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Dmitri Mendeleev foi professor universitário na Rússia e fez uma importante descoberta na
história da Ciência enquanto estava escrevendo um livro de química.
Ele registrou as propriedades de cada um dos elementos químicos conhecidos (na época eram 63;
hoje são mais de 100) em fichas de papel, cada ficha para um elemento.
Manipulando as fichas, na tentativa de encadear as idéias antes de escrever uma certa parte da
obra, Mendeleev percebeu algo extraordinário.
Na época, havia evidências científicas de que os átomos de cada elemento têm massas diferentes.
Mendeleev organizou as fichas de acordo com a ordem crescente da massa dos átomos de cada
elemento. Ele notou que nessa seqüência apareciam, a intervalos regulares, elementos com
propriedades semelhantes. Havia uma periodicidade, uma repetição, nas propriedades dos
elementos.
sódio (Na), potássio (K) e rubídio (Rb) – reagem explosivamente com a água; combinam-
se com o cloro e o oxigênio formando, respectivamente, compostos de fórmulas ECl e E2O
(E representa o elemento);
magnésio (Mg), cálcio (Ca) e estrôncio (Sr) – reagem com água, mas não tão
violentamente; combinam-se com o cloro e o oxigênio formando, respectivamente,
compostos de fórmulas ECl2 e EO.
Com base em sua descoberta, Mendeleev pôde organizar os elementos em uma tabela,
na qual aqueles com propriedades semelhantes apareciam numa mesma coluna.
Elaborando melhor a sua descoberta, ele percebeu que pareciam estar faltando alguns elementos
para que ela fosse completa. Mendeleev resolveu, então, deixar alguns locais em branco nessa
tabela, julgando que algum dia alguém descobriria novos elementos químicos que pudessem ser
encaixados nesses locais, com base em suas propriedades. Ele chegou, até, a prever algumas das
propriedades que esses elementos teriam.
Mendeleev também percebeu que em alguns locais da tabela seria melhor fazer pequenas
inversões na ordem dos elementos. Em 1871, ele publicou uma versão melhorada de seu trabalho.
Antes de Mendeleev alguns cientistas já haviam percebido que alguns grupos de elementos tinham
propriedades semelhantes, mas o mérito do químico russo foi o de organizar os elementos com
base em suas propriedades, realizar pequenos ajustes necessários e deixar locais para elementos
que podiam existir, mas que ainda não haviam sido descobertos.
Os elementos cuja existência foi prevista por Mendeleev de fato existem na natureza e foram
descobertos alguns anos mais tarde. E as propriedades desses elementos são iguais ou bastante
próximas daquelas previstas por ele.
Nesse momento, basta dizer que cada elemento químico possui um número que lhe é
característico, o número atômico. Quando os elementos químicos são organizados em ordem
crescente de número atômico, ocorre uma periodicidade nas suas propriedades, ou seja, repetem-
se regularmente elementos com propriedades semelhantes.
Nela, as linhas horizontais são chamadas de períodos e as colunas (verticais) são denominadas
grupos, ou famílias.
Os períodos
Os elementos são distribuídos na tabela em ordem crescente da esquerda para a direita em linhas
horizontais, de acordo com o número atômico (Z) de cada elemento, que fica acima de seu
símbolo.
Observe a tabela acima. Na tabela há sete linhas horizontais, que são denominadas períodos.
Os períodos indicam o número de camadas ou níveis eletrônicos que o átomo possui. Por exemplo,
o potássio (K) está localizado no quarto período, e o césio (Cs), no sexto. Isso significa que na
distribuição eletrônica o potássio possui quatro camadas ou níveis eletrônicos e o césio possui
seis.
O paládio (Pd) é uma exceção: apesar de estar na quinta linha horizontal, só possui quatro
camadas ou níveis eletrônicos.
Os elementos de um mesmo período possuem o mesmo número de camadas eletrônicas, que por
sua vez é coincidente com o número do período. Por exemplo:
Nº de
Período Camadas
camadas
1 1 K
2 2 K L
3 3 K L M
4 4 K L M N
5 5 K L M N O
6 6 K L M N O P
7 7 K L M N O P Q
As famílias
Observe que na tabela periódica existem 18 linhas verticais ou colunas. Elas representam as
famílias ou os grupos de elementos químicos.
Cada família química agrupa seus elementos de acordo com a semelhança nas propriedades. Por
exemplo, a família 11 é composta pelos elementos químicos cobre (Cu), prata (Ag) e ouro (Au).
Eles fazem parte do grupo dos metais e apresentam características comuns: brilho metálico,
maleabilidade, ductibilidade, são bons condutores de calor e de eletricidade.
Assim com esses outros elementos, de uma mesma família possuem semelhanças em suas
propriedades.
O sódio (Na) está na família 1, isto é, possui um elétron na última camada de sua
eletrosfera.
O magnésio (MG) está na família 2, isto é, possui um elétron na última camada de sua
elétrosfera.
O alumínio (Al) encontra-se na família 3, pois esse elemento possui três elétrons na
última camada de sua elétrosfera.
Os elementos destacados em rosa e em azul formam substâncias simples que, ao contrário, não
conduzem bem o calor nem a corrente elétrica (exceto o carbono na forma da substância simples
o grafite), não são facilmente transformadas em lâminas ou em fios. Tais elementos são
denominados não-metais (alguns os chamam de ametais). Dos não-metais, onze foram
substâncias simples gasosas nas condições ambientes (hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, flúor,
cloro e gases nobres) uma forma substância líquida (bromo) e os demais formam substâncias
simples sólidas.
Todas as substâncias químicas são formadas por átomos de elementos químicos. Os cientistas
observaram que a imensa maioria das substâncias conhecidas é formada por átomos combinados,
unidos. Ás vezes são átomos de um mesmo elemento, às vezes de elementos diferentes.
Dos milhões de substâncias conhecidas, sabe-se de apenas seis nas quais existem átomos não
combinados. Essas substâncias são o hélio, o neônio, o xenônio, o argônio, o criptônio e o radônio,
gases presentes em pequena quantidade na atmosfera terrestre. Esses gases são formados por
átomos não combinados dos elementos do grupo 18 da tabela periódica (He, NE, Ar, Kr, Xe,
RN), chamado grupo dos gases nobres.
Além disso, até hoje não foi descoberta sequer uma substância natural na qual átomos de gases
nobres estejam combinados entre si ou com átomos de outros elementos.
Essas observações forneceram pistas aos cientistas, no final do século XIX e no início do século
XX, para começarem a esclarecer como os átomos se combinam. Já que a eletrosfera é a parte
mais externa dos átomos e o núcleo é muito pequeno, parece razoável ser a eletrosfera que atua
na combinação dos átomos. E já que os gases nobres não tendem a se combinar, tudo indica que
possuir uma eletrosfera semelhante à de gás nobre permite a um átomo estabilizar-se.
Ligações Químicas
Ligação iônica
Uma substância muito usada pelo ser humano é o cloreto de sódio (principal componente do sal
de cozinha), substância composta pelos elementos sódio e cloro.
Você notou que a eletrosfera do sódio está mais próxima, em número de elétrons, da eletrosfera
do neônio? E que a do cloro está mais próxima da do argônio?
Se o sódio perder um elétron, sua eletrosfera passará a ter o mesmo número de elétrons no
neônio. E se o cloro receber um elétron ficará com o mesmo número de elétrons do argônio.
O íon de sódio representado pó Na+, o que indica a sua carga positiva. O íon de cloro é
representado por Cl-, o que indica a sua carga negativa.
Ligação covalente
A ligação iônica permite explicar como se unem átomos de um elemento que perde elétrons para
se assemelhar a um gás nobre e de outro elemento, que recebe elétrons para se assemelhar a um
gás nobre.
Mas como explicar a união entre átomos de um ou mais elementos químicos que precisam receber
elétrons?
Vamos examinar os casos das substâncias H2, O2, N2, Cl2 e H2O. Procurando esses elementos na
tabela periódica temos:
Compare o número de elétrons desses átomos com o dos gases nobres mostrados na tabela da
pagina anterior.
Os químicos propuseram que, em substâncias como H2, O2, N2, Cl2 e H2O, os átomos se mantêm
unidos porque suas elétrosferas compartilham alguns elétrons – a quantidade suficiente para que
eles passem a ter eletrosfera semelhante à de gás nobre. Nas representações seguintes, as
bolinhas pretas representam os elétrons compartilhados pelos átomos ao formar essas
substâncias.
Nenhum dos átomos envolvidos transformou-se em íon, ou seja, nenhum deles perdeu ou recebeu
elétrons.
Quando átomos se unem por compartilhamento de elétrons, dizemos que entre eles se estabelece
uma ligação covalente. Os grupos de átomos unidos por ligação covalente são chamados
moléculas.
Ligação metálica
Tomamos contato diário com muitas substâncias formadas apenas por átomos de metais,
chamadas substâncias metálicas. Entre os exemplos mais conhecidos estão o ferro, o alumínio, o
chumbo, o cobre e a prata.
Vamos olhar para o modelo do átomo abaixo. Os elétrons, dotados de carga negativa, são atraídos
pelo núcleo, no qual, além dos nêutrons, estão os prótons, que apresentam carga positiva. A
atração que o núcleo, carregado positivamente, exerce sobre os elétrons é responsável pelo fato
de esses elétrons permanecerem no átomo, em vez de o abandonarem.
Uma idéia semelhante a essa pode ser usada para imaginar a ligação entre átomos de metais,
denominada ligação metálica.
Consideremos uma amostra da substância simples prata. Ela é formada por um aglomerado de
muitos átomos de elemento químico prata. Nesse aglomerado, cada átomo está rodeado por
outros átomos iguais a ele. O núcleo de cada átomo exerce atração sobre os elétrons de sua
eletrosfera e também sobre os elétrons dos átomos vizinhos, mantendo toda a estrutura unida.
Os elétrons, por sua vez, não estão totalmente presos a um átomo apenas, podendo “transitar”
por toda a estrutura. Alguns cientistas usam a expressão “mar de elétrons” para designar essa
situação.
As substâncias metálicas (ou, simplesmente, metais) são úteis ao ser humano devido às suas
propriedades, que, de modo bem genérico, são as listadas a seguir.
Brilho característico. Quando polidos, os metais refletem muito bem a luz. Essa
propriedade é fácil de ver em bandejas e espelho de prata.
Alta condutividade térmica e elétrica. São propriedades que se devem aos elétrons
livres. O movimento ordenado dos elétrons constitui a corrente elétrica e sua agitação
permite a rápida programação do calor através das substâncias metálicas.
Altos pontos de fusão e ebulição. Em geral são características dos metais (embora,
haja exceções, como mercúrio, PF = -39ºC; gálio, PF = 30ºC, e potássio, PF = 63ºC).
Devido a essa propriedade e também à boa condutividade térmica, alguns metais são
usados em panelas e em radiadores de automóveis.
Maleabilidade. Metais são muito maleáveis, ou seja, fáceis de serem transformados em
lâminas. O metal mais maleável é o ouro, que permite a obtenção das lâminas mais finas.
Ductibilidade. Metais também são muito dúcteis, isto é, fáceis de serem transformados
em fios. O ouro é também o mais dúctil dos metais, permitindo que dele se obtenham fios
finíssimos.
A Química é a ciência que estuda a constituição da matéria, sua estrutura interna, as relações
entre os diversos tipos de materiais encontrados na natureza, além de determinar suas
propriedades, sejam elas físicas – como, por exemplo, cor, ponto de fusão, densidade, etc. – ou
químicas, que são as transformações de uma substância em outra.
Chamamos matéria a tudo que tem massa, ocupa lugar no espaço e pode, portanto, de alguma
forma, ser medido. Por exemplo: madeira, alumínio, ferro, ar, etc.
Corpo é uma porção limitada da matéria e objeto é um corpo fabricado para um determinado
fim.
O bloco de parafina é um corpo A vela é um objeto
Resumindo, podemos dizer que o ferro é matéria, uma barra de ferro é um corpo e um portão de
ferro é um objeto.
Propriedades da Matéria
Massa
A massa é uma propriedade dos corpos relacionada à quantidade de matéria que o corpo possui.
Ela é uma grandeza que pode ser medida. A medida padrão utilizada para medir a massa é
o quilograma (kg), segundo o sistema internacional de Unidades (SI). O grama (g) é uma
unidade de massa derivada do quilograma, e é empregado na medida de pequenas quantidades
de massa.
Volume
O volume é uma grandeza que indica o espaço ocupado por uma determinada quantidade de
matéria.
No sistema internacional (SI), a unidade que mede o volume é o metro cúbico (m3).
Também é comum a utilização do litro ou do mililitro (mL) na medida de volume. O leite, o
refrigerante e muitos outros líquidos podem ser medidos usando-se o litro como unidade de
medida.
O decímetro cúbico (dm3) é o volume de um cubo cuja aresta meça 1 dm (um decímetro), ou seja,
10 cm. Essa unidade é equivalente ao litro (L)
1 dm3 = 1L
O centímetro cúbico (cm3) é o volume de um cubo cuja aresta meça 1 cm. Agora acompanhe o
raciocínio: Um decímetro cúbico corresponde a mil centímetros cúbicos (1 dm3) = (1000 cm3). O
mililitro (mL) é a milésima parte do litro e, assim, um litro corresponde a mil mililitros (1L = 1000
mL).
Extensão: Propriedade que a matéria tem de ocupar um lugar no espaço. O volume mede a
extensão de um corpo.
Para medir o volume do peixe pode-se colocar água num copo graduado e, em seguida, mergulhar
o peixe lá dentro, como se vê na figura. A diferença de volume visto pela graduação do copo é o
volume ocupado pelo peixe. Pode-se fazer isso com qualquer objeto que deseja-se conhecer o
volume.
Inércia
Impenetrabilidade
O ar é uma matéria que ocupa espaço e que não deixa a água entrar molhando o papel.
Compressibilidade
Propriedade da matéria que consiste em ter volume reduzido quando submetida a determinada
pressão.
Ao puxar o êmbolo, o interior da seringa é preenchido pelo ar. Quando o êmbolo é empurrado, o ar
em seu interior é comprimido, pois sua saida da seringa foi obstruida pelo dedo.
Elasticidade
Divisibilidade
Existem propriedades que são características de algumas matérias. Por exemplo, o ouro apresenta
propriedades que o ferro não possui. Ele e o ferro apresentam propriedades que a água não tem.
Já a água apresenta propriedades não encontradas no oxigênio, e assim por diante. Isso ocorre
porque as substâncias ouro, ferro, água, oxigênio etc. são diferentes entre si.
Cor
Dureza
É definida pela resistência que a superfície oferece quando riscada por outro material. A
substância mais dura que se conhece é o diamante, usado para cortar e riscar materiais como o
vidro.
O quadro é mais duro que o giz, pois ele risca o giz que é desgastado.
Brilho
É a propriedade que faz com que os corpos reflitam a luz de modo diferente.
Maleabilidade
Propriedade que permite à matéria ser moldada. Existem materiais maleáveis e não-maleáveis.
Ductilidade
Propriedade que permite transformar materiais em fios. Um exemplo é o cobre, usado em forma
de fios em instalações elétricas e o ferro na fabricação de arames.
Magnetismo
Algumas substâncias têm a propriedade de serem atraídas por ímãs, são as substâncias
magnéticas.
Densidade
É também chamada de massa específica de uma substância, é a razão (d) entre a massa
dessa substância e o volume por ela ocupado.
Com uma balança podemos determinar a massa de pedaços de cortiça de volume conhecido.
Assim, por exemplo, determina-se experimentalmente que (para a variedade de cortiça utilizada):
O conceito da densidade
O resultado obtido (0,32g/cm3) é a densidade da cortiça, grandeza que nos informa o quanto de
massa existe em um certo volume. Um volume de 1cm3 de cortiça tem massa 0,32 g, um volume
de 2 cm3 tem massa de 0,64g e assim por diante.
Em equação:
A unidade da densidade é composta por uma unidade de massa dividida por uma
unidade de volume. Assim, podemos expressá-la, por exemplo, em g/cm3, g/L, kg/L etc.
Comparando densidades
O que tem a densidade a ver com a a flutuação?
Para tentar responder a essa pergunta, vamos calcular a densidade da água. Antes disso,
precisamos determinar experimentalmente o volume e a massa de uma ou mais amostras desse
líquido.
Densidade e flutuação
O resultado a que chegamos (dcortiça < dágua < dchumbo) sugere que a cortiça flutua na água, pois
é menos densa que esta; e que o chumbo afunda. pois é mais denso que esse líquido. De fato,
muitas evidências experimentais permitiram aos cientistas concluírem que essa afirmação é
verdadeira.
O pedaço de isopor, menos denso que o azeite, irá flutuar nele. E a bolinha de gude, mais densa
que ele, irá afundar.
No caso dos gases, cujo volume é muito sensível à variação de pressão, a densidade, além de
depender da temperatura, depende também da pressão. Portanto, se houver mudanças de estado
físico de uma subtância, ocorrerão também mudanças na densidade desta substância. O fato de a
água líquida, por exemplo, possuir uma densidade de 1 g/cm3, e a água sólida (gelo), de 0,92
g/cm3, permite-nos entender por que o gelo flutua na água.
Estados Físicos da Matéria
Estado Sólido
As substâncias apresentam formas definidas e seu volume não varia de forma considerável
com variações de temperatura e pressão.
As partículas que constituem o sólido encontram-se ligadas uma às outras por uma força de tração
muito grande de modo que não podem movimentar-se livremente, vibrando apenas em posições
fixas.
Estado Líquido
As partículas que constituem o estado líquido não estão unidas fortemente, visto que deslizam
uma sobre as outras, adaptando-se à forma do recipiente que as contém, mas estas forças
de atração entre as partículas são suficientemente fortes para que não ocorra variação no volume
e as partículas dificilmente podem ser comprimidas.
Estado Gasoso
As substâncias apresentam densidade menor que a dos sólidos e líquidos, ocupam todo o
volume do recipiente que as contém, podem expandir-se indefinidamente e são comprimidas
com grande facilidade. Este comportamento pode ser explicado pelas forças de atração entre as
partículas muito fracas as quais possuem, portanto, alta mobilidade.
Mudanças de Estado
Ponto de Ebulição: é a temperatura constante na qual um líquido passa para o estado gasoso.
Substâncias químicas
Como você vê, o conceito de substância química – ou simplesmente substância, como iremos
chamar de agora em diante – está intimamente relacionada ao estudo da química.
Os químicos consideram que uma substância é uma porção de matéria que tem
propriedades bem definidas e que lhe são características. Da mesma maneira como você
consegue reconhecer um amigo por um conjunto de suas características (a cor da pele, o timbre
de voz, a forma do nariz, o modo de andar, o jeito de falar, a cor e a textura dos cabelos, o porte
físico etc.), os químicos identificam as substâncias pelo conjunto de suas propriedades.
Se elas coincidirem totalmente com as de alguma substância já conhecida, então não se tratará de
uma nova substância. Se, por outro lado, não houver substância conhecida com essas
propriedades, então realmente terá sido descoberta uma nova substância.
Resumindo:
Substâncias Simples são aquelas formadas por um único tipo de elemento químico.
Exemplos: H2, O2, O3, Cl2, P4 .
Substâncias compostas são aquelas formadas por mais de um tipo de elemento químico.
Solução e solubilidade
Há várias maneiras de indicar a quantidade de soluto presente numa solução. Uma das mais
utilizadas é a concentração comum, calculada utilizando-se a equação:
em que: C é a concentração;
A concentração de sal na água do mar é, em média, de 30 g/L, isto é, em cada litro de água do
mar há 30 gramas de sal. Nas regiões salineiras a concentração é superior a essa média.
Separação dos componentes de uma mistura
Existem muitos processos para separação de misturas, mas o método a ser empregado depende
das condições materiais para utilizá-lo e do tipo de mistura a ser separado.
Você já pensou em como separar algumas misturas que são encontradas no seu cotidiano?
Ventilação: A ventilação é usada para separa sólidos menos densos, passando-se pela mistura
uma corrente de ar que arrasta o mais leve.
Levigação: passa-se pela mistura uma corrente de água e esta arrasta o mais leve.
Quando a mistura a ser separada é constituída de dois líquidos imiscíveis, pode se utilizar um funil
de vidro, conhecido como Funil de Decantação ou Funil de Bromo. A decantação é usada nas
estações de tratamento de água, para precipitar os componentes sólidos que estão misturados
com a água.
Centrifugação: é usado para acelerar a decantação da fase mais densa de uma mistura
heterogênea constituída de um componente sólido e outro líquido. Esse método consiste em
submeter a mistura a um movimento de rotação intenso de tal forma que o componente mais
denso se deposite no fundo do recipiente.
A manteiga é separada do leite por centrifugação. Como o leite é mais denso que a manteiga,
formará a fase inferior.
Nos laboratórios de análise clínica o sangue, que é uma mistura heterogênea, é submetido a
centrifugação para separação dos seus componentes.
O sal de cozinha é extraído da água do mar por evaporação. A água do mar é represada em grandes
tanques, de pequena profundidade, construídos na areia, chamados de salinas. Sob a ação do sol e dos
ventos a água do mar represada nas salinas sofre evaporação e o sal de cozinha e outros componentes
sólidos vão se depositando no fundo dos tanques.
Destilação simples: é usada para separar misturas homogêneas quando um dos componentes é sólido e o
outro líquido. A destilação simples é utilizada quando há interesse nas duas fases. Este processo consiste
em aquecer a mistura em uma aparelhagem apropriada, como a esquematizada abaixo, até que o líquido
entre em ebulição. Como o vapor do líquido é menos denso, sairá pela parte superior do balão de
destilação chegando ao condensador, que é refrigerado com água, entra em contato com as paredes frias,
se condensa, voltando novamente ao estado líquido. Em seguida, é recolhido em um recipiente adequado,
e o sólido permanece no balão de destilação.
Destilação Fracionada: é usada na separação de misturas homogêneas quando os componentes
da mistura são líquidos. A destilação fracionada é baseada nos diferentes pontos de ebulição dos
componentes da mistura. A técnica e a aparelhagem utilizada na destilação fracionada é a mesma
utilizada na destilação simples, apenas deve ser colocado um termômetro no balão de destilação,
para que se possa saber o término da destilação do líquido de menor ponto de ebulição. O término
da destilação do líquido de menor ponto de ebulição, ocorrerá quando a temperatura voltar a se
elevar rapidamente.
Misturas Homogêneas
MÉTODO PROCESSO
Ligas metálicas
Para produção de objetos, ornamentos, utensílios domésticos muitas vezes é necessário separar
os componentes de um mistura para obtenção das substâncias puras, mas outras vezes é
necessário fazermos misturas de substâncias para obtermos alguns materiais. Quando nessas
misturas um dos componentes é um metal forma-se um liga metálica.
As ligas metálicas apresentam características diferentes dos metais puros e por isso podem ser
utilizadas com maior vantagem em relação ao metal puro. As ligas de cobre e cromo são usadas
em resistências elétricas como a de chuveiro porque ocorre a diminuição da condutividade elétrica,
em outras ligas ocorre o aumento da resistência mecânica, a resistência a corrosão, a
ductibilidade etc.
Funções químicas
O limão é um fruta que possui sabor muito azedo. Ele, assim como outras frutas cítricas, é ácido,
pois contém ácido ascórbico e ácido cítrico.
Muitos ácidos são usados em indústrias. Já houve época em que a produção e a utilização de
determinados ácidos eram consideradas indicativas de desenvolvimento industrial de um país.
Na natureza existe uma grande quantidade de substâncias com diferentes sabores, cores,
consistências e propriedades.
Cada átomo ou grupo de átomos responsável por manter propriedades semelhantes nos
compostos vai caracterizá-los como uma determinada função química.
O estudo das funções químicas, de suas características e de suas propriedades torna possível a
utilização de muitos materiais em nosso dia-a-dia e a fabricação de outros. Vamos ver em mais
detalhes as seguintes funções químicas:
ácidos;
bases;
sais;
óxidos.
Função ácido
Uma das características da função ácido é a presença, nas substâncias classificadas nessa função,
do elemento químico hidrogênio ligado a ametais. Um exemplo de ácido é o ácido clorídrico
(HCl), que está presente em nosso estômago, auxiliando na digestão.
Existem ácidos que possuem mais de dois elementos químicos em sua composição e destacam-se
pela presença do elemento oxigênio. São exemplos o ácido nítrico (HNO3) e o ácido sulfúrico
(H2SO4).
Os elementos químicos que participam da composição dos ácidos tendem a ganhar elétrons, por
isso eles são compostos formados por ligações covalentes, ou seja, não são substâncias iônicas,
mas, sim, moleculares.
No entanto, nem todas as substâncias que possuem hidrogênio em sua composição podem ser
classificadas como ácidas. Somente as substâncias que sofrem ionização liberando o cátion H+ são
consideradas ácidos. A ionização consiste na formação de íons por quebra de uma ligação
covalente.
A ionização é uma característica comum a todos os ácidos. Quando estes são dissolvidos em água,
quebra-se a ligação do elemento ligado ao hidrogênio, liberando-o na forma de cátion H+.
Equação química é a representação, de uma reação química por meio dos símbolos das espécies
participantes (átomos, moléculas, íons etc.).
Ao ser dissolvido na água, o ácido clorídrico se ioniza, produzindo íons livres H+ e Cl-. Quando
ocorre a quebra de ligação H – Cl, o elétron do hidrogênio fica com o cloro. Por esse motivo, o
hidrogênio assume a carga +1, e o cloro assume a carga -1.
Na ionização de ácidos com mais de um átomo de hidrogênio, para cada ligação quebrada, o ânion
originado assume uma carga negativa a mais. Observe o exemplo:
Ao ser dissolvido em água, o ácido sulfúrico ioniza-se, produzindo íons livres H+ e (SO4)2-. O
ânion originado assume a carga -2, pois são liberados dois íons H+ na ionização do ácido.
Os ácidos são compostos moleculares que se ionizam em presença de água, liberando cátion
H+ na solução.
Hidrácidos
Em nosso cotidiano, estamos em contato com várias substâncias ácidas: o ácido cítrico,
componente de várias frutas de sabor azedo, como o limão; o ácido acético, presente no vinagre,
o ácido carbônico, presente nos refrigerantes e nas águas minerais gasosas, o ácido fosfórico,
presente em refrigerantes à base de cola e em alguns medicamentos que possuem ácido
acetilsalicílico (AAS) em sua formulação.
A função base é caracterizada por substâncias que apresentam o grupo hidroxila (OH)-
1
ligado a metais. Devido a presença desse grupo, essas substâncias são também chamadas de
hidróxidos. Um exemplo dessa função é a cal hidratada, utilizada em pinturas de paredes, cuja
fórmula é Ca(OH)2.
As bases são formadas pela ligação iônica do ânion hidroxila (OH) - com um metal; são, portanto,
compostos iônicos.
Existe, no entanto, um exceção, que é o hidróxido de amônio (NH4OH), uma base que não possui
um metal em sua fórmula, apesar de ser um composto iônico.
Nas bases, o ânion hidroxila apresenta um átomo de hidrogênio ligado a um átomo de oxigênio
por compartilhamento de elétrons (ligação covalente); esse ânion hidroxila tem carga -1, portanto
forma uma ligação iônica com um cátion.
Por isso, quando isolado esse ânion apresenta carga -1. Observe:
A dissociação pode ocorrer também entre bases com mais de uma hidroxila.
Nesse exemplo, além do cátion Ca2+, são liberadas duas hidroxilas na dissociação do hidróxido de
cálcio.
As bases são compostos iônicos que se dissociam em presença de água, liberando ânion (OH)-
em solução.
Os indicadores ácido-base e o pH
Função sal
A função sal é caracterizada por compostos iônicos que apresentam, ao menos, um
cátion diferente de H+ e, no mínimo, um ânion diferente de (OH)-. Exemplos: o sal de
cozinha (NaCl), o mármore (CaCO3), o gesso (CaSO4), entre outras substâncias.
Uma característica importante dos sais é que eles podem ser obtidos da reunião entre ácidos e
bases.
Os sais compostos encontrados na natureza no estado sólido geralmente sob a forma de minerais,
ou dissolvidos, como no caso do cloreto de sódio ou sal de cozinha (NaCl) presente na água do
mar.
Muitos sais apresentam sabor salgado, alguns apresentam alta solubilidade em água, e outros
apresentam valores de solubilidade tão pequenos que não considerados insolúveis, como é o caso
do carbonato de cálcio (CaCO3), um constituinte do mármore.
Quando um sal se dissolve em água, ele sofre uma dissociação semelhante à que ocorre com as
bases, visto que também é um composto iônico e, nessas dissociação, são liberados íons.
O NaCl, ao ser dissolvido em água, sofre dissociação, originando os íons livres Na+ e Cl-.
Normalmente, sais que contêm um metal em sua composição, apresentam-no ligado ao restante
da estrutura por ligação iônica. Nessa ligação ocorre a quebra e a conseqüente separação dos
íons.
O Na2SO4, ao ser dissolvido em água, dá origem a dois íons Na+ e a um íon (SO4)2-.
Sais são compostos iônicos que possuem pelo menos um cátion diferente de H+ e, no mínimo, um
ânion diferente de (OH)-.
Os sais são importantes no funcionamento do nosso organismo. Atuam, por exemplo, regulando a
quantidade de água nas células e como constituintes de ossos e dentes.
Função óxido
Os óxidos são compostos formados por apenas dois elementos químicos (compostos
binários), em que obrigatoriamente um deles precisa ser o oxigênio.
Os dois exemplos mais característicos de óxidos são a água (H2O), presente em quase tudo em
nosso planeta, e o gás carbônico (CO2), utilizado, por exemplo, pelos seres produtores das cadeias
alimentares, no processo da fotossíntese.
Compostos binários formados por oxigênio e flúor não são considerados óxidos, pois suas
propriedades se diferenciam dos óxidos em geral.
Os óxidos podem ser formados pela combinação do oxigênio com quase todos os elementos da
tabela periódica, metais e ametais. São encontrados sob a forma de inúmeros minerais,
destacando-se o minério de ferro (Fe2O3), chamado hematita, e o minério de alumínio (Al2O3),
chamado bauxita. Esses minérios são utilizados na obtenção de ferro e de alumínio metálicos.
Óxidos são compostos binários formados por oxigênio e por outro elemento químico diferente do
flúor.
Dióxido de silício: é o óxido mais abundante da crosta terrestre, ele é um dos componentes
dos cristais, das rochas e da areia.
Óxido Nitroso (N2O): Conhecido como gás hilariante, esse óxido inalado em pequena
quantidade provoca euforia, mas pode causar sérios problemas de saúde; é utilizado como
anestésico.
Monóxido de Carbono (CO): Usado para obter certos produtos químicos e na metalurgia do
aço. É normalmente o principal poluente da atmosfera das zonas urbanas; inalado combina
com a hemoglobina das hemácias do sangue, neutralizando-as para o transporte de gás
oxigênio no organismo.
Reação química
Ao aquecer determinados minerais, povos antigos descobriram que era possível obter o metal de
cobre a partir do minério de cobre e, séculos depois, ferro a partir do minério de ferro.
Sistema
Você deve estar se perguntando: como os químicos têm certeza de que novas substâncias foram
formadas?
Uma substância química é caracterizada pelas suas propriedades, tais como densidade, ponto de
fusão, ponto de ebulição, cor, odor etc. Então, para saber se houve uma reação química,
precisamos comparar as propriedades das substâncias presentes no sistema, nos
estados inicial e final.
Imagine que o sistema escolhido para estudo seja um cano de ferro e que ele seja observado
antes e depois de ser serrado ao meio. A substância inicialmente presente, o ferro, possui
exatamente as mesmas propriedades da substância presente no final, que também é o ferro.
Serrar um cano de ferro não é, portanto, uma transformação química, já que nenhuma nova
substância foi formada.
Quando um objeto cai, uma folha de papel é rasgada, uma porção de areia é misturada à água,
um giz é esmagado até virar pó e um prego é fincado na madeira, estamos diante de exemplos de
transformações que não são reações químicas.
Exemplo de reação química: combustão do etanol
Para haver a combustão do etanol, é necessária a presença de gás oxigênio (por exemplo, do ar).
Ambas as substâncias transformam-se, durante a combustão, em duas novas substâncias: água e
gás carbônico (também chamado dióxido de carbono: é o gás que forma as bolhas nos
refrigerantes).
Em equação:
Nessa representação da combustão do etanol, os sinais de mais (+) podem ser lidos como “e”. A
seta ( ) pode ser lida como “reagem para formar”.
Em palavras: O etanol e o gás oxigênio reagem para formar gás carbônico e água.
Os químicos identificam essas substâncias por meio de duas propriedades. São elas que
confirmam que, de fato, as substâncias existem no estado final são diferentes das prtesentes no
estado inicial.
0,79 g/cm3 0,0013 g/cm3 0,0018 g/cm3 1,0 g/cm3 Densidade a 20ºC
incolor incolor incolor incolor Cor
Existem muitos exemplos de reações químicas no cotidiano. Entre eles estão a formação da
ferrugem num pedaço de palha de aço, o apodrecimento dos alimentos, a produção de húmus no
solo, a queima de gás num fogão e de gasolina, álcool ou óleo diesel no motor de um veículo.
A ocorrência de uma reação química nem sempre é fácil de perceber. Algumas só podem ser
percebidas em laboratórios suficientemente equipados para separar componentes das misturas
obtidas e determinar as suas propriedades. Há, contudo, algumas evidências que, estão, de modo
geral, associadas à ocorrência de reações químicas e que são, portanto, pistas que podem indicar
sua ocorrência. Entre essas evidências estão:
Reagente e produtos
As substâncias inicialmente presentes num sistema e que se transformam em outras devido à
ocorrência de uma reação química são denominadas reagentes. E as novas substâncias
produzidas são chamadas de produtos.
Em equação:
Em palavras: Os reagentes etanol e gás oxigênio reagem para formar os produtos gás carbônico e
água.
Em equação:
Em palavras: Os reagentes enxofre e ferro reagem para formar o produto sulfeto ferroso.
Esta lei foi elaborada, em 1774, pelo químico francês Antoine Laurent Lavoisier. Os estudos
experimentais realizados por Lavoisier levaram-no a concluir que numa reação química, que se
processa num sistema fechado, a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos
produtos:
m (reagentes) = m (produtos)
Assim, por exemplo, quando 2 gramas de hidrogênio reagem com 16 gramas de oxigênio verifica-
se a formação de 18 gramas de água; quando 12 gramas de carbono reagem com 32 gramas de
oxigênio ocorre a formação de 44 gramas de gás carbônico.
Essa lei, inclusive, incorporou-se aos "saberes populares", sendo frequentemente enunciada como:
Esta lei foi elaborada, em 1797, pelo químico Joseph Louis Proust. Ele verificou que as massas dos
reagentes e as massas dos produtos que participam de uma reação química obedecem sempre a
uma proporção constante. Esta proporção é característica de cada reação e independente da
quantidade das substâncias que são colocadas para reagir. Assim, para a reação entre hidrogênio
e oxigênio formando água, os seguintes valores experimentais podem ser obtidos:
I 10 80 90
II 2 16 18
III 1 8 9
Observe que:
para cada reação, a massa do produto é igual à massa dos reagentes, o que concorda
com a lei de Lavoisier;
as massas dos reagentes e do produto que participam das reações são diferentes, mas as
relações massa de oxigênio/massa de hidrogênio, massa de água/massa de hidrogênio e
massa de água/massa de oxigênio são sempre constantes.
m oxigênio/m m água/m
Experimento m água/oxigênio
hidrogênio hidrogênio
No caso das reações de síntese, isto é, aquelas que originam uma substância, a partir de seus
elementos constituintes, o enunciado da lei de Proust pode ser o seguinte:
Resumindo:
Equações químicas
Acerto dos coeficientes: a expressão acima indica que uma molécula de hidrogênio (formada por
dois átomos) reage com uma molécula de oxigênio (formada por dois átomos) para formar uma
molécula de água (formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio). Vemos, portanto,
que a expressão contraria a lei da conservação dos átomos (lei da conservação das massas), pois
antes da reação existiam dois átomos de oxigênio e, terminada a reação, existe apenas um. No
entanto, se ocorresse o desaparecimento de algum tipo de átomo a massa dos reagentes deveria
ser diferente da massa dos produtos, o que não é verificado experimentalmente.
Como dois átomos de oxigênio (na forma de molécula 02) interagem, é lógico supor que duas
moléculas de água sejam formadas. Mas como duas moléculas de água são formadas por quatro
átomos de hidrogênio, serão necessárias duas moléculas de hidrogênio para fornecer essa
quantidade de átomos. Assim sendo, o menor número de moléculas de cada substância que deve
participar da reação é: hidrogênio, duas moléculas; oxigênio, uma molécula; água, duas
moléculas.
Que é lida da seguinte maneira: duas moléculas de hidrogênio reagem com uma molécula
de oxigênio para formar duas moléculas de água.
As reações químicas podem ser classificadas de várias maneiras. A mais comum é aquela que
utiliza como parâmetro os tipos de substâncias reagentes e resultantes.
Síntese ou adição
Nesta reação, dois ou mais reagentes (A e B) se combinam, formando apenas um produto (AB).
Alguns exemplos:
Análise ou decomposição
É a reação em que apenas um reagente (AB) produz dois ou mais produtos (A e B).
Alguns exemplos:
É a reação em que uma substância simples se combina com uma substância composta, formando
outra substância simples e outra composta.
ou
Alguns exemplos:
Alguns exemplos:
Para que duas ou mais substâncias reajam quimicamente, são necessárias as seguintes condições:
suas moléculas devem estar dispostas de modo a conseguir o maior contato possível.
Geralmente substâncias no estado gasoso reagem mais fácil e rapidamente do que
substâncias no estado sólido;
os reagentes devem ter afinidade química, isto é, uma certa “tendência a reagir”
reciprocamente.
Se reações químicas são apenas um rearranjo de átomos, então, de onde vem a energia
envolvida, por exemplo, numa queima?
Quando uma folha de papel queima, podemos observar que sua matéria se transforma, pois
ocorre uma reação química. Percebemos, também, que nessa reação há liberação de luz e calor,
que são formas de energia.
A energia química
As substância possuem certa quantidade de energia armazenada, denominada energia química.
Essa energia é proveniente de suas ligações químicas e das forças de atração e de repulsão entre
os átomos que a compõem.
Como cada substância possui armazenada uma quantidade de energia química específica, há uma
diferença entre os conteúdos energéticos de seus reagentes e de seus produtos.
Em função da energia química de reagentes e produtos, a reação pode ocorrer segundo duas
formas distintas:
Neste caso os reagentes terão que ganhar energia para se transformar em produtos.
Os reagentes ganham energia para se transformar em produtos com maior energia ou podem
perder energia para se transformar em produtos com menor energia.
Reações químicas que absorvem energia são chamadas endotérmicas e as que liberam energia
são chamadas exotérmicas.
Quando os produtos possuem mais energia que os reagentes, sabemos que essas reações
absorveram energia, isto é, elas normalmente ganham calor para ocorrerem. Um exemplo é a
queima do açúcar para fazer a calda do pudim. Ao receber calor o açúcar se transforma em calda,
e sua aparência e seu sabor mudam. Para que essa reação ocorra é necessário ceder energia ao
sistema.
Já nas reações exotérmicas, a energia dos reagentes é maior que a dos produtos.
Normalmente, os reagentes perdem calor para que a reação ocorra, o que acontece, por exemplo,
na queima do papel. É fácil verificar que o sistema está liberando energia na forma de calor e luz.
É importante ressaltar que nem sempre a energia liberada e absorvida ocorre na forma de calor,
um exemplo é a fotossíntese, em que a absorção de energia ocorre pela presença de luz (energia
luminosa).
Como você já deve ter observado, algumas reações ocorrem mais rapidamente e outras mais
lentamente. Portanto, as reações podem ser rápidas ou lentas e sua velocidade pode ser medida
pela formação de produtos ou consumo de reagentes por unidade de tempo.
A velocidade dessa reação pode ser calculada dividindo-se a massa da substância pelo
tempo:
Essa velocidade pode ser calculada, ainda, em função dos reagentes; por exemplo, se
foram consumidos 20 g de H2 nos mesmos 10 minutos, temos:
As unidades utilizadas nos exemplos podem ser outras. Gramas e minuto podem ser substituídos
por litro e segundo. O importante é que sejam definidas e representadas de forma compreensível.
A velocidade de uma reação química depende de vários fatores: da superfície de contato entre
os reagentes, da temperatura, da concentração das substâncias reagentes e da presença
do catalisador.
É importante conhecer os fatores que influenciam na velocidade das reações químicas, para que
possam ser controladas. Um exemplo bastante elucidativo é a forma como são conservados os
alimentos, pois sua deterioração ocorre através de reações químicas.
Superfície de contato
Concentração de reagentes
Quanto maior a concentração dos reagentes, mais rápida será a reação química. Essa propriedade
está relacionada com o número de colisões entre as partículas. Exemplo: uma amostra de palha
de aço reage mais rápido com ácido clorídrico concentrado do que com ácido clorídrico diluído.
Temperatura
Adição de catalisador
Devido a essas características, os catalisadores são muito utilizados em indústrias químicas, pois
quanto maior a velocidade de reação, mais eficiente é o processo e menor o tempo gasto para a
obtenção de determinada substância.
Se deixarmos o peróxido de hidrogênio (H2O2) em um recipiente aberto, aos poucos vai ocorrer
uma reação de decomposição em água e oxigênio:
Porém, se introduzirmos no recipiente uma placa de platina, a reação ocorre muito mais
rapidamente.