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c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-
fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
II - Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão,
metais, vidros, madeiras e outros;
III - Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do
gesso;
IV - Classe D: são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes,
óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas
radiológicas, instalações industriais e outros.
Enquanto seu tratamento e destinação final, são ditos na resolução CONAMA 307/02:
III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas
técnicas especificas.
I – Lixão: A pior opção para destinação final de resíduos, o lixão é uma área de disposição final de resíduos
sem nenhuma preparação do solo, sem sistema de tratamento de efluentes líquidos, como chorume. Este
que penetra pela terra levando substâncias contaminantes para o solo e para o lençol freático. Lixão é a
céu aberto podendo haver proliferação de roedores, baratas, moscas, etc. O lixo fica exposto sem nenhum
procedimento que evite as consequências ambientais e sociais negativas.
II – Aterro controlado: Não é certo, mas também não é tão ruim. É um lixão melhorado, pois já foi
remediado, ou seja, recebeu cobertura de argila e grama (para proteção do solo e lençol freático), como
também, captação de chorume e gás. Acontece a recirculação do chorume que é coletado e levado para
cima da pilha de lixo, diminuindo a sua absorção pela terra.
III - Aterro Sanitário: A melhor opção para os RSU. O aterro sanitário é devidamente preparado para
receber a disposição do lixo. Seu terreno foi previamente nivelado de terra e selado da base com argila e
mantas de PVC (está extremamente resistente). Não há o contaminamento do lençol freático e do solo
através do chorume por conta da impermeabilização. O chorume é coletado através de drenos de PEAD,
assim quando adequados para tratamento, o chorume acumulado é encaminhado para a estação de
tratamento de efluentes. A operação do aterro sanitário, assim como a do aterro controlado prevê a
cobertura diária do lixo, não ocorrendo a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual.
Obs: A Política Nacional de Resíduos Sólidos não permite mais a existência de lixões a céu aberto e aterros
controlados. É dever do município a coleta, acondicionamento e disposição final de seus resíduos!
Um aterro sanitário funciona como um biorreator em que fenômenos biológicos de degradação dos
resíduos podem processar-se em ambiente anaeróbio ou parcialmente aeróbio. Após a disposição de
resíduos num aterro verificam- -se, sucessivamente, metabolismos aeróbios e, sobretudo, anaeróbios. Com
efeito, o oxigênio contido inicialmente na massa de resíduos difunde-se pelas camadas superiores
permitindo a atividade aeróbia dos microrganismos. Esgotando-se o oxigênio, inicia-se a fase anaeróbica,
que será predominante (MOTA, 2000; RUSSO, 2005). Os principais microrganismos decompositores
existentes num aterro são as bactérias. Através de processos anaeróbios, os compostos orgânicos
presentes nos resíduos são convertidos em biogás, que é uma mistura formada principalmente de metano
(CH4 ) e dióxido de carbono (CO2 ) (45 a 60% e 40 a 60%, respectivamente) (RUSSO, 2005).
Durante o processo de biodegradação dos resíduos, ocorre a geração de lixiviados, que são a soma do
chorume, precipitação atmosférica e umidade natural dos resíduos. Seu tratamento, que deve ser
realizado em estações específicas, é responsável pelos custos elevados de manutenção dos aterros
sanitários. Os impactos ambientais estão entre as desvantagens deste tipo de alternativa para destinação
final, sejam relativos ao solo, à água ou atmosfera.
Os aterros sanitários contribuem para a emissão global antropogênica de metano para a atmosfera, um
dos gases do efeito estufa. Além disso, o mau cheiro causa depreciação imobiliária nas regiões adjacentes
e, dependendo da composição dos gases do biogás, como por exemplo, o gás sulfídrico, podem provocar
danos nas vegetações próximas e ser tóxico aos operários do aterro (RUSSO, 2005).
- Incineração:
- Biodigestores:
Como desvantagem cita-se que o teor de metano na mistura gasosa encontra-se na faixa de 60%, o que
resulta em baixo calor calorífico quando comparado a outros gases (Tabela 17.2). Também, o tempo de
residência dos resíduos dentro do biodigestor é alto, superior a 60 dias para a completa bioestabilização
(MOTA, 2000).
O biogás é um gás mais leve que o ar e de baixa densidade, ele suscita menores riscos de explosão.
Contudo, sua baixa densidade implica que este ocupe um volume significativo e de baixa liquefação.
Hidrólise - As bactérias presentes nos resíduos liberam enzimas extracelulares as quais irão
promover a hidrólise das partículas e transformar as moléculas maiores em moléculas menores e
solúveis ao meio.
Fase Ácida - Nesta fase, as bactérias produtoras de ácidos transformam moléculas de proteínas,
gorduras e carboidratos em ácidos orgânicos (ácido láctico, ácido butílico), etanol, amônia,
hidrogênio e dióxido de carbono e outros.
Fase Metanogênica - As bactérias metanogênicas atuam sobre o hidrogênio e o dióxido de
carbono, transformando-os em metanol. Esta fase limita a velocidade da cadeia de reações devido,
principalmente, à formação de microbolhas de metano e dióxido de carbono em torno da bactéria,
isolando-a do contato direto com a mistura em digestão.