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RESUMO MATERIAIS 1 - P2

CONCRETO NO ESTADO FRESCO:

PASTA - responsável pela impermeabilidade, trabalhabilidade, preenchimento dos vazios e


resistência mecânica.

AGREGADO - reduz o custo e as variações volumétricas, aumenta a resistência ao


desgaste e o módulo de elasticidade.

TRABALHABILIDADE - aptidão para ser empregado com determinada finalidade, sem


perda de homogeneidade. Autoadensável - quando tem mais armadura; Seco - uso em
esteira.

CONSISTÊNCIA - capacidade de deformação do concreto no estado fresco, podendo ser


seca, plástica ou fluida. Medida pelo ensaio de abatimento de tronco de cone.

COESÃO - capacidade do concreto se manter homogêneo durante o adensamento.


Depende da quantidade de finos e da granulometria dos agregados.

PERDA DE PLASTICIDADE - consiste na perda de trabalhabilidade do concreto e ocorre


devido à hidratação do cimento, formando etringita, à perda de eficiência dos aditivos
plastificantes, à evaporação da água e à absorção de água por parte dos agregados.

SEGREGAÇÃO - processo natural onde ocorre a separação das fases de diferentes


densidades

EXSUDAÇÃO - é uma forma de segregação onde a água da mistura se eleva à superfície


do concreto recentemente lançado

RETRAÇÃO PLÁSTICA - redução do volume devido à perda de água e pela hidratação do


cimento, sendo influenciada pela temperatura do concreto, temperatura do ambiente e
umidade relativa do ar.

RETRAÇÃO AUTÓGENA - causada pela hidratação do cimento sem troca de umidade com
o ambiente externo, sendo influenciada pelo teor de cimento e pela relação a/c.

ADITIVOS PLASTIFICANTES - Plastificantes e superplastificantes tipo I e tipo II evitam a


floculação do cimento, aumentando a trabalhabilidade sem adicionar mais água ou reduzir o
cimento.

PROJETO DE CONCRETO:

ESPECIFICAÇÕES EM PROJETO - Consistência, resistência à compressão, durabilidade,


módulo de elasticidade, ecoeficiência, dimensão máxima característica do agregado graúdo
e a relação água cimento.
CLASSES DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL - A definição da classe de agressividade
ambiental é importante para a concepção do projeto estrutural, pois influencia nos valores
mínimos de resistência, relação a/c e consumo de cimento.
Classe I - agressividade fraca; risco de deterioração insignificante; área rural ou
construções submersas; a/c = 0,65.
Classe II - agressividade moderada; pequeno risco de deterioração; região urbana; a/c =
0,6
Classe III - forte agressividade; grande risco de deterioração; região marinha, litorânea e
industrial; a/c = 0,55.
Classe IV - agressividade muito forte; elevado risco de deterioração; região industrial e com
respingos de maré; a/c = 0,45.

RESISTÊNCIA DE DOSAGEM (FCD) - Fcd = Fck + 1,65*Sd, onde Sd é o desvio padrão de


dosagem, podendo ser 3 MPa, 4 MPa ou 5 MPa.

DOSAGEM DO CONCRETO:
Determinar a relação adequada dos materiais, de forma a atender as especificações de
projeto.

MÉTODO EMPÍRICO - é baseado em experiência e observações de outros projetos, logo


não são realizados testes ou ensaios específicos para aquela determinada situação.

MÉTODO EXPERIMENTAL - é estabelecido com base em experimentos e testes. Esse


método é mais preciso e faz uso de laboratórios.

INFORMAÇÕES PRELIMINARES - Resistência característica à compressão; Dimensão


máxima característica do agregado; Elementos estruturais a serem concretados; Relação
a/c, resistência e consumo para atender as condições de durabilidade; Aditivos.

PROPRIEDADES MECÂNICAS DO CONCRETO:

MATRIZ CIMENTÍCIA - onde ocorrem as reações de hidratação que dão resistência ao


concreto por meio da formação dos silicatos (CSH) e hidróxido de cálcio (CH).

ZONA DE TRANSIÇÃO - local de contato entre a fase do agregado e da matriz cimentícia,


onde há acúmulo de cristais maiores como a etringita e o CH, que impedem a absorção de
CSH pelos agregados.É a fase mais frágil do concreto e, portanto, é onde ocorrem as
rupturas por esforços de compressão. Quanto maior a zona de transição, menor será a
resistência do concreto, devido ao aumento de porosidade e acúmulo de água. Para
diminuir a espessura da zona de transição é possível utilizar agregados de maior
porosidade e adicionar compostos finos como sílica ativa e metacaulim que reduzem a
quantidade de CH por meio da reação pozolânica.

AGREGADOS - contribuem para a aderência da pasta de forma que quanto maior for a
aderência, maior será a resistência. A finura e quantidade de agregados também influencia
na resistência.
RESISTÊNCIA TRAÇÃO x COMPRESSÃO - A resistência à tração do concreto é muito
menor que a resistência à compressão devido às fracas ligações químicas do composto
CSH, as quais se rompem facilmente quando submetidas a esforços de tração. A
resistência à tração é aproximadamente 10% da resistência à compressão.
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO E DURABILIDADE - a durabilidade do concreto depende
da sua resistência de forma que, quanto mais resistente maior será a durabilidade da
estrutura, visto que concretos de alta resistência são menos porosos, menos permeáveis e
menos suscetíveis à fissuração.

RELAÇÃO A/C - influencia diretamente na resistência do concreto pois quanto mais água,
mais porosidade e portanto, menor a resistência.

IDADE - influencia na resistência pois é responsável pelo processo de hidratação do


cimento, o qual resulta em cristais que preenchem vazios e diminuem a porosidade do
concreto. Nas idades iniciais o ganho de resistência é maior devido a existência de mais
superfície de cimento para reagir com a água.

MÓDULO DE ELASTICIDADE - É a capacidade de deformação do concreto no regime


elástico, representando a deformação da estrutura atômica. O módulo de elasticidade pode
ser estimado pela norma NBR 6118 em função da resistência Fck do concreto. Entretanto, é
recomendado a medição experimental do módulo por meio de ensaios. É influenciado pela
umidade do corpo de prova, condições de carregamento, porosidade da matriz cimentícia e
dos agregados, composição da zona de transição e da fração volumétrica dos agregados.

MÓDULO DE ELASTICIDADE TANGENTE INICIAL - É equivalente ao módulo cordal entre


0,5 Mpa e 0,3Fc. Para calculá-lo deve-se traçar uma reta entre os valores citados e calcular
a tangente da reta, sendo essa tangente o valor do módulo de elasticidade tangente inicial

RESISTÊNCIA À TRAÇÃO - medida a partir da resistência à tração na flexão ou a partir da


resistência à tração por compressão diametral.
Na flexão, submete-se o corpo de prova a esforços internos de flexão até a ruptura e, com
essa carga de ruptura, calcula-se a resistência à tração pela fórmula: Ft = (2*P)/(b*h²).
Na compressão diametral se aplica uma carga concentrada na lateral de um corpo de
prova cilíndrico e com a carga de ruptura calcula-se a resistência à tração pela fórmula: Ft =
(2*P)/((pi*d*h).

CONTROLE DE TECNOLÓGICO:

CRITÉRIOS
- Carta de valores individuais, com a resistência de cada exemplar. Cada exemplar
deve conter dois corpos de prova, segundo NBR 6118 e NBR 12655.
- Desvio padrão e coeficiente de variação das amostras.

CONTROLE DE QUALIDADE - controle dos materiais utilizados; dos processos de


dosagem e mistura; da qualidade do concreto; da execução da estrutura (formas,
armaduras e concretagem);
no estado fresco - controle da trabalhabilidade, do tempo de transporte e verificação da
nota fiscal;
no estado endurecido - controle da resistência mecânica, da densidade e do módulo de
elasticidade.

DURABILIDADE DO CONCRETO:

CLASSES DE AGRESSIVIDADE - De acordo com cada classe será estabelecido por


norma valores mínimos de resistência, cobrimento de armadura, consumo de cimento e tipo
de cimento que devem ser utilizados em projeto.
I - Fraca; ambiente rural.
II - Moderada; ambiente urbano.
III - Forte; ambiente marinho e industrial.
IV - Muito forte; ambiente industrial e respingos de maré.

VIDA ÚTIL - segundo a NBR 6118, é o período de tempo no qual a estrutura de concreto
mantém suas características, sem intervenções significativas, desde que atendidos os
requisitos de uso e manutenção. A vida útil de projeto mínima para uma estrutura é de 50
anos e considera-se como fim da vida útil quando inicia-se o processo de corrosão da
armadura.

CARBONATAÇÃO - A carbonatação é a reação de CO2 do meio com Ca(OH)2 do cimento,


formando CaCO3 e liberando água. Essa reação é responsável pela diminuição do ph do
concreto de 13 para menor ou igual a 9, fazendo com que a película passivadora que
protege a armadura diminua e, assim, possibilitando a corrosão do aço. Esse tipo de reação
ocorre em meios com umidade relativa entre 60 e 85%.

ATAQUE ÁCIDO - O processo de deterioração por ataque ácido ocorre quando após a
despassivação do concreto e consiste da corrosão do aço por substâncias ácidas presentes
no meio que entram em contato com a armadura devido a despassivação do concreto.
Alguns elementos ácidos que podem provocar esse ataque são a soja, o vinagre, a água do
mar e a chuva ácida.

ATAQUE POR CLORETO - O ataque por cloretos também ocorre após a despassivação da
partícula protetora da armadura e consiste na penetração de íons cloreto no concreto por
meio dos poros, provocando uma reação entre os íons e o C3A, formando cloroaluminato
de cálcio, responsável pela corrosão do aço.

LIXIVIAÇÃO - A lixiviação é um processo que ocorre no concreto através da formação de


eflorescências que reduzem o ph do concreto, enfraquecendo a película protetora da
armadura, deixando o aço suscetível à corrosão.

ATAQUE POR SULFATO - O sulfatos reagem com os produtos do cimento formando mais
etringita que, quando formada após o endurecimento do concreto, causa a expansão interna
e a microfissuração do concreto, permitindo a entrada de outros mecanismos de
deterioração e deixando a armadura exposta à corrosão.

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