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Nome: Larissa Gabriele Dias Silva

Turma: quinto período

RESUMO – Cap. 24 – Barragens e Reservatórios


O resumo foi tirado do livro Geologia de Engenharia – Ed. Antônio M. S. Oliveira; Sérgio N. A.
de Brito – ABGE, ele vem nos falar que este capítulo aborda como barragens enquanto
estruturas de armazenamento de água, com várias finalidades, enfocando mais como
detidamente as fundações e seus fatores condicionantes de natureza geológica, bem como os
reservatórios e suas características específicas.
1 Tipos de Barragens
De maneira simples, podem ser classificadas como: barragens de concreto e de aterro. A
primeira como o nome já diz, feitas de concreto, a segunda com materiais menos resistentes.
A seguir, outros tipos de barragens:
1.1 Barragem de concreto-gravidade
Têm sua estabilidade assegurada pelo seu peso e equipamentos adequados pela resistência da
fundação.
Somente quando o módulo de deformabilidade do maciço é muito baixo. Como o módulo de
um concreto massa está em torno de 25.000-30.000 MPa, significa que a deformabilidade de
uma fundação de barragem de concreto gravidade torna-se preocupante para valores de
inferiores a 3.000-1.000 MPa. Em termos de resistência à compressão e módulos de
deformabilidade, portanto, as exigências das barragens de concreto gravidade são moderadas,
sendo possível construí-las, quando de baixa altura, até mesmo sobre rochas brandas ou
alteradas.

1.2 Barragens de gravidade aliviada e de contrafortes


A subpressão fica reduzida devido a menor área da base, como exemplo, pode ser citada a
barragem de Itaipu.
1.3 Barragens em arco
Nas barragens em arco, a estabilidade e garantida pela forma curva, que faz com que as
pressões da água sejam transferidas, em grande parte, para as ombreiras.
O mais conhecido acidente em barragem em arco é o que destruiu, em 1959, a Barragem de
Malpasset, de dupla curvatura, medindo 60 m de altura, 1,5 m de largura na crista e 6,76 m na
base.
1.4 Barragem de terra
Feitas de solos de granulometria fina e grossa de permeabilidade baixa, com comportamento
condicionado pelas poropressões.
1.5 Barragens de enrocamento
Enrocamento é um aterro feito com fragmentos de rocha ou cascalho, compactado em
camadas com rolos vibratórios pesados. Nessas barragens, os deslizamentos de taludes são
menos comuns, em virtude do elevado ângulo de atrito do
enrocamento. As barragens de enrocamento são construídas preferencialmente.
1.6 Estruturas auxiliares e complementares
Obras de desvio, vertedouros, obras de geração, estruturas essas que os detalhes de projeto e
construção podem ser mais complexos do que a própria obra.
2 Fatores Geológicos Condicionantes

2.1 Cobertura de solos e rocha decomposta


A cobertura de solos e rocha decomposta constitui um fator importante para a definição do
tipo de barragem. Um segundo aspecto diz respeito à transição solo rocha ser brusca e bem
definida, gradativa ou com recorrências de rocha, solo e matacões.
2.2 Maciço rochoso
Traz vantagens para a construção, no caso barragens, construídas sobre ele, os casos de
deslizamento, problemas de recalque ou erosão interna ficam praticamente eliminados.
2.2.1 Matrizrochosa
Os comentários seguintes utilizam a classificação da tabela 24.!, baseada em algumas
características de resistência da matriz rochosa. sem considerar defeitos estruturais ou de
outra natureza. Para classificações de maciços visando obras de engenharia civil deve-se
consultar o Capítulo 13 - Caracterização e Classificação de Maciços Rochosos.
2.2.2 Feiçõesestruturais
Um maciço depende tanto ou que do tipo de rocha de fatores como suas características e
comportamento estrutural - e seu padrão de características, entre outros.
2.2.3 Alteração diferencial
As feições estruturais provocam uma alteração diferenciada e do intemperismo seletivo que
formam zonas alteradas e, até mesmo, camadas de solo, dentro de maciçamente
competentes. Muitas das estruturas podem ser significativas, quando não alteradas. A figura
24.15 (Salto Santiago) ilustra um exemplo de alternativo por falhas e contatos de
contaminação.

2.2.4 Características de permeabilidade


Quando a segurança da obra não está em jogo e a permeabilidade causa apenas perdas
d’água, torna-se importante estimar o valor da água, no dimensionamento dos tratamentos.
2.2.5 Comportamentocárstico
Um caso o dos maciços carstificados, ou seja, apresenta espaços vazios de parte.
A carstificação, pelo menos em calcários, é um fenômeno cuja velocidade não altera
significativamente os maciços, no período de vida útil de uma obra. A obturação desses
condutos pode ser muito complicada, exigindo a execução de cortinas profundas de injeção,
eventualmente complementadas por paredes diafragmas e tampões de concreto. Como
exemplo, cita-se o caso da Barragem Hales
Bar, abandonada devido às infiltrações de mais de 50 m3/s, e o da Barragem de Keban, que
requereu mais de 570.000 m2 de cortinas de injeção e 50.000 m2 de diafragmas de concreto.
2.3 Modelos geomecânicos e critérios de projeto
Os anteriores, essencialmente geológicos, permitidos que se chama de geológico, ou seja, uma
visualização adequada das unidades geológicas locais, com suas geometrias litológicas
principais, externas e internas, coberturas de solo, zonas de aspectos adicionais e
administrativos.
3 Fases de Estudo
Reservatórios de abastecimento, barragens de regularização de vazões e outras, como fases de
estudos normalmente, são as etapas de construção, são normalmente as seguintes: projeto de
estudo, estudos de viabilidade, projeto executivo - de construção e operação.
3.1 Inventário

Tem o objetivo de identificar os locais mais favoráveis à implantação das obras de barramento
e auxiliares.
3.2 Viabilidade
Na fase de viabilidade, os estudos geralmente se concentram num determinado
aproveitamento. Os estudos tem por objetivo a determinação, de forma mais detalhada, das
características do meio físico, comparativas entre alternativa de obras. Contempla-se,
portanto, o detalhamento dos estudos
hidrológicos, topográficos, geológicos, geotécnicos, hidráulicos de arranjo das diversas
estruturas das obras principais e auxiliares, pré-dimensionamentos civis e eletrotécnicos,
estudos mercadológicos, energéticos e econômicos.
3.3 Projeto básico
Estudo detalhado do empreendimento, num grau de minúcia que depende do porte de obra e
das dificuldades geológico-geotécnicas vindas do estudo de viabilidade.
3.4 Projeto executivo e de construção
Caracteriza-se, assim, pelas atividades complementares que se façam necessárias, e por
aquelas que, devido a algum impedimento ou necessidade de recursos mais amplos, não
tenham sido executadas na etapa anterior.
3.5 Operação
É onde os geólogos e geotécnicos relacionam as fases de enchimento do reservatório e de
operação, afim de provar a segurança geral da obra.
4 Tipos de Soluções e Tratamentos

As barragens podem ser construídas sobre fundações constituídas por rochas desde muito boa
qualidade até fracas e solos pouco resistentes, desde que sejam tomados os cuidados de
projeto e construção adequados. Os diversos tratamentos aqui relacionados são apresentados
em detalhe no Capítulo 22 - Tratamento de Maciços Naturais.
4.1 Problemas de deformabilidade
A deformação de uma fundação pode ser analisada pela relação:
𝑑 = 𝜎. 𝐷 𝐸𝑚
Sendo:
d = deformação causada pelo esforço;
𝜎 = esforço aplicado à camada considerada da fundação; D = espessura da camada;
Em = módulo de deformabilidade.
4.2 Problemas de resistência ao cisalhamento
Nos problemas de cisalhamento, a equação (24.1) mostra que é possível melhorar a
estabilidade elevando (C), (L), (V) ou (tg ∅), ou reduzindo (H) ou (U).
Quando os defeitos são mais profundos, às vezes procura-se tratá-los por meio de lavagem e
de injeções de cimento, mas o processo não é fácil nem muito eficiente.
4.3 Problemas de permeabilidade
Os problemas relacionados com permeabilidade são relacionados com infiltração. Pela fórmula
de Darcy:
Q = K.A.H L
Sendo:
Q = vazão da percolação;

K = coeficiente de permeabilidade;
A = área de seção transversal de percolação; H = carga hidráulica;
L = extensão do caminho de percolação;
H/L = gradiente hidráulico.
5 O Reservatório
O lago formado por uma barragem constitui um elemento essencial da
obra. Assim, definida a área do reservatório, processa-se, já na fase de estudos de viabilidade,
à caracterização geológica, geomorfológica, geológico geotécnica e hidrogeológica da área,
considerada, objetivando avaliações quanto a estabilidade das encostas marginais e à
estanqueidade do reservatório. Parte desses estudos são desenvolvidos dentro dos chamados
Estudos de Impacto Ambiental.
5.1 Estanqueidade
Fazem-se necessárias avaliações relativas as possibilidades efetivas de intensa circulação
através do maciço rochoso, devido às suas características geológicas.
5.2 Assoreamento
Entulho no reservatório, pode ser um problema de pequena a moderada significação.
5.3 Estabilidade dos taludes
A estabilidade dos taludes constitui um importante tópico de investigações ao longo das
encostas marginais do futuro lago, basicamente no entorno das elevações correspondentes a
faixa de variação operacional do nível d'água e nas áreas imediatamente acima do nível do
reservatório. Ao longo do reservatório, merecem maior atenção os deslizamentos que possam
ocasionar danos a plantações, estradas e outras benfeitorias existentes nas margens.

5.4 Sismicidade
Sismos induzidos, sabe-se que os que o enchimento de grandes reservatórios pode provocar
abalos sísmicos de pequena média magnitude. Ou, pode ser causado pela relação do peso da
água no reservatório e sua manifestação no sentido de movimentar falhas.

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