIOS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O MERCADO DE CO²

 2007: Relatório marco do IPCC que marca a certeza das mudanças climáticas, pós
2005 ter sido o ano mais quente, de acordo com WMO
 2009: (COP Copenhagen): ao invés de metas de engajamento, proposta de
financiamento. Acordo fora da UNFCCC só reconhecido em nota
 Copenhagen acendeu a luz de que não se pode mais falar em países desenvolvidos e em
países em desenvolvimento. É preciso um acordo que coloque todos nos mesmos trilhos
 2015: Acordo de Paris
 192 países acordaram que apresentaria uma Contribuição Nacionalmente Determinada
(“NDC”) a ser revista a cada 5 anos com ambições crescentes
 Há NDCs vinculadas a financiamentos, conforme proposta de cada país
 Paris tem meta de se afastar do aumento de temperatura ficando o mais longe possível
de 2º C pra limitar o aumento de temperatura a 1,5º C em relação aos níveis pré-
industriais
 Análises mostram que as NDC não condicionais (não dependem de financiamento) não
garantem a meta de Paris (aumento seria de 2,6º C)
 Entrou em vigor em novembro de 2016, mas dependia de regulamentação (Livro das
Regras, pronto apenas na COP 26)
ASPECTOS REGULATÓRIOS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O MERCADO DE CO²

 2015: Acordo de Paris


 Estabelece Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável (MDS) para “contribuir para a
mitigação das emissões de gases de efeito estufa e para apoiar o desenvolvimento
sustentável”, mas regras, critérios e operação ainda estão em fase de desenho e
implementação.
 Mercado pode ser Obrigatório (com obrigações de redução ou limites instituídos
legalmente) ou Voluntário (comercialização de créditos para atender objetivos de
mitigação ou compensação de GEE auto impostas por empresas ou indivíduos).
 Diferentes modelagens: sistema de comercialização de emissões (emissions trading
system - ETS) - empresas compram e vendem permissões de poluição distribuídas pelo
governo (Exemplo: California cap and trade scheme, European Trading Scheme, créditos
de resíduos) OU mecanismo de créditos a partir de um baseline (offset mechanism) -
países/empresas comercializam unidade de redução de GEE para alcançar uma meta
(Exemplo: MDL)

 2021: Relatório do IPCC aponta que a temperatura global atingirá 1,5ºC (2021-
2040) em relação ao período compreendido entre 1850-1900 de 1º C a 1,8º C ou
3,3º C a 5,7º C (2081-2100) a depender do nível das emissões

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