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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTC – SALVADOR

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL


UNIDADE CAMPUS SALVADOR PARALELA

ALBERTO PEREIRA JUNIOR


CAROL
VANESSA

FUNDAÇÃO TIPO ESTACA RAIZ

SALVADOR – BA
2022
ALBERTO PEREIRA JUNIOR
CAROL
VANESSA

Fundação tipo estaca Raiz

Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de


Trabalho de Conclusão de Curso 1 (TCC 1), do curso de
Engenharia Civil, do Centro Universitário UNIFTC,
Campos Salvador, como requisito parcial para obtenção
do título de Bacharel em Engenharia Civil.
Para obtenção do título de Engenheiro Civil.
Orientador: Paulo Moreira Machado

SALVADOR - BA
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................4

2 OBJETIVOS...........................................................................................................4

2.1 Objetivo Geral.......................................................................................................4

2.2 Objetivos Específicos..........................................................................................5

3 JUSTIFICATIVA....................................................................................................5

4. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA..........................................................................6

4.1 Leitura do SPT....................................................................................................6

4.1.1 Granulometria e táctil visual............................................................................6

4.1.2 Nível da agua.....................................................................................................7

4.1.3 Resistência a penetração................................................................................7

4.2 Diferença de estaca escavada raiz e hélice continua...................................7

4.3 Capacidade.de.carga.......................................................................................8

4.3.1 Estaca raiz.........................................................................................................8

4.4 Método AOKI-VELLOSO (1975).......................................................................9

4.5 Décourt-Quaresma (1978)..............................................................................12

5.0 CONCLUSÃO...................................................................................................13

REFERÊNCIAS:.........................................................................................................13
1 INTRODUÇÃO

Como escolher a melhor estaca para obra


A definição da melhor opção de estaca para uma obra deverá levar em
consideração inúmeras informações importantes, como as características do terreno,
as cargas da edificação, os recursos financeiros disponíveis e também as técnicas
utilizadas na região da construção.
Este serviço deve ser feito por um engenheiro civil com conhecimentos
específicos em geotecnia, comumente conhecido como engenheiro geotécnico.
Para conhecer as características do terreno é necessário a execução de
sondagens do solo. O tipo de sondagem mais comum é o SPT, que fornece uma
descrição das características das camadas do solo, a posição do lençol freático e
também uma estimativa da resistência do solo.
As características da edificação são encontradas nos projetos de arquitetura e
principalmente no projeto estrutural. É pelo projeto estrutural que o engenheiro
geotécnico terá acesso às cargas atuantes na superfície.
Aspectos relativos à disponibilidade financeira e técnicas disponíveis na
região são tratadas em reuniões com a equipe de execução da obra. A experiência
do engenheiro geotécnico é fundamental neste momento para que seja escolhida a
estaca mais viável para a construção.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Definir o tipo de fundação que será utilizado para a construção,


considerando uma carga de edifício de 10 pavimentos e carga por pavimento igual a
58 toneladas
.

2.2 Objetivos Específicos

• Escolher 1 sondagem, as sondagens podem ser fornecidas pelo professor.


• Definir o tipo de fundação que será utilizado para a construção, considerando
uma carga de edifício de 10 pavimentos e carga por pavimento igual a 58 toneladas.
• Justificar a utilização deste tipo de fundação
• Dimensionar a fundação para os métodos de AOKI-VELLOSO e DECOURT-
QUARESMA e comparar os resultados.

3 JUSTIFICATIVA

O que é uma estaca de fundação:


As estacas são elementos de fundação que tem como objetivo transmitir as
cargas da edificação atuantes na superfície para o solo.
A transmissão das cargas para o solo é feita de duas formas, pelo atrito
lateral entre a estaca e o solo e pela resistência de ponta da estaca. Em alguns
casos, é considerado somente a resistência obtida pelo atrito lateral.
As estacas são classificadas como elementos de fundação profunda. Podem
ser utilizadas em obras de grande ou pequeno porte.
Devido a obra ser um edifício de 10 pavimentos Pressupõe que será em uma
área urbana de grande movimentação sendo um solo com pedregulhos e siltoso,
fizemos uma comparação de estacas escavadas raiz e hélice continua pois seria as
melhores opções para a situação em questão.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

4.1 Leitura do SPT


4.1.1 Granulometria e Táctil visual
Tipo de solo: silte arenoso com pedregulho e com pouca argila,
medianamente compacto a pouco compacto variegado marrom:
O solo siltoso é pouco encontrado em seu estado puro, geralmente ele é
identificado em mistura com o solo argiloso ou arenoso.
O solo siltoso é um intermediário entre a areia e a argila. Possui pouca
coerência e, em contato com a água, se transforma em lama facilmente, o que
dificulta a construção. Além disso, é comum a erosão e desagregação natural neste
tipo de solo, demandando maiores cuidados e manutenção
Como o solo arenoso tem grande proporção de areia, ele apresenta também
muitas granulações; então, a água que entra de baixo da terra é escoada com muita
facilidade. Esse processo entre os grãos de areia, inclusive, é um dos grandes
problemas na sobrevivência desse tipo de solo.

Imagem fornecida: professor Paulo Palmeira Machado

4.1.2 Nível da agua


Não foi encontrado o nível da agua com 10,45 como a maior resistência foi
em 8 metros podemos perfurar com a estaca sem problemas

4.1.3 Resistência a penetração


Quando o furo chegou em 8 metros de profundidade leu-se 14 N de golpes,
pois onde fica maior resistência.
https://www.guiadaengenharia.com/wp-content/uploads/2018/01/sondagem-estados-de-compacidade-
e-consist%C3%AAncia-.jpg

4.2 Capacidade de carga

A força exercida e de 58 toneladas x 10 pavimentos ficando com 580


toneladas ou 580 tf exercida em cada pilar.

4.3 Estaca raiz

A estaca raiz é um tipo de fundação que pode ser utilizado em qualquer tipo
de solo. É uma estaca moldada no local, que possui uma variação de diâmetro de 10
a 50 centímetros, com profundidade de até 60 metros.
A escavação da estaca é feita por meio de perfuração rotativa ou roto-
percussiva. Durante toda a escavação é utilizado revestimento metálico.
Estas estacas são muito utilizadas em fundações que precisam perfurar
rochas ou solos com grande quantidade de matacões, pois seu sistema de
escavação consegue ultrapassar este tipo de material.
A sua carga admissível como elemento estrutural, quando for utilizado aço
com resistência de até 500 MPa e a percentagem de aço for menor ou igual a 6%, a
peça deve ser dimensionada como pilar de concreto armado, levando-se em conta a
verificação de flambagem, com a devida consideração do confinamento do solo,
tomando-se para a argamassa (que, neste caso, deve ter consumo de cimento não
inferior a 600 kg/m3) um valor de fck compatível com as técnicas executivas e de
controle não superior a 20 MPa. De acordo com a NBR 6122 (Projeto e execução de
Fundações)
Também possui ótima resistência à tração e seu equipamento é relativamente
pequeno, o que possibilita seu uso em diversos tipos de situações.

https://brasilmelhorblog.files.wordpress.com/2017/04/1491363990075.jpg

4.3.1 Características da estaca raiz

A principais características da estaca raiz que realmente solucionam com


êxito os problemas de fundações, reforços de fundações e consolidação do terreno
são:
 Alta capacidade de carga (até 140 tf)
 Recalques muito reduzidos
 Possibilidade de execução em área restritas e alturas limitadas
 Perturbação mínima do ambiente circunstante
 Podem ser executadas em qualquer tipo de terreno e em direções especiais
(inclinadas)
 Podem ser executadas com utilização a compressão ou a tração
 São moldadas in loco
 São inteiramente armadas ao longo de todo seu comprimento
 Possui elevada tensão de trabalho do corpo da coluna (fuste)

4.4 Método AOKI-VELLOSO (1975)

No Congresso Panamericano de Mecânica dos Solos e Fundações de 1975,


realizado em Buenos Aires, Argentina, Nelson Aoki e Dirceu de Alencar Velloso
apresentaram um método aproximado para estimar a capacidade de carga de
estacas. Esse método, que mais tarde ficou reconhecido como o método de Aoki-
Velloso, caracteriza a resistência do conjunto solo/estaca “R” pela soma das
parcelas de resistência por atrito lateral “RL” e resistência de ponta “RP” (CINTRA;
AOKI, 2010).

A resistência unitária lateral “rl” e a de ponta “rp” eram inicialmente eram


correlacionadas com ensaios de penetração estática CPT (cone penetration test),
por meio dos valores da resistência de ponta do cone “qc” e do atrito lateral unitário
na luva “fs”

Os fatores de correção F1 e F2 dependem do tipo de estaca, dados na tabela


abaixo:

Com isso, a capacidade de carga R da estaca isolada pode ser estimada como:
Onde U é o perímetro da estaca, ΔL é o comprimento da camada de solo analisada
e Ap é a área da ponta da estaca.
Contudo, devido ao predominância do emprego do ensaio SPT no Brasil, essas
parcelas de resistência foram correlacionadas com o índice de resistência à
penetração Nspt:

Np corresponde ao Nspt na cota da ponta, ou seja, da camada de solo onde a ponta


da estaca está apoiadas; enquanto NL corresponde ao Nspt da camada de solo
avaliada.
O coeficiente K e a razão de atrito α são coeficientes que dependem do tipo do solo,
sendo alguns dados apresentados na tabela abaixo:
Valores diferentes podem ser encontrados em outras bibliografias, pois após a
publicação do método, outros pesquisadores aprimoraram os coeficientes e fatores
de correção, como Alonso, Laproviterra e Monteiro.
Em acordo com as expressões acima, a capacidade de carga de uma estaca isolada
pode ser estimada pela seguinte fórmula:

4.5 Décourt-Quaresma (1978)

No 6° Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações, em


1978, Luciano Décourt e Arthur Quaresma apresentaram ao um método para a
determinação da capacidade de carga de estacas a partir de valores normalmente
fornecidos por sondagens (SPT). Esse método Décourt-Quaresma também
caracteriza a resistência do conjunto solo/estaca pela soma das parcelas de
resistência por atrito lateral e resistência de ponta:

A tensão de atrito lateral “rl”, em kPa, é calculada com o valor médio do índice de
resistência à penetração Nspt ao longo do fuste (NL), não fazendo distinção quanto
ao tipo do solo.

O resultado da expressão acima sairá em kPa. Caso esteja trabalhando com outras
unidades, recomenda-se converter após a aplicação da fórmula.

Na obtenção do valor NL, foram adotados os seguintes limites:

Para estacas de deslocamento e escavadas com bentonita:

A resistência de ponta unitária da estaca rp, estimada pela equação abaixo, é


calculada com o valor médio do índice de resistência a penetração na ponta/base da
estaca Np:
Onde Np representa o valor do Nspt médio da ponta, obtido a partir de três valores:
o correspondente ao nível da ponta, e os imediatamente anterior e posterior; e C é o
coeficiente característico do solo, especificado na tabela abaixo :

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para preenchimento das planilhas eletrônicas desenvolvidas pelo site


engenheironocanteiro.com.br, foram necessários terem posse de um laudo de
sondagem fornecidos pelo professor Paulo Moreira Machado para uma melhor
concepção da resistência oferecida pelo solo e uma planta de cargas. Assim foi nos
disponibilizado a seguinte:
Referente ao laudo de sondagem, a força exercida no pilar será de 580 tf ou 5800
KN.
Passo #1) Preencher a planilha com os dados iniciais:

 Tipo de estaca: Escavada pequeno diâmetro


 Diâmetro: 25 cm
 Fck do concreto: adotarei 15 Mpa
 Coeficiente de Segurança (CS): 2,0

.
5.0 CONCLUSÃO

Os projetos com a estaca escavada raiz foi elaborado com base na


formulação semi-empírica do Método Aoki Velloso e Décourt-Quaresma levando em
consideração o Laudo de sondagem apresentado no corpo do trabalho.
Para a elaboração do projeto com a estaca escavada raiz, foi obedecida a
prescrição normativa da NBR 6122:2010, no qual limita a resistência de ponta em
20%. Foi possível observar que em decorrência da limitação, o projeto com a estaca
escavada apresentou profundidade de assentamento superior ao projeto com a
estaca hélice contínua e capacidade de carga menores.

REFERÊNCIAS:

PEREIRA, Caio. Estaca Hélice Contínua – Vantagens e Desvantagens.


https://mjrengenharia.com.br/noticias/tipos-de-estacas-utilizadas-na-construcao-civil/
DÉCOURT, L.; QUARESMA, A. R. Capacidade de Carga de estacas a Partir de
Valores de SPT, Rio de Janeiro, anais, v. 1, pp 45-53, 1978
NBR 6122, Projeto e execução de fundações, ABNT, 1996.
NBR 12131, Estacas – Provas de carga estática, ABNT, 1992
CINTRA, J. C. A; AOKI, N. Fundações por estacas: projeto geotécnico. São Paulo:
Oficina deTextos.
LUKIANTCHUKI, L. A. Interpretação de resultados do ensaio SPT com base em
instrumentação dinâmica. Tese (Doutorado) Escola de Engenharia de São Carlos –
USP, São Carlos, 2012.

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