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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS VEGETAL


ENGENHARIA FLORESTAL
ESTRUTURA DA MADEIRA

P R O F E S S O R : D J A I L S O N S I LVA D A C O S TA J U N I O R
ALUNO: JEFFERSON FRANCISCO LIMA MOREIRA
PROCESSO DE COLHEITA DA
MADEIRA
Introdução
• A exploração e, ou colheita florestal constitui a atividade responsável pelo
abastecimento da matéria-prima (madeira e, ou subprodutos) requeridos
pelas indústrias de transformação e, ou consumidores finais. Corresponde
portanto a uma fase intermediária (o elo) entre os recursos florestais e os
usuários e, ou consumidores da madeira.
• Para que se possa executar a exploração florestal de forma técnica e o mais
racional possível torna-se necessário a elaboração de um planejamento
adequado da atividade, o estabelecimento de um local de trabalho organizado
e seguro, dispor de máquinas e equipamentos apropriados, de mão-de-obra
especializada e treinada etc.
HISTÓRICO DA EXPLORAÇÃO FLORESTAL NO BRASIL
• O processo de exploração florestal no Brasil vem desde a época do
descobrimento com o corte do Pau-brasil (século XVI), já que essa
espécie florestal foi largamente utilizada na indústria de tinturarias de
Portugal.
• Cabe salientar que, até a década de 40, a quase totalidade da exploração
madeireira no Brasil era feita de forma rudimentar, por intermédio do
uso de ferramentas manuais e auxílio da tração animal, ou seja,
praticamente não se utilizava máquinas nessa atividade. Basicamente, as
operações de exploração florestal caracterizavam-se por:
HISTÓRICO DA EXPLORAÇÃO FLORESTAL NO BRASIL
• A mecanização das operações de exploração florestal no Brasil iniciou-se a
partir do final da década de 60, com a introdução de máquinas e equipamentos
importados e adaptados, basicamente projetados para trabalhos agrícola e, ou
industrial, desenvolvidos principalmente nos países Europeus com forte
tradição florestal, entre os quais a Suécia, a Finlândia, a Alemanha, a França
etc., assim como nos EUA e Canadá.
• Deve-se ressaltar no entanto que, grande parte das adaptações realizadas não
obtiveram o resultado esperado, devido às diferenças existentes entre as nossas
condições (clima, solo, topografia, espécie florestal, qualificação da mão-de-
obra, nível de tecnologia etc.) e às condições dos referidos países, cuja
exploração florestal já mais consolidada caracterizava-se por:
EVOLUÇÃO DA COLHEITA FLORESTAL NO BRASIL
• Basicamente, como mencionado, o passo fundamental para a mecanização das
operações de colheita florestal no Brasil foi a fabricação da primeira
motosserra nacional em 1970, da marca Stihl.
• Outros aspectos que também contribuíram bastante para o avanço da
mecanização na referida atividade foram:
• - a criação em 1960 da primeira escola de Eng. Florestal do País (Viçosa, MG),
que culminou com a formação de profissionais especializados para atuar no
setor; e
• - a implantação da Política Nacional dos Incentivos Fiscais para o
reflorestamento, por intermédio da Lei 5.106/66; e dos Planos Nacionais de
Papel e Celulose e de Carvão Vegetal, através do Decreto-Lei 1.376/74.
EVOLUÇÃO DA COLHEITA FLORESTAL NO BRASIL
• Cabe salientar que, estes dois importantes fatos deram novo direcionamento à
política de desenvolvimento florestal do Brasil, incrementando
significativamente a área plantada (reflorestada), que saltou de 600.000
hectares em 1966, para aproximadamente 6,2 milhões de hectares em finais da
década 90, particularmente com espécies dos gêneros Eucalyptus e Pinus.
• Esta escassez deve-se também ao crescente aumento na demanda por
essa matéria-prima, principalmente em razão da duplicação da
capacidade produtiva da maioria das fábricas de celulose que, na
atualidade, constituem as maiores consumidoras da madeira de
eucalipto e pinus no Brasil.
EVOLUÇÃO DA COLHEITA FLORESTAL NO BRASIL
• Cabe salientar que, estes dois importantes fatos deram novo direcionamento à
política de desenvolvimento florestal do Brasil, incrementando
significativamente a área plantada (reflorestada), que saltou de 600.000
hectares em 1966, para aproximadamente 6,2 milhões de hectares em finais da
década 90, particularmente com espécies dos gêneros Eucalyptus e Pinus.
• Esta escassez deve-se também ao crescente aumento na demanda por
essa matéria-prima, principalmente em razão da duplicação da
capacidade produtiva da maioria das fábricas de celulose que, na
atualidade, constituem as maiores consumidoras da madeira de
eucalipto e pinus no Brasil.
SISTEMAS DE COLHEITA DE MADEIRA

• TORAS LONGAS

• TORAS CURTAS
SISTEMA DE TORAS LONGAS
• Envolve o corte e desgalhamento das árvores no local de abate,
transporte das mesmas e posterior processamento à margem da
estrada ou no pátio.
• As vantagens, a área fica limpa de resíduos diminuindo o risco
de incêndios, utilização da biomassa como fonte energética,
concentração de várias operações em um único ponto permitindo
maior controle das operações e consequentemente maior
rendimento operacional se comparado ao sistema de toras curtas,
que tem como principal vantagem à exploração de áreas com
condições topográficas desfavoráveis
SISTEMA DE TORAS CURTAS

• As árvores são cortadas e processadas em toras, com


dimensões de acordo com o uso final, no próprio local de
abate
AS PRINCIPAIS MÁQUINAS HOJE
UTILIZADAS NO BRASIL, PARA EFETUAR A
COLHEITA E O TRANSPORTE FLORESTAL
SÃO
HARVESTER
• É um equipamento autopropelido cuja finalidade é cortar e
processar árvores dentro das florestas.
• O harvester corta, desgalha, descasca e traça no tamanho
desejado (sistema computarizado). Pode produz o equivalente
a 20 motoserras. No Brasil, apenas 10 – 15% da colheita
florestal é realizada com o harvester e apresenta um
rendimento 30 st/h, chegando a processar em alguns tipos de
talhões até 100 árvores por hora.
FELLER- BUNCHER
• Esta máquina faz o corte das árvores, numa única linha,
acumulando algumas nas garras, através de um “abraço
hidráulico”, antes do tombamento. Trabalha no sistema Full –
tree (árvores inteiras) e apresenta um rendimento 80 st/h,
cortando de 100 a 200 árvores por hora.
SKIDDER
• É um trator florestal, articulado com tração 4X4 e pneus de
mesmo diâmetro. Ele é utilizado para o arraste das toras de
dentro dos talhões, com pinça traseira ou cabo-de-aço,
levando-as até o ponto de carregamento. Muito utilizado no
desbaste seletivo, apresentando um rendimento 80 st/h.
FORWARDER
• É um equipamento projetado para utilização no transporte
primário, ou seja, a remoção das toras já cortadas de dentro
da floresta para a periferia dos talhões de modo a evitar o
tráfego de caminhões dentro da mesma. Apresenta um
rendimento 40 st/h, trabalhando em uma declividade máxima
de 35o. A distancia máxima de baldeio deveser entre 200-
300m.
APÓS A COLHEITA
• É o processamento das árvores o próximo passo é efetuar o
transporte até o pátio de recepção de madeira, que é feito por
caminhões devidamente adaptados para tal finalidade,
conforme figura abaixo.
PRINCIPAIS VANTAGENS

• Alta produtividade da máquina, exigência de menor


quantidade de mão-de-obra, maior conforto e segurança para
o operador, possibilidade de trabalhar em mais de um turno e,
por fim, melhor qualidade e aproveitamento da madeira
PRINCIPAIS DESVANTAGENS

• Elevado investimento inicial, alto custo operacional,


exigência de boa estrutura de manutenção, limitação de
diâmetro de corte (mínimo e máximo), limitação de atuação
em terrenos planos ou ligeiramente inclinados, necessidade
de operadores mais qualificados e alto desemprego causado
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