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2022
FUNDAÇÕES
Sumário
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................2
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2. CONCEITOS INICIAIS
4. TIPOS DE FUNDAÇÃO
4.1.1.2 Radier
É um tipo de fundação rasa que é semelhante a uma placa ou laje que abrange
toda a área da construção, são de concreto armado em contato direto com o terreno
que recebe as cargas oriundas dos pilares e paredes da superestrutura e
descarregam sobre uma grande área do solo. São utilizados em fundação de obras
de pequeno porte e indicado para solos argilosos. Apresenta vantagens como: baixo
custo e rapidez na execução, além de redução de mão de obra. O radier é executado
em obras de fundação quando a área das sapatas ocuparem cerca de 70% da área
coberta pela construção ou quando se deseja reduzir ao máximo os recalques dife-
renciais.
Dentre as vantagens do radier, destacam-se:
• Redução de recalques diferenciais
• Tempo de execução reduzido
• Pouca mão de obra
4.1.1.3 Sapatas
Sapata é um elemento de fundação superficial de concreto armado que tem a
sua base em planta quadrada, retangular, trapezoidal ou circular. São dimensionadas
para resistirem as tensões de tração, que atuam na fundação, pela armadura e não
pelo concreto.
São inúmeras as vantagens de se utilizar o uso das sapatas, pode-se
mencionar:
• São mais eficientes, sendo construídas diretas no solo, dentro de uma
escavação.
• As sapatas são as estruturas que aguentam maior capacidade de carga
entre as fundações rasas.
• Apresentam baixo custo.
• Rápida execução
• Podem ser executadas sem equipamentos ou ferramentas especiais.
A capacidade de carga das sapatas é de baixa a média e sua utilização é indi-
cada caso a sondagem de reconhecimento do subsolo indiquem a presença de argila
rija, dentro outras. As sapatas podem ser divididas em: Sapata isolada, sapata corrida,
sapata associada e sapata de alavanca.
• Sapata Isolada
É o tipo de sapata mais simples e comum da construção civil,
dimensionada para suportar a carga de apenas um pilar ou coluna,
podendo ser de formato quadrado, retangular, trapezoidal, etc.
• Sapata Associada
É uma sapata comum a mais de um pilar, são utilizadas quando as
distâncias entre duas sapatas isoladas são muito próximas.
• Sapata de Alavanca
A sapata alavancada ou com viga de equilíbrio é utilizada quando a base
da sapata não coincide com o centro de gravidade do pilar por estar
próximo a alguma divisa ou outro obstáculo. Desde modo, é criado uma
viga entre duas sapatas de maneira a suportar o momento fletor gerado
pela excentricidade.
Co
Foto 08 – Execução de Radier
Disponível: https://nelsoschneider.com.br/fundacao-radier/
4.1.2.3 Sapatas
A norma NBR 6122 estabelece alguns valores mínimos para o
dimensionamento da sapata isolada; uma delas é que, em planta, elas não devem ter
dimensão inferior a 60 cm. A base da fundação não deve sofrer influência de agentes
atmosféricos e fluxos d’água, e em divisas com terrenos vizinhos, a sua profundidade
mínima é de 1,5m.
As sapatas devem ser bem executadas para garantir a estabilidade e a
durabilidade da estrutura. Abaixo as etapas de execução:
• Escavação do terreno: Essa escavação pode ser feita com pá ou ca-
vadeira manual, sendo utilizado cavadeira hidráulica somente para
fundações grandes; a escavação será feita a partir das cotas definidas
em projeto.
• Lastro de concreto: Caso o bloco não seja executado diretamente
sobre rocha, é necessário a execução de um lastro de concreto simples
de no mínimo 5cm que ocupe toda a extensão da base do bloco, para
proteger o mesmo da umidade do sólido.
• Montagem de fôrmas: Serão montadas de acordo com as dimensões
da fundação, tendo-se o cuidado no travamento e escoramento das
mesmas.
• Colocação de espaçadores: Após as fôrmas prontas, é necessário
colocar os espaçadores nas armaduras, antes de coloca-las dentro da
fôrma, com o objetivo de dar o cobrimento necessário a mesma.
• Armação: Colocação da armação dentro da fôrma, posicionando
conforme a locação da fundação, é primordial que a locação esteja bem
executada, pois das bases das sapatas irão nascer os pilares, cuja as
armações nascem nas sapatas.
• Conferência: Conferir as cotas, eixos, alinhamentos; posições, bitolas e
cobrimentos das armaduras; travamento das fôrmas.
• Concreto: Lançamento e adensamento do concreto, conforme a
resistência definida em projeto.
• Cura úmida: Deverá ser feita a cura úmida do concreto até atingir a
resistência à compressão (fck) igual ou maior que 15Mpa; essa cura é
executada com lançamento de água sobre a peça.
• Reaterro: Após a sapata concretada, a cura úmida finalizada e desforma
realizada, deverá ser executado o reaterro da vala.
São fundações que transmite as cargas para o solo por meio da resistência de
ponta (base), pela resistência de fuste (lateral) ou por ambas. Este tipo de fundação
deve ser assentada em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em
planta e, no mínimo 3 metros, salvo o projetista tenha alguma justificativa.
As fundações profundas se dividem em: Estacas, tubulões e caixões, vamos
estudar as duas primeiras que são mais utilizadas.
4.2.1 Tipos de Fundações profundas
4.2.1.1 Estacas
As estacas são elementos de fundação que tem como objetivo transmitir as
cargas da edificação atuantes na superfície para o solo. A transmissão das cargas
para o solo é feita de duas formas, pelo atrito lateral entre a estaca e o solo e pela
resistência de ponta da estaca.
São utilizadas em obras de grande porte ou quando as camadas superficiais
do solo não apresentam capacidade de suportar elevadas cargas. Existe vários tipos
de estacas e suas principais diferenças são referentes ao material constituintes ou ao
processo executivo.
Podem ser executadas por equipamentos e ferramentas. Podendo serem cra-
vadas ou perfuradas, são de grande comprimentos e seções transversais pequenas.
Neste tipo de fundação profunda não há a necessidade de descida de operário. As
estacas podem ser feitas de madeira, aço, concreto pré-moldado, concreto moldado
“in situ” ou mista, elas podem ser de deslocamento ou cravadas.
4.2.1.2 Tipos de Estacas
4.2.1.2.1 Estacas de deslocamentos
As estacas de deslocamentos são aquelas introduzidas no terreno por meio de
algum processo que não provoca a retirada de material. São moldadas “in loco” e se
caracteriza pelo deslocamento lateral do solo que é compactado na parede do furo
até atingir a profundidade do projeto. São concretadas juntamente com a retirada do
equipamento utilizado para o furo e a armadura pode ser inserida após o
bombeamento do concreto. As vantagens das estacas de deslocamento são:
• Alta produtividade
• Monitoração das estacas
• Baixíssima remoção de solo
• Aumento das tensões laterais, melhorando as condições de atrito
• Redução do volume de concreto das estacas
As estacas de deslocamentos podem ser: estacas pré-moldadas de concreto,
metálicas, de madeira e do tipo Franki.
4.2.1.2.1.1 Estacas pré-moldadas de concreto
Podem ser de concreto armado ou protendido. São cravadas por percussão,
prensagem ou vibração e a escolha de um destes tipos deve ser feita de acordo com
a dimensão da estaca, características do solo e do projeto e condições da vizinhança.
Vantagens:
• Boa capacidade de carga e boa resistência de esforços
• Por serem produzidas em fábricas tem um bom controle tecnológico do
concreto
Desvantagens:
• Durante a cravação geram grandes vibrações no solo
• Por serem de concreto têm peso próprio elevado, o que limita um pouco
seu comprimento, pois precisam ser transportadas até o local de
aplicação.
6. Controle de Execução
Prova de carga estática consiste num ensaio onde é aplicado uma força na
cabeça da estaca e monitorado o deslocamento provocado por essa força. Com base
nisso é feito uma curva de tensão x deformação e identificado os esforços máximos
suportados pela estrutura antes de fraturar. Naturalmente, as cargas que essa estaca
deve suportar será maior que a carga admissível no projeto.
O procedimento normatizado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) por meio de duas normas que regularizam a execução das provas de cargas
nas estacas:
• NBR – 12131:2006 – Estacas – Prova de Carga Estática – Método de
Ensaio
• NBR – 6122:2019 – Projeto e Execução de Fundações