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ENGENHARIA CIVIL
IVº Ano
Pós – Laboral
OBRAS FLUVIAIS
Beira, 2023
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
ENGENHARIA CIVIL
IVº Ano
Pós – Laboral
OBRAS FLUVIAIS
Discente:
Regente:
________________________________
Beira, 2023
RESUMO
I
ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
VII. CONCLUSÃO.................................................................................................. 10
ANEXOS ................................................................................................................. 12
II
ÍNDICE DE FIGURAS
III
I. INTRODUÇÃO
No que tange as barragens de terra, para além de terra homogênea existem também
de enrocamento e mistas, porém no presente trabalho abordamos as de terra homogênea. No
seu dimensionamento existem muitos parâmetros a considerar, no entanto exigem muitas
áreas a trabalharem juntas de modo a obter resultados fidedignos de acordo com a situação
em que se encontra.
1
II. OBJECTIVOS
2.1. Geral
2.2. Específicos
2
III. BARRAGENS DE TERRA
As barragens de terra são aquelas em que toda ou quase toda a seção transversal está
construída por um mesmo material. Tem base larga para distribuir o peso e aumentar a secção
de percolação.
1
É aquele composto de uma única espécie de material, excluindo-se a protecção dos taludes,
executadas com solo compactado.
2
Esse tipo é representado por um núcleo central impermeável, envolvido por zonas de materiais
consideravelmente mais permeáveis, zonas essas que suportam e protegem o núcleo.
3
os aterros construídos por camadas de enrocamento compactado, uma granulometria
extensa favorecerá a obtenção de uma acentuada diminuição do índice de vazios, com
o consequente aumento da resistência e a redução da deformabilidade.
Neste tipo de barragem, todo o maciço serve para controlar a percolação da água e
para transmitir cargas à fundação. Não dispõe de dispositivos especiais de controlo de
percolação, filtros ou drenos, pelo que é particularmente susceptível a roturas por erosão
interna e a fluxos de água emergentes no paramento de jusante.
4
barragem. Os materiais usados no maciço são os mesmos do perfil anterior, mas, agora,
acrescenta-se o dreno permeável de enrocamento ou cascalho no pé de jusante da barragem.
São igualmente construídas com materiais semelhantes aos dos tipos anteriores,
sendo o dreno vertical (também chamado dreno chaminé) e o tapete drenante compostos por
areias e cascalhos altamente permeáveis.
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O dreno vertical intercepta a percolação através da barragem, sendo a água a ele
afluente conduzida para jusante através do tapete drenante. Assim, desde que ambos os
dispositivos tenham capacidade de escoamento suficiente, o maciço a jusante do dreno
vertical permanecerá não saturado. Este controlo é independente da razão KH/KV do aterro.
Para além disso, se os drenos forem projectados obedecendo à condição de filtro, em relação
ao material do aterro, a erosão interna estará também controlada.
V. PRINCIPAIS ELEMENTOS
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• Aterro: é o maciço, ou seja, é a estrutura com a função de reter a água;
• Altura: é a distância vertical entre a superfície do aterro e a parte superior;
• Borda livre ou folga: distância vertical entre o nível da água e a crista do
aterro, quando a represa estiver cheia;
• Taludes: são as faces laterais do aterro, sendo o de montante aquele que está
em contato com a água, e o de jusante aquele que está do lado seco da
barragem;
• Crista: é a parte superior do aterro;
• Espelho d’água: superfície d’água acumulada no reservatório;
• Base ou saia do aterro: projeção dos taludes de montante e jusante;
• Cut-off: vala construída no eixo da barragem e preenchida com terra de boa
qualidade devidamente compactada;
• Núcleo: construído no centro do aterro para diminuição da infiltração;
• Extravasor ou vertedouro: estrutura com a finalidade de escoar o excesso de
água da represa;
• Desarenador: também conhecido como tubulação de fundo, tem a função de
controle do nível da represa e garantir o escoamento à jusante;
• Dissipador de energia: tem a função de diminuir a energia cinética da água,
ao voltar ao seu leito natural.
• Protecção do talude de montante (rip-rap): Protecção devido a ação das ondas
que se formam no reservatório, e também das águas de chuva que podem vir
da crista, o talude de montante deve ser protegido contra a erosão.
• Protecção do talude de Jusante (grama ou outro elemento): Protecção contra
a erosão, causada pelas águas de chuva, que podem adquirir grandes
velocidades, ao percorrer a distância entre o topo e o pé do talude.
• Filtro Horizontal: uma espécie de drenagem, em forma de tapete drenante,
que caracteriza os elementos de proteção contra futuros problemas.
• Filtro Vertical: é uma espécie de drenagem, em forma de chaminé, que
caracteriza os elementos de proteção contra futuros problemas.
• Dreno de pé: o dreno de pé capta todas as águas que percolam através do filtro
em chaminé e do tapete drenante, chegando ao pé de jusante, conduzindo -as
de volta ao rio, a jusante da barragem.
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VI. DIMENSIONAMENTO DE UMA BARRAGEM DE TERRA
• H=15m;
• Borda Livre (BL)=3m;
• Taludes (Para solos argilosos compactados, ver ANEXO III): Montante:
3,0(H); 1,0(V), Jusante: 2,5(H); 1,0(V) e k=10-8cm/s (ver ANEXO IV).
Crista
5 5
𝐶 = 3+ (𝐻 − 3) = 3 + (15 − 3) = 6,53 ≅ 7𝑚
17 17
Nível máximo:
𝑁. 𝐴𝑚á𝑥 = 𝐻 − 𝐵𝐿 = 15 − 3 = 12𝑚
Nível mínimo:
𝐿𝑡𝑎𝑙𝑢𝑑𝑒
𝐼𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜 =
𝐻
𝐿𝑡𝑎𝑙𝑢𝑑𝑒
Montante: 3 = ∴ 𝐿𝑡𝑎𝑙𝑢𝑑𝑒 = 3.15 = 45𝑚
15
𝐿𝑡𝑎𝑙𝑢𝑑𝑒
Jusante: 2,5 = ∴ 𝐿𝑡𝑎𝑙𝑢𝑑𝑒 = 2,5.15 = 37,5 ≅ 38𝑚
15
8
Extensão da barragem:
Vazão da barragem:
Com ajuda do Archcad, foi possível fazer um desenho das camadas equipotenciais e
canais de fluxo, de forma empírica de como uma barragem de terra se comporta perante a
vazão.
𝑁𝑓 6 𝑐𝑚2 /𝑠
𝑞 = 𝑘. 𝐻. = 10−8 . 1500. = 4,737. 10−6
𝑁𝐷 19 𝑚
9
VII. CONCLUSÃO
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VIII. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, Walter Duarte. Geologia de barragens. São Paulo: Oficina dos Textos, 2012. 338
p.
CRUZ, P. T.. 100 Barragens Brasileiras: Casos Históricos, Materiais de Construção, Projeto.
2.ed. São Paulo-SP: Oficina de Textos, FAPESP, 2004.
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ANEXOS
ANEXO I – Tipos de barragens Homogêneas
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ANEXO II - Zonas e funções dos materiais em barragens de aterro.
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ANEXO III –Taludes preliminares para diversos tipos de solo.
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