Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ADRIANA BRUNETTI
BRUNA BOTAN
LÍVIA OLIVEIRA
THAÍS BAPTISTA
ADRIANA BRUNETTI
BRUNA BOTAN
LÍVIA OLIVEIRA
THAÍS BAPTISTA
RESUMO
O trabalho consiste em um estudo dos bairros Lacê, Maria das Graças, Santa
Helena, Castelo Branco, Mario Giurizatto e Riviera, nomeado como região 06, da
cidade de Colatina. Foram realizadas visitas in loco, levantamento de dados,
diagnósticos e diretrizes de projeto, mapa síntese ambiental urbano, revisão
bibliográfica e estudo de casos assemelhados de acordo com o tema proposto para
as intervenções. A seguir foram estudados mais a fundo cada bairro e suas
necessidades de intervenção aliando os estudos e o que a população que habita
deseja. A partir desse estudo propôs intervenções de acordo com os locais
disponíveis nos bairros, projetando-os de uma forma usual, simples, com identidade
de acordo com a cultura de cada bairro.
RESUME
The work consists of a study of lace neighborhoods , Maria delle Grazie , St. Helena,
Castelo Branco, Mario Giurizatto and Riviera , named as region 06 , the town of
Colatina . Site visits were conducted, data collection, diagnostics and design
guidelines, map urban environmental synthesis, literature review and study the like
cases according to the theme proposed for interventions. The following were studied
more in depth each neighborhood and its intervention needs combining the studies
and the population that inhabits want. From this study it proposed interventions
according to available local neighborhoods, projecting them from a usual, simply with
identity according to the culture of each neighborhood.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 4 - Vista do Bairro Castelo Branco pela parte mais alta do bairro........... 16
Figura 9 - Estrada de Ferro que fazia a forma de um laço e tinha como passagem um
viaduto que foi demolido em 1959.............................. 20
Figura 12 - Galeria de passagem para o moinho dos Ferrari, onde os trilhos faziam a forma
de laço....................................................................... 21
Figura 20 - Espaço reservado pela prefeitura no bairro Riviera para uma futura implantação
de uma praça................................................................. 29
Figura 22 - Dona Ozília Corsini, umas das moradoras antigas do Bairro Santa
Helena................................................................................................ 31
Figura 42 - Mapa das propostas para Ciclovia / Pista de caminhada,Espaço de lazer, Píers e
Ciclofaixas.................................................................... 49
bairro.................................................................................................. 59
Figura 81 -
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................... 12
2 OBJETIVO............................................................................................ 13
3 METODOLOGIA................................................................................... 14
4 CRONOGRAMA................................................................................... 15
5 LEVANTAMENTO DE DADOS DOS BAIRROS.................................. 16
5.1 CASTELO BRANCO............................................................................. 16
5.1.1 Histórico............................................................................................... 16
5.1.2 Dados Topográficos / Socioeconômicos.......................................... 17
5.2 LACÊ..................................................................................................... 17
5.2.1 Histórico............................................................................................... 17
5.2.2 Dados Topográficos / Socioeconômicos.......................................... 22
5.3 MARIA DAS GRAÇAS.......................................................................... 22
5.3.1 Histórico............................................................................................... 22
5.3.2 Dados Topográficos / Socioeconômicos.......................................... 25
5.4 MÁRIO GIURIZATTO............................................................................ 25
5.4.1 Histórico............................................................................................... 25
5.4.2 Dados Topográficos / Socioeconômicos.......................................... 26
5.5 RIVIERA................................................................................................ 27
5.5.1 Histórico............................................................................................... 27
5.5.2 Dados Topográficos / Socioeconômicos.......................................... 29
5.6 SANTA HELENA................................................................................... 29
5.6.1 Histórico............................................................................................... 29
5.6.2 Dados Topográficos / Socioeconômicos.......................................... 31
6 PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES.................................................... 31
6.1 PRAÇAS............................................................................................... 31
6.1.1 Diagnóstico.......................................................................................... 31
6.1.2 Referências Bibliográficas / Casos Assemelhados......................... 35
6.1.2.1 Referências Bibliográficas..................................................................... 35
6.1.2.2 Casos Assemelhados........................................................................... 36
6.1.3 Diretrizes de Projeto........................................................................... 39
6.2 CICLOVIA............................................................................................. 45
6.2.1 Diagnóstico.......................................................................................... 45
6.2.2 Referências Bibliográficas / Casos Assemelhados......................... 45
6.2.2.1 Referências Bibliográficas..................................................................... 45
6.2.2.2 Casos Assemelhados........................................................................... 46
6.2.3 Diretrizes de Projeto........................................................................... 48
6.3 TRAFICC CALMING............................................................................. 50
6.3.1 Diagnóstico.......................................................................................... 50
9
1.INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
Ciclovias;
Calçadas cidadãs;
Trafic calming;
Praças;
Infraestrutura verde;
Tratamento de encostas;
Acessibilidade.
3.METODOLOGIA
Visitas in loco;
Fotografias;
Pesquisas bibliográficas;
4.CRONOGRAMA
Ciclovia/pista de caminhada/espaço
de lazer
Infraestrutura Verde
TrafficCalming
Praça
Terraços/
Escalonamento
Acessibilidade
14
5.1.1Histórico
Figura 04 – Vista do Bairro Castelo Branco pela parte mais alta do bairro
5.2 LACÊ
5.2.1 Histórico
No local onde hoje é a escola Polivalente, Mário Bortolini diz que existia o chamado
“Bosteiro”, área atrás do antigo DER – Departamento de Estradas de Rodagem, e
onde o gado bovino passava a noite.
O local começou a expandir devido a estrada de ferro se estendendo para o lado
norte da cidade e a ferrovia foi construída dentro das terras de Fidélis Ferrari (ver
figura 07 e 08).
O nome Lacê se sucedeu devido a volta que a linha férrea fazia em parte do bairro
que formava um laço. (ver figura 09 e 10)
Figura 09 – Estrada de ferro que fazia a forma de um laço e tinha como passagem
um viaduto que foi demolido em 1959.
Há indícios de que ainda restam resquícios das galerias feitas naquela época
enterradas no bairro. (ver figura 11 e 12)
Figura 12 – Galeria da passagem para o moinho dos Ferrari, onde os trilhos faziam a
forma de laço.
5.3.1 Histórico
Em 1938, José Fachetti comprou as terras que formam o atual bairro Maria das
Graças de Narciso Pretti, por cerca de 10 mil réis, correspondendo a uma colônia.
Antes da chegada da família Fachetti, a área central era ocupada somente por um
barracão. Com a compra da propriedade, a região passou a ser conhecida como
“Fachetti”, nome este que permaneceu por muito tempo. As terras dos Fachetti
tinham como limites as propriedades de Joaquim Português, Laudelino “de Tal” e
Geminiano Serafini. Com sua ida para Maria das Graças, José Fachetti repartiu a
colônia de “Capivara” com alguns filhos e levou outros consigo para as terras
compradas por Narciso Pretti. (REVISTA NOSSA, 1987).
Os tropeiros passavam pela casa dos Fachetti e, dona Luíza (avó de André Facheti)
(ver figura 13), improvisou uma pensão para eles no sobrado que possuíam,
construído de tijolinhos e esteios de madeira. Caçadores também passavam pela
improvisada pensão que, praticamente, foi o início do progresso em Maria das
Graças.
A estrada para cavalos, que ligava a colônia Facheti até a ponte Florentino Avidos,
não servia para passagem de veículos e, consequentemente, o carro da família foi
transportado em uma balsa, através do Rio Doce, até a colônia.
Nas terras dos Fachetti, em Maria das Graças, havia uma enorme lagoa, que
ocupava toda a região baixa, e, através de um esforço da família, conseguiu-se o
seu esvaziamento para o aproveitamento das terras (40 mil metros quadrados). A
lagoa localizava-se na região da Cerâmica Arrebola e adjacências.(ver figura 14).
21
A Colônia Fachetti ia, em linha reta, do rio Doce até a parte alta que rodeia o bairro,
com 250 mil metros quadrados. Cada filho de José Fachetti que ficou com ele
naquela localidade recebeu aproximadamente 17 mil metros quadrados de terra e,
entre eles, André.
O primeiro comércio do bairro Maria das Graças foi uma mercearia de Ermelino
Gatti, que localizava-se onde hoje está o Ginásio José Fachetti; e a primeira
indústria foi o moinho de fubá. A primeira olaria foi de Manoel Fachetti, que produzia
telhas e tijolinhos, a partir de 1939; a primeira fábrica de artesanato em barro foi de
Silas Reis; a primeira escolinha surgiu perto da Ponte do Pancas, para atender filhos
do colonos e, Zulmira Fachetti, irmã de André, foi a primeira professora; o primeiro
ônibus a fazer o trajeto da cidade até o bairro foi uma perua de madeira, com
capacidade para 10 pessoas, pertencente a Ricieri Negrelli, morador da localidade.
Hoje, o bairro Maria das Graças é um dos mais privilegiados de Colatina; está livre
das enchentes do Rio Doce, fica próximo ao centro da cidade e tem uma população
trabalhadora. Há dois colégios para atender as famílias locais: o grupo estadual
22
“Raul Giuberti”, construído em 1964 num terreno de 2 mil metros quadrados doado
pela família Fachetti, e o ginásio “José Fachetti”, este num terreno doado pela
família para construção da igreja mas que, depois de negociações, foi ali construído
o ginásio e novo terreno foi entregue – também como doação – para erigir a Igreja
São José. Esta igreja ficou pronta em 1983, numa área de 2.500 metros quadrados,
na direção da rua Antônio Zago.(ver figura 15).
Número de habitantes:3360;
5.4.1 Histórico
5.5 RIVIERA
5.5.1 Histórico
5.6.1 Histórico
O bairro fica situado no extremo leste da cidade, nas margens dos Rios Doce e
Pancas. Tende a crescer muito ainda devido à sua localização privilegiada às
margens da Rodovia 259, numa região em que estão concentrados vários setores
importantes para o desenvolvimento do município, principalmente o econômico.
29
Fazem parte do Bairro, trechos da Avenida Brasil (principal) (ver figura 21) e da
Rodovia do Contorno (259), que são asfaltados e iluminados.
Os moradores são atendidos pelos serviços regionalizados da Unidade de Saúde, e
as escolas do Bairro Maria das Graças, ao qual Santa Helena pertencia no passado.
Não há problemas com redes de água pluvial e de esgoto.
O caminhão de lixo passa 3 vezes por semana. Na Avenida Brasil há uma área
verde preservada, com remanescentes de Mata Atlântica.
Vários ônibus atendem ao transporte coletivo. O trânsito é intenso por fazer parte de
um circuito que escoa o tráfego de veículos, na Rodovia do Contorno, Segunda
Ponte e Ponte do Pancas. Há muitas empresas comerciais e industriais e o bairro
abriga a sede social da Caixa Econômica Federal (CEF).
As festas aconteciam no pátio da igreja católica.
Dona Ozília Corsini chegou ao bairro quando existiam pouquíssimas casas por lá.
(ver figura 22).
Foto 22 – Dona Ozília Corsini, umas das moradoras antigas do Bairro Santa Helena.
6. PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES
6.1. PRAÇAS
6.1.1Diagnóstico
Ao visitar cada um dos bairros, fazendo um estudo prévio, na etapa anterior, pode-
se observar que em alguns bairros encontravam-se algumas praças, mesmo que em
pequeno porte, porém, no bairro Maria das Graças não se encontrou nenhuma
evidência de praça.
Figura 27 – Crianças jogando bola em terreno vazio no bairro Maria das Graças.
Praças são espaços livres públicos, com função de convívio social, inseridos na
malha urbana como elemento organizador da circulação e de amenização pública,
com área equivalente à da quadra, geralmente contendo expressiva cobertura
35
vegetal, mobiliário lúdico, canteiros e bancos. (SÁ CARNEIRO & MESQUITA, 2000,
p. 28 - 29).
De acordo com Santos (1997, p.51), “o espaço é hoje um sistema de objetos cada
vez mais artificiais, povoado por sistemas de ações igualmente imbuídos de
artificialidade, e cada vez mais tendentes a fins estranhos ao lugar e seus
habitantes”.
Fonte: https://teoriacritica13ufu.wordpress.com/category/daniel-e-gabriella/
37
Projeto esse, realizado por três artesãos do Bairro Jardim Imigrantes ao qual
desenvolveram o playground ecológico, onde o artesão Sérgio Nink viu um projeto na
internet e resolveu aplicá-lo na sua região. Ele ressalta que o cuidado maior que teve foi
em relação ao acúmulo de água nos pneus. Os moradores relatam que com a praça
eles podem realizar suas atividades físicas e ao mesmo tempo deixarem seus filhos nos
brinquedos e ficarem de olho neles sem problemas deles sairem correndo pela praça
sem rumo. (ver figura 31).
38
Um dos artesãos responsáveis pelo projeto explica que o pneu demora cerca de 600
anos para se decompor. O projeto é tão válido que já se pensa em expandir para demais
praças públicas da região.
uma quadra de futebol society ao fundo dos lotes, com divisa para o restante
das casas, para satisfazer a necessidade das crianças que já ocupam o local
para esse fim; e para somar ao projeto uma mini-arquibancada para
incentivá-los a ter jogos com plateia do bairro assistindo ou até de bairros
vizinhos bem como tendo torneios entre as crianças. (ver figura 34).
ao lado da quadra um espaço de implantação de um playground diversificado
para entretenimento das crianças;
à frente do playground um espaço de academia popular, com equipamentos
adequados para atingir a população jovem e mais adulta dos bairros;
logo mais a frente da praça um palco para apresentações de algum show na
praça e ao mesmo tempo incentivar a população dos bairros a disseminar
culturas entre eles.
dos lados do palco implantações de jardins e bancos;
à frente do palco colocou-se um pergolado para suavizar os momentos de
incidência direta do sol nos bancos neste ponto. (ver figura 35).
à frente do palco pensou-se em um espaço de convivência com uma cabana
para venda de lanches com mesinhas para brincadeiras, jogos e bate papo
entre as pessoas, visto que no local atualmente existe um dos moradores
que coloca sua barraquinha de churrasquinho todos os dias para ajudar na
renda em casa. (ver figura 36, 37 e 38).
Com todos os equipamentos descritos acima, a praça irá contemplar ainda diversos
espaços verdes, preservará as árvores que ali constam no espaço e disponibilizará
de calçadas acessíveis. (ver figura 39).
41
6.2 CICLOVIA
6.2.1 Diagnóstico
Nos bairros estudados, foi possível observar que nenhum deles possui um espaço
adequado para o caminho das bicicletas. Apesar disso, é comum, nos bairros Lacê,
Castelo Branco, Maria das Graças, Santa Helena e Riviera ver ciclistas nas vias de
automóveis ou até mesmo em calçadas, podendo causar acidentes por terem que
dividir o mesmo espaço. Portanto, viu-se a necessidade de implantar ciclovias que
interligassem esses bairros, tornando o percurso mais seguro para ambos,
minimizando acidentes, além de contribuir na saúde da população, incentivar o uso
das bicicletas, por serem um meio de transporte não poluente, econômico,
silencioso, e algumas vezes até mais rápidos que os automóveis em vias de maior
fluxo.
Nos bairros Riviera e Mário Giurizatto, de uma forma comum como nos outros
bairros é inviável a inserção de ciclovias, por terem inclinação acentuada e por
serem bairros residenciais com menos fluxo de pessoas e automóveis, porém
existem outras alternativas no mundo que podem ser sugeridas para que os
moradores do bairro possam usufruir dessa modalidade.
Já nos demais bairros da região estudada, a ideia inicial seria implantar a ciclovia na
principal via, senda a Avenida Brasil, e ciclofaixas em algumas ruas secundárias de
cada bairro, porém não seria possível, por não ter espaço suficiente para comportar
a ciclovia, além das calçadas acessíveis que terão. Por isso, decidiu-se que a
localização da ciclovia fosse às margens do Rio Doce, juntamente com uma pista de
caminhada e espaços de lazer intercalados entre áreas de preservação ambiental, e
ciclofaixa que ligaria a ciclovia até a praça do bairro Maria das Graças.
a) Ciclovias em Brasília - DF
especial das regiões mais carentes, para facilitar o acesso dos jovens aos
estabelecimentos de ensino e ao lazer.
Dentro do programa Rotas Cicláveis, a construção de estacionamentos públicos
para as bicicletas e a integração com o metrô e com as linhas de BRT que são
construídas no DF; também prevê o uso do sistema público de aluguel de bicicletas.
Assim, os passageiros que quiserem alugar uma bicicleta não precisarão usar o
celular e o cartão de crédito –como acontece com sistemas desse tipo atualmente
em funcionamento no Rio de Janeiro e em São Paulo– e podem registrar e pagar o
aluguel com o cartão do metrô e do ônibus.
A fim de garantir que todo o sistema funcione, o quarto projeto – Programa de
Educação para os Diversos Atores do Sistema Viário – prevê ações educativas tanto
entre os ciclistas quanto com os pedestres e motoristas de cargas e de transporte
individual e de passageiros.
As figuras 40 e 41 abaixo mostram um trecho da ciclovia e o mapa de ciclovias no
Distrito Federal, respectivamente.
Fonte: TTP://wbrasilia.com/ciclovias.htm
47
Fonte: TTP://wbrasilia.com/ciclovias.htm
Figura 42 – Mapa das propostas para ciclovia/ pista de caminhada, espaço de lazer,
píers e ciclofaixas. Elaboração: Thaís Baptista (2015)
6.3.1 Diagnóstico
Para Dias (2011) traffic calming, em seu sentido restrito ‘”[...]pode ser considerado
como uma política para a redução da velocidade dos veículos em áreas edificadas e,
portanto, amenizando o impacto ambiental desses veículos”. Ou seja, são medidas
que tem como objetivo:
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/especial-publicitario/novidades-em-
jundiai/noticia/2015/10/traffic-calming-da-mais-seguranca-ao-transito-em-jundiai.htm.
Serão implantadas 03 (três) faixas elevadas, uma rotatória e dois jardins de chuva
nos locais mais críticos da região 06 (ver Figura 46). No bairro Maria das Graças
serão introduzidos dois jardins de chuvas que atuarão como traffic calming. Com o
intuito de aumentar a permeabilidade e induzir a redução de velocidade dos
veículos, formando um ambiente seguro e agradável ao pedestre (ver Figura 47), os
jardins serão posicionados frente à Fundação Castelo Branco - FUNCAB.
53
As duas faixas elevadas nos bairros Maria das Graças e Lacê também tem a
finalidade de reduzir a velocidade, porém aplicando um meio simples e de menor
custo. Já a rotatória que será colocada na BR259 e a faixa elevada posicionada na à
Rua Projetada 15, com o objetivo de minimizar acidentes, também contarão com
vegetação e paisagismo.
6.4.1 Diagnóstico
Senhora Aparecida (ver Figura 49). Entretanto pode-se verificar que seu impacto é
mais evidente para o Bairro Lacê, resultando na necessidade de revitalização
desses canteiros pela precária situação dos mesmos. Além disso, existe a
necessidade de um local apropriado para a passagem dos pedestres, que circulam
meio a via existente, pela falta de espaço. Assim, se o canteiro existente for
revitalizado, poderá atender tanto os pedestres, como possibilitar a retenção da
água que chega ao mesmo.
Próximo a esse local está o bairro Mário Giurizatto, onde existem cortes no relevo
que estão sem qualquer tratamento ecológico e estético, necessitando de uma
58
intervenção para que o impacto causado pela ação seja minimizado (ver Figuras 52
e 53).
Nos bairros Castelo Branco e Maria das Graças constatou-se que possuem algumas
ruas com pavimentação permeável, principalmente nas ruas adjacentes à Avenida
Brasil. Como mostra a figura 54, elas são pavimentadas com paralelepípedos ou
blocos intertravados. Já o bairro Riviera, com formação mais recente, possui quase
59
As margens do Rio Doce, que percorre a extremidade sul do bairro Maria das
Graças é onde se localiza a Horta. Não possuindo nenhuma outra função, a orla do
Rio Doce é um espaço disponível e apropriado para a introdução de pistas de
caminhada e espaços para a contemplação da natureza mesclados a áreas de
preservação que sejam reflorestadas. Um exemplo é mostrado na figura 56 abaixo,
uma estratégia de incentivar a preservação do meio ambiente e propor espaços de
lazer na cidade.
Fonte: http://www.news.gov.sg/public/sgpc/en/media_releases/agencies/pub/press_release/P-
20091002-1
Fonte: https://www.portlandoregon.gov/bes/article/78299
63
Fonte: gov/bes/article/78299
Fonte: gov/bes/article/78299
O custo da obra foi de US$ 20.000,00 (cerca de US$ 20 por m² de área impermeável
gerida), porém US$ 3.000,00 foram utilizados para reparos na calçada. Este foi o
primeiro projeto de Revitalização de Ruas a utilizar este tipo de dispositivo. O jardim
de chuva foi projetado para reter 60% da vazão de pico inicial de uma chuva com
período de retorno de 25 anos.
Do volume total de água que entra no jardim de chuva, 85% ficam retidos na
estrutura e apenas 15% deste volume retorna para a rede pública. A atuação do
jardim de chuva atrasa 20 minutos o pico da vazão que chega ao sistema de
drenagem. (MANUAL DE SOLUÇÕES PARA CIDADES)
64
.
Fonte: Nathaniel S. Cormier.
Fonte:http://www.pub.gov.sg/abcwaters/Publications/Pages/KallangRiver.aspx.
6.5.1 Diagnóstico
O bairro Lacê é o bairro mais próximo à ponte Florentino Avidos, na margem Norte
do Rio Doce.. É um bairro de médio porte, que tem como características edificações
de uso misto, comercial, industrial, e uni-familiares. A localidade tem escassez de
acessibilidade nas vias e calçadas, níveis diferenciados sem a utilização de piso tátil,
com a pavimentação incorreta, obstrução das áreas livres de passagens com postes
e placas, diferindo do que se trata o desenho universal e as normas de
acessibilidade.
Já o bairro Maria das Graças é a localidade que possui maior densidade habitacional
dos bairros citados, e que serve de acesso para essa zona ao centro da cidade.As
calçadas estão emborcadas, sem pavimentação, com árvores, materiais de
construção, postes e placas obstruindo a passagem. As calçadas possuem 1,50m,
porém não possuem o revestimento correto.( ver figura 71).
Os bairros Riviera, Mário Giurizatto e Santa Helena, são bairros novos que sugiram
devido a necessidade da expansão, são localidades que estão em pleno
desenvolvimento, acarretando falhas na infraestrutura urbana, como calçadas e a
acessibilidade que devem ser empregadas na mesma. Observando os bairros
percebemos a irregularidade nas construções das calçadas, que em vários
momentos são usadas para guardar automóveis, colocar vasos de plantas
espalhados evitando o trânsito de pedestres, devido a declividade muitas são
construídas em escalonamento dificultando o tráfego, outras a pavimentação é
inexistente. (ver figuras 72 e 73)
75
a) Estocolmo
Em Estocolmo, meios-fios FONTE adaptados facilitam o embarque em ônibus
coletivos. Alertas eletrônicos também anunciam o itinerário dos veículos.
As calçadas ganharam pisos táteis direcionais com diferentes padrões, o que facilita
a locomoção de deficientes visuais; em escadas, as reformas incluem corrimões,
iluminação especial e materiais contrastantes nos primeiros e últimos degraus. Em
algumas áreas, meios-fios em frente às paradas de ônibus foram elevados de 12cm
77
para 16cm para se aproximarem da entrada dos veículos, e alertas eletrônicos foram
instalados para identificarem os destino dos ônibus. (ver figura 74).
Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2015/06/16/interna_ciencia_
saude,486735/ha-quase-20-anos-suecia-investe-em-acessibilidade-e-e-exemplo-para-o-mundo.shtml
São elas: no bairro Lacê, Avenida Brasil e Avenida Fioravante Rossi; no Castelo
Branco, as ruas Cecília Lavanholi e Henrique de Almeida, em Maria das Graças,
são a Avenida Brasil, Avenida Vitória, rua Professora Antonieta e Travessa
Antônio Pagani. No Riviera adaptaremos somente a Avenida André Fachetti, por
se tratar da avenida que percorre o bairro inteiro e a partir dela surgem as rua
coletoras.
Nos bairros Santa Helena e Mário Giurizatto usou-se a mesma estratégia de
fazer a correção das calçadas, e vimos a necessidade da conscientização das
pessoas, para que as calçadas sejam usadas para trânsito de pedestres, pois
esses bairros foram onde percebemos as maiores irregularidades como veremos
nas figuras 76 e 77.
79
As calçadas que sugere-se para intervenção são destinadas a uma área que pode
variar a metragem de acordo com a necessidade para se colocar, postes, placas e
árvores; no qual deve-se destinar 1,20 metros para passagem de pedestres,
80
observando que esse espaço tem que ser livre de qualquer obstáculos. Serão
instaladas rampas acessíveis nas entradas de garagem facilitando o trânsito
humano; usar piso alerta circundando cada mobiliário espalhado pelo bairro, e
instalação de piso tátio durante todo o percurso, como veremos no croqui a seguir
na figura 78.
Com todos os dados obtidos nas etapas anteriores elaborou-se um mapa contendo
informações de especificação dos elementos básicos que irão compor a proposta do
projeto.(ver APÊNDICE).
Nas margens do rio Doce, percorrendo os bairros Lacê, Maria das Graças, Santa Helena e
Mário Giurizatto, foi implantada a pista de caminhada, ciclovia, bicicletários, áreas de apoio,
área de lazer, píers e áreas de preservação, na intenção da valorização do rio, além do
incentivo ao uso de bicicletas e ser um ponto turístico da cidade.
A figura XX abaixo representa a proposta de intervenção, em perspectiva, destacando a forma
curva, ao decorrer da margem do rio.
Figura XX – Perspectiva da proposta de intervenção da ciclovia e pista de caminhada.
9. BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Rubens. Nova parada de ônibus não oferece conforto aos usuários.
Disponível em: http://cidadesa.ig.com.br/index.php/2013/05/22/nova-parada-de-
onibus-nao-oferece-conforto-aos-usuarios/ Acesso em: 25 ago. 2015.
LELIS, Flávia. Conheça os mais belos parques urbanos do Brasil. Disponível em:
http://www.brasiltravelnews.com.br/noticias/conhea-os-mais-belos-parques-urbanos-
do-brasil/ Acesso em: 27 set. 2015.
OLIVEIRA, Júlio César de; FERREIRA, Leonardo Venturini Silva; COSTA, Rodrigo
Rattes; CORADI, Rogério Lopes. Acessibilidade Urbana: Estudo de caso da
Praça Capela Nova. Disponível em:
http://mundogeo.com/blog/2010/05/05/acessibilidade-urbana-estudo-de-caso-da-
praca-capela-nova/ Acesso em: 25 ago. 2015.
http://www.poli.ufrj.br/prof/antoniorsantanafh/arquivos/Traffic_calming.pdf
manual do traffic calming 2012.
ABNT 9050:2015
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2015/06/16/interna_ciencia_
saude,486735/ha-quase-20-anos-suecia-investe-em-acessibilidade-e-e-exemplo-para-o-mundo.shtml