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*Direito da foto: Jirau Energia

Fonte: https://www.jirauenergia.com.br/conheca-a-uhe/

Curso de Extensão Universitária

Operação e otimização
de UHEs

Aula 01 – Introdução ao Curso e Arranjos


de Usinas Hidrelétricas

Prof. Dr. Guilherme Sousa Bastos


Prof. Dr. Carlos Barreira Martinez 15/09/2022
INTRODUÇÃO
AO CURSO

*Direito da foto: Jirau Energi


Fonte: https://www.jirauenergia.com.br/conheca-a-uhe
INTRODUÇÃO AO CURSO

Objetivos do Curso
• Apresentar e discutir fatores que impactam a operação eficiente de Usinas Hidrelétricas, em especial
àquelas com baixa queda e com operação à fio d’água

• Propor e discutir técnicas e soluções que possam lidar com os fatores levantados visando a operação
ótima de UHEs

• Apresentar um framework para a operação otimizada de UHEs, incorporando as técnicas e soluções


discutidas

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INTRODUÇÃO AO CURSO

Equipe
• Prof. Dr. Guilherme Sousa Bastos
Professor Associado da UNIFEI e Pró-Reitor de Extensão Universitária. Coordenador do projeto
de P&D “Otimização da Operação de Usinas Hidrelétricas Através da Minimização das perdas
no Processo de Geração”. Dr. em Eng. Eletrônica e de Computação pelo ITA (2010), Mestrado
em Eng. Elétrica (2004) e Graduação em Eng. Elétrica (2001), ambos pela UNIFEI. Realiza
pesquisa em aprendizado de máquina, robótica autônoma, sistemas de energia e tecnologia
para transtorno do espectro do autismo. Autor de mais de 70 artigos em periódicos, capítulos
de livros e artigos de conferências.

• Prof. Dr. Edson da Costa Bortoni


Reitor da UNIFEI. Prof. Titular. Engenheiro Eletricista graduado pela UNIFEI (1990), mestre
em Planejamento de Sistemas Energéticos pela UNICAMP (1993), Doutor em Sistemas
Elétricos de Potência pela USP (1998), Livre Docente pela USP/EESC (2012), Professor
Visitante na EPFL em Lausanne, Suiça (2015) e no Politecnico di Torino, Itália (2019).
Pesquisador PQ2 do CNPq. Tem cinco livros publicados, nove capítulos em outros livros,
duas patentes obtidas, e quase 400 artigos técnicos publicados em congressos e em
periódicos nacionais e internacionais.
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INTRODUÇÃO AO CURSO

Equipe
• Prof. Dr. Mauricio Campos Passaro
Diretor do Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE) e Professor Adjunto na UNIFEI. Atua nas áreas
da Análise de Sistemas Elétricos, Estabilidade de Sistemas Elétricos de Potência, Sistemas de
Transmissão Flexíveis (FACTS) e Transmissão de Energia Elétrica. Foi engenheiro sênior do Operador
Nacional do Sistema Elétrico - ONS, atuando principalmente nas áreas de Planejamento da Operação
Elétrica, Controle Aplicado a Sistemas de Potência, Modelagem Matemática de Sistemas, dentre outras

• Prof. Dr. Carlos Barreira Martinez


Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1B. Professor do Programa de Pós-
Graduação em Eng. Mecânica (PPG-EM - UNIFEI) e do Programa de Mestrado Profissional em Eng.
Hídrica (MPEH-UNIFEI), e do Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica da UFMG. Um
dos fundadores do Centro de Pesquisas Hidráulicas e de Recursos Hídricos (CPH) da UFMG e
atualmente, Chefe do Laboratório Termoelétrico e Hidroelétrico da UNIFEI, onde focamos na
excelente formação de novos profissionais.

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INTRODUÇÃO AO CURSO

Equipe
• Dr. José Vitor Bernardes Júnior
Pós-doutorando em Eng. Elétrica na UNIFEI. Professor substituto na UNIFEI entre 2019 e 2021.
Doutorado (2021), Mestrado (2018) e Graduação (2012) em Eng. Elétrica na UNIFEI (2021).
Doutorado Sanduíche em Eng. Elétrica pela Michigan State University (2018). Pesquisador do
Centro de Excelência em Eficiência Energética (Excen) da UNIFEI. Atua em pesquisas sobre
modelagem e simulação de máquinas elétricas, sistemas de isolamento elétrico de
hidrogeradores e eficiência energética.

• M.Sc. Thiago Modesto de Abreu


Prof. Substituto do Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE) e doutorando em Eng.
Elétrica na UNIFEI. Atuação nas áreas de Geração da Energia Elétrica, com foco nos temas de
turbinas hidráulicas, garantia física, definição de grupos geradores, ensaio de desempenho,
otimização, assuntos regulatórios e mercado de energia. Atuou como Gerente Executivo da
ABRAGEL e Gerente Regulatório da BRASIL PCH, tendo passagem por empresas do Setor
como Neoenergia, CPFL, Eneva.

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INTRODUÇÃO AO CURSO

Equipe
• M.Sc. Mateus Gabriel Santos.
Prof. Substituto do Instituto de Engenharia de Sistemas e Tecnologia da Informação (IESTI) e
doutorando em Eng. Elétrica na UNIFEI. Possui mestrado em Eng. Elétrica (2018) e Graduação
em Eng. de Controle e Automação (2013), também na UNIFEI. Atua em pesquisas nas áreas de
automação de processos e sistemas elétricos e industriais.

• M.Sc. Lênio Oliveira Prado Júnior


Prof. efetivo do IF Sul de Minas, campus Poços de Caldas e doutorando em Engenharia
Elétrica pela UNIFEI. Mestrado em Ciência e Tecnologia da Computação pela UNIFEI (2014).
Atua com análise de dados, Big Data, redes de computadores e desenvolvimento de
software.

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INTRODUÇÃO AO CURSO

Equipe
• M.Sc. José Renato Castro Milanez
Analisa de TI na UNIFEI no Centro de Educação. Mestrado em Eng. Elétrica (2006) e Graduação
em Engenharia Elétrica (2004) ambos na UNIFEI. Atua na área de infraestrutura de TI, data
centers, virtualização, bancos de dados, administração de sistemas e tecnologias para educação
a distância.

• M.Sc. Dannilo Samuel Silva Miranda


Doutorando em Eng. Elétrica na UNIFEI. Mestrado em Eng. Elétrica (2019) e Graduação em
Eng. de Controle e Automação (2014), também na UNIFEI. Atua em pesquisas nas áreas de
automação de processos e sistemas elétricos e industriais.

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INTRODUÇÃO AO CURSO

Equipe
• Adm. Karen Almeida Diniz Rebello
Administradora no projeto P&D “Otimização da operação de UHEs através da
minimização das perdas no processo de geração”. Especialista em Gestão de Projeto
(2021), Graduação em administração de empresas - FACESM (2012). Atua nas áreas
de gestão de pessoas e projetos.

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INTRODUÇÃO AO CURSO

Resumo do Projeto P&D


• Desenvolver e implementar um sistema de integração e gerenciamento dos dados (como consumo,
operação, hidrologia, entre outros) da usina de Jirau

• Integrar ferramentas gerenciais da infraestrutura de TI com as ferramentas de automação da


infraestrutura de TA

• Otimização da operação da usina, desde os processos da operação até o despacho das unidades
geradoras

• Obter insights a partir dos dados de operação e aplicá-los para a melhoria do planejamento na etapa da
pré-operação

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INTRODUÇÃO AO CURSO

Resumo do Projeto P&D


• Para o tempo-real, considerando os dados de consumo e os cenários hidrológicos, determinar a
configuração ideal (quantas e quais UGs despachar e sua carga) para o despacho da usina visando obter o
melhor rendimento para a usina como um todo

• Para a pós-operação: registrar, analisar e disponibilizar os dados da otimização e da operação através de


ferramentas de análise de dados para obtenção dos insights para a pré-operação

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INTRODUÇÃO AO CURSO

Apresentação do Curso
• O curso tem duração de 12 semanas e será ministrado às 5as-feiras das 19h00 às 23h00 (CH total = 48h)

• Teremos 20min de intervalo

• A participação é incentivada mas haverá moderação dos instrutores

• A agenda completa do curso, bem como outros materiais será disponibilizada no ambiente virtual

• A avaliação será feita na última aula através de formulário na plataforma virtual do curso

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INTRODUÇÃO AO CURSO

Programa do Curso
• Aula 01 – 15/09/2022 – Introdução ao curso e conceitos de arranjos de UHE

• Aula 02 – 22/09/2022 – Circuitos hidráulicos em UHEs de baixa queda

• Aula 03 – 29/09/2022 – Geração hidrelétrica de energia

• Aula 04 – 06/10/2022 – Instrumentação para centrais hidrelétricas

• Aula 05 – 13/10/2022 – Operação de UHEs: Visão geral

• Aula 06 – 20/10/2022 – Operação de UHEs: Pré- operação

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INTRODUÇÃO AO CURSO

Programa do Curso
• Aula 07 – 27/10/2022 – Operação de UHEs : Tempo-real e pós-operação

• Aula 08 – 03/11/2022 – Otimização I

• Aula 09 – 10/11/2022 – Otimização II

• Aula 10 – 17/11/2022 – Framework de otimização global da operação I

• Aula 11 – 24/11/2022 – Framework de otimização global da operação II

• Aula 12 – 01/12/2022 – Encerramento do curso e avaliação final

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ARRANJOS DE
UHEs

*Direito da foto: Jirau Energi


Fonte: https://www.jirauenergia.com.br/conheca-a-uhe
ARRANJOS DE UHEs

CONCEITO DE GERAÇÃO
HIDROENERGÉTICA
Afluência
NA max
Volume Útil
NA min Vazão
Turbinada Queda
Bruta
Volume Morto

Canal de
Conduto Fuga
Forçado

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ARRANJOS DE UHEs

Perdas

• Afluência
• Vazão afluente
Afluência NA max Casa de Força
• Pluviosidade
NA min

Resrvatório Va

o Tu Gerador
• Perdas rbi
na
da

• Vertimento
• Evaporação

Turbina

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ARRANJOS DE UHEs
Equação de Potência
em Wats

Onde "P" é a potência produzida em "watts", "Q" é a vazão em m3 /s, "h" = altura da queda metros, “g” é a constante de
gravidade de 9,81 m/s2 , “ρ” é a massa específica da água em kg/m3 e, 𝜂 é o rendimento da instalação em torno de 88%

P = g x rend x Qtu x HL [kw]

- P = Potência [kw] ;
- g = 9,81 , aceleração da gravidade [m/s2];
- Rend = Rendimento do conjunto Turbina e Gerador [%];
- Qtu = Vazão Turbinada [m3/s];
- ph = Perda de Carga [m];
- (Hb – ph) = HL = Altura de Queda Líquida.

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ARRANJOS DE UHEs

Características das Usinas


• EM RELAÇÃO Á POTÊNCIA
• Abaixo de 30 MW : PCH .
• Acima de 30 MW

• EM RELAÇÃO AO VOLUME ÚTIL


• Fio D´água . Não há Volume Útil .
• Com reservatório de regularização .
• EM RELAÇÃO Á QUEDA
• Baixa
• Média
• Alta

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ARRANJOS DE UHEs
 Micro centrais - P < 0,1MW
 Pequenas Centrais Hidrelétricas – 0,1MW <P<10 MW (no
Brasil 30 MW, Medida Provisória 735)
 Médias centrais - 10 MW (30MW) – 100 MW
 Grandes centrais hidrelétricas - P>100 MW

Classificação das UHE

Disponibilidade hídrica
* Usinas a fio d'água sem Queda ou desnível Tipo de carga a ser
reservatórios ; abastecida
* Baixa;
* Usinas a fio d'água com * Usinas de ponta;
* Média ;
reservatórios * Usinas de base ;
* Alta
*Usinas com reservatórios *Usinas reversíveis
de acumulação

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ARRANJOS DE UHEs

• Estudos Necessários

Hidrometeorologia , Sedimentologia , Cartografia ,


Geologia e Geotecnia , Estudos Ambientais , Estudos
Energéticos , Arranjo Geral , Equipamentos , Sistemas de
transmissão Associado , Planejamento Construtivo , Infra
– Estrutura e Suprimento , Orçamento .

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ARRANJOS DE UHEs

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ARRANJOS DE UHEs
Alternativas de N.A. Mínimo

Barragem
Reservatório

Sistema de Adução

Casa de Força

Canal de Fuga
ARRANJOS DE UHEs

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Possíveis reservatórios a serem instalados em
uma Bacia Hidrográfica

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Operação e otimização de UHEs
Hipóteses de divisão de quedas

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Operação e otimização de UHEs
Perfil esquemático do rio

Hipótese I Hipótese II

Escolha   energia
 $/KWh

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ARRANJOS DE UHEs

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ARRANJOS DE UHEs

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ARRANJOS DE UHEs

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ARRANJOS DE UHEs

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ARRANJOS DE UHEs
CÍCLO HIDROLÓGICO

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ARRANJOS DE UHEs

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ARRANJOS DE UHEs

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ARRANJOS DE UHEs

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ARRANJOS DE UHEs

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ARRANJOS DE UHEs
Cheias
Segundo Chow (1956), consiste no transbordo de um curso de água relativamente ao seu leito
ordinário, originando a inundação dos terrenos ribeirinhos (leito de cheia).

• Fenômeno hidrológico extremo


• Fenômeno temporário
• Frequência variável

Leito Ordinário  Canal fluvial canal fluvial que habitualmente vemos quando observamos o rio

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ARRANJOS DE UHEs

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ARRANJOS DE UHEs
Dados de precipitação
Podem ser utilizados PLUVIÔMETROS e PLUVIÓGRAFOS. O pluviômetro mede a precipitação
acumulada durante 24 horas (por
exemplo, das 9h de um dia até as 9h do
Necessário observador Registram os dados dia seguinte).
automaticamente.
PLUVIÔMETRO

1,50
m
A série assim gerada é chamada de
precipitação diária.

Preparado pelo prof. Eder Daniel Teixeira IPH/UFRGS


ARRANJOS DE UHEs
Dados de precipitação

Necessário observador

PLUVIÓGRAFO

O pluviógrafo fornece a distribuição temporal da precipitação


durante 24 horas (por exemplo, das 0h às 24h).
Gráfico produzido por um pluviógrafo:
ARRANJOS DE UHEs
Pluviograma
Variação temporal e espacial da chuva mensal
(mm)

Temperaturas:
máximas médias e
mínimas médias (ºC)
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ARRANJOS DE UHEs

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ARRANJOS DE UHEs

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ARRANJOS DE UHEs
Vazão em um curso d´água
Volume de água que passa em uma seção por unidade de tempo – m³/s.
Dados diretos de vazão: ADCP
Acoustic Doppler Current Profiler
(Perfilador Acústico de Corrente por Efeito
Molinete Doppler)

Para medição de velocidades do escoamento o ADCP emite uma onda


sonora com frequência fixa e capta os ecos que retornam, refletidos por
partículas em suspensão na água. Assume-se que, em média, a velocidade
das partículas se deslocam com a mesma velocidade horizontal do fluxo.
ARRANJOS DE UHEs
Vazão em um curso d´água
Volume de água que passa em uma seção por unidade de tempo – m³/s.
Dados indiretos de vazão:
CURVA-CHAVE
Conhecendo-se a geometria do rio (batimetria) e utilizando-se a equação de Manning, pode-se elaborar um
gráfico que relaciona vazão e nível de água, chamado de “curva-chave”. Esta curva também pode ser
encontrada a partir dos dados diretos de vazão e de medições do nível de água.
ARRANJOS DE UHEs
Vazão em um curso d´água
Volume de água que passa em uma seção por unidade de tempo – m³/s.
Dados indiretos de vazão:
RÉGUAS LINIMÉTRICAS E LINÍGRAFOS
De posse da CURVA-CHAVE, é possível conhecer a vazão a partir do nível de água. Este nível pode ser
medido utilizando réguas linimétricas ou então com o auxílio de linígrafos, instalados em poços de
medição ou em pontes.
ARRANJOS DE UHEs

Vazão em um curso d´água


Fluviograma
Ano hidrológico
Vazão média observada (m³/s)

Ano calendário

Meses do ano
ARRANJOS DE UHEs
Curva de permanência de vazões
Curva de permanência de vazões
Indica
Indicaaaprobabilidade
probabilidadede
deque
queas
asvazões
vazõessejam
sejammenores
menoresou
ouiguais,
iguais,ou
oumaiores
maioresou
ouiguais,
iguais,aaum
um
determinado
determinadovalor.
valor.

Q50

Q95
ARRANJOS DE UHEs

Quanto à forma da curva de permanência


de vazões

Local com contribuições


consideráveis do aquífero

Local com menos


contribuições do aquífero
Ajuste daARRANJOS DE UHEs
distribuição Log Normal aos
dados do Rio Guaporé
Ajuste da distribuição Log Normal aos dados do Rio Guaporé

▪ Dados Rio
Guaporé

Fonte: Prof. Carlos Ruberto Fragoso Jr; Prof. Marllus Gustavo F. P. das Neves
CTEC - UFAL
ARRANJOS DE UHEs

... é a CARGA CRÍTICA que leva o sistema de 100% da Energia Armazenada , no


início do período , a 0% da Energia Armazenada , no final deste Período .

PERÍODO CRÍTICO DO SISTEMA : jun/49 – nov/56 .


ARRANJOS DE UHEs
COTA DA CRISTA

NÍVEL DE ÁGUA
NÍVEL DE ÁGUA
MÁXIMO
MÁXIMO
MAXIMORUM

Em um reservatório a água
NUNCA PODE passar sobre a
NÍVEL DE ÁGUA
crista da barragem
MÍNIMO
OPERACIONAL

DEFINIÇÕES SOBRE RESERVATÓRIOS


ARRANJOS DE UHEs
NIVEL DE ÁGUA (N.A.) MÁXIMO OPERACIONAL
NÍVEL DE ÁGUA
Corresponde à sobre elevação máxima
MÁXIMO disponível para a passagem de
MAXIMORUM ondas de cheia.

NÍVEL DE ÁGUA
MÁXIMO COTA DA CRISTA
OPERACIONAL
Cota máxima
permitida para a
operação do
reservatório. Define
o limite superior do
volume útil do
reservatório.
ARRANJOS DE UHEs
NIVEL DE ÁGUA (N.A.) MINIMO OPERACIONAL
NÍVEL DE ÁGUA
MÁXIMO
MAXIMORUM

NÍVEL DE ÁGUA COTA DA CRISTA


MÁXIMO

NÍVEL DE ÁGUA
MÍNIMO
OPERACIONAL

Cota mínima
necessária para a
operação do
reservatório.
Define o limite
superior do
volume morto e o
limite inferior do
volume útil do
reservatório.
ARRANJOS DE UHEs
• DEPLECIONAMENTO
NÍVEL DE ÁGUA
MÁXIMO OPERACIONAL
NÍVEL DE ÁGUA COTA DA
MÁXIMO CRISTA
MAXIMORUM

NÍVEL DE ÁGUA
MÍNIMO
OPERACIONAL

Deplecionamento

Definido entre o Nível de


água Máximo Operacional
e o Nível de água Mínimo
operacional
ARRANJOS DE UHEs
Armazenamento

Classificação das
barragens:
segundo o uso
UHE Passo Real (RS), Rio Jacuí

Derivação

Barragem do Salto (RS), Rio Santa Maria


ARRANJOS DE UHEs

Baixa queda  grandes vazões


Hélice , Kaplan

 médias vazões
Francis

Média queda 

grande queda  baixas vazões


Pelton
ARRANJOS DE UHEs
Classificação das barragens: segundo o material
Maciço de terra: Barragem Euclides da Cunha
ARRANJOS DE UHEs

Classificação das barragens: segundo o material

Enrocamento

UHE Itaúba

Pormenores de Projeto
• É um aterro construído com fragmentos de rocha e cascalho, compactado em camadas
com rolos vibratórios;
• Algumas possuem núcleo de argila impermeável, outras face de concreto;
• Construídos sobre fundações de rocha sã, mas podem ser feitos sobre rocha alterada,
aluviões.
ARRANJOS DE UHEs

Maciço de enrocamento: Barragem UHE Itaipu (PR)

Enrocamento
ARRANJOS DE UHEs

Maciço de enrocamento: Barragem UHE Itaipu (PR)


ARRANJOS DE UHEs

Enrocamento com face


de concreto
ARRANJOS DE UHEs

Maciço de enrocamento e face de concreto: Barragem UHE Barra Grande (RS – SC)

Visita técnica out/2016


ARRANJOS DE UHEs

Maciço de enrocamento e face de concreto: Barragem UHE Barra Grande (RS – SC)
ARRANJOS DE UHEs

Enrocamento com núcleo


asfáltico

Foz do Chapecó (RS – SC


ARRANJOS DE UHEs

Maciço de enrocamento com núcleo asfáltico: UHE Foz do Chapecó (RS – SC)
ARRANJOS DE UHEs

Maciço de enrocamento com núcleo asfáltico: UHE Foz do Chapecó (RS – SC)
ARRANJOS DE UHEs
Maciço de enrocamento com núcleo asfáltico: UHE Foz do Chapecó (RS – SC)
ARRANJOS DE UHEs

Concreto gravidade Pormenores de Projeto

• Apoiada em rocha;
• Estabilidade devido ao peso e
largura da base;
• Resistência da fundação deve ser
adequada ao peso;
• Verificações quanto à estabilidade
do maciço:
• tombamento;
• flutuação;
• deslizamento.

ESFORÇOS ATUANTES
X
ESFORÇOS RESISTENTES
ARRANJOS DE UHEs

Maciço de concreto gravidade: UHE Dona Francisca (RS)


ARRANJOS DE UHEs
Outros exemplos: Maciço de concreto em arco – UHE Funil (RJ), Rio Paraíba do Sul
ARRANJOS DE UHEs
UHE Irapé (MG), Rio Jequitinhonha

Reservatório

Maciço
ARRANJOS DE UHEs

Reservatório
Mínimos Barramento (maciço da barragem)

Sistema extravasor ou sistema de segurança (vertedouro e dissipador de energia)

Oroville Dam (California - EUA)

Reservatório

Reservatório
Maciço
Tomada d’água
Maciço
Maciço (concreto)
Vertedouro

Vertedouro

Dissipador de energia
ARRANJOS DE UHEs
Tomadas de água
Condutos de adução e forçado
Outros
Descarga de fundo
Casa de força
Mecanismo de transposição de peixe, eclusa, etc...

UHE Itaipu (PR), Rio Paraná

Reservatório

Maciço
Tomada d’água
Maciço
Maciço (concreto)
Condutos

Vertedouro

Dissipador de energia
ARRANJOS DE UHEs

Reservatório
Vertedor Barragem
Tomada D´água
Barragem

Casa de Força

Subestação
ARRANJOS DE UHEs

a) Arranjo geral em locais sem queda natural localizada

arranjo compacto
Desnível criado pela própria barragem
casa de força no pé da barragem

Arranjo geral em planta Circuito de adução – seção transversal


ARRANJOS DE UHEs

a) Arranjo geral em locais sem queda natural localizada

Tomada de água

Barragem e vertedouro

Conduto forçado
Subestação

Casa de força
UHE Dona Francisca (RS), Rio Jacuí
ARRANJOS DE UHEs

b) Arranjo geral em locais com queda natural localizada

circuito de adução com 2 trechos


Maciço a montante da queda
casa de força distante da barragem

Observação importante: Necessidade de se considerar vazão ecológica no trecho ensecado.


ARRANJOS DE UHEs

b) Arranjo geral em locais com queda natural localizada


Barragem

Canal de adução

Tomada de água

Câmara de Carga

Condutos

Casa
de
Força
Exemplos de arranjos para geração de
energia elétrica

b) Arranjo geral em locais com queda natural localizada

Reservatório
Não é vazão ecológica. Ano
de início da construção da
Maciço UHE: 1973

Tomada de água e
sistema extravasor

UHE Itaúba (RS), Rio Jacuí


ARRANJOS DE UHEs

b) Arranjo geral em locais com queda natural localizada

UHE Foz do Chapecó (RS e SC), Rio Uruguai


ARRANJOS DE UHEs

b) Arranjo geral em locais com queda natural localizada

Vazão ecológica
76 m³/s

Subestação

Túneis de adução Tomada d´água 1

Reservatório
Vazão efluente

Casa de força Tomada d´água 2

UHE Foz do Chapecó (RS e SC)


ARRANJOS DE UHEs
ARRANJOS DE UHEs
ARRANJOS DE UHEs
ARRANJOS DE UHEs
Rio Tocantins 240MW 22,66 metros de queda nominal
ARRANJOS DE UHEs
ARRANJOS DE UHEs
Rio Chapecó 120 MW – 119 metros de queda nominal

Rio Chapecó
ARRANJOS DE UHEs
ARRANJOS DE UHEs
ARRANJOS
Circuito DE UHEs
de Geração
ARRANJOS DE UHEs
UHE Jirau

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ARRANJOS DE UHEs
Sistemas especiais

UNIFEI - Curso de Extensão Universitária - Operação e otimização de UHEs 93


ARRANJOS DE UHEs

Turbina bulbo da UHE Igarapava


UNIFEI - Curso de Extensão Universitária - Operação e otimização de UHEs 94
ARRANJOS DE UHEs

Entrando na Turbina (bulbo)

UNIFEI - Curso de Extensão Universitária - Operação e otimização de UHEs 5 minutos dentro 95


ARRANJOS DE UHEs

30 minutos dentro do bulbo

30 minutos dentro da turbina


UNIFEI - Curso de Extensão Universitária - Operação e otimização de UHEs 96
AGRADECIMENTOS:

Aos Prof. Marcelo Marques (IPH), Aloysio Saliba (UFMG), Eder Teixeira (IPH), Mauricio
Dai Prá (IPH), Edna Maria (UFMG), Jorge Tarqui (UFMG), Jorge Mattos (IST ), Alexandre
Godinho (UFMG), Carlos Ruberto Fragoso Jr; Marllus Gustavo F. P. das Neves - CTEC –
UFAL. Pela colaboração de sempre.

A Equipe da UNIFEI sem a qual não estaríamos aqui;

Ao LTHE / UNIFEI e aos técnicos que atuam no mesmo;

A JIRAU – pela oportunidade de estar com vcs;

Abs

Boa noite

UNIFEI - Curso de Extensão Universitária - Operação e otimização de UHEs 97


UNIFEI
Av. BPS, 1303
BPS, Itajubá, MG

Contato
Prof. Guilherme Sousa Bastos
E-mail: pedjirau@unifei.edu.br

OBRIGADO
Este curso é uma contrapartida de divulgação científica do projeto: “OTIMIZAÇÃO DA
OPERAÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS ATRAVÉS DA MINIMIZAÇÃO DAS PERDAS NO
PROCESSO DE GERAÇÃO” regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL
e desenvolvido no âmbito do Programa de P&D da Jirau Energia (Energia Sustentável do
Brasil S.A). (PD-06631-0011/2020).

*Direito da foto: Jirau Energia


Fonte: https://www.jirauenergia.com.br/conheca-a-uhe/

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