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BARRAGEM DE ENROCAMENTO COM FACE

DE CONCRETO

Adriana Elisabeth Limberger


Claudia Marquezini Hauy
Thiago Alex Hemkemeier

Disciplina: Obras Hidráulicas


Professor: Elisabeth

TOLEDO, 01 de Outubro de 2014


Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Toledo

Engenharia Civil

RESUMO

As barragens são necessárias para reter a água de uma fonte hídrica a fim de
utiliza-la para vários fins, dentre estes o mais comum é a construção de Usinas
Hidrelétricas. As barragens podem ser classificadas como rígidas ou não rígidas,
sendo que as primeiras são representadas por barragens tipo gravidade ou do tipo
arco e as não rígidas pelas barragens de terra ou de enrocamento. As barragens de
enrocamento com face de concreto possuem diversas vantagens em relação às de
núcleo argiloso, porém a maior delas está relacionada ao cronograma construtivo,
não dependendo de fatores climáticos tanto quanto outros tipos de barragens. Para
a realização de um projeto desta amplitude existem diversos princípios a serem
seguidos a fim de garantir a segurança, economia e a minimização de impactos
ambientais, e estes princípios estão diretamente relacionados com a maneira de
coordenar e executar o empreendimento, desde a fundação da barragem até a laje
de concreto da face. Além disso, para que seja feita a execução adequada da
barragem precisam ser utilizados instrumentos medidores de deformações e juntas,
medidores de vazão de infiltração, medidores de tensão na ferragem da laje e até
mesmo piezômetros, para que a pressão neutra seja medida. Esta também deve ter
um plano de fiscalização e inspeção após a sua construção para que nenhum
imprevisto aconteça trazendo riscos para a população e para o meio ambiente.
Neste trabalho foi analisado um estudo de caso onde a barragem de enrocamento
com face de concreto de Campos Novos localizada no rio Canoas sofreu com um
grande vazamento ocorrido em 2006 mesmo antes de a mesma ser ativada, e isso
fez com que todos entrassem em estado de alerta, porém não houve registros de
danos maiores à população e ao meio ambiente.

Palavras chave: barragens; Usinas Hidrelétricas; empreendimento; barragem de


enrocamento com face de concreto.

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1. INTRODUÇÃO

O homem, no sentido de aproveitar os recursos naturais para o seu uso e


com a necessidade de obter suprimento de água para a agricultura e pecuária, fez
com que despertasse o desenvolvimento de diferentes técnicas de construção de
barragens em função dos recursos disponíveis em cada época, ao longo da história.

Embora haja um grande avanço tecnológico, não se pode dizer que há um


tipo de barragem ideal, pois isto é vinculado aos critérios e fatores de projeto,
recursos financeiros e a viabilidade ambiental.

Na primeira metade do século XX, várias barragens foram construídas com


enrocamento, sendo que algumas apresentaram desempenho insatisfatório. Isto foi
devido à ocorrência de vazões excessivas e de grandes deformações após o
período de construção. Suspeitava-se que os problemas eram relacionados ao
período de enchimento do reservatório, quando ocorria a lubrificação do contato
entre blocos de rocha, e consequente redução de atrito (PUC-Rio).

Ainda nesse século com o surgimento de novas ferramentas de


compactação houve o aprimoramento da técnica construtiva no lançamento do
agregado e a redução de vazios entre os mesmos, aumentando a densidade do
enrocamento compactado (ARAUJO et al, 2011)

Como uma constatação do marcante avanço tecnológico, vale citar que, até
o final do século XIX, havia apenas oito barragens de enrocamento construídas com
mais de 30 metros de altura. Em 1940, já havia registros de barragens com altura
variando entre 60 e 90 metros. Nos anos 50, foram construídas barragens com até
135 metros de altura (PUC-Rio).

A construção de barragens com face de concreto no Brasil teve início na


década de 70, com a construção da barragem de Foz do Areia construída entre
1975 e 1980. Desde então este tipo de barragem têm-se mostrado altamente
competitiva tanto economicamente quanto tecnicamente. Razões pelas quais se
tornaram bastante difundidas no Brasil, com destaque para a região sul, onde os

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aspectos de relevo e características dos solos apresentavam grande qualidade, e


eram adequadas à solução de barragem de enrocamento com face de concreto
(WATZKO, 2007).

Figura 1. Usina Foz do Areia.


Fonte: <http://www.cruzmachado.com/?p=61>

2. BARRAGENS
Segundo Araujo et al (apud GOMES, 2005), do ponto de vista geométrico,
uma barragem pode ser classificada: rígida e não rígida. As barragens rígidas se
subdividem, podendo ser do tipo gravidade ou do tipo arco. Já as barragens não
rígidas, ou são de terra, ou são de enrocamento.
Ainda, de acordo com a estrutura tem-se:
- Barragens rígidas do tipo gravidade:
Estrutura de contenção que se classifica como: Barragem de concreto
gravidade e Barragem de gravidade aliviada com contraforte;
- Barragens rígidas do tipo arco simples e de dupla curvatura;

- Barragens não rígidas ou de aterro: Estruturas de contenção em terra


que se classificam em duas: Barragem de terra homogênea e Barragem de terra-
enrocamento.

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2.1. Barragem para contenção de resíduos


A Norma Brasileira NBR 13028 (ABNT, 2000), define como barragem
qualquer estrutura que forma uma parede de contenção para rejeitos, para
sedimentos e/ou para formação de reservatório de água.
Sendo assim, tem-se:
- Barragens de terra
- Barragens de enrocamento
- Barragens de resíduos.

2.1.1. Barragens de enrocamento


Ela se caracteriza por sua estrutura ser composta de fragmentos de rocha
compactada (enrocamento) e ter um núcleo impermeável, podendo este ser de
argila ou concreto.
A escolha deste tipo de barragem se dá pelas características do local de
implantação, onde é pequena a disponibilidade de solo para a realização de toda
uma estrutura impermeável. Ademais, dispõe-se bem em vales rochosos e em
condições em que a camada superficial do solo não possui espessura significativa.

2.1.1.1. Barragem de Enrocamento com Face de Concreto – BEFC.


De acordo com Souza (2012), a barragem de enrocamento com face de
concreto apresenta as seguintes características básicas:
a) Placas de concreto sobre o talude de montante do enrocamento como
septo impermeável (apud MASSAD (2004) p142);
b) Estrutura principal composta de enrocamento compactado e zoneado
com a finalidade de resistir às ações do reservatório e servir de
barramento para o mesmo (apud SHERARD (2004) p. 33-40).

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Figura 2. Barragem de enrocamento com face de concreto.


Fonte: (Souza, 2012).

Por apresentar a constituição do núcleo em concreto e agregados


compactados, possibilitou à engenharia construir barragens com alturas antes
inacessíveis, ou seja, superiores a 100 metros de altura, como ilustra a tabela a
seguir.
Basso (2007) diz que as barragens de enrocamento com face de concreto
podem ser mais baratas que as de núcleo argiloso (Basso, 2007 apud Saboya Júnior
1993):
 Maior dimensão das praças de compactação;
 Maior flexibilidade no transporte e no lançamento do material por meio
de rampas internas;
 Maior espessura das camadas a serem compactadas;
 Inexistência de interferência do clima (período chuvoso) durante a
compactação. Propiciando uma maior confiabilidade nos prazos de
execução;
 Possibilidade de obter durante a construção, uma proteção do maciço
da barragem para cheias maiores que a ensecadeira, através da
execução parcial da face de concreto;
 Tratamento das fundações localizado fora do corpo da barragem;
 Menores transições em comparação com as transições necessárias
em barragens de núcleo argiloso.

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Segundo Souza (apud MASSAD (2003) p142), a maior vantagem deste tipo
de estrutura está no cronograma construtivo. Por ser construída por aterro em
enrocamento e face em concreto, sua construção independe do clima, gerando
menos atrasos quanto ao cumprimento do cronograma. Também, observou-se que
este tipo de estrutura encontra-se entre as mais econômicas, motivo pelo qual se
tem optado pela mesma recentemente no Brasil.

Tabela 1. Principais BEFC’s construídas no Brasil.

Fonte: (Araújo et al, 2011)

2.1.1.1.1. Projeto
2.1.1.1.1.1. Princípios de Projeto
Dentre os princípios de segurança, economia e minimização dos impactos
ambientais, especialmente para fins de projetos, Souza (apud MASSAD) relata
algumas condições no qual as barragens devem fornecer garantias para que não
aconteçam:
a) o transbordamento, que pode abrir brechas no corpo de barragens de
terra e de encocamento;

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b) o “pipping” e ao fenômeno da areia movediça (liquefação)


c) a ruptura dos taludes artificais, de montante e de jusante, e dos
taludes naturais, das ombreiras adjacentes ao reservatório;
d) o efeito das ondas, formadas pela ação dos ventos na superfície do
reservatório, e que vão dissipar energia no talude de montante, podendo
provocar sulcos de erosão ou rompimento do muro-parapeito;
e) o efeito erosivo das águas das chuvas sobre talude de jusante.
E dentre todas essas condições, Souza (2008) diz que as barragens de
enrocamento com face de concreto, por suas características peculiares, preenchem
de imediato a maioria:
Não há pipping em barragens de enrocamento, pois é a base de material
granular, sendo assim, também não há o fenômeno de área movediça, pois no
enrocamento o diâmetro característico do material é elevado, de forma que o fluxo
de água crítico para romper a estrutura não é alcançado em condições normais.
Quanto aos taludes artificiais, segundo Souza (apud SHERARD (2004) p. 9),
a estabilidade dos taludes artificiais não é preocupante, mas isto não implica em
deixar de realizar a análise estrutural da barragem, pois mesmo que esta seja uma
estrutura estável e sem registros de colapsos, seus deslocamentos devem ser
conhecimentos de forma a permitir a modelagem de toda a estrutura, em especial da
laje, que garante a estanqueidade.

2.1.1.1.1.2. Fundação
Considerando o grande gradiente hidráulico que a fundação está submetida,
o projeto de fundações de barragens tem como função, além do suporte da
barragem, o controle de percolação.
Segundo Souza (apud SHERARD (2004) p. 24), um dos principais critérios
para o projeto da fundação de uma barragem de enrocamento é evitar a ocorrência
de erosão ou pipping.
As principais técnicas do controle de percolação são:

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 Fundação sobre camada de solo permeável, que no caso, ou deve-


se reduzir a permeabilidade das fundações, ou aumentar o caminho
da percolação.
 Fundação em rocha, onde os problemas relacionados a percolação
irão ocorrer em função de descontinuidades do maciço rochoso e de
fissuras.

2.1.1.1.1.3. Plinto
O plinto é uma peça de concreto localizada no sopé de montante da
barragem cuja função é garantir a impermeabilização da interface formada entre o
plano da fundação em rocha e o fundo do maciço de enrocamento. A estanqueidade
da barragem é garantida pelo conjunto formado pela laje de concreto da face, a junta
perimetral, o plinto e as técnicas de controle da percolação de água nas fundações
(SOUZA, 2008)

2.1.1.1.1.4. Laje de Concreto da Face


Ela é localizada a montante do maciço de enrocamento e sua finalidade é
proporcionar estanqueidade ao barramento.
Entre a laje de concreto da face e o plinto está a junta perimetral, cuja
função é absorver as deformações originadas pelo deslocamento relativo entre o
plinto e a laje, sem que prejudique a estanqueidade da barragem.
A laje de concreto pode ser executada juntamente com o maciço de
enrocamento, sendo assim, como a fase construtiva também ocorre deformações no
corpo da barragem, a laje necessita ser (SOUZA, 2012) flexível, resiliente,
permanente e impermeável.
2.1.1.1.1.5. Maciço de Enrocamento
É a estrutura principal do corpo da barragem, e é o responsável por absorver
os esforços decorrentes do empuxo hidrostático do reservatório e transmiti-los para
a fundação.
Por ser a parte da estrutura que mais sofre os esforços e ser um material
compressível, a análise de suas deformações é necessária para garantir a
estanqueidade da barragem.

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Figura 3. Zoneamento típico da Barragem de Enrocamento com Face de Concreto.


Fonte: (SOUZA, 2012.)

A diferença de rigidez entre o concreto da face e a estrutura da barragem


tem-se concentração de tensões elevadas e que podem facilmente exceder aos
esforços resistentes da laje. Logo a questão do zoneamento se mostrou
extremamente importante no que diz respeito a criar-se uma melhor condição de
transição entre estas duas estruturas para buscar a maior suavização possível
(WATZKO, 2007).
O fato de haver duas estruturas com propriedades tão diferentes
(enrocamento e concreto) tem proporcionado preocupações quando se dá o
enchimento do reservatório. Sendo assim, a interface entre estes dois elementos da
barragem faz-se importante.

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Figura 4. Zoneamento da BEFC.


Fonte: BASSO, 2007.

Segundo BASSO (2007):


Zona 1
A zona 1 refere-se a um manto de solo impermeável compactado a
montante da laje de vedação. O objetivo é cobrir a junta perimetral e a laje nas cotas
inferiores com solo impermeável, preferencialmente não coesivo o qual colmatará
qualquer fissura ou abertura de junta. Uma espessura mínima de construção de silte
e areia fina é usada sobre a laje e rocha de fundação (Zona 1A), coberto com um
mtaerial de bota-fora mais econômico para garantir a estabilidade (Zona 1B).

Zona 2
A zona 2 é um enrocamento fino, britado com presença moderada de areia e
finos. A largura da zona é reduzida e se localiza diretamente sob a face. O objetivo é
conseguir um suporte firme e uniforme para a laje de concreto e estabelecer uma
permeabilidade confiável baixa, tendo uma granulometria aproximada de um
material para filtro. A propriedade de semi-impermeabilidade é de grande valor nas

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proximidades das juntas perimetrais. Também para o caso de uma cheia durante a
fase de desvio do rio, é esta zona que amenizará a percolação através do maciço
em construção.
Esta zona é subdividida em 2ª e 2B. A primeira localiza-se imediatamente
abaixo da junta perimetral e possui uma granulometria capaz de reter a migração do
silte proveniente da zona 1ª, podendo conter um leve teor de cimento (3 a 4%). A
compactação é feita com compactador manual vibratório. A zona 2B refere-se a uma
porção de 4 m de largura, compactada em camadas de 30 a 50 cm de espessura
com rolo liso vibratório. Costuma-se especificar o método de compactação, ou seja,
4 a 6 passadas de um rolo de 10 ou 12 toneladas, sendo interessante determinar a
massa específica para registro e controle. Para compactar a face, utiliza-se um rolo
de menor dimensão que é puxado para cima, ao longo do talude, seguindo de mais
quatro passadas sem vibração, ou até mesmo utilizar um vibrador de placa montado
em uma retro-escavadeira. É interessante proteger a superfície contra fortes chuvas
a fim de evitar erosões. Algumas BEFC recentes introduzem uma guia de concreto
extrusada (concreto fracamente cimentado), revestindo a zona 2B, com o objetivo de
regularizar a superfície sob a laje de concreto e servir de forma para a compactação
do material da zona 2B.

Zona 3
A zona 3 é a porção do maciço e esta é dividida em 3 subzonas (3A, 3B e
3C), com a espessura das camadas crescendo para a jusante para se obter
transições de compressibilidade e permeabilidade no sentido montante-jusante.
Requer maior rigidez na porção de montante do maciço, que transmite a carga do
reservatório à fundação.
A zona 3A é uma transição entre a zona 2 e o enrocamento principal, possui
largura e espessura de camada similar à zona 2B. O objetivo principal dessa zona 3ª
é o de limitar a dimensão dos vazios e assegurar que o material da zona 2 não seja
arrastado para os grandes vazios do enrocamento principal.
Como a maior parte da carga d’água é transmitida através da porção de
montante, é desejável que a compressibilidade da zona 3B seja a mais baixa
possível para minimizar as deflexões da laje de face. As experiências mostram que

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maciços construídos em camadas de até 1 m de espessura e compactado com 4 a 6


passadas de um rolo vibratório liso pesando 10 t têm desempenho satisfatório.
A zona 3C, por receber uma carga relativamente menor do que a zona 3B, é
comumente constituída de camadas mais espessas, usualmente entre 1,5 e 2 m e
também, compactada com 4 passadas do mesmo rolo.
Em algumas regiões inferiores de jusante pode-se utilizar blocos de rocha
somente lançados, quando abaixo do nível d’água (zona 3D). Na face de jusante são
empurrados grandes blocos de rochas criando uma superfície esteticamente
satisfatória e estável para o talude.

2.1.1.1.1.6. Instrumentação
De um modo geral para o controle da estrutura da barragem é projetado e
implantado um sistema de auscultação para a medição das deformações horizontais
e verticais do corpo da barragem e da estrutura de vedação, laje (WATZKO, 2007)
Watzo (2007) cita o conjunto de instrumentação usados na Barragem de
Machadinho como exemplo de instrumentos utilizados, os quais são:
a) Medidores de deformação vertical:
 Caixas Suecas;
 Medidor Magnético de Recalque.
b) Medidor de deformação horizontal:
 Extensômetro Múltiplo;
 Marco de Assentamento Superficial;
 Medidor Horizontal Magnético.
c) Medidor de junta:
 Medidor de Junta Simples;
 Medidor Triortogonal de Junta.
d) Deformada da laje:
 Eletro Níveis;
 Inclinômetro.
e) Medidor de vazão de Infiltração

Ele ainda cita alguns outros tipos de aparelhos, como:


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a) Medidores de tensão na ferragem da laje, tensomêtros;


b) Medidores de pressão total, usados algumas vezes para medir as
tensões de contato entre enrocamento e muro (por exemplo). Pouco
usado;
c) Piezômetros para medição de pressão neutra, logicamente não do
enrocamento, mas nas ombreiras. Pouco utilizado.

Medidor de recalque tipo Caixas Suecas ou Células de Recalque


O seu funcionamento se dá através do funcionamento dos vazos
comunicantes. Apesar de ser simples e confiável, uma desvantagem é que em
função do seu sistema de funcionamento fica impraticável instrumentar pequenas
camadas, ou seja, a espessura da camada fica em torno de 20 a 30 metros. Deve-se
tomar cuidado ao realizar a leitura utilizando água desaerada, proceder a circulação
no sistema e fazer a complementação da água com leveza.
A complementação da água no interior da tubulação de leitura que equaliza
as colunas d’água no aparelho e na cabine de medição, e vasos comunicantes é um
processo cuidadoso de maneira a evitar a inclusão de bolhas de ao sistema.

Figura 5. Medidor de recalque tipo caixa sueca.


Fonte: (Watzko, 2007)

Medidor magnético de recalque

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Ele é estruturado por placas metálicas nos quais são sobrepostas na vertical
e conectadas por um tudo de referência e cada aparelho tem uma diferente
composição do número de placas e isto é em função da espessura de cada camada
que se deseja medir, porém, geralmente é utilizado uma espessura de 6 metros.

Figura 6. Medidor magnético de recalque.


Fonte: (Watzko, 2007)

Extensômetro Multiplo
Ele é composto por hastes metálicas que são fixadas no extremo e no
interior da barragem e fica livre para movimentação no outro extremo, que fica na
cabine de medição. As hastes medem as deformações horizontais do corpo da
barragem.

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Figura 7. Croqui e detalhes de instalação do extensômetro múltiplo.


Fonte: Watzko, 2007

Marco de Assentamento Superficial


Utilizado para acompanhamento dos deslocamentos verticais e horizontais
das estruturas. Estes são instalados nas superfícies que serão observadas, como a
crista, taludes da barragem e as cabines de medição. Sua leitura é feito através da
topografia.

Figura 8. Marco de assentamento superficial.


Fonte: Watzko, 2007

Medidor de junta
Este medidor fornece a leitura dos deslocamentos relativos e absolutos entre
dois pontos e, ainda, qualifica e mede a abertura ou fechamento entre dois pontos.

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Figura 9. Medidor de junta elétrico.


Fonte: Watzko, 2007.

Medidor Triortogonal de Junta


Assim como o medidor de junta, ele também fornece a leitura dos
deslocamentos relativos e absolutos entre dois pontos, mas são medidos em três
direções ortogonais, com o auxílio de um sistema de apoio construídos em aço inox,
e fixados convenientemente na estrutura.

Figura 10. Medidor Triortogonal de Junta mecânico.


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Fonte: Watzko, 2007.

Eletro Níveis
Este instrumento mede as inflexões da laje.

Figura 11. Eletro nível. Instalação na face da laje de vedação.


Fonte: Watzko, 2007.

Medidor de vazão
Ele mede as vazões gerais de infiltração na estrutura de barramento. Os
medires são instalados à jusante, aproveitando-se a incorporação e vedação da
ensecadeira de jusante, então, é construído uma estrutura de captação das águas
internas à barragem. Estas águas são provenientes das infiltrações pela fundação,
juntas da laje de vedação, ombreiras, e águas da pluviometria local e registrada por
fissuras e/ou trincas na laje.

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Figura 12. Medidor de vazão triangular.


Fonte: Watzko, 2007.

2.1.1.1.2. Acompanhamento
A questão da segurança das barragens é um fator de extrema preocupação
e importância. A necessidade e a utilização de materiais com menores resistências
sem a devida comprovação acabam tornando a obra um novo laboratório pra análise
e avaliação do desempenho. As informações obtidas da instrumentação
proporcionam meios de comparação com a situação real, sendo assim, estas tem
grande importância para a tomada de decisões em projetos e construção,
principalmente pelo controle tecnológico e a auscultação da estrutura.
A instrumentação da auscultação permite o acompanhamento praticamente
sem interrupções ao longo da vida da barragem. E além deste, as inspeções visuais
das estruturas também são imprescindíveis.
As atividades de leitura devem ser executadas por técnicos treinados e
experientes, porém as atividades de inspeção visual das instrumentações deverão
ser feitas por especialistas das áreas geotécnicas, estruturais e geológicas. Toda

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essa preocupação da atribuição da equipe deve-se ao fato da correta interpretação


dos dados.
Waztko (2007) propôs um fluxograma no qual resume as atividades de
auscultação e inspeção de estruturas civis feitas em barragens.

Figura 13. Fluxograma da atividades de auscultação.


Fonte. Watzko, 2007.

Desta forma, pode-se avaliar como a estrutura se comporta na fase de


construção, carregamento hidráulico, enchimento do reservatório e durante a sua
operação.

2.1.1.1.3. Prática Usual de Previsão do Comportamento de


Deformação do Maciço
A partir dos resultados da instrumentação obtém-se os parâmetros do
maciço. São avaliadas duas medições, o recalque do maciço durante o período
construtivo e posteriormente busca-se a determinação da configuração da
deformação da laje de face de montante durante a fase de enchimento do
reservatório.

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2.1.1.1.3.1. Módulo de deformabilidade durante a construção


Durante a fase de construção são instalados medidores de recalques,
geralmente do tipo de placas magnéticas, que fornecem os deslocamentos verticais
de cada placa em relação à placa de referência instalada no maciço rochoso de
fundação (BASSO, 2007)

2.1.1.1.3.2. Módulo de deformabilidade durante o enchimento do


reservatório
Deve-se medir as deflexões da face de concreto, no período do enchimento
do reservatório, no parâmetro de montante. Sendo assim, Basso (2007, apud
Goulart, 2004) diz que é usual a utilização de eletroníveis, que são dispositivos
compostos por cápsula contendo um líquido eletrolítico e transdutores elétricos
capazes de fornecerem dados de rotação em diferentes pontos através de uma linha
longitudinal na laje de concreto. A integração numérica ou o ajuste polinomial dos
resultados de rotação em função da distância de instalação dos aparelhos fornece
uma configuração das deformações normais à face ao longo da laje.

2.1.1.1.4. Comportamento das deformações


As fissuras nas lajes e as aberturas das juntas perimetrais e verticais
observadas nas recentes BEFC são responsáveis pelos vazamentos, e estão
relacionadas com as deformações diferenciais do maciço durante a construção e
enchimento do reservatório. E durante a operação do reservatório essas
deformações do maciço podem ainda continuar devido ao umedecimento em
algumas zonas.
Basso (2007) ainda cita algumas outras possíveis causas que levam ao
fissuramento da laje de concreto nas barragens de enrocamento com face de
concreto, além dos efeitos de deformação diferencial do maciço resultante das
diferentes alturas de camadas compactadas:
 Sequência construtiva assimétrica na fase de alteamento, que pode
levar a formação de trincas na região de transição (Zona 2B);
 Efeito da geometria da fundação;
 Mudança brusca da inclinação das ombreiras;
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 Efeito de “pulsão” na laje durante o enchimento, resultando em


regiões de tração próximas às ombreiras e de compressão no centro
da laje.

3. Estudo de caso: Rompimento da Barragem de Campos Novos.


A barragem de Campos Novos localiza-se no rio Canoas, 21 km a montante
da sua foz, latitude S.27º36', longitude W.51º19', nos municípios de Campos Novos,
Celso Ramos, Anita Garibaldi e Abdon Batista – no Estado de Santa Catarina
(Enercan, 2006). A localização está ilustrada nos mapas apresentados na
sequência.

Figura 14. Localização da Usina Hidrelétrica de Campos Novos.


Fonte: http://www.cbdb.org.br/documentos/CCorreia-Acidente%20Campos
%20Novos.pdf

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Figura 15. Arranjo geral.


Fonte: http://www.cbdb.org.br/documentos/CCorreia-Acidente%20Campos
%20Novos.pdf

O site de notícias Carta Maior (2006), relata como foi o acidente da


Barragem de Campos Novos:
“O reservatório da usina hidrelétrica de Campos Novos, localizada entre os
municípios de Celso Ramos (SC) e Pinhal da Serra (RS), no rio Canoas, foi
totalmente esvaziado. O reservatório contava com 75% da sua capacidade total de
1,47 bilhões de metros cúbicos de água e estava pronto para entrar em

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funcionamento. Contudo, desde outubro do ano passado (2005) o empreendimento


apresentou problemas em sua construção.
Ênio Schneider, diretor superintendente da empresa Campos Novos Energia
S/A (Enercan), responsável pela construção e gestão da hidrelétrica, afirma que, em
outubro de 2005, um dos túneis de desvio da água do rio apresentou vazamentos.
Em março de 2006, a empresa controlou a situação, mas logo um novo vazamento
surgiu. “Tentamos fazer [o conserto] de novo, mas não tivemos resultados”, explica
Schneider. As condições se tornaram insustentáveis na madrugada do dia 20 de
junho, quando o vazamento aumentou muito, apresentando uma vazão de 3 mil
metros cúbicos por segundo.
A estrutura da barragem, formada por 13 milhões de metros cúbicos de
rocha, tem 202 metros de altura e ocupa uma área de 39,4 km2. Segundo a
organização não-governamental Amigos da Terra, a barragem de Campos Novos é
uma das maiores do mundo. Kathia Vasconcellos Monteiro, vice-presidente do
Núcleo Amigos da Terra, diz que a hidrelétrica estava pronta para funcionar. “Ainda
não estava produzindo energia porque não tinha autorização; era uma questão
administrativa e não técnica”.
A água foi toda escoada para a barragem de Machadinho, que estava com
sua capacidade bem abaixo do normal devido ao período de seca na região.
“Machadinho recuperou 85% do seu volume”, diz Schneider, garantindo que, mesmo
que a barragem de Machadinho operasse em cheia, não haveria perigo ou riscos de
as populações locais serem atingidas, pois as barragens de Campos Novos,
Machadinho e Itá “funcionam de forma coordenada”. Ele garante também que não
houve nenhum impacto ambiental com o esvaziamento do lago.
Kathia contraria a informação e diz que as casas, além da fauna e da
vegetação que estão acima do leito do rio, poderiam ter sido afetadas caso
Machadinho trabalhasse em período de cheia. “Teria sido uma catástrofe”, diz. De
acordo com o membro da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens
(MAB), Marco Antônio Trierveiler, cerca de 20 mil pessoas se encontravam em
situação de risco. Ele afirma que Machadinho e Itá poderiam ter suas barragens
estouradas e que haveria inundação se estivessem operando com a capacidade
máxima.

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Trierveiler afirma que a população local não obtinha uma resposta oficial da
empresa sobre o que estava acontecendo com a barragem nem informações sobre
a dimensão do perigo e prejuízos que um eventual acidente poderia trazer. “A
população tem o direito de saber para estar preparada para um possível desastre”,
diz. Questionado sobre isso, o diretor da Enercan diz que todos foram avisados por
meio de um boletim difundido pela rádio local na manhã do ocorrido.”

Figura 16. Vista da face depois do rebaixamento do reservatório.


Fonte: http://www.ibracon.org.br/Metro/Rog%E9rio%20Menescal.pdf

Ainda, na mesma notícia:


“Com o esvaziamento, a barragem de Campos Novos deixou uma enorme
rachadura em sua estrutura visível. “Desde outubro, as coisas iam piorando. Houve
desabamento e o robô que mandaram para o conserto foi sugado pela água”, afirma
o coordenador do MAB. As comunidades locais já haviam denunciado a existência
dessa rachadura. Entre outubro de 2005 e março deste ano, o MAB encaminhou
duas vezes comunicados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
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Naturais Renováveis (Ibama) e à Fundação do Meio Ambiente (Fatma) _ órgão


estadual responsável pelo licenciamento do empreendimento _ além dos
financiadores Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Mas, segundo Trierveiler, o movimento não obteve nenhuma resposta das
partes. “Hoje tem um comitê do BID avaliando a situação aqui, mas não se
manifestaram sobre o ocorrido”, diz o coordenador do MAB. Kathia Monteiro
concorda. “Havia comentários sobre a rachadura, mas não havia nada comprovado.
Eu não acreditava num erro tão primário num empreendimento desse porte e
magnitude com tecnologia”, afirmou.
Segundo a diretoria da Enercan, a rachadura não teve nada a ver com o
esvaziamento do reservatório. “A trinca já existia logo no início [das obras]”, diz
Schneider. A empresa afirma que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
recomendou que a falha fosse corrigida apenas quando o reservatório estivesse
cheio. “O tratamento consiste em lançar argila no local da fissura para se obter uma
melhor impermeabilização, com o objetivo de reduzir o nível de infiltração”. 
Em nota pública, a Enercan explica que “a face de concreto que apresenta
fissura serve apenas para fazer uma vedação final do corpo da barragem,
promovendo uma melhor impermeabilização. Portanto a face não possui nenhuma
função estrutural. Por ser uma fissura no corpo da laje de concreto de
impermeabilização, ela não afeta de forma alguma a segurança estrutural da
barragem”. Schneider reconhece que, com o reservatório vazio, é mais fácil fazer o
conserto do túnel de desvio e da própria rachadura. “Estávamos trabalhando a mais
de 130 metros de profundidade debaixo da água”, disse. "”

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Figura 17. Barragem após a ruptura.

CHAVIER e CORREIA (2008) citam as tentativas de vedação da laje de


concreto:
• Inspeção com ROV;
• Ensaios no laboratório do FCTH-USP;
• Estudos de distribuição de velocidades;
• Estudos de impacto de peças nas estruturas;
• Estudos de alongamento/rompimento de cabo dos guinchos;
• Estudos de lançamento de concreto subaquático a grandes profundidades;
• Lançamento de artefatos metálicos, seguido de outros materiais de
vedação progressivamente menores
Também, estes fazem menção a uma ordem cronológica do acidente:
 Progressão da erosão devido ao jato com velocidade ~ 200 km/hora
 Corte do apoio lateral no trecho superior da comporta
 Encurvamento para jusante do topo da comporta
 Direcionamento do jato para o teto
 Erosão do teto da estrutura onde engasta o pilar entre os vãos 1 e 2

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 Perda de engaste levou ao colapso do pilar onde se apoiavam as comportas


dos vãos 1 e 2.
Segundo autores (CHAVIER E CORREIA, 2008), a abertura súbita dos vãos
1 e 2 do Túnel 1 provocou a liberação de uma vazão inicial máximo de cerca de
4000 m³/s. Esta vazão corresponde a uma cheia com TR = 10 anos (já ocorrida
várias vezes no local).
O rebaixamento do nível ocorreu em 2 dias e não houve qualquer dano
pessoal ou a jusante.
Todos os trabalhos de salvamento foram desenvolvidos dentro de um plano
de emergência, envolvendo todas as ações necessárias ligadas a comunidades,
autoridades e demais agentes afetados.
Não houve qualquer problema de estabilidade nas encostas do reservatório
devido ao rebaixamento rápido.

Figura 18. Rompimento das juntas entre as lajes 16 e 17.


Fonte: http://www.cbdb.org.br/documentos/CCorreia-Acidente%20Campos
%20Novos.pdf

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Após reparos os problemas ocorridos, CHAVIER E CORREIA afirmam que


as investigações e resultados da instrumentação instalada na face de concreto e no
maciço não indicam nenhuma anormalidade no segundo enchimento do reservatório
e a vazão de percolação pelo maciço está estabilizada, desde o reenchimento do
reservatório a maior vazão registrada foi de 1,2 m³/s, durante mais de 8 meses.
Não existe perda de geração em função da vazão de percolação da
barragem, o enrocamento, com poucos finos, não apresentam risco de pipping, a
percolação não causou erosão no enrocamento e a estabilidade e completamente
preservada, sendo assim, as BEFC são inerentemente seguras.

4. CONCLUSÃO
As barragens de enrocamento com face de concreto apresentam-se como
boa alternativa de construção quando a camada de solo permeável é
suficientemente espessa ou quando a fundação pode ser assentada em rocha. Essa
condição permite que a rigidez da estrutura seja satisfatória para suportar as
solicitações do gradiente hidráulico. Além disso, por ser composta de fragmentos de
rochas (enrocamento), sua construção independe de fatores climáticos, o que
permite que o cronograma de obra seja cumprido conforme o planejado. A
associação do enrocamento com núcleo de concreto ou argila confere versatilidade
ao tipo de aplicação da barragem, podendo variar as dimensões do barramento,
principalmente a altura, adaptando a construção da barragem a diferentes
localidades. De toda forma, além das vantagens técnicas, é preciso observar a
manutenção do barramento durante e após sua construção, para garantir o perfeito
barramento dos fluidos, evitando maiores problemas com infiltrações, problemas de
estanqueamento e até rupturas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, C. F. Construção de Barragens de Enrocamento para Contenção
de Resíduos de Mineração. São Paulo, 2011.

WATZKO, A. Barragens de Enrocamento com Face de Concreto no Brasil.


Florianópolis, SC. 2007.

SOUZA, K. I. S. Barragem de Enrocamento com Face de Concreto: análise de


tensões pelo método dos elementos finitos na fase construtiva por etapas. Florianópolis, SC.
2008.

CARTA MAIOR. Disponível em: <


http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/Reservatorio-de-usina-e-
esvaziado-por-falha-tecnica/3/10921>. Acesso em 28 set 2014.

XAVIER, L.V. e CORREA, C. Acidentes em barragens brasileiras: Barragem


de Campos Novos. Salvador, BA. 2008.

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