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COMBATE A INCÊNDIO
A DINÂMICA DO FOGO E AS
MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA
INCÊNDIOS
PROF. ERIMAR PONTES SANTIAGO
erimarpontes@hotmail.com
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Conceitos básicos
3. Componentes essenciais do fogo
4. Principais produtos da combustão
5. Pontos de temperatura
6. Fases do incêndio
7. Propagação de incêndio
8. Métodos de extinção de incêndios
9. Classificação dos incêndios
10. Medidas de segurança contra incêndios
1. INTRODUÇÃO
✔ Combustível;
✔ Comburente (em geral, o oxigênio);
✔ Calor ou energia térmica; e
✔ Reação química em cadeia.
3. COMPONENTES ESSENCIAIS DO FOGO
✔ COMBUSTÍVEL
O combustível é a substância que se oxida no
processo da combustão. De forma simplificada,
podemos dizer que o combustível é toda a
substância capaz de queimar-se e alimentar a
combustão, ou seja, é o elemento que serve de
campo de propagação ao fogo (CBMSC).
✔ Combustível
De maneira geral quase todas as matérias são
combustíveis a uma determinada temperatura,
porém, para efeito prático, arbitra-se a
temperatura de 1000°C como divisor entre os
materiais considerados combustíveis (entram em
combustão a temperaturas iguais ou inferiores a
1000°C) e os “incombustíveis” (entram em
combustão a temperaturas superiores a 1000°C)
(CBMSC).
3. COMPONENTES ESSENCIAIS DO FOGO
✔ Combustíveis sólidos
Para entrar em combustão devem ser
primeiramente aquecidos, quando liberam
vapores combustíveis que se misturam com o
oxigênio do ar, gerando uma mistura inflamável.
Queimam em superfície e em profundidade
(BRENTANO, 2010).
✔ Combustíveis líquidos
Vaporizam ao serem aquecidos, misturando-se
com o oxigênio do ar, formando uma mistura
inflamável. Queimam somente em superfície
(BRENTANO, 2010).
✔ Combustíveis gasosos
Para entrar em combustão devem formar uma
mistura inflamável com o oxigênio do ar, cuja
concentração deve estar dentro de uma faixa
predeterminada. Queima totalmente após a
mistura com o oxigênio (BRENTANO, 2010).
✔ Combustíveis gasosos
Os combustíveis gasosos para inflamarem
necessitam de uma composição ideal, uma
dosagem, com o ar atmosférico (oxigênio).
Concentrações maiores ou menores ao limite de
inflamabilidade de um combustível gasoso
inviabilizarão a inflamação (CBMSC).
3. COMPONENTES ESSENCIAIS DO FOGO
Cratera 'Porta para o inferno' atrai turistas em
deserto do Turcomenistão
A cratera chamada de 'Porta para o inferno' tem atraído muitos
turistas para o deserto de Karakum, no Turcomenistão, na Ásia
Central. Com 70 metros de diâmetro, o buraco fica na vila de
Derweze, a leste do Mar Cáspio e 260 quilômetros ao norte da
capital Achkhabad.
3. COMPONENTES ESSENCIAIS DO FOGO
O poço de fogo foi o resultado de um erro de cálculo
simples por cientistas soviéticos, em 1971. Os geólogos
perfuraram uma caverna subterrânea para obter gás.
Temendo que a cratera emitisse gases venenosos, os
cientistas tomaram a decisão de colocar fogo, pensando
que o gás iria queimar rapidamente. Mas as chamas não
acabaram em mais de 40 anos, em um símbolo poderoso
das vastas reservas de gás do Turcomenistão. Enquanto
isso, visitantes viajam até lá para conferir o fenômeno de
perto.
http://g1.globo.com/turismo-e-viagem/noticia/2014/06/
cratera-porta-para-o-inferno-atrai-turistas-em-deserto-
do-turcomenistao.html
3. COMPONENTES ESSENCIAIS DO FOGO
Mecanismos de ignição
Sólidos
Líquidos
gasosos
3. COMPONENTES ESSENCIAIS DO FOGO
✔ COMBURENTE
É o agente químico que ativa e conserva a
combustão, combinando-se com os gases ou
vapores do combustível, formando uma mistura
inflamável (BRENTANO, 2010).
✔ COMBURENTE
A atmosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de
nitrogênio e 1% de outros gases, por isso, em
ambientes com a composição normal do ar, a queima
desenvolve-se com velocidade e de maneira completa
e notam-se chamas. Quando a porcentagem do
oxigênio do ar do ambiente diminuir de 21% para a
faixa compreendida entre 16% e 8%, a queima tornar-
se-á mais lenta, surgindo brasas e não mais chamas.
Quando o oxigênio contido no ar do ambiente atingir
concentrações menores de 8% é muito provável que a
combustão deixe de existir (CBMSC).
3. COMPONENTES ESSENCIAIS DO FOGO
✔ CALOR
É a energia que dá início, mantém e incentiva a
propagação do fogo. A fonte de calor pode ser uma
faísca elétrica, uma chama, o superaquecimento de
um condutor ou aparelho elétrico, atrito, explosão,
etc (BRENTANO, 2010).
3. COMPONENTES ESSENCIAIS DO FOGO
✔ CALOR
Alguns efeitos físicos e químicos do calor são: a
elevação da temperatura, o aumento de volume
do corpo aquecido, mudanças no estados físicos
da matéria ou mudanças no estado químico da
matéria.
O calor também produz efeitos fisiológicos, ou
seja, o calor é a causa direta de queimaduras e
outras danos pessoais, tais como: desidratação,
insolação, fadiga, lesões no aparelho respiratório e
em casos mais graves a morte (CBMSC).
3. COMPONENTES ESSENCIAIS DO FOGO
✔ CALOR
Riscos do calor
✔ Dilatação de corpos sólidos;
✔ Dilatação de corpos líquidos;
✔ Dilatação de corpos gasosos;
✔ Variações bruscas de temperaturas.
3. COMPONENTES ESSENCIAIS DO FOGO
✔ REAÇÃO EM CADEIA
É a transferência de calor de uma molécula do
material em combustão para a molécula vizinha,
ainda intacta, que se aquece e entra, também, em
combustão, assim sucessivamente até que todo o
material esteja em combustão (BRENTANO, 2010).
3. COMPONENTES ESSENCIAIS DO FOGO
✔ REAÇÃO EM CADEIA
A reação química em cadeia e a propagação
relativamente rápida são os fatores que
distinguem o fogo das reações de oxidação mais
lentas. As reações de oxidação lentas não
produzem calor suficientemente rápido para
chegar a uma ignição e nunca geram calor
suficiente para uma reação em cadeia. A ferrugem
em metais e o amarelado em papéis velhos são
alguns exemplos de oxidação lenta (CBMSC).
3. COMPONENTES ESSENCIAIS DO FOGO
✔ BOIL OVER
O Boil Over é caracterizado por uma violenta
erupção turbilhonar, com ejeção do líquido
combustível em chamas (CBMSC).
3. COMPONENTES ESSENCIAIS DO FOGO
✔ GASES DA COMBUSTÃO
Os gases da combustão podem ser conceituados
como aquelas substâncias gasosas que surgem
durante o incêndio e permanecem mesmo após os
produtos da combustão serem resfriados até
alcançarem temperaturas normais. A quantidade e
os tipos de gases da combustão presentes durante
e depois de um incêndio variam
fundamentalmente com a composição química do
material da combustão, com a quantidade de
oxigênio disponível e também com a temperatura
do incêndio (CBMSC).
4. PRINCIPAIS PRODUTOS DA COMBUSTÃO
✔ GASES DA COMBUSTÃO
A fumaça gerada em incêndios contém gases
narcóticos (asfixiantes) e agentes irritantes. Os
gases narcóticos ou asfixiantes são aqueles que
causam a depressão do sistema nervoso central,
produzindo desorientação, intoxicação, perda da
consciência e até a morte. Os gases narcóticos
mais comuns são o monóxido de carbono (CO), o
cianeto de nitrogênio (HCN) e o dióxido de
carbono (CO2) (CBMSC).
4. PRINCIPAIS PRODUTOS DA COMBUSTÃO
✔ CHAMAS
A combustão dos materiais no ar quase sempre
estará acompanhada de chamas visíveis. O
contato direto com as chamas, assim como a
irradiação direta do calor das mesmas pode
produzir graves queimaduras. Os danos
produzidos pelas queimaduras são dolorosos,
duradouros, difíceis de tratar e muito penosos
para os vitimados.
(CBMSC)
4. PRINCIPAIS PRODUTOS DA COMBUSTÃO
✔ CALOR IRRADIADO
O calor produzido pelos incêndios afeta diretamente
as pessoas expostas em função da distância e das
temperaturas alcançadas, podendo produzir desde
pequenas queimaduras até a morte. A exposição ao
ar aquecido aumenta o ritmo cardíaco, provoca
desidratação, esgotamento, bloqueio do trato
respiratório e queimaduras. Pessoas expostas a
ambientes com excesso de calor podem morrer se
este ar quente penetrar nos pulmões. A pressão
arterial diminuirá, a circulação do sangue ficará
debilitada e a temperatura do corpo aumentará até
danificar centros nervosos do cérebro (CBMSC).
4. PRINCIPAIS PRODUTOS DA COMBUSTÃO
✔ FUMAÇAS VISÍVEIS
As fumaças são constituídas por partículas sólidas
e líquidas transportadas pelo ar e por gases
desprendidos dos materiais que queimam.
Normalmente, em condições de insuficiência de
oxigênio (combustão incompleta), madeira, papel,
gasolina e outros combustíveis comuns
desprendem minúsculas partículas pretas de
carbono, chamadas de fuligem ou pó de carvão
que são visíveis na fumaça e se acomodam sob
superfícies por deposição (CBMSC).
5. PONTOS DE TEMPERATURA
Os combustíveis são transformados pelo calor e a
partir desta transformação, é que se combinam com
o oxigênio, resultando a combustão. Essa
transformação desenvolve-se em temperaturas
diferentes, à medida que o material vai sendo
aquecido.
Com o aquecimento, chega-se a uma temperatura
em que o material começa a liberar vapores, que se
incendeiam caso haja uma fonte externa de calor.
Neste ponto, chamado de Ponto de Fulgor, as
chamas não se mantêm, devido à pequena
quantidade de vapores combustíveis, só produzem
um flash, que logo se apaga (CBMSC).
5. PONTOS DE TEMPERATURA
Prosseguindo no aquecimento, atinge-se uma
temperatura em que os gases desprendidos do
material, ao entrarem em contato com uma fonte
externa de calor, iniciam a combustão, e
continuam a queimar sem o auxílio daquela fonte.
Esse ponto é chamado de Ponto de Combustão.
Continuando o aquecimento, atinge-se um ponto
no qual o combustível, exposto ao ar, entra em
combustão sem que haja fonte externa de calor.
Este é o chamado Ponto de Ignição (CBMSC).
5. PONTOS DE TEMPERATURA
5. PONTOS DE TEMPERATURA
Fonte: CBMSC
6. FASES DO INCÊNDIO
Fonte: CBMSP
Fonte: CBMSC
6. FASES DO INCÊNDIO
✔ FASE DE IGNIÇÃO
✔ FASE DE IGNIÇÃO
A ignição pode se desenvolver por abrasamento
ou chamejamento (CBMSC).
No abrasamento a combustão é gradual, podendo
ter a duração de algumas horas, sem chama visível
e liberação de pouco calor, mas com potencial
para preencher o compartimento com gases
combustíveis e fumaça.
O chamejamento é a forma de combustão que se
costuma ver, ou seja, com chama e fumaça. O
desenvolvimento do calor e da fumaça/gases é
mais rápido que a combustão por abrasamento.
6. FASES DO INCÊNDIO
Fonte: CBMSC.
6. FASES DO INCÊNDIO
METAIS
9. CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS
Fonte: CBMSC
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
Fonte: CBMSP
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
Fonte: CBMSP
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PASSIVA
✔ Compartimentação vertical e horizontal
Os principais propósitos da compartimentação são
(CBMSP):
a. conter o fogo em seu ambiente de origem;
b. manter as rotas de fuga seguras contra os efeitos do
incêndio;
c. facilitar as operações de resgate e combate ao
incêndio.
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
Fonte: CBMSP
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PASSIVA
✔ Compartimentação vertical e horizontal
Fonte: CBMSP
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PASSIVA
✔ Resistência ao fogo das estruturas
Uma vez que o incêndio atingiu a fase de
inflamação generalizada, os elementos
construtivos no entorno do fogo estarão sujeitos à
exposição de intensos fluxos de energia térmica.
A capacidade dos elementos estruturais de
suportar por determinado período tal ação, que se
denomina de resistência ao fogo, permite
preservar a estabilidade estrutural do edifício
(CBMSP).
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PASSIVA
✔ Resistência ao fogo das estruturas
Os objetivos principais de garantir a resistência ao
fogo dos elementos estruturais são (CBMSP):
a. possibilitar a saída dos ocupantes da edificação em
condições de segurança;
b. garantir condições razoáveis para o emprego de
socorro público, com tempo hábil para exercer as
atividades de salvamento (pessoas retidas) e combate
a incêndio (extinção);
c. evitar ou minimizar danos ao próprio prédio, a
edificações adjacentes, à infra-estrutura pública e ao
meio ambiente.
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PASSIVA
✔ Revestimento dos materiais
A possibilidade de um foco de incêndio extinguir-se
ou evoluir em um grande incêndio (atingir a fase de
inflamação generalizada) depende de 3 fatores
principais (CBMSP):
a. razão de desenvolvimento de calor pelo primeiro
objeto ignizado;
b. natureza, distribuição e quantidade de materiais
combustíveis no compartimento incendiado;
c. natureza das superfícies dos elementos
construtivos sob o ponto de vista de sustentar a
combustão a propagar as chamas.
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
✔ ROTAS DE FUGA
Saídas de emergência
Fonte: CBMSP
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
✔ ROTAS DE FUGA
Saídas de emergência
Fonte: CBMSP
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
✔ ROTAS DE FUGA
Saídas de emergência
Fonte: CBMSP
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
✔ SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
✔ ELEVADOR DE SEGURANÇA
Para o caso de edifícios altos, adicionalmente à
escada, é necessária a disposição de elevadores de
emergência, alimentada por circuito próprio e
concebida de forma a não sofrer interrupção de
funcionamento durante o incêndio.
Esses elevadores devem:
a. apresentar a possibilidade de serem operados
pela brigada do edifício ou pelos bombeiros;
b. estar localizados em área protegida dos efeitos
do incêndio (CBMSP).
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
✔ ACESSO A VIATURAS DO CORPO DE
BOMBEIROS
Os equipamentos de combate devem-se aproximar
ao máximo do edifício afetado pelo incêndio, de tal
forma que o combate ao fogo possa ser iniciado
sem demora e não seja necessária a utilização de
linhas de mangueiras
muito longas (CBMSP).
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
✔ MEIOS DE AVISO E ALERTA
O sistema de detecção e alarme pode ser dividido
basicamente em 5 partes (CBMSP):
1) detector de incêndio, constitui-se em parte do
sistema de detecção que, constantemente ou em
intervalos, destina-se à detecção de incêndio em
sua área de atuação;
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
✔ MEIOS DE AVISO E ALERTA
2) acionador manual, que se constitui em parte do
sistema destinada ao acionamento do sistema de
detecção;
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
✔ MEIOS DE AVISO E ALERTA
3) central de controle do sistema, pela qual o detector
é alimentado eletricamente com a função de:
a. receber, indicar e registrar o sinal de perigo enviado
pelo detector;
b. transmitir o sinal recebido por meio de
equipamento de envio de alarme de incêndio;
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
✔ MEIOS DE AVISO E ALERTA
4) avisadores sonoros e/ou visuais, não
incorporados ao painel de alarme, com função de,
por decisão humana, dar o alarme para os
ocupantes de determinados setores ou de todo o
edifício;
10.MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
✔ MEIOS DE AVISO E ALERTA