Você está na página 1de 154

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ


INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS - IGE
FACULDADE DE GEOLOGIA - FAGEO

EQUIPE II

IVAN NELSON MOTA DOS SANTOS


JOSIEL DE OLIVEIRA BATISTA
LEON LEE OLIVEIRA ASSUNÇÃO
PAULO MAGNO DOS SANTOS SALBE
ROMÁRIO ALMEIDA DE SOUZA

RELATÓRIO SOBRE O MAPEAMENTO GEOLÓGICO NA ESCALA


DE 1:50.000 NA REGIÃO DE SANTA MARIA DAS BARREIRAS, SUL
DO ESTADO DO PARÁ - SUBÁREA II

Marabá – PA
2018
2

IVAN NELSON MOTA DOS SANTOS - 201441070010


JOSIEL DE OLIVEIRA BATISTA - 201441070013
LEON LEE OLIVEIRA ASSUNÇÃO - 201540603018
PAULO MAGNO DOS SANTOS SALBE - 201441070022
ROMÁRIO ALMEIDA DE SOUZA - 201441070023

RELATÓRIO SOBRE O MAPEAMENTO GEOLÓGICO NA ESCALA


DE 1:50.000 NA REGIÃO DE SANTA MARIA DAS BARREIRAS, SUL
DO ESTADO DO PARÁ - SUBÁREA II

Relatório apresentado ao Instituto de Geociências,


Faculdade de Geociências e Engenharia, da
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará,
como requisito parcial para a aprovação na
disciplina Estágio de Campo II, sob orientação dos
professores: Alice Cunha da Silva, Cristiane
Marques Lima Teixeira e José de Arimatéia Costa
Almeida.

Marabá – PA
2018
3

LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Mapa de localização e acesso da subárea II mostrando o trajeto partindo


de Marabá até o distrito de Casa de Tábua. ............................................................. 10

Figura 02: Fluxograma com a sequência das atividades desenvolvidas durante a


prática de campo. ...................................................................................................... 13

Figura 03: Mapa de pontos da subárea II, evidenciando a distribuição das amostras
coletadas. .................................................................................................................. 16

Figura 04: À esquerda, as províncias do Cráton Amazonas (SANTOS, 2003); À


direita, associações tectônicas e recursos minerais do Domínio Rio Maria. ............. 19

Figura 05: Aspectos gerais dos afloramentos representativos da Unidade II. ........... 28

Figura 06: Aspectos gerais dos afloramentos representativos da Unidade III ........... 29

Figura 07: Aspectos gerais dos afloramentos representativos da Unidade IV. ......... 29

Figura 08: Mapa geológico e seções geológicas propostas para a subárea II. ......... 30

Figura 09: Mapa SRTM + Canal do Tório (Th), evidenciando as diferentes respostas
gamaespectrométricas. ............................................................................................. 33

Figura 10: Mapa SRTM + SINAL ANALÍTICO (ASA), evidenciando as diferentes


respostas magnetométricas. ..................................................................................... 36

Figura 11: Estrutura da geomorfologia proposta pelo manual técnico de


geomorfologia do IBGE. ............................................................................................ 37

Figura 12: Mapa geomorfológico da Subárea II. ....................................................... 39

Figura 13: Aspecto geral do modelado de relevo de Dissecação Homogênea (D). .. 40

Figura 14: Aspeto modelado de Dissecação Estrutural (DE), caracterizado por topos
de aparência aguçada. .............................................................................................. 40

Figura 15: Aspecto geral do modelado de Dissecação Homogênea de Topo Convexo


(Dc). .......................................................................................................................... 41

Figura 16: A) TTG verificado no ponto 02 com foliação insipiente; B) Foliação do


TTG do ponto 02 evidenciada pelos cristais de quartzo alongados e orientados que
se sobressaem na capa de intemperismo; C) TTG verificado no ponto 05,
apresentando foliação bem desenvolvida por injeções graníticas; D) Projeção
4

estereográfica mostrando as atitudes das foliações da subárea II e; E) Diagrama de


roseta mostrando um trend principal de 250 Az para as foliações medidas. ............ 43

Figura 17: Diagrama de roseta com os rumos dos fotoalinhamentos dúcteis. .......... 44

Figura 18: Falha dextral verificada no ponto 08 com plano vertical preenchido por
tonalito, com direção de 153 Az ................................................................................ 45

Figura 19: Lajedo fraturado verificado no ponto 08; B) Croqui das fraturas do lajedo
do ponto 08; C) Projeção estereográfica das atitudes da fraturas da subárea II e; D)
Diagrama de roseta com mostrando as direções preferenciais das fraturas da
subárea II. ................................................................................................................. 46

Figura 20: Diagrama de roseta mostrando as direções preferenciais dos


fotoalinhamentos rúpteis. .......................................................................................... 47

Figura 21: Diagrama de roseta mostrando a direção dos diques da subárea II. ....... 48

Figura 22: Mapa de fotoalinhamentos de estruturas rúpteis e dúcteis. ..................... 51

Figura 23: Fotomicrografia representativa do fácies Trondhjemito Equigranular


Médio. ....................................................................................................................... 54

Figura 24: Fotomicrografia representativa do fácies biotita tonalito equigranular


médio. ....................................................................................................................... 57

Figura 25: Classificação dos fácies segundo diagrama (Streckeisen, 1976). ........... 57

Figura 26: Fáceis Biotita Monzogranito Equigranular Médio. A) Amostra


macroscópica. B) Digrama com classificação segundo (Streckeisen, 1976). ........... 60

Figura 27: Fotomicrografia representativa do fácies leucomonzogranito equigranular


médio. ....................................................................................................................... 63

Figura 28: Classificação dos fácies segundo diagrama (Streckeisen, 1976). ........... 63

Figura 29: Fáceis diques de diabásio. A) Classificação segundo (Streckeisen, 1976).


B e C) Amostras macroscópicas. .............................................................................. 64

Figura 30: Imagens dos tipos de quartzos em lâmina: A) Quartzos com extinção reta;
B) Qzt 1 e .................................................................................................................. 65

Figura 31: Contato entre a Unidade I e a Unidade II. ................................................ 70

Figura 32: Veios de Leucogranitos intersectando Tonalito. ....................................... 71

Figura 33: Autólito do Tonalito no leucogranito. ........................................................ 71


5

Figura 34: Mudança da coloração de solo, representada pelos cupinzeiros e


mudança de elevação. .............................................................................................. 72

Figura 35: Formação de protocrostas durante o Arqueano. ...................................... 74

Figura 36: Acresção crustal, formando arcos de ilha e bacias de retro-arco ............. 74

Figura 37: Configuração atual da subárea II. ............................................................ 75

Figura 38: Mapa Geológico da porção correspondente a subárea II, proposto pela
CPRM. ....................................................................................................................... 77

Figura 39: Mapa Geológico da Subárea II mostrando duas unidades a mais


(unidades I e IV) que as verificadas no mapa proposto pela CPRM, além de algumas
estruturas. ................................................................................................................. 78

Figura 40: Biotita tonalito Equigranular fino a médio. A) Amostra macroscópica. B)


Classificação segundo Streckeisen, 1976. ................................................................ 88

Figura 41: biotita trondhjemito equigranular médio. A) Amostra macroscópica. B)


Classificação segundo Streckeisen, 1976. ................................................................ 90

Figura 42: Biotita tonalito equigranular médio. Classificação QAP segundo


Streckeisen (1976). ................................................................................................... 91

Figura 43: Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ..................................... 92

Figura 44: Biotita trondhjemito equigranular médio. Classificação QAP segundo


Streckeisen (1976). ................................................................................................... 93

Figura 45: A) Biotita tonalito equigranular médio. B) Classificação QAP segundo


Streckeisen (1976). ................................................................................................... 94

Figura 46: Descrição do afloramento JRR – 05-A. Em (A), amostra macroscópica. B)


Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ...................................................... 96

Figura 47: Biotita tonalito equigranular fino Em (A), amostra macroscópica. B)


Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ...................................................... 97

Figura 48: biotita tonalito equigranular fino a médio. Em (A), amostra macroscópica.
B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ................................................. 98

Figura 49: Leucomonzogranito equigranular fino. Em (A), amostra macroscópica. B)


Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ...................................................... 99
6

Figura 50: biotita tonalito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B)


Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). .................................................... 100

Figura 51: Leucomonzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica.


B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 101

Figura 52: Leucomonzogranito inequigranular médio a grosso. Em (A), amostra


macroscópica. B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ....................... 102

Figura 53: Biotita monzogranito inequigranular médio a grosso. Em (A), amostra


macroscópica. ......................................................................................................... 103

Figura 54: biotita tonalito equigranular médio. Classificação QAP segundo


Streckeisen (1976). ................................................................................................. 104

Figura 55: biotita tonalito equigranular médio. Classificação QAP segundo


Streckeisen (1976). ................................................................................................. 105

Figura 56: Leucomonzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica.


B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 106

Figura 57: diabásio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação QAP segundo


Streckeisen (1976). ................................................................................................. 108

Figura 58: Biotita tonalito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B)


Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). .................................................... 109

Figura 59: Biotita tonalito equigranular fino. Em (A), amostra macroscópica. B)


Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). .................................................... 110

Figura 60: Trondhjemito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B)


Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). .................................................... 112

Figura 61: Biotita tonalito equigranular fino a médio. Em (A), amostra macroscópica.
B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 113

Figura 62: biotita monzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica.


B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 114

Figura 63: Biotita monzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica.


B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 116

Figura 64: Diabásio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação QAP segundo


Streckeisen (1976). ................................................................................................. 117
7

Figura 65: Biotita monzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica.


B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 118

Figura 66: Biotita monzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica.


B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 120

Figura 67: biotita tonalito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B)


Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). .................................................... 121

Figura 68: leucomonzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica.


B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 123

Figura 69: Leucomonzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica.


B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 124

Figura 70: biotita tonalito equigranular fino a médio. Em (A), amostra macroscópica.
B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 125

Figura 71: Biotita tonalito equigranular fino a médio. Em (A), amostra macroscópica.
B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 127

Figura 72: Leucomonzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica.


B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 128

Figura 73: Leucomonzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica.


B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 130

Figura 74: Sienogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B)


Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). .................................................... 131

Figura 75: Biotita monzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica.


B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 133

Figura 76: biotita monzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica.


B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 134

Figura 77: Biotita monzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica.


B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976). ............................................... 136

Figura 78: Biotita monzogranito equigranular médio. .............................................. 139

Figura 79: trondhjemito equigranular médio. ........................................................... 141

Figura 80: Biotita tonalito equigranular médio. ........................................................ 143

Figura 81: leucomonzogranito equigranular médio. ................................................ 145


8

Figura 82: Leucomonzogranito equigranular Médio a Grosso. ................................ 147

Figura 83: Leucomonzogranito equigranular fino a médio ...................................... 149


9

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9

1.1. APRESENTAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO...................................................................... 9

1.2. LOCALIZAÇÃO E ACESSO ............................................................................................. 9

1.3. OBJETIVOS.................................................................................................................... 10

1.4. JUSTIFICATIVA DO TRABALHO .................................................................................. 11

1.4.1. Científico ................................................................................................................. 11

1.4.2. Acadêmico .............................................................................................................. 12

1.5.2. Fase de campo ....................................................................................................... 14

2. GEOLOGIA REGIONAL ........................................................................................ 18

2.1 – CRÁTON AMAZÔNICO ...................................................................................................... 18

2.1.1 Província Carajás ................................................................................................... 19

2.1.1.1 Domínio Rio Maria ............................................................................................. 20

2.1.1.1.1 Greenstones Belts .......................................................................................... 20

2.1.1.1.2 TTG’s Antigos ................................................................................................. 21

 Tonalito Arco Verde ............................................................................................... 21

 Trondhjemito Mogno .............................................................................................. 21

 Tonalito Caracol ..................................................................................................... 21

 Tonalito Mariazinha ................................................................................................ 22

2.1.1.1.3 – Suíte Sanukitóides – Granodiorito Rio Maria ............................................ 22

2.1.1.1.4 Suíte Guarantã ................................................................................................ 22

2.1.2 Província Transamazonas ...................................................................................... 23

2.1.2.1 Domínio Santana do Araguaia .......................................................................... 23

2.1.2.1.1 Ortognaisse Rio Campo Alegre ..................................................................... 24

2.1.2.1.2 Sequência Fazenda Santa Fé......................................................................... 24

2.1.2.1.3 Sequência Mururé .......................................................................................... 25


10

2.1.2.1.4 Complexo Santana do Araguaia .................................................................... 25

2.1.2.1.4 Tonalito Rio Dezoito ....................................................................................... 25

2.1.2.1.5 Rochas Supracrustais .................................................................................... 26

2.1.2.1.6 Granitos Intrusivos ......................................................................................... 26

3. GEOLOGIA LOCAL .............................................................................................. 27

3.1. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA ................................................................................ 27

3.2. ASSINATURA AEROGEOFÍSICA DAS UNIDADES ...................................................... 31

3.2.1. Aerogamaespectrometria ...................................................................................... 31

3.2.2. Aeromagnetometria ................................................................................................ 34

3.3. CARACTERIZAÇÃO GEOMORFOLÓGICA ................................................................... 36

3.4.1. Descrição das Estruturas e Fotoalinhamentos Dúcteis.................................... 42

3.4.2. Descrição das Estruturas e Fotoalinhamentos Rúpteis ................................... 45

3.4.2.2. Fraturas.......................................................................................................................... 45

3.4.2.3. Alinhamentos de Relevo Rúpteis ................................................................ 47

3.4.2.4. Diques ............................................................................................................................ 47

3.4.3. Correlação e Interpretação dos Dados .............................................................. 48

3.4.3.1. Estruturas Dúcteis ........................................................................................................ 48

3.4.3.2. Estruturas Rúpteis ........................................................................................................ 48

3.4.4. Evolução Estrutural............................................................................................. 49

4.1. UNIDADE I ...................................................................................................................... 52

4.2. UNIDADE II .............................................................................................................. 52

4.2.1. Fácies Thondhjemito Equigranular Médio ......................................................... 52

4.2.2. Fáceis Biotita Tonalito Equigranular Fino a Médio ........................................... 54

4.3. UNIDADE III .................................................................................................................... 57

4.3.1. Fáceis Biotita Monzogranito Equigranular Médio ............................................. 58

4.3.2. Fáceis leucomonzogranito equigranular médio ................................................ 60

4.4. UNIDADE IV ................................................................................................................... 64


11

4.4.1. Fáceis diques de diabásio .................................................................................. 64

4.5. DESCRIÇÃO MICROESTRUTURAL .............................................................................. 65

4.5.1. Descrição dos Dados ............................................................................................. 65

4.5.2. Interpretação dos dados ........................................................................................ 66

4.7. RELAÇÕES DE CONTATO ............................................................................................ 68

5. EVOLUÇÃO .......................................................................................................... 73

6. DISCUSSÕES ....................................................................................................... 76

7. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 80

1. DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA........................................................................... 87

2. DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA .......................................................................... 137

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DA AMOSTRA – IJLPR – 04 ..................................... 137

APÊNDICE II................................................................................................................. 149

APÊNDICE III................................................................................................................ 150


8
9

1 INTRODUÇÃO

1.1. APRESENTAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O presente relatório consiste na apresentação dos dados do mapeamento


geológico realizado na escala de 1:50.000 na região de Santa Maria das Barreiras,
sul do estado do Pará - Subárea II - referente à disciplina de Estágio de Campo II,
executado por graduandos do curso de Geologia, da Universidade Federal do Sul e
Sudeste do Pará (Unifesspa), no período de 21 de maio a 01 de junho do ano de
2018. Os resultados deste trabalho expõem unidades geológicas correspondentes
ao Domínio Rio Maria (DRM), pertencentes à Província Carajás (PC) definidos por
Santos (2006) ou Província Amazônia Central, abordados por Tassinari &
Macambira (2004).
A realização das atividades priorizou colocar em prática os conhecimentos
adquiridos ao longo do curso, com o intuito de treinar e por em prática os conceitos e
técnicas de mapeamento para a compreensão e interpretação dos diversos tipos de
rochas existentes na área, relacionando-as com o exposto na literatura,
proporcionando o entendimento da história evolutiva da área estudada, corroborando
e/ou refutando as premissas levantadas em sala de aula, dando base para a
construção do mapa geológico da área.

1.2. LOCALIZAÇÃO E ACESSO

A área de estudo, denominada subárea II, localiza-se na região localizada no


DRM e adjacências do Domínio Santana do Araguaia (DAS), extremo sul do estado
do Pará, região norte do Brasil (Figura 01). A área em questão abrange parte da
FOLHA SC.22-X-A (Redenção) com um perímetro de 53km, uma área de 153km 2,
limitada pelas seguintes coordenadas UTM 541000.000, 901320.000, 551700.00 e
90277000.00.
1
0

Figura 01: Mapa de localização e acesso da subárea II mostrando o trajeto partindo de Marabá até o
distrito de Casa de Tábua.
Fonte: Os autores.

As atividades foram realizadas nas imediações do Distrito de Casa de Tábua,


pertencente ao município de Santa Maria das Barreiras, onde foram visitados
diversos afloramentos em suas proximidades. O acesso ao município dar-se-á a
partir da cidade de Marabá, sentido Casa de Tábua, pela BR-155, passando por
Eldorado dos Carajás, Xinguara e Rio Maria e Redenção (sudeste do Pará), com
finalização da rota em Santa Maria das Barreiras, através da BR-158. O trecho
Marabá-Casa de Tábua compreende a uma distância aproximada de 457 Km que
pode ser feito em torno de 6hrs. Porém, as condições de trafegabilidade indicam que
esse percurso pode até dobrar de tempo. O trajeto encontra-se em destaque no
Mapa de Localização e Acesso, mostrando as cidades de Eldorado dos Carajás,
Sapucaia, Xinguara e Rio Maria e Redenção.

1.3. OBJETIVOS

Os trabalhos realizados na região do Estágio de Campo II foram feitos em


escala regional, de modo que a disciplina em questão contribuiu para aumentar o
1
1

conhecimento sobre a geologia local da área em estudo, visando um trabalho que


aprimore o raciocínio geológico sobre a região do Cráton Amazônico. Deste modo,
este mapeamento teve por objetivo geral: construir um mapa geológico na escala
de 1:50.000 na região de Santa Maria das Barreiras, sul do estado do Pará. Como
objetivos específicos:
 Consultar a bibliografia da área de estudo, no intuito de se familiarizar com
os trabalhos já realizados na região;
 Descrever detalhadamente as rochas, do distrito de Casa de Tábua, na
região de Santa Maria das Barreiras, sul do estado do Pará;
 Caracterizar as unidades litoestratigráficas identificadas na região,
estabelecendo suas relações de contato;
 Fazer um comparativo entre os dados geológicos obtidos em campo com
as unidades geológicas mapeadas em trabalhos anteriores, tais como do Serviço
Geológico do Brasil (CPRM).

1.4. JUSTIFICATIVA DO TRABALHO

A prática propôs a aplicação dos conhecimentos teóricos adquiridos ao longo


do curso de geologia, no intuito de contribuir com a formação de um profissional que
consiga caracterizar e classificar, em campo, os diferentes litotipos e feições
estruturais de alta complexidade, com o intuito de contextualizar os diferentes
domínios geológicos da região do Cráton Amazônico, mais especificamente do
DRM, visto que esse foi o domínio de abrangência da área em estudo, bem como de
um profissional que consiga tabular os dados coletados e transformá-los em um
produto final no formato de um relatório, como produto da integração dos dados.
Para mais clareza, a justificativa foi dividida em duas etapas de cunho científico e
acadêmico.

1.4.1. Científico

Colaborou com o desenvolvimento e aprimoramento científico das ciências


exatas e da terra, uma vez que o mapeamento se caracterizou também como uma
atividade de pesquisa que visou obter informações geológicas da subárea, assim
contribuindo para o aprimoramento do conhecimento geológico regional da área
como um todo.
1
2

1.4.2. Acadêmico

Possibilitou o treinamento dos estudantes em atividades de mapeamento


geológico, além da interpretação dos processos evolutivos referentes à área a ser
estudada dentro de um contexto geotectônico regional, o que permitiu aos discentes
trabalhar com a relação teoria e prática dos conhecimentos adquiridos até o
momento.

1.5. MATERIAS E MÉTODOS

A metodologia e as atividades que foram desenvolvidas ao longo da


disciplina, considerando as etapas de pré-campo, de campo e pós-campo, foram
realizadas em uma sequência das atividades e subdivididas em três fases distintas,
sendo: 1) fase pré-campo, 2) fase de campo e 3) fase pós- campo, apresentadas no
fluxograma a seguir (Figura 02), que resume esquematicamente as atividades
realizadas durante a disciplina. A descrição detalhada de cada etapa será
apresentada na sequência.
1
3

Materiais e Métodos

Figura 02: Fluxograma com a sequência das atividades desenvolvidas durante a prática de campo.
Fonte: Os autores.

1.5.1. Fase pré-campo

Nesta etapa foram ministradas aulas em sala onde os professores


orientadores deram instruções a respeito da geologia que deveria ser encontrada na
região. Esta etapa foi composta por pesquisas bibliográficas a respeito da área de
estudo, utilizando livros, artigos, teses, dissertações, dentre outros materiais de
apoio, além da análise e interpretação de produtos de sensoriamento remoto e a
criação de uma base cartográfica com base nas aulas e minicursos ministrados
pelos professores José de Arimatéia Costa Almeida, Alice Cunha da Silva e Cristiane
Marques de Lima Teixeira.
1
4

Para a realização dos trabalhos e melhor distribuição das atividades, visando


a cobertura da área de estudo, foram definidas cinco equipes em consonância com
as cinco subáreas de 153km2 cada. Para a divisão e determinação das subáreas
foram utilizados produtos de sensores remotos (fotografias aéreas, imagens de
radar, satélite, etc.) geradas pela Missão ALOS (Advanced Land Observing
Satellite), por meio do radar sensor PALSAR (Phased Array L-band Synthetic
Aperture Radar) com resolução de 12,5m, gerando cartas plani-altimétricas que
foram utilizadas na elaboração dos diversos mapas empregados nos trabalhos de
campo.
Também foram utilizadas imagens aerogeofísicas (aerogamespectrometria,
aeromagnetometria), cedidas aos docentes pela CPRM, para a elaboração das
atividades de Estágio de Campo II. Tais imagens foram obtidas a partir de
aerolevantamento com espaçamento da linha de voo de 500m previamente
processadas.
Também contou com a realização de minicursos, ministrados pelos docentes
que envolveram temas como: Aerogeofísica aplicada ao Mapeamento Geológico;
Fotointerpretação de terrenos Cristalinos; Mapas e Seções Geológicas, Geologia de
Terrenos Arqueanos, Reconhecimento de Estruturas Tectônicas e Procedimentos
para o mapeamento Geológico do Estágio e guia de descrição dos afloramentos.
Outro ponto importante dessa fase foi a criação de uma base cartográfica em
ambiente SIG possibilitando a elaboração de mapas temáticos a partir do uso de
softwares como: ArcGIS, Global Mapper, Google Earth e Qgis. E, por fim, todo esse
arcabouço teórico possibilitou a elaboração de um relatório preliminar compilando
todas as informações coletadas nesta fase.

1.5.2. Fase de campo

Durante a fase de campo foram utilizados os matérias abaixo listados,


seguidos de suas respectivas finalidades:
 GPS: para demarcar as coordenadas geográficas e elevação do campo;
 Martelo petrográfico: para análise detalhada das rochas;
 Marreta: para quebra das rochas;
 Caderneta de campo: para anotação das informações mais importantes.
 Bússola Sílver: para medida de atitudes;
1
5

 Mapas fotogeológico (fotoanálise e fotointerpretação) e planialtimétrico (rios,


estradas, vilas, cidades, etc.), que serviram de base para a construção e
interpretação das características de cada unidade fotogeológica, incluindo os
elementos fotoestruturais.
A etapa pré-campo possibilitou a construção do mapa planialtimétrico, que foi
elaborada utilizando imagens de satélite listados anteriormente em conjunto com
softwares como Google Earth e Qgiz, onde foi possível observar várias estradas e a
integração dos principais caminhos que determinaram o acesso aos afloramentos
nos dias de estudo de campo. Em campo, durante a logística, esses caminhos foram
identificados, dando a real situação de acesso aos afloramentos que foram
acessados de carro ou a pé, totalizando uma média de 60 km diários de caminhada.
Assim, o mapeamento geológico foi desenvolvido através de caminhamentos diários
em seções previamente selecionadas, preferencialmente transversais às unidades
foto-litoestruturais do mapa-base, visando à elaboração de perfis geológicos
contínuos, com descrição de afloramentos, descrições e coleta sistemática de
amostras dos principais litotipos reconhecidos na área mapeada.
Durante as atividades de campo foram realizadas descrição de afloramentos
representativos das unidades litoestratigráficas da área, onde foram coletas
amostras de rochas representativas de cada afloramento e, consequentemente de
cada unidade (Figura 03). Cabe lembrar que durante o período de descrições dos
afloramentos houve a observação e descrição das feições geomorfológicas de cada
afloramento, bem como a coleta de dados estruturais e descrição de relação de
contato, quando possível, alimentando o banco de dados para a confecção do
relatório final e da determinação das unidades litoestratigráficas encontradas.
O mapa de pontos da subárea II mostra a distribuição dos pontos visitados
durante as atividades de campo, bem como os locais onde foram coletadas
amostras representativas de cada afloramento. O quadrado em vermelho simboliza o
ponto de apoio, definido como “Casa Azul”, utilizado para possíveis emergências. Os
demais pontos identificam TTGs – Tonalitos e Trondhjemitos (Pontos em rosa
escuro) e Leucomonzogranitos (Pontos em rosa claro). Em amarelo encontram-se os
pontos onde foram coletadas amostras para laminação.
1
6

Figura 03: Mapa de pontos da subárea II, evidenciando a distribuição das amostras coletadas.
Fonte: Os autores
1
7

1.5.3. Fase pós-campo

A etapa pós-campo se desdobrou na descrição petrográfica macroscópica e


microscópica das amostras coletadas em campo e da produção de fotomacrografias
e fotomicrografias, além do tratamento e compilação dos dados coletados em campo
com informações de produtos de sensores remotos em ambiente SIG que
possibilitaram a produção de dados para a confecção de diagramas com base em
Streckeisen (1976), figuras mapas e tabelas, bem como de um relatório final
composto por todos os dados coletados e interpretados ao longo das três etapas
deste trabalho.
A produção de lâminas delgadas e a análise mais detalhada dos minerais
constituintes de cada rocha tomaram como base o Atlas of igneous rocks and their
textures (Mackenzie, Donaldson, Guilford, 1995), que foi essencial para a
confirmação ou refutação dos dados coletados no campo, de modo que foi possível
inferir com mais precisão quais os tipos litológicos presentes na subárea em estudo
para a determinação das unidades litoestratigráficas.
Dentre as amostras coletadas, foram definidas como representativas: 04,
coletada no afloramento localizado à margem esquerda da vicinal da COODESPAR,
à 400m da Chácara Vaca Branca (X: 0543057; Y: 9026380; Elevação: 251m); 05A,
coletada no afloramento localizado à margem esquerda da vicinal da COODESPAR,
nas dependências da Chácara Vitória (X: 541905; Y: 9026093; Elevação: 235m);
11A, coletada nu afloramento localizado nas imediações da Fazenda Pé da Serra (X:
544486; Y: 9017049; Elevação: 255m); 15A, coletado num afloramento localizado
nas dependências da Fazenda Boi Soberano (X: 546993; Y: 9014099; Elevação:
251m); 18, coletado num afloramento localizado à margem esquerda da estrada de
acesso à COODESPAR (X: 548741; Y: 9015321; Elevação: 264m); e 21A, coletada
nas dependências do Sítio Beija-Flor (X: 546135; Y: 9016715; Elevação: 257m).
1
8

2. GEOLOGIA REGIONAL

2.1 – CRÁTON AMAZÔNICO

O Cráton Amazônico representa uma das mais importantes e expressivas


áreas de idade Arqueana/Proterozoica. De acordo com Almeida & Hasui (1984),
encontra-se inserido na Plataforma Sul-Americana e abrange uma superfície de 4,3
por 105 km², sendo dividido em dois escudos, o do Guaporé e o das Guianas,
separados pelas rochas sedimentares da Bacia paleozoica do Amazonas. Diversas
propostas foram elaboradas por vários autores sobre a tectônica do Cráton, as quais
podem ser principalmente divididas em duas linhas de concepção evolutiva (Figura
04).
A primeira linha de pensamento foi proposta por Amaral (1974), Almeida
(1978), Issler (1977), Hasui et al (1984) e Costa & Hasui (1997), e baseia-se,
essencialmente, em dados geofísico-estrutural, implicando em retrabalhamento
crustal das massas continentais aglutinadas no Arqueano e Paleoproterozoico
através de orogenias predominantemente ensiálicas. Enquanto que a segunda linha
se baseia na geocronologia e geoquímica isototópica, propostas por autores como
Cordani et al. (1979), Cordani & Brito Neves, (1982); Teixeira et al. (1989); Tassinari,
(1996); Tassinari & Macambira (1999, 2004); e Tassinari et al. (2000), que sugerem
que além da reciclagem de blocos crustais arqueanos há o envolvimento do
processo de acresção juvenil. Segundo este modelo, as províncias geocronológicas,
individualizadas no Cráton seriam núcleos arqueanos correspondentes a terrenos
granitóide-greenstone e gnaisse-migmatíticos margeados por sucessivas faixas
móveis e arcos magmáticos proterozoicos aglutinados por colisões.
A priori, Tassinari (1999) e Macambira (2004) recomendam a subdivisão do
Cráton Amazônico em seis províncias geocronológicas, tais como: Amazônia Central
(>2,2 Ga), Maroni-Itacaiúnas (2,2 - 1,95 Ga), Ventuari-Tapajós (1,95 - 1,8 Ga), Rio
Negro-Juruena (1,8 - 1,55 Ga), San Ignácio (1,55 - 1,3 Ga) e Sunsás (1,3-1,0 Ga).
No entanto, Santos (2003) subdivide o Cráton em sete províncias: tapajos-parima
(2,03-1,88Ga), Rio Negro (1,82-1,52Ga), Rondonia-Juruena (1,82-1,54Ga), Sunsás
(1,45-1,1Ga), Amazônia Central (1,9-1,86Ga), Transamazônica (2,26-2,01Ga) e
Província Carajás (3,0-2,5Ga). De maneira geral, os modelos de compartimentação
do Cráton Amazônico, sugerido pelos autores supracitados, são semelhantes,
divergindo sobremaneira no que tange aos limites de províncias tectônicas
1
9

(VASQUEZ ET AL. 2008). Deste modo, neste trabalho será adotado o modelo de
divisão/compartimentação das províncias geocrológicas do Cráton Amazônico
segundo Santos (2003).

Figura 04: À esquerda, as províncias do Cráton Amazonas (SANTOS, 2003); À direita, associações
tectônicas e recursos minerais do Domínio Rio Maria.
Fonte: Os autores

2.1.1 Província Carajás

De acordo com Santos (2003), a PC está situada na porção leste-sudeste do


Cráton Amazônico, representando um dos segmentos crustais mais antigos e mais
preservados do Cráton, sendo formada e estabilizada tectonicamente no Arqueano
(Tassinari & Macambira, 2004). Atualmente, representa uma das principais e mais
importantes províncias minerais do planeta, nas quais se destacam os depósitos de
ferro, cobre, ouro, manganês e alumínio.
A PC foi subdividida tectonicamente em dois domínios. Esta divisão se
baseou nas idades dos eventos magmáticos, deformacionais, ambientes tectônicos,
além da natureza e das idades supracrustais, sendo assim, atualmente, têm-se: ao
sul, localiza-se o DRM, estabilizado no Mesoarqueano; e ao norte, Domínio Carajás
2
0

(DC). Sendo este último, caracterizado por um significativo magmatismo e


retrabalhamento crustal Neoarqueano (SANTOS 2003). Já a porção localizada entre
esses dois domínios tectônicos, foi denominada por Dall’ Agnol et al., (2006) como
Subdomínio de Transição, que posteriormente foi subdividida em Domínio Canaã, ao
sul do DC, e Domínio Sapucaia ao norte do DRM (DALL’ AGNOL et al., 2013).

2.1.1.1 Domínio Rio Maria

Segundo Vasquez et al. (2008), o DRM está localizado na poção sul da PC e


é caracterizado por associações granitóide-greenstone do Arqueano. Estas
associações representam essencialmente dois períodos admitidos de adição de
crosta juvenil, sendo o mais antigo corresponde às faixas de greenstone-belts,
agrupadas no Supergrupo Andorinhas e aos granitoides do tipo TTG como os
tonalito Caracol e Arco Verde (SANTOS 2003). Já a segunda associação engloba os
greenstones com idades de 2868 ± 8 Ma, como Tucumã, São Félix e Gradaús
(Avelar et al., 1999 apud Santos, 2003), além de granitóides TTG tipo Rio Maria,
Xinguara, Mata-Surrão e Guarantã, todos gerados entre 2,87 e 2,85 Ga (SANTOS
2003). Além do mais, neste domínio ocorrem também associações sedimentares do
paleozoico, bem como granitos, diques ácidos e básicos relacionados ao
magmatismo anarogênico do Orosiriano.

2.1.1.1.1 Greenstones Belts

De acordo com Souza et al. (1997, 2001) os Greenstones Belts do DRM são,
sobretudo, representados por uma sequência de rochas metavulcano-sedimentares
com segmentos alongados preferencialmente para WNW-ESSE, com idades que
variam de 2,97 a 2,90 Ga, integrando o Supergrupo Andorinhas e que foram
metamorfizadas nas fácies xisto verde a anfibolito. Contudo, Vasquez et al., (2008),
subdividiu essa sequência mesoarqueana de rochas supracrustais em seis grupos,
tais como: grupo Babaçu, Lagoa Seca, Serra do Inajá, Gradaús, sapucaia e Tucumã.
Esta sequência é, também, constituída por rochas metaultramáficas e
metamáficas com rochas intermediárias a félsicas ocorrendo de forma subordinada,
além de metassedimentos terrígenos (grauvacas, siltitos) e vulcano-químicos (cherts
e formações ferríferas) (Docegeo, 1988b; Huhn et al., 1988b; Souza et al., 2001).
2
1

2.1.1.1.2 TTG’s Antigos

Segundo Vasquez et al. (2008), esta série Tonalítica-Trondhjemitíca-


Granodiorítica são as mais antigas do DRM e são subdivididas em dois episódios
distintos, sendo o primeiro representado pelo Tonalito Arco Verde (2988 ± 5 e 2936 ±
4 Ma, Macambira & Lancelot 1996) e Trondhjemito Mogno, originada num intervalo
de 2,95 a 2,92 (Almeida et al., 2011). Seguido pelo segundo episódio, representado
pelo Tonalito Caracol com idades variantes entre 2,86 a 3,88 Ga (Leite, 2001) e
Tonalito Mariazinha (2924 ± 2 Ma, Leite et al., 2004, Almeida et al., 2011).

 Tonalito Arco Verde

Esta unidade é constituída, essencialmente, por tonalito a trondhjemitos


cinzas, equigranular, granulação média, isotrópico, com texturas ígneas bem
preservadas e foliação definida pelo bandamento composicional segundo N100-
120°E com altos mergulhos para norte e sul (Althoff et al., 2000). Além do mais, é
comum encontrar nesta unidade enclaves de quartzo, dioritos, anfibolitos,
granodiorito e monzogranitos, além de veios de aplitos e pegmatitos concordantes e
discordantes à foliação (VASQUEZ ET AL. 2008).

 Trondhjemito Mogno

Esta unidade ocorre predominantemente na porção norte do DRM, sendo


composta por trondhjemitos e, subordinadamente, tonalito e granodiorito, contendo
enclaves máficos e xenólitos de granodioritos e metabasaltos (Vasquez, et al. 2008).
Em termos estruturais, estas rochas são isotrópicas ou apresentam foliação pouco
penetrativa e por vezes bem definidas segundo bandamento composicional de N40-
50E, com mergulhos em torno de 70°NW (NEVES & VALE 1999).

 Tonalito Caracol

Foi definido por Leite et al. (2004), aflorante nas proximidades da cidade de
Xinguara. Esta unidade é composta por granitoides de composição tonalítica e
trondjhemítica, contendo enclaves de microtonalitos e greenstones belts. Em termos
estruturas apresenta foliação marcada através do bandamento composicional,
desenhadas em duas direções. Uma predominantemente para N-S, com mergulho
2
2

subverticais, na porção noroeste e outra na porção sul, com foliação para NW-SE,
com mergulhos variantes de 40° a subverticais, essencialmente para SE (LEITE,
2001).

 Tonalito Mariazinha

Esta unidade é caracterizada por englobar, localmente, enclaves de


composição máfica e é cortada por veios de leucogranitos. Além disto, esta
associação apresenta-se suavemente deformada, composto por bandas
composicionais caracterizado pela alternância de níveis ricos em quartzo e
plagioclásio e níveis ricos em biotita, descrevendo uma foliação com direção NE-SW
e N-S (GUIMARÃES, 2009).

2.1.1.1.3 – Suíte Sanukitóides – Granodiorito Rio Maria

As suítes Sanukitóides foi denominada por Oliveira et al., (2009) como sendo
caracterizadas por compor uma variedade de rochas que constituem o Granodiorito
Rio Maria. Estas rochas constituem-se predominantemente de composição
granodiorítica, ocorrendo associadas a tonalitos e enclaves máficos (DOCEGEO
1988, Avelar et al., 1999). Além disto, os Sanukitóides caracterizam-se por
apresentar altos teores de Mg, Cr, Ni, Sr, Ba, P e elementos terras raras leves,
garantindo suas características mantélicas.
Em termos estruturais, Medeiros & Dall´Agnol (1988), descrevem a existência
de foliação evidente, com direção essencialmente para WNWESE e mergulhos
subverticais.

2.1.1.1.4 Suíte Guarantã

De acordo com Almeida et al. (2010, 2013) a Suíte Guarantã é composta


pelos plutons Trairão (leucogranodioritos-granitos), Azulona e Guarantã e estão
localizados na região de Pau D’Arco, na porção Sul do DRM. As rochas que
compõem esta unidade apresentam afinidade cálcio-alcalina, enriquecidos em Be e
Sr. Foram interpretadas por Almeida et al. (2010) como produto de mistura em
diferentes proporções de magmas de composição trondjhemítica e leucogranítica e
apresentam idades em torno de 2,87 Ga.
2
3

2.1.1.1.5 - Granitos Leucopotássicos

Leucogranitos potássicos (2,86 Ga) são representados pelos granitos


Xinguara, Mata Surrão e por pequenos stocks graníticos. O Granito Xinguara,
segundo Leite (2004) é intrusivo em greenstone belts, Complexo Tonalítico Caracol,
Tonalito Mariazinha e Granodiorito Rio Maria, forneceu idades de 2865 ± 1 Ma. Esta
idade é similar à do Trondhjemito Água Fria e, somada com evidências de campo,
indica que esses dois granitoides são contemporâneos e intrusivos no Complexo
Tonalítico Caracol. O Granito Mata Surrão é intrusivo no Tonalito Arco Verde
(DUARTE & DALL'AGNOL 1996, ALTHOFF et al., 2000) e forneceu idade de 2872 ±
10 Ma (RODRIGUES et al. 1992, LAFON et al. 1994) e de 2871±7 Ma (ALTHOFF et
al. 1996).

2.1.2 Província Transamazonas

Segundo Santos (2003), a Província Transamazonas estende-se ao longo da


porção oriental do Cráton Amazônico, nordeste do Escudo Brasil Central e recobre
parte da porção setentrional do Escudo das Guianas por meio do norte do Brasil. No
Cráton Amazônico, esta província é constituída dominantemente por rochas geradas
pelo Ciclo Orogênico Transamazonas (2,26 – 1,95 Ga) a qual é composta,
essencialmente, por terrenos do tipo granitóide-greenstone.
Esta província, de modo geral, compreende a grandes domínios
paleoproterozoicos juvenis além de segmentos arqueanos retrabalhados durante o
Ciclo Orogênico Transamazonas. Esta interpretação foi possível com base em
estudos realizados por Macambira et al. (2007) e Vasquez et al. (2008) que levaram
a visualização deste novo quadro geológico para esta província com base em novos
dados geocronológicos obtidos por meio de evaporação de Pb, levando assim, a sua
individualização.
Vasquez et al. (2008) considera como parte da Província Transamazonas o
Bloco Amapá, Domínio Bacajá, Domínio Carecuru, Domínio Paru e DSA.

2.1.2.1 Domínio Santana do Araguaia

De acordo com Corrêa et al. (2014), este domínio está localizado no extremo
sudeste do estado do Pará e posiciona-se tectonicamente no sudeste do Cráton
2
4

Amazônico, com seus limites a leste e a norte com o DRM, oeste com o Domínio
Iriri-Xingu e a sul com a Bacia do Parecis e Cinturão Araguaia.
A individualização deste domínio se deu com base em estudos
geocronológicos realizados por Macambira et al. (2007) e Vasquez et al. (2008) a
partir do método de evaporação de Pb, onde sugerem que o DSA seria fruto do
retrabalhamento de rochas arqueanas oriundas do evento Transamazônico.
Vasquez et al. (2008) ainda reconhece que este domínio é marcado por uma forte
foliação com trend NW-SE. Corrêa et al.
Corrêa et al. (2014) propôs a individualização destes granitóides deformados,
gnaisses, migmatitos e sequências Supracrustais em unidades litoestratigráficas:
Ortognaisse Rio Campo Alegre, Sequência Fazenda Santa Fé, Sequência Mururé,
Complexo Santana do Araguaia, Tonalito Rio Dezoito, Rochas Supracrustais e
Granitos Intrusivos.

2.1.2.1.1 Ortognaisse Rio Campo Alegre

Segundo Vasquez et al. (2008) esta unidade litoestratigráfica ocorre na


porção central do DSA e é composta por leucognaisses granodioríticos e tonalíticos,
foliados, monzogranitos variando de gnaissificado a isotrópico e granodioríticos e
monzograníticos migmatizados.
Trata-se de um corpo orientado com trend NW-SE, medindo 60 km de
comprimento e largura máxima de aproximadamente 23 km. De acordo com
Vasquez et al. (2007) os cristais de zircão, que compõe estas unidades, forneceram
idades entre 2408 ± 7 a 2663 ± 23 Ma através do método de evaporação em Pb. As
relações de contato desta unidade ainda não são claras, no entanto, na porção
noroeste está em contato com as rochas pertencentes a sequência Fazenda Santa
Fé.

2.1.2.1.2 Sequência Fazenda Santa Fé

As rochas que compõe esta unidade ocorrem na porção sul do DSA sendo
compostas por rochas metamáficas e metassedimentares que se apresentam sob
forma de faixas alongadas orientadas segundo a direção NW-SE. Os metabasaltos
granofels e porfiríticos, plagioclásio-quartzo-actilonita granofels, quartzo-plagioclásio-
tremolita xisto e quartzo-plagioclásio-actinolita xisto representam a sequência
2
5

metamáficas esta unidade. Já as rochas metassedimentares estão representadas


por quartzitos, biotita muscovita xisto, sericita quartzo xisto, muscovita biotita
granofels, metarenito sericítico, metacalcário, formação ferrífera bandada e ardósia
carbonosa (VASQUES ET AL. 2008).

2.1.2.1.3 Sequência Mururé

De acordo com Santos (2003) esta sequência ocorre nos flancos da Serra do
Mururé na porção norte do DSA. Esta unidade é constituída por essencialmente por
rochas metassedimentares, onde predominam psamitos ricos em quartzos e
feldspato (quartizito, metarenito e metarcóseo) e rochas com alta contribuição
pelítica.
Datações em zircões detríticos utilizando o método Pb-Pd, demonstraram
idades que variam de 2833 ± 7 e 2975 ± 14 Ma) e indicam idade máxima de
sedimentação em torno de 2,83 Ga.

2.1.2.1.4 Complexo Santana do Araguaia

Esta unidade corresponde ao complexo de maior abrangência do DSA.


Segundo Macambira et al. (2007) e Vasquez et al. (2007a, 2008) nesse complexo,
há a predominância de monzogranitos, que variam de biotita monzogranitos a
leucomonzogranitos, por vezes com duas micas. Além de biotita granodioritos e
tonalitos subordinados.

2.1.2.1.4 Tonalito Rio Dezoito

De acordo com Vasquez et al. (2008) o Tonalito Rio Dezoito ocorre sob a
forma irregular de um batólito, aflorante na porção setentrional da Serra Mururé,
apresentando forma alongada com direção NW-SE. O método de datação por
evaporação em Pb em zircão forneceu uma idade de cristalização paleoproterozoica
de 2187 ± 28 Ma.
Além do mais, esta unidade é composta por tonalitos, granodioritos e
monzogranitos, com biotita e hornblenda, variando de isotrópicos a foliados e, por
vezes, bandados. Leucogranitos e granitoides portadores de relictos de piroxênio
são subordinados.
2
6

2.1.2.1.5 Rochas Supracrustais

Segundo Santos (2003) sucessões pelíticas e psamíticas, correlatas ao Grupo


Rio Fresco, e psamíticas quartzosas correlacionadas com a Formação Gorotire,
forma esta unidade litoestratigráfica. Como também as rochas vulcânicas félsicas e
depósitos piroclásticos associados que recobrem os granitóides do DAS.

2.1.2.1.6 Granitos Intrusivos

Os últimos eventos magmáticos, reconhecidos no DSA são representados


pela Suíte Intrusiva Rio Dourado e o Sienito Rio Cristalino. Tratam-se de
manifestações plutônicas anorogênicas, de afinidade alcalina, sendo que a primeira
tem características de granitos tipo-A, tendo sido datada em 1889 ± 11 Ma (Barros et
al. 2005).
2
7

3. GEOLOGIA LOCAL

3.1. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA

Para a individualização das unidades litoestratigráficas, identificadas na


subárea mapeada, levou-se em consideração diversos parâmetros analisados em
distintas escalas. Primordialmente, em uma escala mais ampla, caracterizou-se a
área a partir da análise de feições texturais e estruturais de imagens obtidas através
sensores remotos. Esta fase do estudo permitiu o norteio das atividades de campo,
onde todos os dados referentes aos aspectos geomorfológicos, litológicos e
estruturais foram levantados, compilando na individualização de quatro unidades
litoestratigráficas (Figura 08).
A Unidade I caracterizada pela presença de rochas metavulcano
sedimentares (Greestones Belts), compõe cerca de 3% da área de estudo e está
localizada na porção leste da área. No campo não foram identificadas amostras
desta unidade, porém por interpretação geofísica e correlação com as áreas
adjacentes foi inferida a presença de greenstone-belts.
Por interpretação do sinal analítico (magnetometria) foi observado um alto
magnético, evidenciado por tons de coloração avermelhado a magenta, sugerindo
uma anomalia altamente positiva. Esta resposta magnética indica que a ocorrência
de rochas com alta susceptibilidade magnética de comportamento ferromagnético
(propriedade que determinados materiais/substâncias tem em apresentar elevada
magnetização, mesmo sem a presença de um campo magnético externo), sugere a
presença de rochas metavulcano-sedimentares, em decorrência de seu conteúdo
relativamente alto em minerais magnéticos, definindo assim, a Unidade I.
A Unidade II caracterizada pela presença de rochas tonalíticas a
trondhjemíticas que compõem cerca de 30% da subárea mapeada. Esta unidade
tem forte ocorrência nas porções noroeste e sudoeste da área mapeada, sendo
representada por afloramentos do tipo lajedo, blocos rolados e in situ (Figura 05) do
qual os afloramentos IJLPR-03, IJLPR-05-A e IJLPR-11-A são os mais
representativos desta unidade. Duas fácies litológicas foram reconhecidas e
descritas como biotita tonalito equigranular fino a médio e trondhjemito equigranular
médio. São rochas predominantemente anisotrópicas, apresentando ora foliação
incipiente, ora foliação melhor desenvolvida, de coloração essencialmente cinza
esbranquiçada.
2
8

Figura 05: Aspectos gerais dos afloramentos representativos da Unidade II.


Fonte: Os autores.

A Unidade III é caracterizada pela presença de rochas leucomonzograníticas


que compõem aproximadamente 65% da subárea II. Esta unidade compreende
grande parte da área mapeada, uma vez que são encontradas amostras distribuídas
nas porções nordeste, norte, sul, leste e centro oeste, sendo representadas por
afloramentos do tipo lajedo, blocos in situ e diminutas porções de blocos rolados
(Figura 06) no qual os afloramentos são IJLPR-04, IJLPR-09, IJLPR-18, IJLPR-21 e
IJLPR-25 são as mais representativas desta unidade. Cinco fácies litológicas foram
identificadas e descritas como: leucomonzogranito equigranular médio a grosso,
leucomonzogranito equigranular fino a médio, biotita monzogranito inequigranular
médio a grosso, biotita sienogranito equigranular médio a grosso, biotita
monzogranito equigranular médio. São rochas de coloração que variam desde
branco rosadas, passando por rosa esbranquiçadas a rosadas, apresentando
essencialmente anisotropia, com foliação incipiente.
2
9

Figura 06: Aspectos gerais dos afloramentos representativos da Unidade III


Fonte: Os autores.

A Unidade IV é representada por diques máficos, correspondendo a cerca de


2% da área total e secciona as unidades II e III com direção preferencial NW-SE,
sendo representada por afloramentos do tipo in situ e bloco rolado. É representado
por apenas dois afloramentos (Figura 07), descritos como IJLPR-10 e IJLPR-15-B.
Ressalta-se que em decorrência de sua fina granulação tornou-se impossibilitada a
identificação de sua assembleia mineralógica, tornando imprecisa sua classificação
mesoscópica. Porém, devido à sua coloração e densidade, supõem-se que a rocha
possa ser classificada como diabásio.

Figura 07: Aspectos gerais dos afloramentos representativos da Unidade IV.


Fonte: Os autores.
37

Figura 08: Mapa geológico e seções geológicas propostas para a subárea II.
Fonte: Os autores.
3
1

3.2. ASSINATURA AEROGEOFÍSICA DAS UNIDADES

A geofísica é uma ciência de suma importância para a interpretação de


feições geológicas, pois a partir das diferentes respostas físicas da superfície e
subsuperfície, auxilia na identificação de estruturas, contatos geológicos, bem como
minerais associados a mineralizações (Kearey; Brooks; Hill, 2009). Nesse sentido, a
integração de dados geofísicos e geológicos promove melhor interpretação da área
de estudo, uma vez que esta ferramenta fornece uma prévia das possíveis litologias
do terreno a ser mapeado.
Neste contexto, análise e interpretação aerogeofisica da subárea II foi
realizada a partir de dados gamaespectrométricos de eTh (Tório equivalente) e
magnetométricos, as quais foram fundidas a imagens SRTM e complementadas a
dados coletados em campo, para a confecção do mapa gamaespectrométrico e
magnetométrico de Sinal Analítico. Os dados aerogefísicos referem-se ao Distrito de
Casa de Tábua, pertencente ao município de Santa Maria das Barreiras no extremo
sul do estado do Pará, os quais foram adquiridos pela CPRM (Serviço Geológico do
Brasil) e fornecidos aos discentes através da equipe docente do Estágio de Campo
II.
Os dados obtidos a partir da interpretação de cada imagem serão
apresentados abaixo de acordo com cada domínio individualizada pela análise
aerogeofísica e complementadas pelo mapeamento geológico realizado. No entanto,
algumas anomalias identificadas não são compatíveis com a litologia e mineralogia
das rochas encontradas em campo.

3.2.1. Aerogamaespectrometria

A gamaespectrometria é uma técnica geofísica capaz de detectar a radiação


gama (γ) próximo a superfície da terra da qual provêm da desintegração natural do
potássio (40K) e dos elementos das séries do urânio (238U) e do tório (232Th)
presentes na composição da maioria das rochas (Dickson & Scott, 1997). De acordo
com Minty (1988), as medições radiométricas são essencialmente superficiais,
apresentando um alcance médio de 30 a 40 cm de profundidade. Diante disto,
fatores como: cobertura de solo, vegetação densa, umidade do solo, presença de
nuvens, grande variação topográfica, bem como a distância entre o sensor e a
3
2

superfície amostrada, espaçamento entre as linhas de aquisição e entre os pontos


de medidas, dificultam o levantamento de dados.
Segundo Matolín (1984) o conteúdo potássio (K), urânio (U) e tório (Th), nas
rochas magmáticas, tende a aumentar com a acidez da rocha. Diante disto, o mapa
gamaespectrométrico (Canal do Th + SRTM) representa em cores a distribuição
espacial destes elementos onde os tons avermelhados e rosados são atribuídos
para litologias com altas concentrações de Th; os tons amarelados e alaranjados
representam concentrações intermediário alto; tons verdes exibem concentrações
intermediária baixo, ao passo que os tons azulados representam baixas
concentrações de tório.
Baseado nesse contexto foi possível individualizar três domínios
gamaespectrométricas, correspondente ao Canal do Th + SRTM (Figura 09) com
distintas assinaturas, onde foi possível associar aos dados petrográficos de campo.
Domínio I está localizado nas porções sudoeste e noroeste da área mapeada
e apresenta tons azulados, indicando empobrecimento em tório (Th). Neste domínio
ocorrem rochas correspondentes a unidade II (Tonalitos e Trondhjemitos), que
condiz com tal assinatura gamaespectrométrica.
O Domínio II ocorre nas porções centro oeste e estende-se a sul da subárea
II. Este domínio caracteriza-se por apresentar tons esverdeados e
alaranjados, indicando intermediário conteúdo em Th. Nestas porções foram
encontradas rochas correspondentes a Unidade II, em sua maioria, e
subordinadamente a Unidade III (Leucomonzogranitos), no entanto a baixa resposta
do canal do Tório não se aplica a rochas desta unidade, porem está anomalia pode
ser justificada por interferências durante a aquisição dos dados aerogeofísicos.
O Domínio III localiza-se no centro leste da subárea mapeada e caracteriza-
se em apresentar uma tonalidade magenta, indicando que estas rochas apresentam
maiores concentrações de tório e correspondem a rochas leucomonzograníticas
(Unidade III) mapeadas nesta porção, condizendo assim com esta resposta
radiométrica.
3
3

Figura 09: Mapa SRTM + Canal do Tório (Th), evidenciando as diferentes respostas
gamaespectrométricas.
Fonte: Autores
3
4

3.2.2. Aeromagnetometria

De acordo com Luiz & Silva (1995), a magnetometria é um método geofísico


que se refere à propriedade da matéria relacionada à susceptibilidade magnética.
Haja vista que esta consiste na medida quantitativa da tendência de um material de
interagir e distorcer um campo magnético aplicado. No entanto, esta técnica
depende da composição, quantidade e distribuição dos minerais ferromagnéticos
presentes nas rochas, os quais irão causar anomalias locais nos elementos do
campo magnéticos terrestre.
De maneira geral, as rochas ígneas básicas são altamente magnéticas em
razão do seu conteúdo moderadamente alto em minerais magnéticos como
magnetita, ilmenita e pirrotita, que estão inclusas em diques, sills (ou soleiras), fluxos
de lava falhado, dobrados ou truncados, além de intrusões de maciços básicos,
embasamento de rochas metamórficas e corpos de minério de magnetita (Kearey;
Brooks; Hill, 2009).
A partir deste princípio, a magnetometria propicia a geração de um mapa em
cores com a distribuição de unidades rochosas que apresentam um amplo espectro
de minerais magnéticos, onde tons avermelhados e rosados são atribuídos a rochas
com alto magnetismo; tons amarelados e alaranjados correspondem a rochas com
intermediário alto magnetismo; tons verdes intermediário baixo e; tons azulados
correspondem a rochas com baixo ferromagnetismo.
Em virtude disso, para a intepretação e individualização dos domínios
magnetométricos foi realizada a fusão de imagem SRTM + Sinal Analítico (ASA),
resultando na individualização de três domínios magnetométricos (FIGURA 07), para
a subárea II, com distintas assinaturas, as quais serão descritas a seguir.
O Domínio I encontra-se distribuído na Subárea II, ocorrendo
predominantemente nas porções nordeste, leste, centro-leste, oeste e sul da área
mapeada. Este domínio é caracterizado pela presença de alto magnético,
evidenciado por tons de coloração avermelhado a magenta, sugerindo uma
anomalia altamente positiva. Esta resposta magnética sugere que a ocorrência de
rochas com alta susceptibilidade magnética de comportamento ferromagnético
(propriedade que determinados materiais/substâncias tem em apresentar elevada
magnetização, mesmo sem a presença de um campo magnético externo), a qual
3
5

estão associadas a rochas máficas- ultramáficas, em decorrência de seu conteúdo


relativamente alto em minerais magnéticos.
Em virtude disso, as respostas correspondentes a estas rochas condizem com
os dados obtidos de campo, equivalente as amostras IJLPR-10 e IJLPR-15A
(UNIDADE IV), tratando-se de diques máficos. Além do mais, a mudança brusca na
coloração do solo foi utilizada como uma importante ferramenta para sugerir, por
correlações, também com as áreas adjacentes, a ocorrência de outros diques e a
determinação da UNIDADE I, correspondente a rochas metavulcano-sedimentar
(não aflorantes na Subárea II), que apresentam em sua composição mineralógica
minerais magnéticos, justificando sua alta susceptibilidade magnética.
O Domínio II ocorre de maneira majoritária na subárea mapeada, sendo
representado pelos tons alaranjados, amarelados e esverdeados, que indicam um
intermediário magnetismo. Nestas porções ocorrem rochas graníticas
correspondentes as Unidades II (Tonalitos e Trondhjemitos) e III
(Leucomonzogranitos). Todavia, na parte central da Subárea II, há a ocorrência de
uma estreita faixa que intercepta a porção central da área com direção E-W, que
pode ser interpretada como uma zona de cisalhamento.
No entanto, durante o mapeamento de campo, não foram identificadas
evidencias desta possível zona de cisalhamento. Porém, este método possui maior
profundidade de detecção, podendo detectar anomalias não aflorantes. Esta
suposição foi realizada por intermédio de correlação com as áreas adjacentes, haja
vista que esta susceptibilidade magnética intermediaria/alta, nesta porção, pode ter
sido originada durante um atrito gerado entre as rochas, provocando relativo
aumento de temperatura e levando a formação de minerais magnéticos.
Já o Domínio III, encontra-se localizado na porção sudeste da subárea II,
caracteriza-se por tons azulados indicando a presença de rochas com baixa
susceptibilidade magnética. Nestas regiões ocorrem rochas pertencentes a
UNIDADE III (Leucomonzogranitos) condizentes a esta assinatura
gamaespectrométrica. De maneira geral, estas rochas apresentam comportamento
diamagnético, ou seja, apresentam magnetização essencialmente baixas quando
submetidos a um campo magnético externo. Isto se dá em decorrência destas
rochas apresentarem grande quantidade de sílica.
3
6

Figura 10: Mapa SRTM + SINAL ANALÍTICO (ASA), evidenciando as diferentes respostas
magnetométricas.
Fonte: Autores

3.3. CARACTERIZAÇÃO GEOMORFOLÓGICA


3
7

A caracterização geomorfológica da subárea II foi realizada a partir dos


parâmetros pospostos pelo Manual Técnico de Geomorfologia do IBGE (2009), que
se baseia na hierarquia de ordem decrescente de grandezas das formas de relevo
(táxons geomorfológicos) conforme mostra a Figura 11. Além disto, foram utilizadas
imagens obtidas pela Suttle Radar Topography Mission (SRTM), satélites Landsat-7
e CBERS 4, complementadas pelas observações de campo.

Figura 11: Estrutura da geomorfologia proposta pelo manual técnico de geomorfologia do IBGE.
Fonte: Modificado, IBGE 2009
3
8

A área de estudo encontra-se inserida no domínio morfoestrutural do Cráton


Amazônico que consiste de planaltos residuais, chapadas e depressões
interplanalticas, que dispõe como embasamento metamorfitos e granitoides
associados, bem como cobertura de rochas sedimentares e/ou Vulcano-plutonismo,
deformados ou não (IBGE 2009). No que compreende as unidades geomorfológicas
a área situa-se nas Depressões Santana do Araguaia e Planaltos Residuais do Sul
do Pará.
É atribuído a categorização de região geomorfológica a unidade de Serras e
Depressões. No que se refere ao quarto táxon de Modelado de Relevo, foram
individualizados três modelados conforme observado na Figura 12, tais quais: 1)
Modelado de Dissecação Homogênea (D); Modelado de Dissecação Estrutural (De)
e; Modelado de Dissecação Homogênea Topo convexo (Dc).
3
9

Figura 12: Mapa geomorfológico da Subárea II.


Fonte: Os autores.
4
0

O modelado de relevo de Dissecação Homogênea (D) compõe


aproximadamente 70 % da subárea de estudo e corresponde a um relevo
predominantemente suave com aspecto arrasado compreendendo a cotas
topográficas inferiores a 230m (Figura 13). Neste domínio afloram rochas em sua
maioria correspondentes a unidade geológica III, constituídas por
leucomonzogranitos, bem como pequenas porções de tonalitos e trondhjemitos
(Unidade II) a noroeste e sudoeste da área.

Figura 13: Aspecto geral do modelado de relevo de Dissecação Homogênea (D).


Fonte: Autores

O modelado de Dissecação Estrutural (DE) localiza-se a na porção


sudoeste da área totalizando aproximadamente 25% da área do terreno. É
composto por relevo acidentado com morros de topos com aparência aguçada,
convexo e por vezes angulosas com cotas de até 450 metros de altura
(FIGURA 14). Este modelado é constituído, em sua maioria, por rochas
tonalíticas associadas a injeções de leucominzogranitos.

Figura 14: Aspeto modelado de Dissecação Estrutural (DE), caracterizado por topos de
aparência aguçada.
Fonte: Os autores
4
1

O modelado de Dissecação Homogênea de Topo Convexo (Dc) localiza-se na


porção nordeste correspondendo a 5% da área do terreno. Este domínio é
representado por relevo colinoso com dissecação homogênea com topos convexos
(Figura 15), por vezes suaves, correspondente a cotas topográficas que variam nos
intervalos de 260 a 310 metros. Neste domínio afloram rochas pertencente a
unidade geológica III que corresponde litologicamente a leucomonzogranitos.

Figura 15: Aspecto geral do modelado de Dissecação Homogênea de Topo Convexo (Dc).
Fonte : Os autores..

3.4. GEOLOGIA ESTRUTURAL

Neste tópico os dados estruturais serão descritos, correlacionados e


interpretados, permitindo assim desenvolver uma proposta para a evolução
estrutural da área de estudo, de modo a deixar claro uma ordem cronológica dos
regimes de deformação (dúctil e rúptil) que atuaram na suba área II. Vale destacar
que no mapa geológico da subárea II se observa que, de modo geral, os mesmos
tipos de estrutura estão inseridos em pelo menos duas das três unidades geológicas
sob os mesmos trends. Por isso estas estruturas serão abordadas no contexto geral
da subárea II e não no contexto específico de cada unidade.
4
2

3.4.1. Descrição das Estruturas e Fotoalinhamentos Dúcteis

3.4.1.1. Foliações

Na maioria dos pontos a foliação apresenta-se incipiente, sendo muitas vezes


identificadas pelos cristais de quartzo alongados e orientados que se sobressiam na
capa de intemperismo (Figura 16 A e B). Contudo nos pontos IJLPR-05 e IJLPR-08
onde ocorrem intrusões graníticas na unidade II observou-se uma foliação bem
desenvolvida (Figura 16 C).
As foliações são estruturas planares formada em regime dúctil de
deformação. Foram feitas 34 medidas de planos de foliações, sendo 30 verticais ou
subverticas, e 4 com mergulhos de 20º a 40º para NW (Figura 16 D). As direções
variam de 230 a 290 Az, sendo que a maior frequência (~32%) ocorre na de direção
de 250 Az (Figura 16-E). A foliação subvertical foi verificada na maioria dos pontos
das unidades II e III, porém foi possível observar mergulho da estrutura apenas nos
pontos 03, 05 e 08, pertencentes à unidade II. No que se refere a foliações na
unidade I não foi possível verificar esta estrutura, pelo fato desta unidade ter sido
fotointerpretada, mas foi observado que os corpos desta unidade estão dispostos
sob a orientação do mesmo trend da foliação.
4
3

Figura 16: A) TTG verificado no ponto 02 com foliação insipiente; B) Foliação do TTG do ponto 02
evidenciada pelos cristais de quartzo alongados e orientados que se sobressaem na capa de
intemperismo; C) TTG verificado no ponto 05, apresentando foliação bem desenvolvida por injeções
graníticas; D) Projeção estereográfica mostrando as atitudes das foliações da subárea II e; E)
Diagrama de roseta mostrando um trend principal de 250 Az para as foliações medidas.
Fonte: Os autores.
4
4

3.4.1.2. Alinhamentos de Relevo Dúcteis

No que se refere a processos estruturais evidenciados pelas formas do relevo


foram fotointerpretados sete alinhamentos dúcteis, distribuídos em função dos
valores médios de seus rumos conforme a o diagrama de roseta da Figura 17. Os
mesmos ocorrem em todas as unidades geológicas da subárea II, mas verifica-se
uma maior concentração na zona geomorfológica de dissecação estrutural (DE),
delimitada no mapa geomorfológico.

Figura 17: Diagrama de roseta com os rumos dos fotoalinhamentos dúcteis.


Fonte: Os Autores.

3.4.1.3. ZONA DE CISALHAMENTO

Foi inferida, através de fotointerpretação, uma zona de cisalhamento, de


direção preferencial, E-W, através de uma alta resposta apresentada pelo sinal
analítico. O sinal referido apresenta-se na forma de uma extensa faixa estreita e
curvilínea, que se estende pelas subáreas 1 e 3, adjacentes à subárea II. Esta
estrutura (ou este sinal) está presente nas unidades e II e III, mas não na unidade I,
como mostra o mapa geológico da subárea 2.
4
5

3.4.2. Descrição das Estruturas e Fotoalinhamentos Rúpteis

3.4.2.1. Falhas

Em relação a estruturas com indicadores cinemáticos foi verificada apenas


uma falha, com plano vertical de direção 230 Az. A mesma apresenta movimentação
destral e possui um rejeito centimétrico, tendo ainda o seu plano preenchido por um
tonalito aparentemente isotrópico (Figura 18). Esta estrutura foi observada no ponto
08, pertencente à unidade II.

Figura 18: Falha dextral verificada no ponto 08 com plano vertical preenchido por tonalito, com
direção de 153 Az
Fonte: Autores.

3.4.2.2. Fraturas

Já em relação a rupturas que não apresentam indicadores cinemáticos foram


feitas 18 medidas de fraturas. As mesmas foram observadas apenas nos pontos 08
e 13 (figura 19 A e B), pertencentes à unidade II, todas verticais ou subverticais
(figura 19 C), e apresentam as medidas de direções com maior frequência (17%)
em torno de 340 Az, como mostra o diagrama de roseta da figura 20-D.
4
6

Figura 19: Lajedo fraturado verificado no ponto 08; B) Croqui das fraturas do lajedo do ponto 08; C)
Projeção estereográfica das atitudes da fraturas da subárea II e; D) Diagrama de roseta com
mostrando as direções preferenciais das fraturas da subárea II.
Fonte: Os autores
4
7

3.4.2.3. Alinhamentos de Relevo Rúpteis

Os alinhamentos de relevo rúpteis, fotointerpretados, distribuídos em função


das frequências de seus rumos apresentam um trend preferencial segundo a direção
N20W, como mostra o diagrama de roseta da Figura 20. Estes alinhamentos
ocorrem em todas as unidades geológicas da subárea 2, porém apresentam maior
concentração na zona geomorfológica de dissecação estrutural (DE), delimitada no
mapa geomorfológico.

Figura 20: Diagrama de roseta mostrando as direções preferenciais dos fotoalinhamentos rúpteis.
Fonte : Os autores.

3.4.2.4. Diques

Foram verificados/fotointerpretados cinco diques na subárea II, distribuídos


em função das frequências dos valores de seus azimutes, conforme mostra o
diagrama de rosetas da Figura 21. As direções dos mesmos variam de 270 a 330
Az, sendo que alguns destes diques cortam as unidades II e II, enquanto outros
cortam apenas uma destas duas unidades, no entanto não cortam a unidade I, como
mostra o mapa geológico da subárea II.
4
8

Figura 21: Diagrama de roseta mostrando a direção dos diques da subárea II.
Fonte: Os autores.

3.4.3. Correlação e Interpretação dos Dados

3.4.3.1. Estruturas Dúcteis

No que se refere a foliação é possível inferir que a mesma é de origem


tectônica, pelo fato dos cristais de quartzo apresentarem-se alongados, e como esta
estrutura é melhor desenvolvida onde ocorrem as intrusões graníticas, infere-se
ainda que estas intrusões se deram de maneira “forçada”, intensificando localmente
as pressões e a temperatura, promovendo assim um melhor desenvolvimento da
foliação.
Quanto as demais estruturas (zona de cisalhamento e alinhamentos dúcteis),
por terem sido fotointepretadas não é possível inferir com clareza os
processos/eventos que originaram e desenvolveram as mesmas.

3.4.3.2. Estruturas Rúpteis

Em relação às fraturas descritas é possível inferir que elas se desenvolveram


em resposta aos mesmos eventos que originaram os alinhamentos rúpteis
fotointerpretados na zona geomorfológica DE, pois os pontos onde foram realizadas
4
9

as medidas estão inseridos nesta zona e os digramas de roseta gerados para estas
duas estruturas (figuras 16 D e 17) apresentam grande similaridade.
Em relação à falha supracitada, a mesma não pode ser correlacionada com
quaisquer outras feições estruturais da subárea II, pois não foram verificadas (tanto
em campo quanto nas imagens aerogeofísicas) outras estruturas que
apresentassem indicadores cinemáticos, o que impossibilitou maiores inferências a
respeito dos processos/eventos relacionados a esta falha. No entanto, por cortar a
foliação ela se trata de uma estrutura mais recente.

3.4.4. Evolução Estrutural

Com base na descrição das estruturas e na interpretação dos dados obtidos


em campo, em fotointerpretações de imagens aerogefísicas, bem como na literatura
geológica da região na qual a área de estudo está inserida, foi possível elaborar uma
proposta para a evolução estrutural da subárea II, bem como um Mapa de
fotoalinhamentos de estruturas rúpteis e dúcteis da subárea II (Figura 22).
A evolução tem início a partir da fusão parcial dos greenstones belts, uma vez
que estas rochas estão dispostas sob o mesmo trend da foliação descrita e que
estas são rochas do embasamento, que originaram os TTGs da unidade II nos quais
pode ser verificada uma foliação com um trend preferencial de 250Az.
Posteriormente os granitoides da unidade III, oriundos da fusão parcial do TTGs
também adquirem esta foliação com este trend, e ainda desenvolveram aquela já
existente na unidade II pelo processo de intrusão “forçada” (já mencionado), sendo
que este trend ainda é verificado na disposição dos corpos da unidade I. Como já
explicado, esta foliação é de origem tectônica, isso leva a inferir que durante todo o
período do processo de evolução magmática destas rochas, a área de estudo foi
submetida a um esforço tectônico que atuou durante todo este tempo, imprimindo
assim a mesma direção de foliação em todas as rochas da subárea II, desde as mais
antigas até as mais jovens.
Em seguida, após terem sido formadas todas as unidades referidas,
desenvolveu-se a zona de cisalhamento fotointerpretada, uma vez que esta
estrutura corta as unidades II e III. Isso leva a concluir que a referida zona é uma
estrutura mais recente que a foliação supracitada. Esta zona de cisalhamento é aqui
colocada em um regime ainda dúctil de deformação, pelo fato de apresentar-se
5
0

numa forma curvilínea e suavizada. Posteriormente, agora em um regime rúptil de


deformação, ocorreram os processos que deram origem aos alinhamentos
estruturais, causadores das fraturas descritas anteriormente. Além destes
alinhamentos cortarem todas a unidades geológicas e a zona de cisalhamento
mencionada, ainda foi verificado em campo que as fraturas cortam e expõem o plano
da foliação, deixando claro que as fraturas e os alinhamentos são estruturas mais
recentes que aquelas do regime dúctil. Ainda no regime rúptil ocorreram a colocação
dos diques, que cortam as unidades II e III. Contudo, pelo fato de alguns diques e
dos alinhamentos terem sido fotointerpretados não é possível inferir quais destas
duas estruturas é a mais recente.
Em relação aos tensores que originaram cada estrutura não é possível
posicioná-los espacialmente com precisão, pois não se sabe se elas apresentam
atualmente a mesma orientação de quando foram formadas. Isso deve ser
considerado uma vez que a foliação da área apresenta um trend preferencial de 250
Az, enquanto a foliação descrita na literatura geológica da região possui um trend
principal WNW-ESSE, tanto para o Tonalito Arco Verde quanto para o Granito
Xinguara, de acordo com Althoff et al. (1991) e Leite (2001), citados por Vasquez e
Rosa Costa et al. (2008), mostrando assim uma diferença de pelo menos 20º para
estas duas direções. Ainda neste sentido, a quantidade de dados obtidos também
não permite fazer uma evolução precisa do posicionamento destes tensores na
subárea II.
Figura 22: Mapa de fotoalinhamentos de estruturas rúpteis e dúcteis.
Fonte: Os autores.
4. PETROGRAFIA

Os litotipos identificados durante o mapeamento de campo foram descritos


mesoscopicamente e microscopicamente, do qual divididos em oito
(06) fácies litológicas agrupadas em 4 unidades geológicas. No entanto, cabe
ressaltar que a unidade I, correspondente aos greenstone-belts, não foram
identificadas durante a fase de campo, sendo apenas interpretada por meio do
método magnetométrico (Sinal Analítico).
Para a classificação das rochas ígneas utilizou-se a média composicional de
seus constituintes mineralógicos através de uma análise semiquatitativa, da qual
foram plotadas no diagrama Q-A-P (Streckeisen, 1976; Le Maitre et al. 2002). Para a
sigla dos minerais foi utilizado a sistematização de abreviações exposta no artigo de
Whitney & Evans (2010).

4.1. UNIDADE I

Esta unidade corresponde as rochas metavulcano-sedimentares,


interpretadas através de métodos aerogefísicos, correspondente a
gamaespectrometria (Sinal Analítico) e por correlação com as demais áreas
adjacentes. Está localizada na porção leste da subárea, em processo de transição
para a subárea III, definida em quantidades diminutas equivalente a
aproximadamente (~03%) da subárea em questão.

4.2. UNIDADE II

Esta unidade está localizada nas porções noroeste e sudoeste,


correspondendo a cerca de 30% da subárea mapeada. É representada por duas
fácies litológicas reconhecidas e descritas como: Biotita Tonalito Equigranular Fino a
Médio e Thondhjemito Equigranular Médio, conforme classificação no diagrama QAP
(Streckeisen, 1976), Figura 25. Para a definição desta unidade foram realizadas
analises através de duas lâminas delgadas (IJLPR-05- A e IJLPR-11-A), conjugadas
a descrição mesoscópica de amostras coletadas em campo.

4.2.1. Fácies Thondhjemito Equigranular Médio


Este fáceis é representado por rochas ígneas de coloração que variam de
branca acinzentada a cinza claro, faneríticas, apresentando texturas granulares
alotriomórficas, levemente anisotrópicas, tal como observado nas amostras
macroscópicas e corroborada pelas lâminas delgadas. São todas holocristalinas,
equigranular média (1mm – 5mm), hololeucocráticas (IC ~ 4,1%), baseado na média
aritméticas simples das três amostras descritas (IJLPR-02, IJLPR-05-A e IJLPR-12).
De modo geral a mineralogia essencial é representada por cristais de
plagioclásio (~ 51,4%), quartzo (~ 43,1%) e microclina (~ 0,6%). A mineralogia
varietal é representada por cristais de biotita, que compõe cerca de (~4,3%) da
lâmina delgada. Já os minerais secundários são representados pelos cristais de
sericita (~ 0,4%) e muscovita (~ 0,2%).
Os cristais de quartzo formam separados de acordo com tamanho, forma,
extinção e associação com outros minerais, onde foi possível identificar dois tipos de
quartzo: a) Qtz1: são cristais alotriomórficos, com granulação média (cristais que
variam de 1 – 4 mm), apresentando contato intersticial entre si e com alguns cristais
de plagioclásio. A maioria dos cristais de quartzo, presente na lâmina, é deste tipo e
caracteriza-se pela extinção levemente ondulante; a) Qtz2: apresentam-se sob a
forma de diminutos cristais alotriomórficos de granulação fina (˂1 mm), onde por
vezes exibem cristais arredondados, formando pequenas inclusões nos cristais de
plagioclásio e exibindo contatos regulares com o mesmo.
Os cristais de plagioclásio exibem formas alotriomórfica a hipidiomórficas,
fornecendo normalmente seções quadráticas (tabular pouco alongado) de
dimensões que variam de (~1,5mm – 4mm). Os seus contatos são regulares entre
si, com Qtz2 (incluso no plagioclásio), com a biotita e microclina. No entanto, em
pequenas porções, ocorrem contatos irregulares do tipo côncavo com cristas de Qtz1
de extinção levemente ondulante e, irregulares com os cristais de muscovita. Em
decorrência da forte saussuritização dos cristais de plagioclásio, alterando para
sericita e muscovita, não foi possível determinar sua composição. Em alguns cristais,
pouco alterados, foi possível identificar o maclamento do tipo polissintético.
Os cristais de microclina são alotriomórficos e apresentam granulação fina
com cristais menores que (<1mm). Seus contatos são irregulares com cristais de
quartzo e plagioclásio, porém em diminutas porções da lâmina o contato com
plagioclásio é regular.
A biotita apresenta-se sob forma de cristais hipidiomórficos com tamanhos de
(0,5mm – 3 mm). Apresentam contatos restos com os dois tipos de cristais de
quartzo e por vezes aparece bordejando os cristais de plagioclásio. Os contatos
irregulares são marcados por cristais de muscovita, onde aprecem com a borda
levemente cominuída.
Os minerais secundários são representados pelos cristais de sericita e
muscovita, originados pelo processo de saussuritização, consiste no processo de
alteração dos núcleos mais cálcicos do plagioclásio. Estes minerais apresentam
granulação fina (≤ 1mm), com contatos irregulares com plagioclásio. Com base nos
percentuais estimados de cada mineral e após cálculos de normalização foi possível
observar que a unidade em questão apresenta pequenas variações entre o tamanho
dos cristais, porém estes ainda se encontram dentro da classificação de cristais com
granulação média. Quanto a quantidade de minerais máficos distribuídos entre as
amostras, observou-se que as três amostras apresentam pequenas quantidades de
minerais máficos, geralmente biotita e opacos, de modo que a média aritmética
confirmou a quantidade de minerais máficos característico de trondhjemito (IC
<10%). Deste modo a unidade II apresenta um fácies que pode ser classificado
como: trondhjemito equigranular médio (Figura 23), de acordo com o diagrama
QAPF (Strckeisen, 1976).

Figura 23: Fotomicrografia representativa do fácies Trondhjemito Equigranular Médio.


Fonte: Os autores.

4.2.2. Fáceis Biotita Tonalito Equigranular Fino a Médio

Este fácies é representado por rochas de coloração que variam de branca


acinzentada a cinza esbranquiçada, faneríticas, com textura geral, granular
alotriomórfica, porém com amostras que apresentam textura intergranular pertítica,
holocristalinas, isotrópicas, leucocráticas (IC ~15,3%), obtidas a partir da média
aritmética de 13 amostras (IJLPR-01-A; IJLPR-01-B; IJLPR-02-B; IJLPR-04; IJLPR-
05-B; IJLPR-05-C; IJLPR-06-A; IJLPR-08-A; IJLPR-08-B; IJLPR-11-A; IJLPR-11-B;
IJLPR-13 e IJLPR-22), equigranulares médias com cristais que variam de (~1 -
4mm). Ressalta-se que a amostra IJLPR-11-B, destoa da variação de máficos das
demais amostras, apresentando (IC ~35%), com coloração acinzentada e cristais
(<1mm).
A mineralogia essencial é representada por cristais de plagioclásio (~68,27%),
quartzo (~29,19%) e microclina (~2,54%). A mineralogia varietal é representada por
cristais de biotita (~11,9%). Já a mineralogia acessória é composta por cristais
opacos (~0,1%) e allanita (~0,1%). A mineralogia secundária é representada por
cristais de muscovita (~6,9%), epidoto (~04%) e sericita (~1,1%).
Os cristais de plagioclásio exibem forma essencialmente alotriomórfica a
hipidiomórficas, com hábito prismático, apresentando lamelas com dimensões que
variam de (~1mm – 3mm). Apresentam contatos por vezes irregulares com os
cristais de quartzo e retilíneos com os cristais de biotita. Em sua maioria,
apresentam macas polissintéticas e albita-calrsbad. É salutar frisar que a maioria
das lâminas apresentam cristais que estão sendo sericitizados, bem como os
diversos cristais que estão sendo transformados em argilas.
Os cristais de quartzo foram separados em três tipos distintos, baseados no
hábito, tamanho, forma e associação com outros minerais: a) Qtz1: São cristais com
dimensões que variam de (~0,5mm – 1,5mm). Suas faces cristalinas são
essencialmente alotriomórficas e apresentam contato côncavo com cristais de
plagioclásio e entre os próprios cristais de quartzo. Apresentam duas cores distintas,
sendo uma amarela inferida pelo polimento irregular da lâmina delgada e a outra
cinza, sendo ambas com extinção ondulante. b) Qtz2: São cristais xenomórficos, de
granulação semelhante aos cristais de Qtz1. Apresenta contato côncavo com os
cristais de plagioclásio e entre os próprios cristais de quartzo e, por vezes, apresenta
contato retilíneo com o plagioclásio. c) Qtz3: São cristais de dimensões (<1mm) que
apresentam-se na forma de pequenas intrusões arredondadas nos cristais de
plagioclásio, denotando contato côncavo/convexo evidente.
Os cristais de microclina apresentam-se na forma de pequenas porções
hipidiomórficas e alotriomórficas, com dimensões menores que (<1mm). Exibem
contatos irregulares com os cristais de plagioclásio e quartzo. Os cristais se
apresentam na sua forma granular em quantidades diminutas e contato irregular
evidente com a muscovita. É comum nessa rocha a associação entre os cristais de
microclina, muscovita e argilas, em virtude da saussuritização do plagioclásio. Os
cristais de biotita apresentam-se na forma de lamelas hipidiomórficas, com extinção
paralela e, por vezes, mosqueada com clivagem paralela ao elongamento dos grãos,
como é típico das biotitas. Os cristais apresentam dimensões menores ou iguais a (≤
1mm). Apresenta contato retilíneo com os cristais de plagioclásio e, por vezes,
côncavo com os cristais de quartzo. Também são encontradas inclusas nos cristais
de plagioclásio.
De modo geral, este fácies apresenta minerais acessórios que foram definidos
como opacos e allanita. Desse modo, os cristais opacos encontram-se em pequenas
porções, dispersos na rocha no formato alotriomórficos. Já os cristais de allanita
apresentam-se hipidiomórficos, com cores vermelho-marrom, com hábito granular
em porções isoladas da lâmina delgada. Apresenta zonação de modo que o núcleo
se apresenta mais escuro do que as bordas e inclusão num cristal de plagioclásio
que está alterando para sericita.
Quanto aos minerais secundários estes foram definidos como muscovita,
sericita, e epidoto, todos como produto de alteração dos núcleos mais cálcicos do
plagioclásio.
Com base nos percentuais estimados de cada mineral e após cálculos de
normalização foi possível observar que a unidade em questão apresenta pequenas
variações entre o tamanho dos cristais, porém estes ainda se encontram dentro da
classificação de cristais com granulação média. Quanto a quantidade de minerais
máficos distribuídos entre as amostras, observou-se que as treze amostras
apresentam quantidades moderadas de minerais máficos, geralmente descritos
como biotita e opacos, de modo que a média aritmética confirmou a quantidade de
minerais máficos dando à rocha características tonalíticas(IC >10%). Deste modo a
unidade II apresenta um fácies que pode ser classificado como biotita tonalito
equigranular médio (Figura 24), de acordo com o diagrama QAPF (Strckeisen,
1976).
Figura 24: Fotomicrografia representativa do fácies biotita tonalito equigranular médio.
Fonte: Os autores

Figura 25: Classificação dos fácies segundo diagrama (Streckeisen, 1976).


Fonte: Os autores.

4.3. UNIDADE III

Esta Unidade é representada por dois fácies litológicos (IJLPR-04; IJLPR- 15-
A; IJLPR-09; IJLPR-18; IJLPR-21 e IJLPR-25), definidas como: Biotita Monzogranito
Equigranular Médio e Leucomonzogranito equigranular Médio conforme classificação
no diagrama QAP (Streckeisen, 1976), Figura 28. Esta unidade está localizada nas
porções nordeste, norte, sul, leste e centro oeste, correspondendo a cerca de 65%
da subárea II.

4.3.1. Fáceis Biotita Monzogranito Equigranular Médio

É representado por Rocha de coloração cinza, levemente rosadas, faneríticas,


com textura geral hipidiomórficas, porém com algumas amostras que apresentam
textura mirmequítica. São todas holocristalinas, anisotrópicas, hololeucocrática (IC ~
7,8%), definido pela média aritmética de todos os mineraismáficos presentes nas
amostras (IJLPR-2C; IJLPR-7B; IJLPR-14; IJLPR-16 e IJLPR-17 por vezes tendendo
a apresentar um fácies leuco, equigranulares média (~1mm – 4mm).
A mineralogia essencial é representada por cristais de plagioclásio (~38,82%),
quartzo (~35,14%) e microclina (~26,04%). A mineralogia varietal é representada por
cristais de biotita (~6,5%). A mineralogia acessória é composta por cristais opacos
(~0,4%) e de zircão (~0,1%). Enquanto que a mineralogia secundária é composta
por cristais de muscovita (~5,5%), epidoto (~1,9%) e clorita (~1,2%). Alguns cristais
de plagioclásio, quartzo e microclina se destacam por apresentar-se como
fenocristais, com dimensões aproximadas a (~04mm). Já os cristais de biotita e
muscovita apresentam-se distribuídos de forma aleatória, enquanto que os cristais
de epidoto apresentam-se na forma de agregados.
Os cristais de plagioclásio exibem formas essencialmente hipidiomórficas a
subordinadamente idiomórficas em seções tabulares pouco alongadas, por vezes
quadráticas, com dimensões que variam de (~1mm – 4mm). Seus contatos são
regulares com os cristais de quartzo e microclina, e contatos irregulares com a biotita
e a muscovita. Ressalta-se forte processo de saussuritização dos cristais de
plagioclásio alterando para muscovita e epidoto. Apresenta zoneamento do tipo
normal, com núcleos mais cálcicos, alternando-se para sericita, muscovita e epidoto.
Exibe maclamento essencialmente do tipo polissintético. Raramente se observa o
desenvolvimento de intercrescimento mirmequítico no contato entre os grãos de
plagioclásio e microclina, com uma borda albítica associada, que define localmente
uma textura mirmequítica originada pela substituição do feldspato potássico pelo
plagioclásio.
Os cristais de quartzo foram separados em três tipos petrográficos distintos,
baseados no hábito, tamanho, forma e associação com outros minerais: a) Qtz1: são
cristais com dimensões semelhantes aos cristais de plagioclásio e microclina. Suas
faces cristalinas são essencialmente alotriomórficas e apresentam contatos retilíneos
com os cristais de plagioclásio e microclina, além do contato irregular com os cristais
de biotita, muscovita e epidoto. Apresenta duas cores distintas, sendo a primeira
amarela, provavelmente produto do polimento da lâmina delgada e a segunda cinza,
ambas com extinção ondulante. b) Qtz2: são cristais xenomórficos, de granulação
fina e, por vezes, apresentam-se como cristais arredondados, definindo ora contatos
côncavos, ora irregulares com os cristais de plagioclásio. Apresenta coloração
semelhante aos cristais de Qtz1 e são observados na forma de pequenas intrusões
localizadas na parte central dos cristais de plagioclásio.
c) Qtz3: são cristais no formato de vermiculas ou gotículas, conforme
designação da textura mirmequítica, definindo o intercrescimento mirmequítico.
Os cristais de microclina apresentam-se hipidiomórficos com dimensões
variando de (~1mm – 4mm). Apresentam contato irregular com os cristais de
plagioclásio, quartzo, biotita, muscovita e clorita. Por vezes apresenta contato
retilíneo com os cristais de plagioclásio e quartzo. Os cristais apresentam-se como
lamelas sódicas que variam desde filmes ondulados até veios e manchas
irregulares, característicos da textura porfirítica. São comuns nessas rochas
agregados de cristais de microclina imersos nos cristais de plagioclásio,
apresentando contatos que variam de retilíneos a irregulares. Também é comum a
presença de cristais de microclina na forma de um tabuleiro de xadrez.
Os cristais de biotita apresentam-se em lamelas hipidiomórficas, com
clivagem paralela ao elongamento dos grãos, mostrando extinção paralela e, por
vezes, mosqueada. Os cristais apresentam dimensões que variam de (~0,5mm –
2mm), e ocasionalmente ser substituído por clorita. Os contatos entre os cristais de
plagioclásio e biotita são retilíneos, porém entre os cristais de quartzo varia de
irregular a retilíneo. Também são encontrados inclusos nos cristais de plagioclásio e
nas bordas dos cristais de microclina.
Os cristais opacos, definidos como acessório, encontram-se dispersos em
pequenas porções na rocha e foram inferidos como cristais de magnetita, posto que
são comuns em rochas ígneas. Os cristais acessórios de zircão foram observados
em porções diminutas, como pequenos cristais idiomórficos, granulares e inclusos
em grandes cristais de quartzo. Apresentam-se frequentemente zonados e com
evidências de mimetctização.
A mineralogia secundária apresenta cristais de muscovita e epidoto com o
mesmo estado de alteração dos núcleos do plagioclásio, com composição mais
cálcica. Já os cristais de clorita são derivações dos cristais de biotita.
Com base nos percentuais estimados de cada mineral e após cálculos de
normalização foi possível observar que a unidade em questão apresenta pequenas
variações com relação ao tamanho dos cristais, porém estes ainda se encontram
dentro da classificação de cristais com granulação média. Quanto a quantidade de
minerais máficos distribuídos entre as amostras, observou-se que todas as amostras
apresentam quantidades moderadas de minerais máficos, geralmente descritos
como biotita e opacos, de modo que a média aritmética confirmou a quantidade de
minerais de quartzo, plagioclásio e k-felspato, apresentando proporções
semelhantes entre si, dando à rocha características graníticas. Deste modo a
unidade III pode ser definida como biotita monzogranito equigranular médio,
(Figura 26), de acordo com o diagrama QAPF (Strckeisen, 1976).

A B

Figura 26: Fáceis Biotita Monzogranito Equigranular Médio. A) Amostra macroscópica. B) Digrama
com classificação segundo (Streckeisen, 1976).
Fonte: Os autores.

4.3.2. Fáceis leucomonzogranito equigranular médio

É composto por rochas ígneas, de coloração branca rosada, faneríticas, com


textura essencialmente granular alotriomórfica, exceto em rochas como (IJLPR-15A)
que também apresentam texturas localizadas do tipo gráfica, possivelmente
mimerquítica, isotrópica, holocristalina, equigranular média (~1mm – 4mm),
hololeucocrática (IC ~ 3,8%), obtido a partir da média aritmética de todos os cristais
máficos contabilizados nas amostras (IJLPR-06-B; IJLPR-07- A; IJLPR-09; IJLPR-
18; IJLPR-19; IJLPR-20; IJLPR-23; IJLPR-24).
A mineralogia essencial é representada pelos cristais de plagioclásio
(~36,2%), microclina (~33,2%) e quartzo (~30,6%). A biotita (~4,6%) representa os
minerais essenciais, já a mineralogia assessória é representada por minerais opacos
(~0,2%). Os cristais de sericita (~3,9%), epidoto (~1,9%) e muscovita (~1,3%)
definem a mineralogia secundária da amostra.
Os cristais de plagioclásio exibem formas alotriomórficas a hipidiomórficas,
com hábito tabular quadrático, de dimensões que variam de (~1mm – 4mm). Os
seus contatos variam de regulares com Qtz2 (extinção normal), biotita e entre si, a
irregulares com Qtz1, epidoto, muscovita e sericita, apresentando ainda, diminutas
porções com contatos intersticiais com os cristais de quartzo. O maclamento é do
tipo polissintético, no entanto a forte saussuritização do plagioclásio dificulta a
determinação da composição. O zoneamento dos cristais de plagioclásio é do tipo
normal, onde os núcleos mais cálcicos mostram-se alterando para sericita,
muscovita e epidoto.
Os cristais de microclina ocorrem na forma hipidiomórfica a alotriomórfica,
com dimensões que variando de (0,5mm – 3mm). Em geral exibem macla em xadrez
característica e textura mimerquítica, que caracteriza-se pelo intercrescimento de
vênulas de quartzo em forma de bastões irregulares (Qtz3). Seus contatos são
regulares com minerais opacos, biotita e entre si. Os contatos irregulares ocorrem
com cristais plagioclásio e intersticial com Qtz1.
Os cristais de quartzo foram separados em três tipos distintos, baseados no
hábito, tamanho, forma e associação com outros minerais: a) Qtz1: São cristais com
dimensões que variam de (~0,5mm – 1,5mm). Suas faces cristalinas são
essencialmente alotriomórficas, apresentando contato irregular entre si e côncavo e
irregular com os cristais de plagioclásio. Exibem duas cores distintas amarela,
provavelmente devido ao polimento irregular da lâmina delgada e cinza, ambas com
extinção ondulante. b) Qtz2: São cristais com dimensões que variam de (~0,5mm –
1mm), alotriomórficos e com cores que variam de cinza a amarelo, com extinção
reta/paralela. Apresenta contato côncavo e intersticial com os cristais de
plagioclásio; contato irregular com os cristais de microclina e retilíneo com os cristais
de biotita, muscovita e clorita. c) Qtz3: São sub grãos de quartzo com as mesmas
cores das categorias Qtz1 e Qtz2, extinção ondulante e dimensões menores que
(<1mm). Apresentam-se na forma de pseudos agregados de grãos, também com
extinção ondulante, que em virtude de ser produto do regime de compressão e
deformação tendem a formar vários cristais em um mesmo cristal, dando a
impressão de agregados de grãos em um único cristal de quartzo. Apresenta
contato côncavo-convexo entre os grãos de plagioclásio e entre os próprios sub
grãos de quartzo, além de porções diminutas de sub grãos com contato intersticial.
d) Qtz4: São cristais com pequenas dimensões (<1mm) que se apresentam na forma
de pequenas inclusões nos cristais de plagioclásio, definindo contato côncavo entre
eles.
Os cristais de biotita exibem faces cristalinas hipidiomórficas, pleocoismo
intermediário alto e dimensões que alteram de (~0,4mm – 1,9mm). Apresentam
contatos regulares com os cristais de Qtz1, plagioclásio e epidoto. Os cristais opacos
são alotriomórficos, de granulação fina (< 1mm) e com contatos irregulares com os
minerais primários.
Os minerais secundários são representados pelos cristais de epidoto, zircão,
sericita e muscovita. No geral, exibem faces cristalinas hipidiomórficas com
dimensões quem variam de fino a médio (˂1mm a 1,54mm). Também exibem
contatos irregulares com cristais de plagioclásio, que geralmente se apresentam na
borda com alguns cristais localizados no centro. Os cristais de zircão apresentam-se
em porções diminutas, hipidiomórficas, granulares e inclusos nos fenocristais de
quartzo e plagioclásio.
Com base nos percentuais estimados de cada mineral e após cálculos de
normalização foi possível observar que a unidade em questão apresenta pequenas
variações com relação ao tamanho dos cristais, porém estes ainda se encontram
dentro da classificação de cristais com granulação média. Quanto a quantidade de
minerais máficos distribuídos entre as amostras, observou-se que todas as amostras
apresentam quantidades diminutas de minerais máficos (<05%), descritos como
biotita e opacos. Quanto à quantidade de minerais essenciais a média aritmética
confirmou que a quantidade de minerais de quartzo, plagioclásio e k-felspato,
apresentam proporções semelhantes entre si, dando à rocha características
graníticas. Deste modo a unidade III pode ser definida como leucomonzogranito
equigranular médio (Figura 27), de acordo com o diagrama QAPF (Strckeisen,
1976).

Figura 27: Fotomicrografia representativa do fácies leucomonzogranito equigranular médio.


Fonte: Os autores.

Figura 28: Classificação dos fácies segundo diagrama (Streckeisen, 1976).


Fonte: Os autores.
4.4. UNIDADE IV

4.4.1. Fáceis diques de diabásio

Esta Unidade é representada por um fácies litológico (IJLPR-10 e IJLPR- 15-


B), definidas como: diques de diabásio conforme classificação no diagrama QAP
(Streckeisen, 1976), Figura 29. Esta unidade está localizada nas porções sul,
sudoeste e nordeste, correspondendo a cerca de 02% da subárea
II. Ressalta-se que devido a granulação fina da rocha não foi possível
individualizar sua assembleia mineralógica, tornando imprecisa mesoscopicamente.
Porém, de acordo com sua coloração e densidade, supõem- se que a rocha possa
ser classificada como diabásio (Figura 29).

Figura 29: Fáceis diques de diabásio. A) Classificação segundo (Streckeisen, 1976). B e C) Amostras
macroscópicas.
Fonte: Os autores.
4.5. DESCRIÇÃO MICROESTRUTURAL

A extinção, a forma, e os tipos de contato dos cristais de quartzo observados


em lâmina, permitem fazer, inferências a respeito das deformações que ocorreram
em escala microscópica na área de estudo. Por isso os cristais deste mineral serão
descritos no desenvolvimento deste tópico de modo a possibilitaram uma
interpretação microestrutural.

4.5.1. Descrição dos Dados

A descrição petrográfica microscópica permitiu verificar a ocorrência de 4


tipos de quartzo na subárea II (figura 01), além de tipificá-los de acordo a ordem
decrescente de abundância dos mesmos em toda área de estudo. Estes tipos são:

Figura 30: Imagens dos tipos de quartzos em lâmina: A) Quartzos com extinção reta; B) Qzt 1 e
Qtz 2; Qtz1 e Qtz 3 e; D) Qtz 1 e Qtz 4
Fonte: Os autores.
 Qtz1- com extinção ondulante de leve a moderada, faces cristalinas
essencialmente alotriomórficas, apresentando contato côncavo com cristais de
plagioclásio e entre os próprios cristais de quartzo;
 Qtz2: São cristais com pequenas dimensões (<1mm) que se apresentam
extinção reta na forma de pequenas inclusões nos cristais de plagioclásio, definindo
contato côncavo entre eles.
 Qtz3 – cristais com faces cristalinas xenomórficos, de granulação e com
extinção reta/paralela, apresentando contatos irregulares com os cristais de
microclina e retilíneo com os cristais de biotita, muscovita e clorita;
 Qtz4: São sub grãos de quartzo com as mesmas cores das categorias
Qtz1 e Qtz2, extinção ondulante e dimensões menores que (<1mm); e Contudo, o
Qtz 4 foi encontrado apenas na unidade III, enquanto os Qtzs 1, 2 e 3 foram
encontrados nas unidades II e III, sendo que se observou grande abundância do Qtz
1 em ambas as unidades.

4.5.2. Interpretação dos dados

De acordo com Castro (2007) vale destacar que quando cristalizado sobre
pressão o quartzo pode adquirir extinção ondulante, e que quando a mesma é
intensificada ela pode formar quartzo com subgrãos a partir do primeiro, dependendo
das condições de temperatura. A partir disso e das descrições petrográfica e
microestrutural é possível fazer algumas inferências a respeito dos processos
tectônicos da subárea II, tais como:

 Tanto os TTGs (unidade II) quanto os granitos (unidade III) foram


cristalizados sobre esforços tectônicos, pois ambos desenvolveram quartzo com
extinção ondulante em abundância (Qtz 1); e
 Em um dado período da evolução da área houve uma intensificação dos
esforços, que permitiu o desenvolvimento de quartzo com subgrãos nos granitoides
(Qtz 4), a partir do Qtz 1 já existente. No entanto nos TTGs não foi desenvolvido o
Qtz 4, pois como a unidade II deu origem a unidade III, os TTGs já se encontravam
em menores condições de temperatura que os granitoides durante o referido
período.
4.6. MAGMATISMO

O magmatismo é um processo geológico que se encontra intimamente ligado


à mobilidade da litosfera e ocorre maioritariamente associado aos limites das placas.
Cabe ressaltar que existem fenômenos de magmatismo que não ocorrem nestes
limites. De modo geral, a formação de diferentes tipos de rochas, se deve a junção
de vários fatores, tais como as diversas misturas de substâncias que dão origem ao
magma devido ao arrefecimento do contínuo processo de cristalização resultando
num magma residual de composição continuamente alterada; a formação dos
minerais ocorre segundo uma ordem de cristalização, resultante da diferenciação
magmática (cristalização fracionada); A fração cristalina separa‐se do restante
líquido, por diferenças de densidade ou pelo efeito da pressão, deixando um magma
residual diferente do magma original. Assim, um mesmo magma pode originar
diferentes rochas.
O estudo do magmatismo associado à área estudada levou em consideração
a mistura de magmas, cristalização fracionada, fusão parcial, dentre outros para a
compreensão dos diversos tipos de rochas que se formaram no local. Assim, a área
estudada está localizada na porção sudeste do Estado do Pará e apresenta
magmatismo de idade Arqueana, uma vez que está inserida no Terreno Granito
Greenstone de Rio Maria (TGGRM), exibindo rochas definidas por greenstone belts
e associações de granitóides tonalítico- trondhjemítico-granodioríticos, que
apresentam eventos de idade variando de 2,98 a 2,86 Ga, caracterizando um
magmatismo que evoluiu durante um curto período de 120 milhões de anos. (HUHN
et al. 1988, SANTOS & PENA FILHO 2000, ALTHOFF et al. 2000, SOUZA et al.
2001, LEITE et al. 2004, DALL’AGNOL et al. 2006, ALMEIDA et al. 2008, VASQUEZ
et al. 2008).
Na Subárea II foi possível inferir, através de correlação com áreas adjacentes
e interpretações de mapas geofísicos, definir a individualização da unidades
litoestratigráficas definidas como Greenstone belts, sendo esses pertencentes ao
Supergrupo Andorinhas, mais especificamente a formação Quixadá que apresenta
idade de 3.0 Ga (ROLANDO & MACAMBIRA, 2003). Além disso, foram encontradas
litologias referentes ao TTG da primeira geração, descrito como Tonalito Arco Verde
de idade variando de 2.98 a 2.94 Ga (MACAMBIRA, 1992; MACAMBIRA & LAFON
1995, ROLANDO & MACAMBIRA,
2002, 2003, ALMEIDA et al. 2008), o leucogranito de afinidade cálcico-alcalina
Xinguara de idade 2.87-2.86 Ga (LEITE et al. 1999, 2004) e diques máficos tardios.
A partir dos das unidades descritas e do tipo de litologia existente em cada
uma delas, foi possível inferir que a subárea em estudo apresenta exemplos de dois
eventos de magmatismo de caráter regional e talvez um de influência mais
localizada (diques), que serão descritos a seguir, possibilitando ao leitos a
compreensão dos eventos magmáticos que ocorreram na região de Casa de Tábua,
distrito de Santa Maria das Barreiras.
Dos estudos já realizados na área, a partir da bibliografia vigente, das
observações feitas através de análise por métodos geofísicos diversos e das
observações feitas durante a atividade de campo, foi possível inferir que a evolução
magmática da área em questão se deu a partir da formação inicial da crosta
mesoarqueana que envolveu adição de material mantélico na geração dos
greenstone belts e granitóides associados. Assim, acredita-se que naquela região
houve a evolução de em um ambiente de bacias marginais e arcos de ilha, cujos
magmas parentais se formaram a partir da fusão parcial do manto empobrecido, no
caso dos komatiítos e toleiítos, e da fusão parcial de crosta oceânica antiga, que foi
transformada em granada-anfibolito ou eclogito, no caso dos tonalitos e
metavulcânicas dacíticas (SOUZA et al. 2001, ALTHOFF et al. 2000, LEITE et al.
2004). Desse modo, os leucogranitos de alto K, de 2,87-2,86 Ga (granitos Xinguara,
Mata Surrão e Rancho de Deus), são considerados como marcadores do último
evento tectonotermal relacionado à cratonização no Domínio Rio Maria.
O Tonalito Arco Verde pode ter sido gerado por um magma derivado de fusão
parcial em um ambiente de subducção, de granada-anfibolitos, anteriormente sendo
metabasaltos correspondentes ao Supergrupo Andorinhas (DALL’AGNOL et al.
1997; ALTHOFF et al. 2000), enquanto que o granito Xinguara provavelmente se
formou através da fusão parcial de um TTG mais antigo. Porém, há uma hipótese
em que o Tonalito Caracol pode ser a fonte dos magmas que originaram o Granito
Xinguara (LEITE, 2001).

4.7. RELAÇÕES DE CONTATO

Quando se trata de relações de contato é sabido que variações litológicas,


que são definidas pela diferença de litologias observadas a partir dos contatos
existentes, podem ocorrer de forma abrupta ou gradual e são observadas ou não em
campo. Um dique intrusivo ou uma falha, por exemplo, podem colocar em contato
abrupto unidades distintas do ponto de vista geológico, mas nem sempre acontece
dessa forma. Porém também é sabido que na natureza, a maioria das mudanças é
feita de modo gradual, através de zonas de transição (MOREIRA, FILHO, CÂMARA,
2002).
Em mapas geológicos, por exemplo, os contatos litológicos em geral são
responsáveis por delimitar variações entre diferentes unidades. Embora eficiente do
ponto de vista prático, esse tipo de representação cartográfica é, muita vezes,
simplista do ponto de vista geológico, pois pode suprir informação sobre a real
natureza das mudanças verificadas em campo (MOREIRA, FILHO, CÂMARA, 2002).
Com base nas definições de contato e da importância deste para a
delimitação de litologias distintas, foi definida nesta subseção a descrição das
observações feitas durante o Estágio de Campo II, onde foi possível individualizar 4
unidades litoestratigráficas distintas na Subárea II. Deste modo a unidade I foi
definida a partir da existência de rochas metabásicas e ultrabásicas
correspondentes a sequência Greenstone belts; a unidade II foi definida a partir da
existência de tonalitos e trondhjemito com granulação que varia de fino e médio; a
unidade III foi definida a partir da presença de rochas leucomonzograníticas;
enquanto a unidade IV apresentou diques máficos que intrudiram na Subárea II e
adjacências.
Durante a fase de campo, foi possível notar relações de contato entre as
unidades, tornando possível formular uma ordem em que ocorreram os eventos,
sendo empilhados por uma ordem cronológica de ocorrência que segue dos eventos
mais antigos aos mais novos. Também foram observadas em campos relações de
intersecção, de inclusão e mudanças de coloração dos solos que inferem que houve
mudança na litologia (Figura 31).
Figura 31: Contato entre a Unidade I e a Unidade II.
Fonte: Autores.

Na subárea de estudo foi possível visualizar a relação entre a


unidade II e a unidade II, uma vez que na porção Noroeste, a unidade III
intersecciona a unidade II na forma de veios como mostrado na Figura 32,
mostrando assim que porções dos tonalitos e trondhjemitos quando
estavam em uma profundidade menor, em um ambiente mais rúptil,
ocorreu fraturados e ao mesmo tempo preenchimento por um magma de
composição félsica, inferido como leucogranito, provavelmente gerado pela
fusão parcial da suíte TTG.
Figura 32: Veios de Leucogranitos intersectando Tonalito.
Fonte: Os autores.
Outro ponto que reforça essa hipótese é a presença de um autólito de tonalito
(unidade II) no monzogranito (unidade III), indicando que o fragmento de tonalito já
estava solidificado e posteriormente foi envolvido por fluxos magmáticos da mesma
intrusão ou pulsos magmáticos sucessivos (figura 33).

Figura 33: Autólito do Tonalito no leucogranito.


Fonte: Os autores.
Também foram identificados diques máficos que intersectam tanto a unidade
II quanto a unidade III, desse modo pode-se inferir que o evento gerador desses
diques ocorreu posteriormente a colocação das unidades I e II, em um nível crustal
mais raso do que ambas, de modo que durante o fraturamento dos tonalitos,
trondhjemitos e granitos, estes foram preenchidos por magmas máficos de caráter
regional ou localizado. Fatos que corroboram com a hipótese levantada é que na
porção referente ao dique, notou-se que o solo possuía coloração avermelhada
enquanto na porção correspondente as unidades II e III, o solo possuía coloração
variando de amarelada a esbranquiçada (figura 34), além da diferença de elevação
e presença de lateritas, confirmando a liberação se ferro na área.

Figura 34: Mudança da coloração de solo, representada pelos cupinzeiros e mudança de elevação.
Fonte: Os autores.
5. EVOLUÇÃO

A dinâmica de tectônica de placas no Arqueano ocorreu de forma diferente da


tectônica de placas atual. Com mais calor residual da origem da Terra e mais calor
proveniente do decaimento dos elementos radiativos, as placas se moviam mais
rápido e os magmas se formavam em menos tempo. Isso resultou no crescimento ao
longo das margens das protocrostas oceânicas (Figura 35), quando as placas
colidiram com arcos de ilhas e outras placas, esse processo é chamado de acresção
crustal.
No Domínio Rio Maria são conhecidos dois eventos acresção de crosta, um
entre 3,05-2,96 Ga e outro entre 2,87-2,85 Ga. Um dos modelos mais aceitos pelos
pesquisadores é que os greenstone belts arqueanos se desenvolvem em bacias
marginais de retro-arco que posteriormente se fecharam. De acordo com este
modelo, o estágio inicial é extensivo em que são formadas as bacias marginais de
retro-arco (Figura 36), acompanhadas por vulcanismo, colocação de plútons e
sedimentação, seguidas por um episódio de compressão em que as bacias fecham.
Durante este último estágio, as rochas que irão gerar os greenstone belts
(unidade I) são deformadas, metamorfisadas (fácies xisto verde a anfibolito) e
intrudidas por magma granítico. É proposto que esse processo de abertura e
fechamento ocorra diversas vezes e por isso os greenstones belts apresentam um
arranjo paralelo e forma alongada, sendo que no Domínio Rio Maria apresentam
idade de formação entre 2.98 a 2.90 Ga.
Zonas de subducção começaram a se formar na crosta oceânica e como elas
possuíam baixo ângulo devido ao alto gradiente geotérmico na época, a fusão
parcial dessa crosta basáltica subductada, após sofrer metamorfismo na zona da
estabilidade da granada, aumentou o fluxo de calor que fundiu parcialmente os
greenstone belts, e contribuiu na geração dos magmas de composição TTG, que
ascenderam com pouca interação com o manto.
Os magmas TTGs, correspondentes a unidade II, ocorreram no Domínio Rio
Maria entre 2.98 e 2.94 Ga. Posteriormente, em aproximadamente 2.86 Ga houve
fusão da crosta tonalítica-trondhjemitica, em mais baixa profundidade, fora do campo
de estabilidade da granada, ao qual teria gerado os magmas dos leucogranitos
potássicos referentes a unidade III. A unidade IV é referente aos diques máficos
que se formaram quando o regime tectônico passou a ser distensivo e de caráter
rúptil. Isso permitiu que magmas máficas, provavelmente formados a partir da fusão
parcial do manto superior, ascendessem por meio de aberturas ou zonas de
fraqueza, até níveis crustais mais rasos e se colocassem na forma de diques, assim
configurando a área atualmente (Figura 37).

Figura 35: Formação de protocrostas durante o Arqueano.


Fonte: Autores

Figura 36: Acresção crustal, formando arcos de ilha e bacias de retro-arco


Fonte: Autores
Figura 37: Configuração atual da subárea II.
Fonte: Autores

O Estágio de Campo II contribuiu para aprendizagem e experiência em


trabalhos de mapeamento pois permitiu aplicar em campo os conhecimentos
adquiridos em ambiente acadêmico, além de possibilitar o desenvolvimento do
conhecimento de novos métodos e técnicas relacionados a sensores remotos que
auxiliam no mapeamento.
Além disso inda permitiu aprimorar o conhecimento da geologia do Domínio
Rio Maria. O entendimento da geologia da região foi melhor esclarecido pois os
mapas da CPRM que abrangem a região possuem uma escala de trabalho com
pouco detalhe, o que não permite definir com eficiência o contato entre as unidades
litodêmicas.
Neste sentido o trabalho pôde contribuir com a delimitação de corpos
anteriormente não mapeáveis, ajudando na reconstituição da evolução geológica da
região do distrito de Casa de Tábua.
6. DISCUSSÕES

No presente trabalho foram individualizadas quatro unidades geológicas,


enumeradas de I a IV, que com base em suas características petrográficas e/ou
estruturais, podem ser correlacionadas com as unidades geológicas descritas na
litura geológica do Domínio Rio Maria.
Em trabalhos de mapeamento anteriores que englobam o extremo sudeste do
estado do Pará (onde encontra-se inserida a área de estudo), verifica-se que as
litologias aflorantes na porção correspondente à subárea II são tonalitos,
trondhjemitos e granitos potássicos, como mostra o mapa da Figura 38. As rochas
da série TTG são mencionadas por Althoff et al. (1991) como pertencentes ao
Tonalito Arco Verde, enquanto os granitos pertencem a unidade Granito Xinguara,
de acordo com Leite (2001). Segundo estes autores estas rochas são foliadas a
presentam um trend estrutural WNW-ESSE.
Figura 38: Mapa Geológico da porção correspondente a subárea II, proposto pela CPRM.
Fonte: Autores, editado a partir de arquivos shapefile disponibilizados pela CPRM.
Em relação a Unidade I, interpreta como greestones belts através de altas
anomalia positivas do sinal analítico de imagens magnetométricas, podem ser
correlacionadas como pertencentes ao Supergrupo Andorinhas, que de acordo
Docegeo (1988) e Huhn et al. (1988) é composto pelas sequências vulcano-
sedimentares metamorfisadas em condições de fácies xisto verde a anfibolito
presentes nesta região do Domínio Rio Maria.
A Unidades II, caracterizada como biotita tonalito equigranular fino a médio e
trondhjemito equigranular médio, de coloração essencialmente cinza esbranquiçada,
apresentando foliação ora incipiente, ora foliação melhor desenvolvida, pode ser
interpretada como pertencente ao Tonalito Arco Verde. Já a Unidade III, composta
por leucomonzogranito equigranular médio a grosso, leucomonzogranito
equigranular fino a médio, biotita monzogranito inequigranular médio a grosso, biotita
sienogranito equigranular médio a grosso, biotita monzogranito equigranular médio,
que possuem colorações que variam desde branco rosadas, passando por rosa
esbranquiçadas a rosadas, e que apresentam foliação incinpiente, podem ser
correlacionadas as rochas de alto potássio do Granito Xinguara.

Figura 39: Mapa Geológico da Subárea II mostrando duas unidades a mais (unidades I e IV) que as
verificadas no mapa proposto pela CPRM, além de algumas estruturas.
Fonte: autores.
Como já mencionado anteriormente, é o possível notar uma diferença de pelo
menos 20° entre o trend principais das foliações descritas pelos autores
supracitados com o trend principal observado em campo, no entanto a descrição e a
classificação dos TTGs e granitos nos trabalhos destes autores permitem fazer uma
correlação segura com as unidades II e III, respectivamente. Vale e ainda destacar
que das quatro unidades mostradas no mapa geológico da subárea II (Figura 39),
apenas estas duas unidades aparecem no mapa da Figura 38.
Já a Unidade IV é representada por diques máficos (provavelmente de
diabásio), que seccionam as unidades II e III com direção preferencial NW-SE
podem estar correlacionadas com os diques citados por Vale (1999) e Santos e
Pena Filho (2000), que descrevem, além dessas estruturas, veios que cortam o
Granito Xinguara. Contudo não foram encontrados trabalhos que caracterizassem
diques localizados próximos à área de estudo com esta mesma composição e
mesmo trend estrutural, que permitissem uma correlação mais detalhada.
7. CONCLUSÃO

O mapeamento ao qual se refere este trabalho permitiu individualizar quatro


unidades, já mencionadas, na subárea II, sendo que as unidades I e IV não
aparecem nos mapas da CPRM referentes às litologias do Domínio Rio Maria que
afloram na porção correspondente a área de estudo.
Deste modo a escala de semi-detalhe adotada (1: 50.000) permitiu identificar
novas unidades na porção correspondente, além de traçar de forma mais precisa os
limites entre as mesmas. Neste sentido, foi possível ainda identificar e medir
estruturas, onde foram verificados novos trends que não aparecem em trabalhos da
literatura geológica da região nem nos mapeamentos de menores escalas. Por vez,
estes novos dados contribuem para um melhor entendimento da evolução geológica
da região.
Em relação ao contexto geológico no qual se encontra a área de estudo, foi
possível interpretar que a mesma se encontra inteiramente inserida no Domínio Rio
Maria, uma vez que as unidade I, II, III e IV foram correlacionadas, com bases nos
critérios petrográficos e estruturais já discutidos, às unidades geológicas
correspondentes ao referido domínio, sendo elas respetivamente: Formção Quixada
(2,98 Ga), Tonalito Arco Verde (2,96 Ga), Granito Xinguara (2,86 Ga) (VASQUEZ et
al, 2008, p. 47-48) e diques associados ao Granito Xinguara (VALE, 1999 e
SANTOS & PENA FILHO 2000). Além disso foi possível observar em campo que as
rochas se encontram relativamente preservadas em termos deformacionais, e que,
portanto, não foram afetadas pelas orogêneses do Ciclo Transamazônico (Teixeira
et al. 1989, Tassinari 1996, Tassinari e Macambira 1999, 2004), o que corrobora
com ideia de que a área pertence ao DRM (Província Carajás) e não ao DSA
(Província Transamazonas).
Portanto, o trabalho de mapeamento possibilitou o do desenvolvimento do
conhecimento científico referente a evolução geológica do Domínio Rio Maria, mais
precisamente da porção localizado no extremo sudeste do estado do Pará, e ainda
contribui a para a formação acadêmica dos discente, permitindo por em prática os
conhecimentos adquiridos ao longo do curso, bem como uma maior experiência em
trabalhos de mapeamento.
REFERÊNCIA

Abreu, F.A.M. de. Estratigrafia e evolução estrutural do segmento setentrional


da faixa de dobramentos Paraguai-Araguaia. Tese de Mestrado.Belém,
UFPa/NCGG. 1978. 90 p.

Almeida, F.F.M.; Hasui, Y.; Brito Neves, B.B.; Fuck, R.A, 1981. Brazilian Structural
Provinces: An Introduction: Earth-Science Reviews, 17:1-29.

Almeida, J.A.C.; Oliveira, M.A.; Dall’agnol, R.; Althoff, F. J.; Borges, R. M. K. 2008.
Geologia da Folha Marajoara (SB-22-ZC V) - Programa Geobrasil. Belém, CPRM
– Serviço Geológico do Brasil. 147p. (Relatório técnico).

Almeida J.A.C., Oliveira M.A., Dall’Agnol R., Althoff F.J., Borges R.M.K. 2008.
Relatório de mapeamento geológico na escala 1:100.000 da Folha Marajoara (SB-
22-z-c v). Programa Geobrasil, CPRM – Serviço Geológico do Brasil, 147 p.

Almeida J.A.C., Dall’Agnol R,; Dias S.B., Althoff F.J. 2010. Origin of the Archean
leucogranodiorite-granite suítes: evidence from the Rio Maria. Lithos, 120: 235-
257.

Almeida F.F.M., Hasui Y., Neves, B.B.B., Fuck R.A. 1977. Províncias Estruturais
Brasileiras. In: SBG, Simp. Geol. Nordeste, 8, Atas, p. 363-391.

Almeida J. A. C., R. Dall’agnol R., Oliveira M. A., Macambira M. J.B., Pimentel M. M..
Rämö O. T., Guimarães F.V., Leite A.A.S. 2011. Zircon geochronology, geochemistry
and origin of the TTG suites of the Rio Maria granite-greenstone terrane: Implications
for the growth of the Archean crust of the Carajás province, Brazil. Precambrian
Research, 187: 201-221.

Althoff F.J., Barbey P., Boullier A.M. 2000. 2.8-3.0 Ga plutonism and deformation
in the SE Amazonian craton: the Archean granitoids of Marajoara (Carajás Mineral
province, Brazil). Prec. Res., 104:187-206.

Avelar V.G., Lafon J.M., Correia Jr. F.C., Macambira E.M.B. 1999. O magmatismo
arqueano da região de Tucumã–Província Mineral de Carajás: Novos dados
geocronológicos. Rev. Bras. Geoc., 29:453-460.

Condie, K.C., 1986b. Origin and early growth rate of continents. Precambrian
Res., 32: 261-278.

Costa J.B.S., Araújo O.J.B., Santos A., Jorge João X.S., Macambira M.J.B., Lafon
J.M. 1995. A província mineral de Carajás: aspectos tectono-estruturais,
estratigráficos e geocronológicos. Bol. Mus. Par. Emílio Goeldi, Série Ciências da
Terra, 7:199-235.

Costa, J.B.S. Estratigrafia da Região de Colméia-GO. In: CONG. BRAS. GEOL., 30,
Camboriú, 1980, 2: 720-728.
Dall’Agnol R., Oliveira M.A., Almeida J.A.C., Althoff F.J., Leite A.A.S., Oliveira D.C.,
Barros C.E.M. 2006. Archean and paleoproterozoic granitoids of the Carajás
Metallogenetic Province, eastern Amazonian craton. In: Dall’Agnol R., Rosa-
Costa L.T., Klein E.L. (eds.) Symposium on magmatism, crustal evolution, and
metallogenesis of the Amazonian craton. Abstracts volume and field trips guide,
Belém, PRONEX-UFPA/SBG-NO, 99-150.

Dall’agnol, R. et al. Susceptibilida de magnética em granitóides da Amazônia:


um estudo preliminar. In: CONG. BRAS. GEOL., 35, Belém 1988.Anais do..., Belém,
SBG, v.3, 1988, p. 1.164-73,il.

Feio, G. R. L. & R. Dall’agnol, 2012. Geochemistry and petrogenesis of the


granites from the Canaã dos Carajás area, Carajás province, Brazil: implications
for the origin of Archean granites. Lithos 154: 33-52

Feio, G. R. L., R. Dall’agnol, E. L. Dantas, M. B. Macambira, A. C. B. Gomes, A.


S. Sardinha, D. C. Oliveira, R. D. Santos & P. A. Santos, 2012. Geochemistry,
geochronology, and origin of the Neoarchean Planalto Granite suite, Carajás,
Amazonian craton: A-type or hydrated charnockitic granites? Lithos 151: 57-73.

Feio, G. R. L., R. Dall’agnol, E. L. Dantas, M. J. B. Macambira, J. O. S. Santos,


F. J. Althoff & J. E. B. Soares, 2013. Archean granitoid magmatism in the Canaã
dos Carajás area: implications for crustal evolution of the Carajás province,
Amazonian craton, Brazil. Precambrian Research 227: 157-185.

Gorayeb P.S.S., Moura C.A.V., Calado W.M., Kotschoubey B. 2002. Idades


Paleoproterozóicas em zircão dos Pillows Basaltos da Serra do Tapa (Cinturão
Araguaia) – Município de Sapucaia - PA. In: SBG/Grupo Norte, Simpósio de
Geologia da Amazônia, 6, Anais, 1 CD-Rom.

Huhn S.R.B., Santos A.B.S., Amaral A.F., Ledsham E.J., Gouveia J.L., Martins
L.B.P., Montalvão R.M.G., Costa V.G. 1988. O terreno granito-greenstone da região
de Rio Maria - Sul do Pará. In: SBG, Congr. Bras.Geol. 35. Belém, Anais, 3:1438-
1453.

Hasui, Y. et al. Elementos geofísicos e geológicos da região Amazônica: subsídios


para o modelo geotectônico. In: ANAIS DO SYMPOSIUM AMAZONICO, 2, Mana
us. MME/DNPM, 1984, p.129-147.

Kearey, P., Brooks, M., Hill, I. Geofísica de Exploração. Ed. Oficina de Textos,
2009. São Paulo.

Leite A.A.S. 2001. Geoquímica, petrogênese e evolução estrutural dos granitoides


arqueanos da região de Xinguara, SE do Cráton Amazônico. Tese de
Doutoramento. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Centro de
Geociências, 330p.

Leite A.A.S., Dall'Agnol R., Macambira M.J.B., Althoff F.J. 2004. Geologia e
geocronologia dos granitóides arqueanos da região de Xinguara (PA) e suas
implicações na evolução do Terreno Granito–Greenstone de Rio Maria. Revista
Brasileira de Geociências, 34: 447-458.

Leite, A. A. S. & Dall'agnol, R. 1997. Geologia e petrografia do maciço granítico


Arqueano Xinguara e de suas encaixantes - SE do Pará. Boletim do Museu
Paraense Emílio Goeldi - Série Ciência da Terra. 9: 43-81.

Leite A.A.S., Dall’Agnol R., Althoff F.J. 1999. Geoquímica e aspectos


petrogenéticos do granito Xinguara, Terreno Granito- Greenstone de Rio Maria
– Cráton Amazônico. Rev. Bras. Geoc., 23:429-436.

Luiz, J.G & Silva, L. M. C., 1995. Geofísica de Prospecção. Ed. Cejup e
Universitária UFPA, Belém, 311p.

Macambira, M.J.B. (1992) Chronologie UlPb, Sr, KlAr et croissance de la croute


continentaIe dans L' Amazonie du sud-est; exemple de la région de Rio Maria,
Province de Carajás, Brésil. Montpellier, 212p. (Tese - Doutorado) - Université
Montpellier lI.

Macambira M.J.B.; Lafon J.M. 1995. Geocronologia da Província Mineral de


Carajás: síntese dos dados e novos desafios. Boletim Museu Paraense Emílio
Goeldi (Série Ciências da Terra), 7: 63– 288.

Macambira M. J. B.; Lancelot,J. R. 1996. Time constraints for the formation of the
Archean Rio Maria crust, southeastern Amazonian Craton, Brazil. International
Geology Review, 38: 1134- 1142.

Machado, N.; Lindenmayer, Z.G.; Krogh, T.E. U-Pb Geochronology of archean


magmatism and basement reactivation in the Carajás area, Amazon Shield,
Brazil. Precambriam Research, v. 49, p. 329-354, 1991.

Manual técnico de geomorfologia / IBGE, Coordenação de Recursos Naturais e


Estudos Ambientais. – 2. ed. - Rio de Janeiro : IBGE, 2009. 182 p. – (Manuais
técnicos em geociências, ISSN 0103-9598 ; n. 5).

Santos J.O.S., 2003. Geotectônica dos Escudos das Guianas e Brasil-Central. In: L.
A. Bizzi, C. Schobbenhaus, R. M. Vidotti e J. H. Gonçalves (eds.).
Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil. CPRM, Brasília, 169-195.

Matolin, M. Radiometric methods and methods of nuclear geophysics. In: MARES,


Stanislav. Introduction to apllied geophysics. Holland: Dordrecht, 1984. p. 154-
231

Oliveira M.A., Dall’Agnol R., Althoff F.J., Leite A.A.S. 2009. Mesoarchean
sanukitoid rocks of the Rio Maria Granite-Greenstone Terrane, Amazonian
craton, Brazil. J. South Am. Earth Sci. 27: 146-160

Oliveira, M. A., Dall’agnol, R., Althoff, F. J., 2006. Petrografia e Geoquímica do


Granodiorito Rio Maria da região de Bannach e comparações com as demais
ocorrências no terreno Granito-Greenstone de Rio Maria-Pará. Revista Brasileira
de Geociências, 36 (2), 313-326.

Oliveira, M.A., Dall’Agnol, R., Almeida, J.A.C., 2011. Petrology of the Mesoarchean
Rio Maria suite and the discrimination of sanukitoid series. Lithos 127, 192–209.
Paixão, M. A. P., e A. A. Nilson (2002), Fragmentos oficoliticos de Faixa Araguaia:
Caracterizacao geologica e implicacoes tectonicas, Contrib.
Geol. Amazonia, 3, 85–103.

Pimentel M.M.; Machado N. 1994. Geocronologia U-Pb dos terrenos granito-


greenstone de Rio Maria, Pará. In: Congresso Brasileiro De Geologia, 38., 1994,
Camboriú. Boletim de Resumos Expandidos. Comboriú: SBG: , 2:390-391.

Rodrigues, E.S.,Lafon,J.M.,Scheller, Souza, Z.S., Medeiros, H., Althoff, T-, 1992.


Geocronologia Pb-Pb da Província Mineral de Carajás: Primeiros resultados. In:
CONG. BRAS. GEOL., 37, Sao Paulo, 1992. Boletim de resumos expandidos, v.2, p.
183-184.

Rolando, A. P. & Macambira, M. J. B. 2003. Archean crust formation in Inajá range


area, SSE of Amazonian Craton, Brazil, basead on zircon ages and Nd isotopes. In:
South American Symposium on Isotope Geology, 4, Salvador.
Expanded Abstracts. Salvador: CDROM.

Rolando A. P. & Macambira M. J. B. 2002. Geocronologia dos granitoides arqueanos


da região da Serra do Inajá, novas evidências sobre a formação da crosta
continental no sudeste do Cráton Amazônico, SSE Pará. In: Congresso Brasileiro
De Geologia, 41. Anais do Congresso Brasileiro de Geologia. João Pessoa, 2002.
SBG. p. 525.

Santos J.O., Hartmann L.A., Gaudette H.E., Groves D.I., Mcnaughton N.J., Fletcher
I.R. 2000. A new understanding of the provinces of the Amazonian craton
based on integration of field mapping and U–Pb and Sm–Nd geochronology.
Gondwana Research, 3:453– 488

Santos J.O.S., 2003. Geotectônica dos Escudos das Guianas e Brasil-Central. In: L.
A. Bizzi, C. Schobbenhaus, R. M. Vidotti e J. H. Gonçalves (eds.). Geologia,
Tectônica e Recursos Minerais do Brasil. CPRM, Brasília, 169-195.

Santos A & Pena Filho J.I.C. 2000. Programa de levantamentos geológicos


básicos do Brasil, Região de Xinguara, folha Xinguara (SB-22-Z-C), Estado do
Pará. Texto explicativo, Brasília, DNPM/CPRM, 120p.

Sardinha A. S., R. Dall’agnol, A. C. B. Gomes, M. J. B. Macambira & M. A. Galarza.


2004. Geocronologia Pb-Pb e U-Pb em zircão de granitóides arqueanos da região de
Canaã dos Carajás, Província Mineral de Carajás. In: Congresso Brasileiro de
Geologia, 42.

Souza, Z. S., 1994. Geologia e petrogênese do Greenstone Belt Identidade:


implicações sobrea evolução geodinâmica do Terreno Granito- "Greenstone"
de Rio Maria, SE do Pará. Universidade Federal do Pará, Instituto de Geociências,
Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica. 2. v. (Tese de Doutorado).

Souza Z.S., Potrel H., Lafon J.M., Althoff F.J., Pimentel M.M., Dall’Agnol R., Oliveira
C.G. 2001. Nd, Pb and Sr isotopes of the Identidade Belt, an Archaean
greenstone belt of the Rio Maria region (Carajas Province, Brazil): implications
for the Archaean geodynamic evolution of the Amazonian Craton. Prec. Res.,
109:293-315.

Tassinari C.C.G., Macambira M., 2004. A evolução tectônica do Craton Amazônico.


In: Mantesso – Neto, V., Bartorelli, A., Carneiro, C.D.R., Brito Neves, B.B. (Eds.),
Geologia do Continente Sul Americano: Evolução da obra de Fernando Flávio
Marques Almeida. São Paulo, pp. 471–486.

Teixeira, N.P.; Bettencourt, J.S.; Moura, C.A.V.; Dall’agnol, R.; Macambira, E.M.B.
2002. Archean crustal sources for Paleoproterozoic tin-mineralized granites in
the Carajás Province, SSE Pará, Brazil: Pb-Pb geochrology and Nd isotope
geochemistry. Precambrian Research, 119: 257-275.

Vasquez M. L., Rosa-Costa L.T, Silva C. G., Ricci P. F., Barbosa J. O; Klein E. L.;
Lopes E. S.; Macambira E. B; Chaves C. L.; Carvalho J. M.; Oliveira J. G.; Anjos G.
C., Silva H. R. 2008. Geologia e recursos minerais do estado do Pará: Sistema
de Informações Geográficas – SIG: Texto explicativo dos mapas Geológico e
Tectônico e de Recursos Minerais do Estado do Pará. In: M. L.

Vasquez L.V., Rosa-Costa L.R., Silva C.G., Ricci P.F., Barbosa J.O., Klein E.L.,
Lopes E.S., Macambira E.B., Chaves C.L., Carvalho J.M., Oliveira J.G., Anjos G.C.,
Silva H.R. 2008. Geologia e Recursos Minerais do Estado do Pará: Sistema de
Informações Geográficas - SIG: texto explicativo dos mapas Geológico e Tectônico e
de Recursos Minerais do Estado do Pará. Organizadores, Vasquez M.L., Rosa-
Costa L.T. Escala 1:1.000.000. Belém: CPRM.
APÊNDICES
8
7

APÊNDICE 01

1. DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 01

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 01
Coordenadas UTM X: 0541440 Y: 9020772 Zona: 22 S
Elevação: 245 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado às margens da vicinal da CODESPAR a


aproximadamente 1km do ponto de apoio da equipe (igrejinha).

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural, do tipo lajedo,


localizado à margem esquerda da vicinal e afloramento natural do tipo blocos in situ,
localizado à margem direita da vicinal, onde foi individualizado dois tipos de rochas:
Rocha A, possivelmente uma biotita tonalito equigranular fino a médio e Rocha B,
possivelmente uma biotita tonalito equigranular médio.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 01 A

Rocha ígnea de coloração cinza esbranquiçada, fanerítica, holocristalina,


isotrópica, leucocrática (IC ~15%), inequigranular médio (~ 1 – 2mm). A mineralogia
essencial é composta por plagioclásio (~65%), quartzo (~20%), K- feldspato (~ 03%).
A mineralogia varietal é representada por cristais de biotita (~12%). Os cristais de
plagioclásio e k-feldspato são essencialmente anédricos a subédricos com tamanho
variando de (~1 – 2mm). Os cristais de quartzo são anédricos com tamanho de
aproximadamente (~2mm). Os cristais de biotita são essencialmente subédricos com
tamanho variando de (~1 – 2mm). A rocha apresenta veios de quartzo concordantes
e discordantes, com cristais anédricos, inequigranular médios (~3mm).
8
8

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~74% de plagioclásio,


~23% de quartzo e ~03% de k-feldspato, logo pode ser classificada como biotita
tonalito equigranular fino a médio (Figura 40).

Figura 40: Biotita tonalito Equigranular fino a médio. A) Amostra macroscópica. B) Classificação
segundo Streckeisen, 1976.
Fonte: Os autores.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 01 B

Rocha ígnea de coloração branca acinzentada, fanerítica, holocristalina, com


baixa anisotropia, hololeucocrática (IC~10%), equigranular médio. A mineralogia
essencial é composta por plagioclásio (~65%) e quartzo (~25%). A mineralogia
varietal é representada por cristais de biotita (~10%). Infere-se a presença de
epidoto como mineral secundário, produto de alteração do plagioclásio (~1%). Os
cristais de plagioclásio são euédricos com tamanho variando de (~2 – 3mm), com
diminutas porções de epidoto. Os cristais de quartzo são essencialmente anédricos
com tamanho variando de (~2 – 3mm). Os cristais de biotita são subédricos a
anédricos com tamanho aproximado de (~1mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~72% de plagioclásio e
~28% de quartzo, logo pode ser classificada como biotita tonalito equigranular
médio.
8
9

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 02

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 02
Coordenadas UTM X: 0541951 Y: 9021793 Zona: 22 S
Elevação: 242 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado à margem esquerda da vicinal da


CODESPAR nas dependências da Fazenda Três Poderes.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural do tipo lajedo, de


aproximadamente 20m de diâmetro, também composto por blocos in situ e rolados,
onde foi individualizado três tipos de rochas. Infere-se que a rocha A pode ser
definida como um trondhjemito equigranular médio, a rocha B como um tonalito
equigranular médio e a rocha C como monzogranito equigranular médio. Também foi
observado relação de contato entre as rochas, de modo que a rocha mais félsica
está cortando o tonalito, logo, infere-se que possa se tratar de um veio preenchido
pela rocha félsica.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 02 A

Rocha ígnea, de coloração branca acinzentada, fanerítica, holocristalina,


isotrópica, hololeucocrática (IC ~7%), equigranular médio (~1 – 2mm). A mineralogia
essencial é representada por plagioclásio (~67%) e quartzo (~25%). A mineralogia
varietal é representada por biotita (~7%), e como produto de alteração foi observado
epidoto (~1%), devido ao processo de saussuritização do plagioclásio. Os cristais de
plagioclásio são essencialmente anédricos e subordinadamente subédricos, com
tamanhos de aproximadamente (~2mm). Os cristais de quartzo são essencialmente
anédricos com tamanhos aproximados a (~1mm). Os cristais de biotita são
essencialmente subédricos com tamanhos aproximados a (~1mm). Os cristais de
epidoto são subédricos com tamanho aproximado de (~2mm), por vezes substituindo
o plagioclásio.
9
0

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~73% de plagioclásio e


~27%, logo pode ser classificada como biotita trondhjemito equigranular médio
(Figura 41).

Figura 41: biotita trondhjemito equigranular médio. A) Amostra macroscópica. B) Classificação


segundo Streckeisen, 1976.
Fonte: Os autores.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 02 B

Rocha de coloração cinza esbranquiçada, fanerítica, holocristalina,


anisotrópica, leucocrática (IC ~15%), equigranular médio (~2 – 3mm). A mineralogia
essencial é composta por plagioclásio (~55%), quartzo (~30%). A mineralogia
varietal é representada por cristais de biotita (~15%). Os cristais de plagioclásio são
essencialmente subédricos, com tamanho aproximado a (~2 – 3mm). Os cristais de
quartzo são essencialmente anédricos com tamanhos aproximados a (~2mm). Os
cristais de biotita são essencialmente subédricos com tamanhos aproximados a
(~1mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~65% de plagioclásio e
~35% de quartzo, logo pode ser classificada como biotita tonalito equigranular
médio (Figura 42).
9
1

Figura 42: Biotita tonalito equigranular médio.


Classificação QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores

Descrição Petrográfica: IJLPR – 02 C

Rocha ígnea de coloração rosada, fanerítica, holocristalina, anisotrópica,


leucocrática, (IC ~12), equigranular médio (~1 – 2mm). A mineralogia essencial é
composta por K-feldspato (~45%) e quartzo (~43%). A mineralogia varietal é
representada por cristais de biotita (~12%). Os cristais de K-feldspato são
subédricos a anédricos, com tamanho aproximado a (~2mm). Os cristais de quartzo
são essencialmente anédricos com tamanho aproximado de (~2mm). Os cristais de
biotita são subédricos, com tamanho aproximado de (~1mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~51% de k-feldspato e
~49% de quartzo, logo pode ser classificada como biotita monzogranito
equigranular médio (Figura 36).
9
2

Figura 43: Classificação QAP segundo


Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 03

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 03
Coordenadas UTM X: 0543522 Y: 9022267 Zona: 22 S
Elevação: 214 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado à margem esquerda da vicinal da


CODESPAR, a aproximadamente 600m da Chácara Morada Nova.
Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural, do tipo lajedo e
blocos dispersos, de aproximadamente 4m de diâmetro, no sentido maior e de 1,5m
no sentido menor, onde foi individualizada apenas uma rocha inferida incialmente
como trondhjemito.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 03

Rocha ígnea de coloração branca acinzentada, fanerítica, holocristalina,


isotrópica, hololeucocrática (IC ~6%), equigranular média (~1 – 5mm). A mineralogia
essencial é representada por cristais de plagioclásio (~54%) e quartzo (~40%). A
mineralogia varietal é composta por cristais de biotita (~6%). Os cristais de
plagioclásio e quartzo são anédricos, com tamanho variando de (~2 – 5mm). Os
9
3

cristais de biotita são essencialmente subédricos, com tamanho variando de (~1 –


3mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~57% de plagioclásio e
~43% de quartzo, logo pode ser classificada como biotita trondhjemito
equigranular médio (Figura 44).

Figura 44: Biotita trondhjemito equigranular médio. Classificação QAP segundo Streckeisen
(1976).
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 04

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 04
Coordenadas UTM X: 0543057 Y: 9026380 Zona: 22 S
Elevação: 251 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado à margem esquerda da vicinal da


CODESPAR, a aproximadamente 400m da Chácara Vaca Branca.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural, do tipo blocos in situ


de aproximadamente 3m de diâmetro, no sentido maior e de 1,5m no sentido menor,
onde foi individualizada apenas uma rocha inferida incialmente como um tonalito
com anisotropia insipiente.
9
4

Descrição Petrográfica: IJLPR – 04

Rocha ígnea de coloração cinza esbranquiçada, fanerítica, holocristalina,


anisotrópica, leucocrática (IC ~19%), equigranular médio (~1 – 3mm). A mineralogia
essencial é representada por cristais de plagioclásio (~45%), quartzo (~31%) e K-
feldspato (~5%). A mineralogia varietal é representada por cristais de biotita (~19%).
A mineralogia secundária é representada por cristais de epidoto (~1%). Os cristais
de Plagioclásio e quartzo são anédricos e variam entre (~2 – 3 mm). Os cristais de
biotita são anédricos a subédricos e variam de (~1 – 2mm). Os cristais de epidoto
são anédricos e apresentam-se em substituição aos cristais de plagioclásio, pelo
processo de epidotização, variando de (~1 – 3mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~55,5% de
plagioclásio,~38,2% de quartzo e ~6,3% de k-feldspato, logo pode ser
classificada como biotita tonalito equigranular médio (Figura 45).

Figura 45: A) Biotita tonalito equigranular médio. B) Classificação QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.
9
5

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 05

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 05
Coordenadas UTM X: 541951 Y: 9021793 Zona: 22 L
Elevação: 235 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado à margem esquerda da vicinal da


CODESPAR, nas dependências da Chácara Vitória.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento do tipo natural, com blocos in


situ e rolados com variação de tamanho entre (~0,5m – 3m de diâmetro) onde foram
observadas duas litologias e 4 tipos de rochas com contato evidente entre A e B.
Observa-se que a variação de rochas deu-se pela granulação variando de fina a
grossa e da anisotropia evidente em algumas delas. No contato entre A e B infere-se
a presença de uma biotita tonalito bandado, equigranular médio a grosso e um
leucomonzogranito, anisotrópico, equigranular fino (respectivamente). As rochas C e
D foram descritas como Biotita Tonalito, isotrópica, equigranular fino e
Leucomonzogranito, isotrópico, equigranular fino. As relações de contato inferem a
presença de autólitos e xenólitos subordinadamente.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 05 A

Rocha ígnea de coloração cinza esbranquiçada, fanerítica, holocristalina,


anisotrópica, leucocrática (IC ~18%), inequigranular médio a grosso (~3 – 9mm). A
mineralogia essencial é representada por cristais de plagioclásio (~52%), quartzo
(~25%) e k-feldspato (~05%). A mineralogia varietal é representada por cristais de
biotita (~18%). Os cristais de plagioclásio exibem forma anédrica a subédrica e
9
6

variam de (~4 – 9mm). Os cristais anédricos de quartzo variam de (~3 – 5mm). Os


cristais subédricos de biotita variam de (~3 – 4mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~63,4% de
plagioclásio, ~30,4% de quartzo e ~6,2% de k-feldspato, logo pode ser
classificada como biotita tonalito equigranular médio a grosso (Figura 46).

IJLPR – 05
A

Figura 46: Descrição do afloramento JRR – 05-A. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação
QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autoes.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 05 B

Rocha ígnea de coloração cinza esbranquiçada, holocristalina, fanerítica,


anisotrópica, leucocrática (IC ~ 15%), equigranular fina (≤1mm). A mineralogia
essencial é representada por cristais de quartzo (~55%) e plagioclásio (~30%). A
mineralogia varietal é representada por cristais de biotita (~15%). Os cristais de
quartzo e plagioclásio são essencialmente anédricos com tamanhos aproximados a
(~1mm). Os cristais de biotita também são anédricos com tamanhos aproximados a
(≤1mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~64,7% de plagioclásio
e ~35,3% de quartzo, logo pode ser classificada como biotita
tonalito equigranular fino (Figura 47).
9
7

Figura 47: Biotita tonalito equigranular fino Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação QAP
segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 05 C

Rocha ígnea de coloração acinzentada, fanerítica, holocristalina, isotrópica,


leucocrática (IC ~ 20%), equigranular fino a médio. A mineralogia essencial é
representada por cristais de plagioclásio (~50%) e quartzo (~30%). A mineralogia
varietal é representada por cristais de biotita (~20%). Os cristais anédricos de
plagioclásio variam de (~2 – 4mm), enquanto os cristais anédricos de quartzo variam
de (~1 – 3mm). Os cristais de biotita são essencialmente subédricos e
subordinadamente anédricos, variando de (~1 – 2mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~ 62,5% de plagioclásio
e ~37,5% de quartzo, logo pode ser classificada como biotita
tonalito equigranular fino a médio (Figura 48).
9
8

Figura 48: biotita tonalito equigranular fino a médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação
QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 05 D

Rocha ígnea de coloração branco rosada, holocristalina, isotrópica,


hololeucocrática (IC ~4%), fanerítica, equigranular média (~1 – 4mm). A
mineralogia essencial é composta por cristais de quartzo (~35%),
plagioclásio (~30%) e k-feldspato (~30%). A mineralogia varietal é
representada por cristais de biotita (~1 – 3mm). Os cristais subédricos de
k-feldspato variam de (1 – 4mm). Já os cristais de biotita apresentam-se
essencialmente anédricos e variam de (~1mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~34,4% de
plagioclásio, ~33,4% de k-feldspato e ~32,2% de quartzo, logo pode ser
classificada como leucomonzogranito equigranular fino (Figura 49).
9
9

Figura 49: Leucomonzogranito equigranular fino. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação


QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 06

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 06
Coordenadas UTM X: 541025 Y: 9025847 Zona: 22 S
Elevação: 223 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Não foi possível definir a localização.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural, do tipo blocos


rolados e in situ, de tamanhos variados (~0,4m – 3m no sentido maior), onde foram
observadas duas litologias: rocha A (tonalito isotrópico inequigranular médio) e rocha
B (leucomonzogranito equigranular médio).

Descrição Petrográfica: IJLPR – 06 A


Rocha ígnea de coloração cinza esbranquiçada, fanerítica, holocristalina,
anisotrópica, hololeucocrática (~10%), equigranular médio (~1 – 2mm). A
mineralogia essencial é representada por cristais de plagioclásio (~50%) e quartzo
(~40%). A mineralogia varietal é representada por cristais de biotita (~10%). Os
cristais de plagioclásio são essencialmente anédricos e subordinadamente
1
00

subédricos e medem aproximadamente (~1mm). Os cristais de quartzo são


essencialmente anédricos e medem aproximadamente (~1mm). Os cristais de biotita
exibem forma subédrica e medem aproximadamente (~1mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~55,5% de plagioclásio
e ~45,5% de quartzo, logo pode ser classificada como biotita tonalito equigranular
médio (Figura 43).

Figura 50: biotita tonalito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação QAP
segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 06 B

Rocha ígnea de coloração rosa esbranquiçada, fanerítica, holocristalina,


anisotrópica, hololeucocrática (IC ~4%), equigranular médio (~1 – 3mm). A
mineralogia essencial é composta por cristais de plagioclásio (~32%), quartzo
(~32%) e k-feldspato (~31%). A mineralogia secundária é representada por cristais
de epidoto (~1%). Os cristais anédricos de plagioclásio medem (~2 – 3mm). Os
cristais anédricos de quartzo medem (~2mm). Os cristais anédricos de k-feldspato
medem (~2 – 3mm). Os cristais subédricos de biotita medem (~1mm). Os cristais
anédricos de epidoto medem (~1mm) e apresentam-se como produto de alteração
do plagioclásio.
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~33% de plagioclásio,
~33,4% de quartzo e ~33,3% de k-feldspato, logo pode ser classificada como
leucomonzogranito equigranular médio (Figura 51).
1
01

Figura 51: Leucomonzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação


QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 07

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 07
Coordenadas UTM X: 541849 Y: 9017197 Zona: 22 S
Elevação: 248 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado à margem direita da vicinal da


CODESPAR, nas dependências da Fazenda Alto Bonito.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural, do tipo blocos


rolados e in situ, com tamanhos variados (~0,2m – 4m no sentido maior), onde foram
observadas duas litologias sem relação de contato. A rocha A foi inferida como um
leucomonzogranito isotrópico e inequigranular médio a grosso, com veios de k-
feldspato (aplíctos). A rocha B foi inferida como biotita monzogranito anisotrópico
inequigranular médio a grosso.
1
02

Descrição Petrográfica: IJLPR – 07 A

Rocha ígnea de coloração rosada, levemente esbranquiçada, fanerítica,


holocristalina, isotrópica, hololeucocrática (IC ~ 3%), inequigranular médio a grosso
(~1 – 10mm). A mineralogia essencial é composta por k-feldspato (~34%), quartzo
(~32%) e plagioclásio (~31%). A mineralogia varietal é representada por cristais de
biotita (~3%). Os cristais de k-feldspato são subédricos a euédricos, variando de (~2
– 8mm). Os cristais anédricos de quartzo variam de (~2 – 6mm). Os cristais de
plagioclásio são anédricos a subédricos com tamanho variando de (~2 – 10mm). Os
cristais subédricos de biotita tem tamanho aproximados de (~2mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~35% de k-
feldspato, ~32,9% de quartzo e ~32,1% de plagioclásio, logo pode ser classificada
como leucomonzogranito inequigranular médio a grosso (Figura 52).

Figura 52: Leucomonzogranito inequigranular médio a grosso. Em (A), amostra macroscópica. B)


Classificação QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 07 B

Rocha ígnea de coloração rosa acinzentada, fanerítica, holocristalina,


isotrópica, leucocrática (IC ~ 18%), inequigranular médio a grosso (~2 – 11mm). A
mineralogia essencial é representada por k-feldspato (~30%), quartzo (~27%) e
plagioclásio (~25%). A mineralogia varietal é representada por cristais de biotita
(~18%). Os cristais de k-feldspato são euédricos a subédricos, variando de (~2 –
1
03

10mm). Os cristais anédricos de quartzo variam de (~1 – 2mm). Os cristais


subédricos de plagioclásio são anédricos e variam de (~1 – 5mm). Já os cristais de
biotita são subédricos e apresentam-se, por vezes, alinhados conforme direção da
foliação e variam de (~1 – 2mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~36,5% de k-
feldspato, ~32,9% de quartzo e ~30,6% de plagioclásio, logo pode ser classificada
como biotita monzogranito inequigranular médio a grosso (Figura 53).

Figura 53: Biotita monzogranito inequigranular médio a grosso. Em (A), amostra macroscópica.
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 08

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 08
Coordenadas UTM X: 541849 Y: 9017197 Zona: 22 S
Elevação: 248 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Localização não definida.


Descrição Geral do Afloramento: Afloramento do tipo natural composto por
lajedos de aproximadamente (~6m no sentido maior e ~4m no sentido menor).
Foram observadas duas litologias, inferidas como tonalito bandado equigranular
médio e tonalito isotrópico equigranular fino.
1
04

Descrição Petrográfica: IJLPR – 08 A

Rocha ígnea de coloração branca acinzentada, fanerítica, holocristalina,


anisotrópica, hololeucocrática (IC ~ 9%), equigranular médio (~1 – 3mm). A
mineralogia essencial é composta por cristais de plagioclásio (~45%), quartzo
(~42%) e k-feldspato (~04%). A mineralogia varietal é representada por cristais de
biotita (~9%). Os cristais de plagioclásio são essencialmente subédricos e variam de
(~1 – 2mm). Os cristais de quartzo são anédricos e variam de (~1 – 3mm). Os
cristais de biotita apresentam-se anédricos e variam de (~1 – 2mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~49,4%
deplagioclásio, ~46,1% de quartzo e ~4,5% de k-feldspato, logo pode ser
classificada como biotita tonalito equigranular médio (Figura 54).

Figura 54: biotita tonalito equigranular médio. Classificação QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 08 B

Rocha ígnea de coloração cinza esbranquiçada, fanerítica, holocristalina,


isotrópica, leucocrática (IC ~ 15%), equigranular fina (≤1mm). A mineralogia
essencial é representada por cristais de quartzo (~50%) e plagioclásio (~35%). A
1
05

mineralogia varietal é representada por cristais de biotita (~15%). Os cristais de


quartzo apresentam-se anédricos e seu tamanho aproxima-se de (~1mm). Os
cristais de plagioclásio apresentam-se anédricos com tamanhos aproximados de
(~1mm). Já os cristais de biotita apresentam-se anédricos, com cristais diminutos
(~≤ 1mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~58,8% de quartzo e
~42,2% de plagioclásio, logo pode ser classificada como biotita tonalito
equigranular médio (Figura 55).

Figura 55: biotita tonalito equigranular médio. Classificação QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 09

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 09
Coordenadas UTM X: 543662 Y: 9017728 Zona: 22 S
Elevação: 257 m Acurácia: ± 5 m
Localização: Localização não definida.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural do tipo blocos in situ


com aproximadamente 1m de diâmetro, onde foi inferida a existência de um litologia,
interpretada como leucomonzogranito equigranular médio.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 09


Rocha ígnea de coloração branca rosada, fanerítica, holocristalina,
anisotrópica, hololeucocrática (~04%), equigranular fino a médio. A mineralogia
essencial é representada por cristais de plagioclásio (~32%), quartzo (~32%) e k-
feldspato (~32%). A mineralogia varietal é representada por cristais de biotita (~04%)
e epidoto (~01%). Os cristais de plagioclásio são essencialmente anédricos, com
tamanhos que variam entre (~2 – 3mm). Os cristais de quartzo são essencialmente
anédricos e variam entre (~2 – 4mm). Os cristais de k- feldspato são anédricos e
variam entre (~1 – 2mm). Os cristais de biotita são essencialmente subédricos e
variam entre (~1 – 2mm). Os cristais de epidoto são anédricos e variam entre (~2 – 3
mm) e apresentam-se como produto de alteração do plagioclásio através do
processo de epidotização.
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~33% de plagioclásio,
quartzo ~33,3% e k-feldspato (33,4%), logo pode ser classificada como
leucomonzogranito equigranular médio (Figura 56).

Figura 56: Leucomonzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação


QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.
DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 10

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 10
Coordenadas UTM X: 544056 Y: 9017766 Zona: 22 S
Elevação: 247 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Localização não definida.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural do tipo


blocos rolados de aproximadamente 0,5m de diâmetro. Inicialmente foi
inferida a existência de um diabásio ou diorito, induzindo a presença de um
dique.
Descrição Petrográfica: IJLPR – 10

Rocha ígnea de coloração preta acinzentada, fanerítica, holocristalina,


isotrópica, mesocrática (IC ~50%), inequigranular fino. A mineralogia essencial é
composta por cristais de plagioclásio, na forma de finíssimas ripas subédricas.
Ressalta-se que a granulação fina da rocha impossibilita a individualização de sua
assembleia mineralógica, tornando imprecisa mesoscopicamente.

Classificação: devido à sua coloração e densidade, supõem-se que a rocha


possa ser classificada como diabásio (Figura 57).
Figura 57: diabásio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação QAP segundo Streckeisen
(1976).
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 11

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 011


Coordenadas UTM X: 544486 Y: 9017049 Zona: 22 S
Elevação: 255 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado nas imediações da Fazenda Pé de


Serra, a aproximadamente 500m da Vicinal da CODESPAR.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento do tipo natural, com blocos


rolados e in situ com tamanhos variados entre (~0,3m – 2,5m de diâmetro) onde
foram observadas duas litologias: a primeira (A) definido como Biotita Tonalito, com
foliação insipiente, equigranular médio e a segunda (B) classificada como Biotita
Tonalito, isotrópico, equigranular fino.
Descrição Petrográfica: IJLPR – 11A

Rocha ígnea de coloração acinzentada, fanerítica, holocristalina, isotrópica,


leucocrática (IC ~12%), equigranular médio (~1 – 2mm). A mineralogia essencial é
representada por cristais de plagioclásio (~43%), quartzo (~40%) e K-feldspato
(~04%). A mineralogia varietal é representada por cristais de biotita (~12%). A
mineralogia secundária é representada por cristais de epidoto (~01%). Os cristais de
plagioclásio são essencialmente anédricos com tamanho aproximado a (~02mm). Os
cristais de quartzo são essencialmente anédricos com tamanho de
aproximadamente (~01mm). Os cristais de biotita são essencialmente subédricos,
com tamanho aproximado a (~01mm). Os cristais de epidoto são essencialmente
anédricos com tamanhos (≤ 01mm) e são formados pela epidotização dos cristais de
plagioclásio.

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~49,4% de plagioclásio,


quartzo ~45,9% e k-feldspato ~4,7%, logo pode ser classificada como biotita
tonalito equigranular médio (Figura 51).

Figura 58: Biotita tonalito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação QAP
segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.
Descrição Petrográfica: IJLPR – 11B

Rocha ígnea de coloração cinza escuro, fanerítica, holocristalina, isotrópica,


leucocrática (IC ~35%), equigranular fino (~ ≤ 1mm). A mineralogia essencial é
representada por cristais de plagioclásio (IC ~35%) e quartzo (~30%). A mineralogia
varietal é representada por cristais de biotita (~35%) na forma de aglomerados de
cristais. Os cristais de plagioclásio e quartzo são essencialmente anédricos, variando
de (~ ≤ 1mm). Os cristais de biotita são essencialmente subédricos com tamanhos
aproximados a (< 1mm).

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~53,8% de plagioclásio


e quartzo ~46,2% e k-feldspato, logo pode ser classificada como biotita tonalito
equigranular fino (Figura 52).

Figura 59: Biotita tonalito equigranular fino. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação QAP
segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.
DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 12

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 012


Coordenadas UTM X: 5444711 Y: 9017017 Zona: 22 S
Elevação: 246 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Localização não definida.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento do tipo natural, com blocos


rolados e um pequeno lajedo fraturado. Foi observado a presença de uma litologia
inferida como trondhjemito.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 12

Rocha ígnea de coloração esbranquiçada, fanerítica, holocristalina, isotrópica,


hololeucocrática (IC ~01%), equigranular médio (~1 – 2mm). A mineralogia essencial
é representada por cristais de plagioclásio (~67%) e quartzo (~29%). A mineralogia
varietal é representada por cristais biotita (~01%). A mineralogia secundária é
representada por epidoto (~02%) e óxido de ferro (~01%). Os cristais de plagioclásio
são essencialmente anédricos (~1 – 2mm). Os cristais de quartzo exibem forma
anédrica medindo (~ 01mm). Os cristais de biotita exibem forma subédrica com
tamanho aproximado a (≤1mm). Os cristais de epidoto, apresentam forma anédrica,
com tamanho de aproximadamente (~1mm).

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~70% de plagioclásio e


~30% quartzo, logo pode ser classificada como trondhjemito equigranular médio
(Figura 60).
Figura 60: Trondhjemito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação QAP
segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 13

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 13
Coordenadas UTM X: 544879 Y: 9017831 Zona: 22 S
Elevação: 261 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado á margem direita da vicinal da


CODESPAR, em frente à Fazenda Azul.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural composto por um


lajedo côncavo de aproximadamente 20m de comprimento, por 25m de largura.
Formado por uma única litologia, inferida como um tonalito bandado.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 13

Rocha ígnea de coloração branco acinzentada, holocristalina, leucocrática (IC


~11%), fanerítica, equigranular fino a médio (≤3mm), anisotrópica. A mineralogia
essencial é composta por cristais de plagioclásio (~46%) e quartzo (~43%). A
mineralogia varietal é representada por cristais de biotita (~11%). Os cristais
anédricos de plagioclásio, quartzo e biotita medem (~1 – 3mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~51,6% de plagioclásio
e 48,4% quartzo, logo pode ser classificada como biotita tonalito equigranular fino
a médio (Figura 61).

Figura 61: Biotita tonalito equigranular fino a médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação
QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 14

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 14
Coordenadas UTM X: 549230 Y: 9017831 Zona: 22 S
Elevação: 261 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado á margem direita da vicinal da


CODESPAR, a aproximadamente 2,5km da BR158.
Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural do tipo lajedo com
20m de comprimento, no sentido maior. Composto por uma única litologia, inferida
como monzogranito equigranular médio. Anisotrópico. Vale ressaltar que em
comparação com os outros monzogranito encontrados anteriormente este se
apresenta mais enriquecido em minerais máficos.
Descrição Petrográfica: IJLPR – 14
Rocha ígnea de coloração rosa acinzentada, fanerítica, holocristalina,
anisotrópica, hololeucocrática (IC ~ 05%) equigranular médio (~1 – 4mm). A
mineralogia essencial é representada por cristais de plagioclásio (~32%), k-
feldspato (~32%) e quartzo (~31%). A mineralogia varietal é representada por
cristais de biotita (~06%). A mineralogia secundária é representada por cristais de
epidoto como produto de alteração do plagioclásio (~01%). Os cristais de
plagioclásio exibem forma anédrica, com tamanhos variando de (~1 – 3mm). Os
cristais de k-feldspato são anédricos e subordinadamente subédricos com tamanhos
que variam de (~1 – 4mm). Os cristais de quartzo apresentam-se de forma anédrica
com diminutas porções subédricas e tamanho variando de (~1 – 3mm). Os cristais
de biotita são subédricos, com tamanhos de aproximadamente (~1mm). Os cristais
de epidoto exibem forma anédrica com tamanho variando de (~1 – 2mm).

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~33,6% de plagioclásio,


~32,6% quartzo e k-feldspato ~33,8%, logo pode ser classificada como biotita
monzogranito equigranular médio (Figura 62).

Figura 62: biotita monzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação
QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.
DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 15

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 015


Coordenadas UTM X: 546993 Y: 901499 Zona: 22 S
Elevação: 251 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado nas dependências da Fazenda Boi


Soberano.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento do tipo natural, com blocos


rolados, in situ e lajedos, com tamanhos diversos variando entre (~0,3m – 1m -
rolados), (~2m – 5m – in situ) e (~3,5m de diâmetro – lajedo) onde foram observadas
duas litologias: (A) definida como leucomonzogranito, anisotrópico, equigranular
médio e (B) classificada como Diabásio. Observa-se que ambos os afloramentos (14
e 15) possuem as mesmas características (estrutural, textura e foliação), porém
destoa na quantidade de k-feldspato (o afloramento 14 apresenta mais que o 15).
Infere-se que a variação da coloração pode ser dada pela oxidação da rocha ao
liberar ferro.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 15 A

Rocha ígnea de coloração branca acinzentada, fanerítica, holocristalina,


anisotrópica, hololeucocrática (IC ~ 8%), equigranular médio (~2 – 4mm). A
mineralogia essencial é composta por cristais de plagioclásio (~35%), quartzo
(~34%) e k-feldspato (~23%). A mineralogia varietal é representada por cristais de
biotita (~08%). Os cristais de plagioclásio são anédricos a subédricos, variando de
(~2 – 4mm). Os cristais anédricos de quartzo têm tamanhos variando de (~2 – 4mm).
Os cristais de k-feldspato são anédricos a subédricos, variando de (~2 – 4mm). Os
cristais de biotita são subédricos e por vezes anédricos com cristais variando de (~2
– 3mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~38% de
plagioclásio, ~36,9% quartzo e ~25,1% de k-feldspato, logo pode ser
classificada como biotita monzogranito equigranular médio (Figura 63).

Figura 63: Biotita monzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação
QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 15 B

Rocha ígnea de coloração preta acinzentada, fanerítica, holocristalina,


isotrópica, mesocrática (IC ~45%), inequigranular fino (<1mm). A mineralogia
essencial é composta por cristais de plagioclásio, que apresentam-se na forma de
finíssimas ripas subédricas a anédricas. Ressalta-se que a granulação fina da rocha
impossibilita a individualização de sua assembleia mineralógica, tornando imprecisa
mesoscopicamente.

Classificação: devido à sua coloração e densidade, supõem-se que a rocha


possa ser classificada como diabásio (Figura 64).
Figura 64: Diabásio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação QAP segundo Streckeisen
(1976).
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 16

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 016


Coordenadas UTM X: 547470 Y: 9013956 Zona: 22 S
Elevação: 256 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado à margem direita da vicinal da


CODESPAR, de acesso à BR 158.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento do tipo natural composto por


blocos in situ, dispersos, com tamanho aproximado a (~1,5m de diâmetro). Foi
identificada apenas uma litologia inferida inicialmente como monzogranito
equigranular médio e anisotrópico.
Descrição Petrográfica: IJLPR – 16

Rocha ígnea de coloração rosa acinzentada, fanerítica, holocristalina,


anisotrópica, hololeucocrática (IC ~08%), equigranular médio (~1 – 4mm). A
mineralogia essencial é composta por cristais de k-feldspato (~32%), quartzo (~30%)
e plagioclásio (~29%). A mineralogia varietal é representada por cristais de biotita
(~08%) e a secundária por cristais de epidoto (~01%). Os cristais de k- feldspato são
anédricos a subédricos, variando de (~1 – 4mm). Os cristais anédricos de quartzo
têm tamanhos variando de (~2 – 3mm). Os cristais de plagioclásio são anédricos a
subédricos e variam de (~1 – 3mm). Os cristais de biotita exibem forma subédrica e
medem aproximadamente (~1mm). Os cristais de epidoto são anédricos e
apresentam-se em substituição ao plagioclásio, com tamanhos similares.

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~35% de k-feldspato,


~33% quartzo e ~25,1% de plagioclásio, logo pode ser classificada como biotita
monzogranito equigranular médio (Figura 65).

Figura 65: Biotita monzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação
QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.
DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 17

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 017


Coordenadas UTM X: 548811 Y: 9014191 Zona: 22 S
Elevação: 244 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Localização não definida.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento do tipo natural, do tipo blocos


in situ, dispersos, de aproximadamente (~08mm de diâmetro). Foi observada apenas
uma litologia inferida como monzogranito equigranular médio, anisotrópico.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 17

Rocha ígnea de coloração cinza rosada, fanerítica, holocristalina,


anisotrópica, leucocrática (IC ~12%), equigranular médio. A mineralogia essencial é
representada por cristais de plagioclásio (~31%), quartzo (~33%) e k-feldspato
(~20%). A mineralogia varietal é representada por cristais de biotita (~12%). A
mineralogia secundária é representada por cristais de epidoto (~04%). Os cristais
subédricos se plagioclásio dispõe-se em finas ripas de aproximadamente (~1 –
2mm). Os cristais anédricos de quartzo têm aproximadamente (~3 – 4mm). Os
cristais anédricos de k-feldspato têm aproximadamente (~2 – 3mm). Os cristais
subédricos de biotita têm aproximadamente (~1mm). Já os cristais de epidoto são
produto de alteração do plagioclásio e se apresentam na forma subédrica com
tamanhos aproximados a (~1 – 2mm).

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~39,7% de


plagioclásio, ~37,5% quartzo e ~22,8% de k-feldspato, logo pode ser
classificada como biotita monzogranito equigranular médio (Figura 66).
Figura 66: Biotita monzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação
QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 18

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 018


Coordenadas UTM X: 548741 Y: 9015321 Zona: 22 S
Elevação: 264 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Localização não definida.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento do tipo natural do tipo blocos


in situ e lajedo (~2m de diâmetro). Foi identificada uma litologia inferida como um
tonalito equigranular médio, isotrópico.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 18

Rocha ígnea de coloração branca acinzentada, holocristalina, leucocrática (IC


~07%), anisotrópica, fanerítica, equigranular médio (~1 – 4mm). A mineralogia
essencial é representada por cristais de quartzo (~46%), plagioclásio (~42%) e k-
feldspato (~05%). A mineralogia varietal é representada por cristais de biotita
(~07%). Os cristais de quartzo apresentam-se anédricos, com tamanhos variando de
(~1 – 3mm). Os cristais de plagioclásio apresentam- se subédricos com cristais
variando de (~1 – 3mm). Os cristais de k-feldspato são essencialmente subédricos e
subordinadamente euédricos, variando de (~2 – 4mm). Já os cristais de biotita
apresentam-se anédricos, variando de (~1mm).

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~49,4% de


quartzo, ~45,1% plagioclásio e ~5,5% de k-feldspato, logo pode ser classificada como
biotita tonalito equigranular médio (Figura 67).

Figura 67: biotita tonalito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação QAP
segundo Streckeisen (1976).
Fonte Os autores

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 19

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 019


Coordenadas UTM X: 548813 Y: 9015180 Zona: 22 L
Elevação: 255 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Localização não definida.


Descrição Geral do Afloramento: Afloramento do tipo natural, com um
lajedo de aproximadamente (~5m de diâmetro) e blocos rolados e in situ, dispersos,
de aproximadamente (~2m de diâmetro) onde foi observada apenas uma litologia
definida como leucomonzogranito, isotrópico, equigranular médio.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 19

Rocha ígnea de coloração rosa esbranquiçada, fanerítica, holocristalina,


isotrópica, hololeucocrática (~04%), equigranular médio (~1 – 4mm). A mineralogia
essencial é representada por cristais de k-feldspato (~37%), plagioclásio (~36%) e
quartzo (~27%). A mineralogia varietal é representada por cristais de biotita (~04%).
A mineralogia secundária é representada por cristais de epidoto (~09%). Os cristais
de plagioclásio são essencialmente anédricos, com tamanhos variando de (~2 –
4mm). Os cristais de quartzo são essencialmente anédricos com tamanhos que
variam entre (~2 – 3mm). Os cristais de k-feldspato não foram observados
mesoscopicamente. Os cristais de biotita são euédricos a subédricos e variam entre
(~1 – 2mm). Já os cristais de epidoto apresentam as mesmas características dos
cristais de plagioclásio, variando de (~1 – 3mm) e são produtos de alteração do
plagioclásio a partir do processo de epidotização.

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~38,5% de k-


feldspato, ~37,5% plagioclásio e ~24% de quartzo, logo pode ser classificada
como leucomonzogranito equigranular médio (Figura 68).
Figura 68: leucomonzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação
QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 20

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 20
Coordenadas UTM X: 547508 Y: 9016862 Zona: 22 S
Elevação: 254 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Localização não definida.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento do tipo natural do tipo blocos


in situ, de aproximadamente (~12m) de comprimento, (~05m) de largura e (~03m) de
altura, além de lajedos. Foi observado uma litologia equiparada a do afloramento 14,
inferida como monzogranito equigranular médio, anisotrópico.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 20

Rocha ígnea de coloração rosa esbranquiçada, fanerítica, holocristalina,


anisotrópico, hololeucocrática (IC ~04%) equigranular médio (~1 – 3mm). A
mineralogia essencial é representada por cristais de plagioclásio (~33%), k-
feldspato (~32%) e quartzo (~30%). A mineralogia varietal é representada por
cristais de biotita (~04%). A mineralogia secundária é representada por cristais de
epidoto (~01%) como produto de alteração do plagioclásio. Os cristais de
plagioclásio são anédricos a subordinadamente subédricos, com tamanhos de
aproximadamente (~1 – 3mm). Também observa-se a alteração para epidoto num
processo de saussuritização. Os cristais de k-feldspato são essencialmente
anédricos e medem aproximadamente (~01mm). Os cristais de quartzo apresentam-
se essencialmente anédricos a subordinadamente subédricos, medindo
aproximadamente (~1 – 3mm). Os cristais de biotita exibem forma subédrica,
medindo aproximadamente (≤~1mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~35% de
plagioclásio, ~34% de k-feldspato e ~31% de quartzo, logo pode ser
classificada como leucomonzogranito equigranular médio (Figura 69).

Figura 69: Leucomonzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação


QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 21

Toponímia
AFLORAMENTO: IJLPR – 21
Coordenadas UTM X: 546135 Y: 9016715 Zona: 22 S
Elevação: 257 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado nas dependências do Sítio Beija-Flor.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento do tipo natural, composto por


blocos in situ, de aproximadamente (~4m) de diâmetro, onde foi inferida apenas uma
litologia, definida inicialmente como tonalito equigranular fino a médio, anisotrópico.
Descrição Petrográfica: IJLPR – 21

Rocha ígnea de coloração cinza esbranquiçada, fanerítica, holocristalina,


anisotrópica, leucocrática (IC ~18%), equigranular fino a médio (< 1 – 2mm). A
mineralogia essencial é composta por cristais de plagioclásio (~49%), quartzo
(~30%) e k-feldspato (~03%). A mineralogia varietal é representada por cristais de
biotita (~18%). Os cristais de plagioclásio são anédricos e em porções diminutas
subédricos com tamanhos aproximados a (~02mm). Os cristais anédricos de quartzo
têm aproximadamente (~02mm). Os cristais anédricos de k-feldspato tem
aproximadamente (~01mm). Os cristais de biotita são subédricos com tamanhos
variando de (< 1 – 1mm).

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~59,7% de


plagioclásio, ~36,5% de quartzo e ~3,8% de k-feldspato, logo pode ser
classificada como biotita tonalito equigranular fino a médio (Figura 70).

Figura 70: biotita tonalito equigranular fino a médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação
QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.
DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 22

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 22
Coordenadas UTM X: 546162 Y: 9016947 Zona: 22 S
Elevação: 262 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado nas dependências do Sítio Beija-Flor.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural, do tipo blocos in situ,


de aproximadamente (~03m) de diâmetro e de lajedos de aproximadamente (~04m)
de comprimento, no sentido maior. Foi observada uma litologia inferida incialmente
como trondhjemito equigranular fino a médio, com anisotropia insipiente.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 22

Rocha ígnea de coloração branca acinzentada, holocristalina, leucocrática (IC


~12%), fanerítica, equigranular fino a médio (~1 – 2mm), levemente anisotrópica. A
mineralogia essencial é representada por cristais de plagioclásio (~60%) e quartzo
(~28%). A mineralogia varietal é representada por cristais de biotita (~12%). Os
cristais de plagioclásio variam de (~1 – 3mm) e apresentam- se subédricos. Os
cristais anédricos de quartzo variam de (≤2mm). Os cristais de biotita apresentam-
se anédricos e variam de (~1 – 2mm).

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~68% de plagioclásio e,


~32% de quartzo, logo pode ser classificada como biotita tonalito equigranular
fino a médio (Figura 64).
Figura 71: Biotita tonalito equigranular fino a médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação
QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 23

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 23
Coordenadas UTM X: 547573 Y: 9022375 Zona: 22 S
Elevação: 248 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado à margem direita da vicinal da


CODESPAR, próximo à fazenda que tem como marca principal um cruzeiro sobre as
rochas graníticas.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural do tipo blocos in situ,


com aproximadamente (~07m) de comprimento, por (~03m) de largura e (~05m) de
altura. Foi observada apenas uma litologia, inferida como monzogranito equigranular
médio, anisotrópico.
Descrição Petrográfica: IJLPR – 23

Rocha ígnea de coloração cinza rosada, holocristalina, fanerítica,


anisotrópica, hololeucocrática (IC ~06%), equigranular médio (~1 – 4mm). A
mineralogia essencial é representada por cristais de plagioclásio (~33%), quartzo
(~30%) e k-feldspato (~27%). A mineralogia varietal é representada por cristais de
biotita (~06%). A mineralogia secundária é representada por cristais de epidoto
(~01%) como produto de alteração do plagioclásio. Os cristais de plagioclásio são
essencialmente anédricos, com tamanhos que variam entre (~2 – 4mm),
ocasionalmente esverdeados devido o processo de epidotização. Os cristais de
quartzo são essencialmente anédricos, com tamanhos que variam entre (~2 – 3mm).
Os cristais de k-feldspato apresentam-se diminutos, não sendo possível uma
descrição mesoscópica mais detalhada. Os cristais de biotita são essencialmente
euédricos a subédricos com tamanhos que variam entre (~2 – 4mm). Os cristais de
epidoto são essencialmente anédricos e apresentam as mesmas características do
plagioclásio.

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~35,1% de plagioclásio


e, ~31,9% de quartzo, logo pode ser classificada como leucomonzogranito
equigranular médio (Figura 72).

Figura 72: Leucomonzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação


QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.
DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 24

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 24
Coordenadas UTM X: 54807 Y: 9023123 Zona: 22 S
Elevação: 238 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Localização não definida.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural do tipo blocos in situ,


de tamanhos variados (~3 – 7mm) de diâmetro. Foi observado apenas uma litologia,
inferida como monzogranito equigranular médio, anisotrópico.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 24

Rocha ígnea de coloração cinza rosada, fanerítica, holocristalina,


anisotrópica, hololeucocrática (IC ~ 05%), equigranular médio (~1 – 4mm). A
mineralogia essencial é composta por cristais de plagioclásio (~32%), quartzo
(~31%) e k-feldspato (~29%). A mineralogia varietal é marcada por cristais de biotita
(~05%). A mineralogia secundária é representada por cristais de epidoto (~03%). Os
cristais de plagioclásio são predominantemente anédricos e subordinadamente
subédricos medindo cerca de (~1 – 4mm). Os cristais de quartzo são
essencialmente anédricos a subédricos, medindo cerca de (~1 – 3mm). Os cristais
de k-feldspato são anédricos medindo aproximadamente (~1 – 2mm). Os cristais de
biotita são essencialmente subédricos e medem aproximadamente (~1 mm). Os
cristais de epidoto apresentam-se como produto de alteração do plagioclásio e
medem cerca de (~1 – 2mm).

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~36,6% de


plagioclásio, ~32,6% de quartzo e k-feldspato ~30,8%, logo pode ser
classificada como leucomonzogranito equigranular médio (Figura 73).
Figura 73: Leucomonzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação
QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 25

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 25
Coordenadas UTM X: 550338 Y: 9026231 Zona: 22 S
Elevação: 219 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Localização não definida.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural do tipo blocos in situ,


de tamanho aproximado a (~01mm) além de lajedos com foliação evidente (~2,5m)
de diâmetro. Foi identificado uma única litologia, inferida como sienogranito
equigranular médio a grosso, anisotrópico.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 25

Rocha ígnea de coloração rosa avermelhada, fanerítica, holocristalina,


anisotrópica, leucocrática (IC ~15%), equigranular médio a grosso (~3 – 8mm). A
mineralogia essencial é composta por cristais de k-feldspato (~35%), quartzo (~30%)
e plagioclásio (~19%). A mineralogia varietal é representada por cristais de biotita
(~15%). A mineralogia secundária é representada por cristais de epidoto (~01%). Os
cristais de k-feldspato são essencialmente anédricos e subordinadamente
subédricos, variando de (~3 – 6mm). Os cristais de quartzo são essencialmente
anédricos e recobrindo os cristais máficos, inferindo coloração acinzentada aos
cristais de quartzo, com tamanhos variando de (~4 – 8mm). Os cristais de
plagioclásio são anédricos com porções diminutas de cristais subédricos, variando
de (~3 – 6mm) e por vezes substituídos por epidoto. Os cristais de biotita estão em
porções menores subédricos, porém em sua maioria estão encobertos por cristais de
quartzo, aglomerados em porções que variam de (~3 – 4mm). Os cristais de epidoto
são anédricos formados pelo processo de epidotização do plagioclásio e com
tamanhos aproximados a (~1mm).

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~41% de k-


feldspato, ~35% de quartzo e ~24% de plagioclásio, logo pode ser classificada
como sienogranito equigranular médio (Figura 74).

Figura 74: Sienogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação QAP
segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.
DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 26 (PONTO CONTROLE)
Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 26
Coordenadas UTM X: 552774 Y: 9026987 Zona: 22 S
Elevação: 222 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado à margem direita da vicinal de acesso à


CODESPAR, na porção nordeste da área II, porém nos domínios da porção noroeste
da área III.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural do tipo blocos in situ,


de aproximadamente (~4,5m) de comprimento, por (~2,5m) de largura, onde foi
individualizada uma litologia, inferida inicialmente como monzogranito equigranular
médio, anisotrópico.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 26

Rocha ígnea de coloração cinza esbranquiçada, fanerítica, holocristalina,


anisotrópica, hololeucocrática (~07%), equigranular média (~1 – 4mm). A
mineralogia essencial é representada por cristais de quartzo (~35%), plagioclásio
(~28%) e k-feldspato (~27%). A mineralogia varietal é representada por cristais de
biotita (~07%). A mineralogia secundária é representada por cristais de epidoto
(~03%). Os cristais de quartzo são essencialmente anédricos com tamanhos
aproximados a (~2 – 4mm), os cristais de plagioclásio são essencialmente
subédricos variando de (~1 – 3mm). Os cristais de k-feldspato são essencialmente
anédricos com cristais variando de (~1 – 3mm). Os cristais de biotita são
essencialmente subédricos com aproximadamente (~1 – 2mm). Os cristais de
epidoto são produto de alteração do plagioclásio (epidotização), ocorrendo em
porções dispersas da amostra, com tamanho variando de (~1 – 3mm).

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~37% de quartzo, ~33%


plagioclásio e ~30% de k-feldspato, logo pode ser classificada como biotita
monzogranito equigranular médio (Figura 75).
Figura 75: Biotita monzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação
QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores

DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 27 (PONTO


CONTROLE)

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 27
Coordenadas UTM X: 554685 Y: 9027549 Zona: 22 S
Elevação: 234 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado à margem direita da vicinal de acesso à


CODESPAR, na porção nordeste da área II, porém nos domínios da porção noroeste da
área III.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural do tipo blocos in situ,


com tamanhos variados (~2 – 5m). Foi observada apenas uma litologia, inferida
como monzogranito equigranular médio (~1 – 3mm), anisotrópico.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 27

Rocha ígnea de coloração cinza esbranquiçada, fanerítica, holocristalina,


anisotrópica, hololeucocrática (IC~06%), equigranular média (~1 – 3mm). A
mineralogia essencial é composta por cristais de quartzo (~31%), k-feldspato (~30%)
e plagioclásio (~29%). A mineralogia varietal é representada por cristais de biotita
(~06%). A mineralogia secundária é representada por cristais de epidoto (~04%). Os
cristais de plagioclásio são essencialmente anédricos com tamanhos variando de
(~1 – 2mm). Os cristais de quartzo são essencialmente anédricos com tamanhos
variando de (~2 – 3mm). Os cristais de biotita são subédricos a anédricos e por
vezes apresentam-se como aglomerado de cristais (~1 – 2mm). Os cristais de
epidoto apresentam-se como produto de alteração do plagioclásio em processo de
epidotização, com tamanhos variando de (~1 – 2mm).

Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~35% plagioclásio,


~33% de quartzo e ~32% de k-feldspato, logo pode ser classificada como biotita
monzogranito equigranular médio (Figura 69).

Figura 76: biotita monzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação
QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.
DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA GERAL: IJLPR – 28 (PONTO CONTROLE)

Toponímia

AFLORAMENTO: IJLPR – 28
Coordenadas UTM X: 556124 Y: 9027965 Zona: 22 S
Elevação: 236 m Acurácia: ± 5 m

Localização: Afloramento localizado à margem direita da vicinal de acesso à


CODESPAR, na porção nordeste da área II, porém nos domínios da porção noroeste
da área III, sentido BR 158, a aproximadamente (~400m) da rodovia.

Descrição Geral do Afloramento: Afloramento natural do tipo blocos


rolados, de tamanhos aproximados (~2m) de diâmetro. Foi observada apenas uma
litologia, correlacionada ao afloramento anterior, inferida como monzogranito
equigranular médio, anisotrópico.

Descrição Petrográfica: IJLPR – 28

Rocha ígnea de coloração cinza esbranquiçada, levemente rosada, fanerítica,


holocristalina, anisotrópica, hololeucocrática (IC~05%), equigranular média (~1 –
2mm). A mineralogia essencial é composta por cristais de k- feldspato (~34%),
plagioclásio (~31%) e quartzo (~30%), e. A mineralogia varietal é representada por
cristais de biotita (~05%). A mineralogia secundária é representada por cristais de
epidoto (~03%). Os cristais de plagioclásio são essencialmente anédricos e
subordinadamente subédricos com tamanhos variando de (~1 – 4mm). Os cristais de
quartzo são essencialmente anédricos com tamanhos variando de (~2 – 3mm). Os
cristais de biotita são subédricos a anédricos e por vezes apresentam-se como
aglomerado de cristais (~1mm). Os cristais de epidoto apresentam-se como produto
de alteração do plagioclásio em processo de epidotização, com tamanhos variando
de (~1 – 4mm).
Classificação: Após normalização a rocha apresenta ~35,7% de k-
feldspato, ~32,2% de plagioclásio e ~32,1% de quartzo, logo pode ser classificada como
biotita monzogranito equigranular médio (Figura 77).

Figura 77: Biotita monzogranito equigranular médio. Em (A), amostra macroscópica. B) Classificação
QAP segundo Streckeisen (1976).
Fonte: Os autores.
1
37

2. DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DA AMOSTRA – IJLPR – 04

Rocha ígnea, de coloração cinza, levemente rosada, fanerítica, com textura


geral hipidiomórficas, porém com pontos localizados que apresentam textura
mirmequítica, holocristalina, anisotrópica, hololeucocrática (IC ~ 7,8%), equigranular
média (~1mm – 4mm).
A mineralogia essencial é representada por cristais de plagioclásio (~38,82%),
quartzo (~35,14%) e microclina (~26,04%). A mineralogia varietal é representada por
cristais de biotita (~6,5%). A mineralogia acessória é composta por cristais opacos
(~0,4%) e de zircão (~0,1%). Enquanto que a mineralogia secundária é composta
por cristais de muscovita (~5,5%), epidoto (~1,9%) e clorita (~1,2%). Alguns cristais
de plagioclásio, quartzo e microclina se destacam por apresentar-se como
fenocristais, com dimensões aproximadas a (~04mm). Já os cristais de biotita e
muscovita apresentam-se distribuídos de forma aleatória, enquanto que os cristais
de epidoto apresentam-se na forma de agregados.
Os cristais de plagioclásio exibem formas essencialmente hipidiomórficas a
subordinadamente idiomórficas em seções tabulares pouco alongadas, com
dimensões que variam de (~1mm – 4mm). Seus contatos são regulares com os
cristais de quartzo e microclina, e contatos irregulares com a biotita e a muscovita.
Ressalta-se forte processo de saussuritização dos cristais de plagioclásio alterando
para muscovita e epidoto. Apresenta zoneamento do tipo normal, com núcleos mais
cálcicos, alternando-se para sericita, muscovita e epidoto. Exibe maclamento
essencialmente do tipo polissintético. Raramente se observa o desenvolvimento de
intercrescimento mirmequítico no contato entre os grãos de plagioclásio e microclina,
com uma borda albítica associada, que define localmente uma textura mirmequítica
originada pela substituição do feldspato potássico pelo plagioclásio.
Os cristais de quartzo foram separados em três tipos petrográficos distintos,
baseados no hábito, tamanho, forma e associação com outros minerais: a) Qtz1: são
cristais com dimensões semelhantes aos cristais de plagioclásio e microclina. Suas
faces cristalinas são essencialmentealotriomórficas e apresentam contatos retilíneos
com os cristais de plagioclásio e microclina, além do contato irregular com os cristais
1
38

de biotita, muscovita e epidoto. Apresenta duas cores distintas, sendo a primeira


amarela, provavelmente produto do polimento da lâmina delgada e a segunda cinza,
ambas com extinção ondulante. b) Qtz2: são cristais xenomórficos, de granulação
fina e, por vezes, apresentam-se como cristais arredondados, definindo ora contatos
côncavos, ora irregulares com os cristais de plagioclásio. Apresenta coloração
semelhante aos cristais de Qtz1 e são observados na forma de pequenas intrusões
localizadas na parte central dos cristais de plagioclásio.
c) Qtz3: são cristais no formato de vermiculas ou gotículas, conforme
designação da textura mirmequítica, definindo o intercrescimento mirmequítico.
Os cristais de microclina apresentam-se hipidiomórficos com dimensões
variando de (~1mm – 4mm). Apresentam contato irregular com os cristais de
plagioclásio, quartzo, biotita, muscovita e clorita. Por vezes apresenta contato
retilíneo com os cristais de plagioclásio e quartzo. Os cristais apresentam-se como
lamelas sódicas que variam desde filmes ondulados até veios e manchas
irregulares, característicos da textura porfirítica. São comuns nessas rochas
agregados de cristais de microclina imersos nos cristais de plagioclásio,
apresentando contatos que variam de retilíneos a irregulares. Também é comum a
presença de cristais de microclina na forma de um tabuleiro de xadrez.
Os cristais de biotita apresentam-se em lamelas hipidiomórficas, com
clivagem paralela ao elongamento dos grãos, mostrando extinção paralela e, por
vezes, mosqueada. Os cristais apresentam dimensões que variam de (~0,5mm –
2mm), e ocasionalmente ser substituído por clorita. Os contatos entre os cristais de
plagioclásio e biotita são retilíneos, porém entre os cristais de quartzo varia de
irregular a retilíneo. Também são encontrados inclusos nos cristais de plagioclásio e
nas bordas dos cristais de microclina.
Os cristais opacos, definidos como acessório, encontram-se dispersos em
pequenas porções na rocha e foram inferidos como cristais de magnetita, posto que
são comuns em rochas ígneas. Os cristais acessórios de zircão foram observados
em porções diminutas, como pequenos cristais idiomórficos, granulares e inclusos
em grandes cristais de quartzo. Apresentam-se frequentemente zonados e com
evidências de mimetctização.
A mineralogia secundária apresenta cristais de muscovita e epidoto com o
mesmo estado de alteração dos núcleos do plagioclásio, com composição mais
cálcica. Já os cristais de clorita são derivações dos cristais de biotita.
1
39

Com base nos percentuais estimados de cada mineral e após cálculos de


normalização a rocha pode ser classificada como biotita monzogranito
equigranular médio (Figura 78), de acordo com o diagrama QAPF (Strckeisen,
1976).

Figura 78: Biotita monzogranito equigranular médio.


Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DA AMOSTRA – IJLPR–05–A

Rocha ígnea, de coloração branca acinzentada, fanerítica, apresentando


textura granular alotriomórfica, levemente anisotrópica, holocristalina, equigranular
média (2mm – 4mm), hololeucocrática (IC ~ 4,3%).
A mineralogia essencial é representada por cristais de plagioclásio (~ 51,4%),
quartzo (~ 43,1%) e microclina (~ 0,6%). A mineralogia varietal é representada por
cristais de biotita, que compõe cerca de (~4,3%) da lâmina delgada. Já os minerais
secundários são representados pelos cristais de sericita (~ 0,4%) e muscovita (~
0,2%).
Os cristais de quartzo formam separados de acordo com tamanho, forma,
extinção e associação com outros minerais, onde foi possível identificar dois tipos de
quartzo: a) Qtz1: são cristais alotriomórficos, com granulação média (cristais que
variam de 1 – 4 mm), apresentando contato intersticial entre si e com alguns
cristais de plagioclásio. A maioria dos cristais de quartzo, presente na lâmina, é
deste tipo e caracteriza-se pela extinção levemente ondulante; a) Qtz2: apresentam-
se sob a forma de diminutos cristais alotriomórficos de granulação fina (˂1 mm),
1
40

onde por vezes exibem cristais arredondados, formando pequenas inclusões nos
cristais de plagioclásio e exibindo contatos regulares com o mesmo.
Os cristais de plagioclásio exibem formas alotriomórfica a hipidiomórficas,
fornecendo normalmente seções quadráticas (tabular pouco alongado) de
dimensões que variam de (~1,5mm – 4mm). Os seus contatos são regulares entre
si, com Qtz2 (incluso no plagioclásio), com a biotita e microclina. No entanto, em
pequenas porções, ocorrem contatos irregulares do tipo côncavo com cristas de Qtz1
de extinção levemente ondulante e, irregulares com os cristais de muscovita. Em
decorrência da forte saussuritização dos cristais de plagioclásio, alterando para
sericita e muscovita, não foi possível determinar sua composição. Em alguns cristais,
pouco alterados, foi possível identificar o maclamento do tipo polissintético.
Os cristais de microclina são alotriomórficos e apresentam granulação fina
com cristais menores que (<1mm). Seus contatos são irregulares com cristais de
quartzo e plagioclásio, porém em diminutas porções da lâmina o contato com
plagioclásio é regular.
A biotita apresenta-se sob forma de cristais hipidiomórficos com tamanhos de
(0,5mm – 3 mm). Apresentam contatos restos com os dois tipos de cristais de
quartzo e por vezes aparece bordejando os cristais de plagioclásio. Os contatos
irregulares são marcados por cristais de muscovita, onde aprecem com a borda
levemente cominuída. Os minerais secundários são representados pelos cristais de
sericita e muscovita, originados pelo processo de saussuritização, consiste no
processo de alteração dos núcleos mais cálcicos do plagioclásio. Estes minerais
apresentam granulação fina (≤ 1mm), com contatos irregulares com plagioclásio.
Com base nos percentuais estimados de cada mineral e após cálculos de
normalização a rocha pode ser classificada como trondhjemito equigranular
médio (Figura 79), de acordo com o diagrama QAPF (Strckeisen, 1976).
1
41

Figura 79: trondhjemito equigranular médio.


Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DA AMOSTRA – IJLPR – 11–A

Rocha ígnea de coloração acinzentada, fanerítica, com textura geral, granular


alotriomórfica, porém com pontos localizados que apresentam textura intergranular
pertítica, holocristalina, isotrópica, leucocrática (IC ~13%), equigranular média
(~1mm – 2,5mm).
A mineralogia essencial é representada por cristais de plagioclásio (~68,27%),
quartzo (~29,19%) e microclina (~2,54%). A mineralogia varietal é representada por
cristais de biotita (~11,9%). Já a mineralogia acessória é composta por cristais
opacos (~0,1%) e allanita (~0,1%). A mineralogia secundária é representada por
cristais de muscovita (~6,9%), epidoto (~04%) e sericita (~1,1%).
Os cristais de plagioclásio exibem forma essencialmente alotriomórfica a
hipidiomórficas, com hábito prismático como lamelas e dimensões que variam de
(~1mm – 2,5mm). Seus contatos são irregulares com os cristais de quartzo e, por
vezes, retilíneos com os cristais de biotita. Apresenta macas polissintéticas, albita-
calrsbad, além de pequenas porções de plagioclásio com intercrescimento pertítico,
além de cristais que estão sendo transformados em argilas. Os cristais apresentam
forte processo de saussuritização, alternando para sericita, muscovita, argilas e
epidoto.
Os cristais de quartzo foram separados em três tipos distintos, baseados no
hábito, tamanho, forma e associação com outros minerais: a) Qtz1: São cristais com
dimensões que variam de (~0,5mm – 1,5mm). Suas faces cristalinas são
essencialmente alotriomórficas e apresentam contato côncavo com cristais de
1
42

plagioclásio e entre os próprios cristais de quartzo. Apresentam duas cores distintas,


sendo uma amarela inferida pelo polimento irregular da lâmina delgada e a outra
cinza, sendo ambas com extinção ondulante. b) Qtz2: São cristais xenomórficos, de
granulação semelhante aos cristais de Qtz1. Apresenta contato côncavo com os
cristais de plagioclásio e entre os próprios cristais de quartzo e, por vezes, apresenta
contato retilíneo com o plagioclásio. c) Qtz3: São cristais de dimensões (<1mm) que
apresentam-se na forma de pequenas intrusões arredondadas nos cristais de
plagioclásio, denotando contato côncavo/convexo evidente.
Os cristais de microclina apresentam-se na forma de pequenas porções
hipidiomórficas e alotriomórficas, com dimensões menores que (<1mm). Exibem
contatos irregulares com os cristais de plagioclásio e quartzo. Os cristais se
apresentam na sua forma granular em quantidades diminutas e contato irregular
evidente com a muscovita. É comum nessa rocha a associação entre os cristais de
microclina, muscovita e argilas, em virtude da saussuritização do plagioclásio. Os
cristais de biotita apresentam-se na forma de lamelas hipidiomórficas,
com extinção paralela e, por vezes, mosqueada com clivagem paralela ao
elongamento dos grãos, como é típico das biotitas. Os cristais apresentam
dimensões menores ou iguais a (≤ 1mm). Apresenta contato retilíneo com os cristais
de plagioclásio e, por vezes, côncavo com os cristais de quartzo. Também são
encontradas inclusas nos cristais de plagioclásio.
Os minerais acessórios foram definidos nesta rocha como opacos e allanita.
Desse modo, os cristais opacos encontra-se em pequenas porções, dispersos na
rocha no formato alotriomórficos. Já os cristais de allanita apresentam-se
hipidiomórficos, com cores vermelho-marrom, com hábito granular em porções
isoladas da lâmina delgada. Apresenta zonação de modo que o núcleo se apresenta
mais escuro do que as bordas e inclusão num cristal de plagioclásio que está
alterando para sericita.
Os minerais secundários observados foram definidos como muscovita,
sericita, e epidoto, todos como produto de alteração dos núcleos mais cálcicos do
plagioclásio.
Com base nos percentuais estimados de cada mineral e após cálculos de
normalização a rocha pode ser classificada como biotita tonalito equigranular
médio (Figura 80), de acordo com o diagrama QAPF (Strckeisen, 1976).
1
43

Figura 80: Biotita tonalito equigranular médio.


Fonte: Os autores

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DA AMOSTRA – IJLPR – 15 – A

Rocha ígnea, de coloração branca rosada, fanerítica, com textura granular


alotriomórfica, ocorrendo também texturas localizadas do tipo gráfica, possivelmente
mimerquítica, isotrópica, holocristalina, equigranular média (~1mm – 4mm),
hololeucocrática (IC ~ 4,6%).
A mineralogia essencial é representada pelos cristais de plagioclásio
(~36,2%), microclina (~33,2%) e quartzo (~30,6%). A biotita (~4,6%) representa os
minerais essenciais, já a mineralogia assessória é representada por minerais opacos
(~0,2%). Os cristais de sericita (~3,9%), epidoto (~1,9%) e muscovita (~1,3%)
definem a mineralogia secundária da amostra.
Os cristais de plagioclásio exibem formas alotriomórficas a hipidiomórficas,
com hábito tabular quadrático, de dimensões que variam de (~1mm – 4mm). Os
seus contatos variam de regulares com Qtz2 (extinção normal), biotita e entre si, a
irregulares com Qtz1, epidoto, muscovita e sericita, apresentando ainda, diminutas
porções com contatos intersticial com cristais de quartzo. O maclamento é do tipo
polissintético, no entanto a forte saussuritização do plagioclásio dificulta a
determinação da composição. O zoneamento dos cristais de plagioclásio é do tipo
normal, onde os núcleos mais cálcicos mostram-se alterando para sericita,
muscovita e epidoto.
Os cristais de microclina ocorrem na forma hipidiomórfica a alotriomórfica,
com dimensões que variando de (0,5mm – 3mm). Em geral exibem macla em xadrez
1
44

característica e textura mimerquítica, que caracteriza-se pelo intercrescimento de


vênulas de quartzo em forma de bastões irregulares (Qtz3). Seus contatos são
regulares com minerais opacos, biotita e entre si. Os contatos irregulares ocorrem
com cristais plagioclásio e intersticial com Qtz1.
Os cristais de quartzo foram separados em três tipos distintos, baseados no
hábito, tamanho, forma e associação com outros minerais, onde foi possível
diferenciar dois tipos de quartzo presente desta amostra: a) Qtz1: são cristais
alotriomórficos com tamanhos que variam de (~0,8mm – 2mm), apresentando
extinção levemente ondulada. Apresentam pequenos contatos regulares com a
biotita e entre si. Já os contatos irregulares são do tipo intersticial com a microclina,
sericita e plagioclásio. b) Qtz2: são alotriomórficos de dimensões que variam de
(~0,6mm – 1mm), com presença de vênulas de intercrescimento em forma de
bastões e, por vezes, apresenta-se arredondado ou em “Y”. Seus contatos são
regulares com a microclina.
Os cristais de biotita exibem faces cristalinas hipidiomórficas, pleocoismo
intermediário alto e dimensões que alteram de (~0,4mm – 1,9mm). Apresentam
contatos regulares com os cristais de Qtz1, plagioclásio e epidoto.
Os cristais opacos são alotriomórficos, de granulação fina (< 1mm) e com
contatos irregulares com os minerais primários.
Os minerais secundários são representados pelos cristais de epidoto, sericita
e muscovita. No geral, exibem faces cristalinas hipidiomórficas com dimensões
quem variam de fino a médio (˂1mm a 1,54mm). Também exibem contatos
irregulares com cristais de plagioclásio, que geralmente se apresentam na borda
com alguns cristais localizados no centro.
Com base nos percentuais estimados de cada mineral e após cálculos de
normalização a rocha pode ser classificada como leucomonzogranito equigranular
médio (Figura 81), de acordo com o diagrama QAPF (Strckeisen, 1976).
1
45

Figura 81: leucomonzogranito equigranular médio.


Fonte: Os autores

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DA AMOSTRA – IJLPR – 18

Rocha ígnea, de coloração branca acinzentada, fanerítica, com textura geral


granular alotriomórficas e localmente apresenta textura mirmequítica, além da
formação de sub grãos, holocristalina, isotrópica, hololeucocrática (IC~4,6%),
equigranular média (~1mm – 3mm), com fenocristais de microclina e plagioclásio
(~5mm – 8mm).
A mineralogia essencial é representada por cristais de plagioclásio (~40,04%),
quartzo (~35,01%) e k-feldspato (~24,95%). A mineralogia varietal é composta por
cristais de biotita (~4,3%). A mineralogia acessória é composta por cristais de zircão
(~0,3%) e opacos (~0,2%). A mineralogia secundária é composta por cristais de
muscovita (~2,4%), epidoto (~~1,4%), sericita (~0,3%) e clorita (~0,1%).
Os cristais de plagioclásio exibem formas variando de hipidiomórfica a
alotriomórfica, com hábito prismático tabular, com dimensões que variam de (~2mm
– 3mm), exceto alguns fenocristais que destoam, apresentando dimensões que
variam de (~5mm – 8mm). Seus contatos são irregulares com os cristais de
microclina e com os cristais de quartzo, porém, por vezes, apresenta contato
intersticial com o quartzo. Apresenta também contato retilíneo com os cristais de
biotita, clorita e muscovita. Exibe maclas essencialmente polissintéticas e, por vezes,
apresenta cristais alterando para argila, num processo de saussuritização.
Os cristais de quartzo foram separados em três tipos distintos, baseados no
hábito, tamanho, forma e associação com outros minerais: a) Qtz1: São cristais com
dimensões que variam de (~0,5mm – 1,5mm). Suas faces cristalinas são
1
46

essencialmente alotriomórficas, apresentando contato irregular entre si e côncavo e


irregular com os cristais de plagioclásio. Exibem duas cores distintas – amarela,
provavelmente devido ao polimento irregular da lâmina delgada e cinza, ambas com
extinção ondulante. b) Qtz2: São cristais com dimensões que variam de (~0,5mm –
1mm), alotriomórficos e com cores que variam de cinza a amarelo, com extinção
reta/paralela. Apresenta contato côncavo e intersticial com os cristais de
plagioclásio; contato irregular com os cristais de microclina e retilíneo com os cristais
de biotita, muscovita e clorita. c) Qtz3: São sub grãos de quartzo com as mesmas
cores das categorias Qtz1 e Qtz2, extinção ondulante e dimensões menores que
(<1mm). Apresentam-se na forma de pseudos agregados de grãos, também com
extinção ondulante, que em virtude de ser produto do regime de compressão e
deformação tendem a formar vários cristais em um mesmo cristal, dando a
impressão agregados de grãos em um único cristal de quartzo. Apresenta contato
côncavo-convexo entre os grãos de plagioclásio e entre os próprios sub grãos de
quartzo, além de porções diminutas de sub grãos com contato intersticial. d) Qtz4:
São cristais com pequenas dimensões (<1mm) que se apresentam na forma de
pequenas inclusões nos cristais de plagioclásio, definindo contato côncavo entre
eles.
Os fenocristais de microclina, apresentam-se com dimensões entre (~5mm –
8mm), hipidiomórficas e por vezes idiomórficas, com contatos irregulares com os
cristais de plagioclásio e quartzo e, por vezes, retilíneos com os cristais de
plagioclásio (subordinadamente). Também é comum nessa rocha a associação entre
os cristais microclina, muscovita e argilas como subproduto do processo de
saussuritização do plagioclásio.
Os cristais de biotita apresentam-se no formato de pequenas lamelas
hipidiomórficas a alotriomórficas, com extinção paralela e por vezes mosqueada,
seguindo o elongamento dos cristais que apresentam tamanhos aproximados a
(~1mm), com contato retilíneo com os cristais de plagioclásio e contato irregular com
os cristais de quartzo e microclina. Também se apresentam inclusos nos cristais de
plagioclásio em associação com a muscovita e o epidoto.
Os minerais acessórios são representados por cristais de zircão em porções
diminutas, hipidiomórficas, granulares e inclusos nos fenocristais de quartzo e
plagioclásio. Já os cristais opacos encontram-se dispersos em pequenas porções da
1
47

rocha e, de acordo com seu hábito bipiramidal e pela presente frequência em rochas
ígneas foi inferido como cristais de pirita.
A mineralogia secundária apresenta cristais de muscovita, epidoto, sericita e
clorita, como produto de alteração da porção sódica do plagioclásio, exceto os
cristais de clorita que são produto de alteração da biotita.
Com base nos percentuais estimados de cada mineral e após cálculos de
normalização a rocha pode ser classificada como leucomonzogranito
equigranular médio a grosso (Figura 82), de acordo com o diagrama QAPF
(Strckeisen, 1976).

Figura 82: Leucomonzogranito equigranular Médio a Grosso.


Fonte: Os autores.

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DA AMOSTRA – IJLPR – 21

Rocha ígnea, de coloração branca acinzentada, fanerítica, com textura


granular alotriomórfica, isotrópica, holocristalina, predominantemente equigranular
média (~0,5mm a 4,0mm), hololeucocrática (IC~ 4,0%).
A mineralogia essencial é representada pelos cristais de quartzo (~38,0%),
plagioclásio (~28,0%), microclina (~20,0%). A mineralogia varietal é representada
por cristais de biotita (~5,0%). A mineralogia acessória é composta por cristais de
sericita (~5,0%), muscovita (~2,0%), epidoto (~1,0%) e opacos (~1,0%).
Os cristais de quartzo foram separados em três tipos distintos, baseados no
hábito, tamanho, forma e associação com outros minerais: a) Qtz1: apresenta
extinção ondulante, com cristais que variam de (~1mm – 4 mm). Também fazem
1
48

contatos irregulares entre si e com os cristais de plagioclásio, e contatos regulares


com os cristais de biotita; e b) Qtz2: caracterizado por cristais arredondados com
extinção ondulante, inclusos no plagioclásio e dimensões variando de (~0,5mm –
1mm).
Os cristais de plagioclásio exibem formas alotriomórficas a hipidiomórficas,
com hábito tabular quadrático e dimensões que variam de (~1mm – 4 mm). Seus
contatos são regulares com os cristais de biotita e o Qtz2, e irregulares entre si e
com o Qtz1. Também apresenta predominantemente maclamento polissintético, no
entanto a forte saussuritização do plagioclásio dificulta a determinação da sua
composição. Apresentam zoneamento do tipo normal, onde os núcleos mais cálcicos
mostram-se alterando para sericita, muscovita e epidoto.
Os cristais de Microclina ocorrem na forma alotriomórfica, com dimensões
variando de (0,5mm – 1,5mm). Exibem geralmente macla xadrez e fazem contatos
irregulares com o Qtz1 e com os cristais de plagioclásio.
Os cristais de biotita: exibe face cristalina hipidiomórfica e apresenta
pleocoísmo que varia de intermediário a alto. Seus cristais variam de (~0,5mm –
2,0mm) e fazem contatos regulares com o Qtz1 e com o plagioclásio.
Os cristais opacos exibem formas alotriomórficas a hipidiomórficas, com
contatos irregulares com o Qtz3 e com o plagioclásio. Também apresentam
dimensões que variam de (~0,5 – 1,0mm).
A mineralogia secundária é representada pelos cristais de epidoto, sericita e
muscovita. Exibem, de modo geral, forma cristalina hipidiomórficas e apresentam
dimensões quem variam de fino a médio (˂0,5mm – 1,6mm). Estes minerais ainda
exibem contatos irregulares com cristais de plagioclásio, geralmente presentes na
borda, exceto alguns localizados no centro.
Com base nos percentuais estimados de cada mineral e após cálculos de
normalização a rocha pode ser classificada como leucomonzogranito equigranular
fino a médio (Figura 83), de acordo com o diagrama QAPF (Strckeisen, 1976).
1
49

Figura 83: Leucomonzogranito equigranular fino a médio


Fonte: Os autores.

APÊNDICE II

Tabela 01: Síntese de dados de produção – Equipe II

QUANT
DADOS DE
IDADE
EXECUÇÃO
Área de Mapeamento 1
52 Km²
Dias de campo 4
Quantidade de horas em campo 9
(por dia)
Afloramento visitados 2
8
Amostras coletadas 2
8
Lâminas descritas 6
Medidas estruturais 4
3
Mapas Gerados 8
Km percorridos ~
60 Km
Fonte: Os autores.
APÊNDICE III

Você também pode gostar