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Fonte: https://www.jirauenergia.com.br/conheca-a-uhe/
Operação e otimização
de UHEs
Aula 05 – Operação: Operador Nacional
do Sistema, Sistema Interligado
Nacional; Sistemas de Gerenciamento
de informação
• O ONS foi criado pela Lei 9.648/1998, com as alterações introduzidas pela Lei nº 10.848/2004, no
âmbito do projeto RE-SEB.
• Até a criação do ONS, a operação era conduzida pelo Grupo Coordenador da Operação Interligada
(GCOI) e pelo Comitê Coordenador da Operação Interligada Norte/Nordeste (CCON), ambos
subordinados à Eletrobras.
• Projeto RE-SEB
• Lei 8.666/93 (Licitações) e Lei 8.987/93 (Concessões), Lei 9.074/95 (Produtor Independente)
• Criação das Agências Reguladoras (ANEEL, ANA, ANP etc), ONS (Operador Nacional do Sistema
Elétrico) e MAE (Mercado Atacadista de Energia)
b) garantir que todos os agentes do setor elétrico tenham acesso à rede de transmissão de forma
não discriminatória; e
c) contribuir, de acordo com a natureza de suas atividades, para que a expansão do SIN se faça ao
menor custo e vise às melhores condições operacionais futuras.
Atuação
• A interconexão dos sistemas elétricos, por meio da malha de transmissão, propicia a transferência de
energia entre subsistemas, permite a obtenção de ganhos sinérgicos e explora a diversidade entre os
regimes hidrológicos das bacias.
http://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-sin/mapas
http://sindat.ons.org.br/SINDAT/Home/ControleSistema
EXTENSAO DA TRANSMISSÃO
(OUT/2022) e (DEZ 2026)
• usinas conectadas na Rede Básica que afetem a operação eletroenergética, independente da potência
líquida injetada no SIN e da natureza da fonte primária, sendo considerados os impactos na segurança
da Rede de Operação segundo os aspectos de controle de tensão, controle de carregamento em
equipamentos e limites de transmissão sistêmicos; ou
• usinas conectadas fora da Rede Básica cuja máxima potência líquida injetada no SIN contribua para
minimizar problemas operativos e proporcione maior segurança para a Rede de Operação. Usinas cuja
geração da capacidade máxima provoque variações no carregamento da transformação de fronteira
superior a 10% da potência nominal desta transformação, desde que comprovadamente contribuam para a
segurança da Rede.
Casos de existência de outras usinas na área, flexibilidade operativa, características da usina etc.
UNIFEI - Curso de Extensão Universitária - Operação e otimização de UHEs 20
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL -SIN
• Tipo II-A (Programação e Despachos Centralizados): Usinas térmicas com Custo Variável Unitário (CVU)
declarado ou usinas hidráulicas com potência maior que 30 MW e que não causam impactos na Rede de
Operação.
Ex: UHE São Domingos (48 MW) MS / UTE Santana (36 MW) AP
• Tipo II-B (programação diária, mas podem sofrer reprogramações): Usinas para as quais se
identifica a necessidade de informações ao ONS, para possibilitar a sua representação individualizada
nos processos de planejamento e operação eletroenergética do SIN, sendo:
• usinas que em função das características da fonte primária de geração, apresentam limitações que
impedem o atendimento ao despacho centralizado de forma sistemática, tais como: PCH, biomassa,
cogeração, eólica e fotovoltaica.
• Ex: Eólica Malhadinha I 23 MW
• Tipo II-C (programação diária, mas podem sofrer reprogramações): Usinas que constituem um
conjunto de usinas, que embora individualmente não impactam a operação do SIN, mas quando
analisadas em conjunto com outras usinas que compartilham o mesmo ponto de conexão, totalizam
uma injeção de potência significativa em uma determinada subestação do SIN.
Ex: PCH Lavrinhas 30 WM e PCH Queluz 30 MW (em cascata no rio Paraíba do Sul)
• Usinas conectadas fora da Rede Básica que não causam impactos na operação eletroenergética do SIN; ou
• As usinas classificadas na modalidade de operação Tipo III não possuem programação nem despacho
centralizados e, por este motivo, não possuem relacionamento operacional com o ONS.
• Usinas que não dispõem de reservatório de água, para fins de acumulação, ou seja, não manter um estoque
de água que poderia ser acumulado em uma barragem
• Usinas que armazenam água e regulam seu funcionamento para atender as demandas de energia. A
regularização pode ser sazonal (diária, mensal, anual, plurianual)
https://www.itaipu.gov.br/energia/reservatorio
https://www.chesf.com.br/SistemaChesf/Pages/SistemaGeracao/Sobradinho.aspx
• É uma métrica importante para a adequabilidade da oferta do sistema e é utilizada para dois fins fundamentais
no Brasil: define a quantidade máxima de energia que uma usina pode comercializar e, no caso das
hidrelétricas, define sua cota de participação no Mecanismo de Realocação de Energia.
• No caso dos empreendimentos hidrelétricos, e dos termelétricos de custo variável unitário (CVU) não nulo,
despachados centralizadamente pelo ONS, a garantia física é função de cada contribuição para a máxima
quantidade de energia possível de ser suprida pelo sistema, como um todo, dado critério de garantia de
suprimento.
• O bloco é rateado pela energia firme do período crítico hidrológico (jun/49 à nov/56) de cada
empreendimento usando o modelo SUISHI
• No caso das usinas não despachadas centralizadamente, a garantia física de hidrelétricas é calculada de
forma individualizada tendo como base as características técnicas do projeto básico da usina, enquanto para as
demais usinas com CVU nulo, os cálculos consideram declaração de disponibilidade mensal de energia do
agente responsável pelo empreendimento, observadas eventuais restrições físicas para geração de energia.
MRE
• O MRE é um mecanismo financeiro que visa o compartilhamento dos riscos hidrológicos que afetam os
agentes de geração, buscando garantir a otimização dos recursos hidrelétricos do Sistema Interligado
Nacional (SIN).
• Inicialmente, o MRE deveria abarcar apenas as usinas hidrelétricas despachadas centralizadamente, sem as
pequenas centrais hidrelétricas, que atualmente podem participar opcionalmente, com objetivo de
compartilhar entre elas os riscos hidrológicos.
• Este mecanismo realoca contabilmente a energia, transferindo o excedente daqueles que geraram além de sua
garantia física para aqueles que geraram abaixo.
MRE
MOTIVAÇÕES
1) Grandes extensões territoriais do país, havendo diferenças hidrológicas significativas entre as regiões, com
períodos secos e úmidos não coincidentes. Exemplo regimes hidrológicos defasados em relação ao Sudeste
(maior centro de carga). Nesse cenário, uma região em período de seca armazena água e, por consequência, gera
abaixo da média, enquanto uma região em período de chuva produz energia acima da média, o que resulta em
transferência de energia entre essas regiões.
MRE
MOTIVAÇÕES
2) Existência de várias usinas alocadas no mesmo rio, em cascata. Nessa condição, a operação otimizada para
uma usina não necessariamente corresponde à operação otimizada de todo o sistema interligado. De forma a
obter o melhor uso da água no país, realiza-se o despacho centralizado por comando do ONS.
Exemplo, cascata da bacia do Rio Doce. Nesta bacia, existem oito empreendimentos hidrelétricos em operação
comercial, com cinco diferentes proprietários. CEMIG, por exemplo, possui empreendimentos em sua totalidade
e também é atua como membro de consórcios em usinas na mesma cascata.
1 2
3
3
1
4
1- Aliança Energia (CEMIG/Vale)
2- Acelor Mittal/Samarco
1 3- CEMIG
4- Neoenergia/CEMIG/Furnas
5 5 - Victory Hill
MRE
Energia Secundária:
• Energia secundária é a diferença positiva entre a produção total de energia elétrica do MRE e a garantia
física total do MRE. Caso isso ocorra, as usinas integrantes possuirão o direito de receber uma parte desse
eventual excedente apurado além de suas garantias físicas, sendo alocado a todas as usinas participantes do
MRE, na proporção de suas garantias físicas estabelecidas.
MRE
Energia Secundária:
• Nesse caso, as usinas que têm produção destinada ao MRE acima de sua garantia física transferem esse
excedente ao MRE, para depois receber parte da energia secundária na proporção de sua garantia física.
• As usinas que tem produção destinada ao MRE abaixo de sua garantia física recebem do MRE, por sua vez,
tanto a complementação de sua garantia física quanto sua parte proporcional da energia secundária.
• Assim como a alocação da energia para cobertura de garantia física, a alocação de energia secundária
também é realizada prioritariamente dentro do submercado onde foi gerada.
Onde:
GHu é a Geração de cada usina “u” pertencente ao MRE
GFu é a Garantia Física de cada usina “u” pertencente ao MRE
Caso o Ajuste MRE seja maior do que um, haverá energia secundária.
Analogamente, caso esse parâmetro seja menor do que um, não haverá energia secundária e sim, déficit.
EX 1: Fator de Ajuste = 1 G1 = 12
GF1 = 10 GF2 = 10
TEO: R$ 12,77 G2 = 8
PLD: R$ 100,00
UHE1 UHE2
Usina Garantia Física (GF) Geração (G) Excedente MRE Secundária Energia Alocada (EA)
UHE 1 10 12 2 2 0 12 – 2 = 10
UHE 2 10 8 -2 -2 0 8 – (-2) = 10
EX 1: Fator de Ajuste = 1
EA2 = 10
EA1 = 10
TEO: R$ 12,77
PLD: R$ 100,00
UHE1 UHE2
Usina Garantia Física (GF) Geração (G) Excedente MRE Secundária Energia Alocada (EA) Resultado ($)
UHE1 UHE2
Usina Garantia Física (GF) Geração (G) Excedente MRE Secundária Energia Alocada (EA)
UHE 1 10 12 2 2 3 12 -2 + 3 = 13
UHE 2 10 14 4 4 3 14-4+3 = 13
TEO: R$ 12,77
PLD: R$ 100,00
UHE1 UHE2
Usina Garantia Física (GF) Geração (G) Excedente MRE Secundária Energia Alocada (EA) Resultado ($)
G2 = 4
UHE1 UHE2
Usina Garantia Física Geração (G) Excedente MRE Secundária Energia Alocada (EA)
Ajustada (GFA)
UHE 1 10 x 0,8 = 8 12 4 4 0 12-4+0 = 8
G2 = 4
UHE1 UHE2
Usina Garantia Física Geração (G) Excedente MRE Secundária Energia Alocada (EA) Resultado ($)
Ajustada (GFA)
• Algumas estatísticas:
• As empresas do mundo somadas geram um número estimado de
2x1018 dados por dia, o que pode ser estimado em até US$77
bilhões em 2023 [1]
• Algumas estatísticas:
• A BARC (Business Application Research Center) publicou um
estudo que sugere que a utilização de dados proporciona
melhorias na tomada de decisão estratégica, controle dos
processos operacionais e compreensão dos clientes [3]
Melhor tomada de
Melhor operação
Decisão
Nível 3
Manufacturing
Operations & Control
Nível 2
Batch Continuous Discrete
Control Control Control
TI (IT)
TA (OT)
Manutenção
Hidrologia Execução da
operação
Operação
em TR
Manutenção
Hidrologia Execução da
operação
Operação
em TR ONS
Manutenção
Hidrologia Execução da
operação
Operação
em TR ONS
TI (IT)
PIMS
TA (OT)
Abs
Boa noite
Contato
Prof. Guilherme Sousa Bastos
E-mail: pedjirau@unifei.edu.br
OBRIGADO
Este curso é uma contrapartida de divulgação científica do projeto: “OTIMIZAÇÃO DA
OPERAÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS ATRAVÉS DA MINIMIZAÇÃO DAS PERDAS NO
PROCESSO DE GERAÇÃO” regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL
e desenvolvido no âmbito do Programa de P&D da Jirau Energia (Energia Sustentável do
Brasil S.A). (PD-06631-0011/2020).