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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA


CAMPUS COLATINA
COORDENADORIA DE ARQUITETURA E URBANISMO

REVITALIZAÇÃO URBANA SUSTENTÁVEL


DOS BAIRROS: Lacê,Maria das Graças,
Santa Helena, Castelo Branco, Mario
Giurizato e Riviera.

ADRIANA BRUNETTI

BRUNA BOTAN

LÍVIA OLIVEIRA

THAÍS BAPTISTA

COLATINA, DEZEMBRO DE 2015.


1

ADRIANA BRUNETTI

BRUNA BOTAN

LÍVIA OLIVEIRA

THAÍS BAPTISTA

REVITALIZAÇÃO URBANA SUSTENTÁVEL


DOS BAIRROS: Lacê,Maria das Graças,
Santa Helena, Castelo Branco, Mario
Giurizato e Riviera.

Trabalho realizado no curso de


Arquitetura e Urbanismo do Instituto
Federal do Espírito Santo, como
requisito parcial para obtenção de
resultados na disciplina de Urbanismo II.
Profª orientadora: Vivian Albani

COLATINA, DEZEMBRO DE 2015.


2

RESUMO

O trabalho consiste em um estudo dos bairros Lacê, Maria das Graças, Santa
Helena, Castelo Branco, Mario Giurizatto e Riviera, nomeado como região 06, da
cidade de Colatina. Foram realizadas visitas in loco, levantamento de dados,
diagnósticos e diretrizes de projeto, mapa síntese ambiental urbano, revisão
bibliográfica e estudo de casos assemelhados de acordo com o tema proposto para
as intervenções. A seguir foram estudados mais a fundo cada bairro e suas
necessidades de intervenção aliando os estudos e o que a população que habita
deseja. A partir desse estudo propôs intervenções de acordo com os locais
disponíveis nos bairros, projetando-os de uma forma usual, simples, com identidade
de acordo com a cultura de cada bairro.

Palavras-chave: Intervenções urbanas, Região 06.


3

RESUME

The work consists of a study of lace neighborhoods , Maria delle Grazie , St. Helena,
Castelo Branco, Mario Giurizatto and Riviera , named as region 06 , the town of
Colatina . Site visits were conducted, data collection, diagnostics and design
guidelines, map urban environmental synthesis, literature review and study the like
cases according to the theme proposed for interventions. The following were studied
more in depth each neighborhood and its intervention needs combining the studies
and the population that inhabits want. From this study it proposed interventions
according to available local neighborhoods, projecting them from a usual, simply with
identity according to the culture of each neighborhood.

Keywords: Urban interventions , Region 06 .


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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Mapa geográfico dos bairros.............................................................. 12

Figura 2 - Região a ser estudada....................................................................... 13

Figura 3 - Vista do Bairro Castelo Branco ap alto da rua................................... 16

Figura 4 - Vista do Bairro Castelo Branco pela parte mais alta do bairro........... 16

Figura 5 - Vista do Bairro Lacê........................................................................... 17

Figura 6 - Bairro Lacê nos anos 50..................................................................... 18

Figura 7 - Viaduto em construção (na época) para passagem da locomotiva.... 19

Figura 8 - Obras de infraestrutura para passagem do Córrego TransilvÂnia na propriedade


de Fidélis Ferrari............................................................ 19

Figura 9 - Estrada de Ferro que fazia a forma de um laço e tinha como passagem um
viaduto que foi demolido em 1959.............................. 20

Figura 10 - Planta de passagem da ferrovia no norte........................................... 20

Figura 11 - Gigantescas galerias (ainda existentes) para passagem da locomotiva, no bairro


Lacê................................................................. 21

Figura 12 - Galeria de passagem para o moinho dos Ferrari, onde os trilhos faziam a forma
de laço....................................................................... 21

Figura 13 - Foto de José Fachetti e Luíza Valvassori (falecidos)......................... 24

Figura 14 - Cerâmica Arrebola década de 70....................................................... 24

Figura 15 - Bairro Maria das Graças em 1983...................................................... 25

Figura 16 - Arlinda Rossi Giurizatto, esposa de Mário Giurizatto......................... 26

Figura 17- Primeiro morador do Bairro Riviera.................................................... 27

Figura 18 - Ponto Final do Bairro Riviera, futuramente será expandido............... 28

Figura 19 - Uma das avenidas principais do bairro Riviera.................................. 28

Figura 20 - Espaço reservado pela prefeitura no bairro Riviera para uma futura implantação
de uma praça................................................................. 29

Figura 21 - Bairro Santa Helena década de 80.................................................... 30

Figura 22 - Dona Ozília Corsini, umas das moradoras antigas do Bairro Santa
Helena................................................................................................ 31

Figura 23 - Cerâmica Arrebola atualmente........................................................... 32

Figura 24 - Cerâmica Arrebola vista aérea........................................................... 33

Figura 25 - Espaço Itajubi..................................................................................... 33


5

Figura 26 - Espaço Itajubi vista aérea.................................................................. 34

Figura 27 - Crianças jogando bola em terreno vazio no bairro Maria das


Graças................................................................................................ 35

Figura 28 - Localização do conjunto de lotes em Maria das Graças.................... 35

Figura 29 - Elementos para colocar em uma praça.............................................. 37

Figura 30 - Playground ecológico foi instalado na praça do Bairro Jardim


Imigrantes........................................................................................... 38

Figura 31 - Crianças brincando no espaço do parque.......................................... 39

Figura 32 - Local escolhido para implantação da praça....................................... 40

Figura 33 - Dimensões do local para impantação da praça................................. 40

Figura 34 - Croqui da vista do Playground, Quadra de futebol society e


Arquibancada..................................................................................... 42

Figura 35 - Croqui do Pergolado projetado para a praça..................................... 42

Figura 36 - Croqui do Espaço de Convivência, Palco e Jardim............................ 43

Figura 37 - Barraquinha de churrasquinho na área escolhida.............................. 43

Figura 38 - Croqui da área de lanches no projeto da praça................................. 44

Figura 39 - Croqui da Praça no bairro Maria das Graças..................................... 44

Figura 40 - Ciclovia em Brasília............................................................................ 47

Figura 41 - Mapa das ciclovias no Distrito Federal............................................... 48

Figura 42 - Mapa das propostas para Ciclovia / Pista de caminhada,Espaço de lazer, Píers e
Ciclofaixas.................................................................... 49

Figura 43 - Proposta de Ciclovia........................................................................... 49

Figura 44 - Mapa das vias de implantação do Traffic Calmig............................... 50

Figura 45 - Mapa de alterações no Bairro Jardim Brasil, SP................................ 53

Figura 46 - Mapa dos locais de implantação do Traffic Calming.......................... 54

Figura 47 - Croqui com posicionamento dos Jardins de Chuva........................... 55

Figura 48 - Avenida Fioravante Rossi com canteiro antigo.................................. 56

Figura 49 - Limite dos bairros e localização dos Canteiros Pluviais..................... 57

Figura 50 - Muro de Arrimo no Bairro Lacê na Avenida Sílvio Avidos................. 58

Figura 51 - Muro de Arrimo na Avenida Fioravante Rossi.................................... 58

Figura 52 - Encosta no bairro Mário Giurizatto tirada do Bairro Riviera............... 59

Figura 53 - Encosta no bairro Mário Giurizatto após a entrada principal do


6

bairro.................................................................................................. 59

Figura 54 - Bairro Maria das Graças com pavimentação permeável.................... 60

Figura 55 - Bairro Riviera com pavimentação permeável e canteiro central........ 60

Figura 56 - Exemplo de Pistas de caminhada...................................................... 61

Figura 57 - Rio Pancas......................................................................................... 62

Figura 58 - Rua Siskiyou, Portland....................................................................... 63

Figura 59 - Rua Siskiyou com jardim de chuva.................................................... 64

Figura 60 - Rua Siskiyou com jardim de chuva, vista de frente............................ 64

Figura 61 - Canteiro Pluvial ao lado da garagem do Liberty Center em Portland,


Oregon................................................................................ 65

Figura 62 - Canteiros Pluviais junto do Mercado New Seasons, em Portland,


Oregon................................................................................................ 66

Figura 63 - Instalação da pavimentação permeável............................................. 67

Figura 64 - Técnica de Bioengenharia para estabilização de margem de rio...... 68

Figura 65 - Técnica de Bioengenharia aplicada na encosta do Rio Kallang-Bishan,


Singapore.............................................................................. 69

Figura 66 - Croqui do canteiro pluvial................................................................... 70

Figura 67 - Encostas a serem tratadas, bairros Riviera e Mário Giurizatto.......... 71

Figura 68 - Croqui dos muros de gabião no bairro Mário Giurizatto..................... 72

Figura 69 - Recuperação das margens do Rio Pancas........................................ 73

Figura 70 - Vegetação obstruindo as calçadas..................................................... 74

Figura 71 - Calçada com acessibilidade incorreta................................................ 75

Figura 72 - Calçada larga no bairro Riviera.......................................................... 76

Figura 73 - Final da Avenida André Fachetti no bairro Riviera............................. 76

Figura 74 - Calçada com Acessibilidade em Estocolmo....................................... 78

Figura 75 - Mapa de localização das calçadas que receberão as primeiras intervenções de


acessibilidade da Zona 6......................................... 79

Figura 76 - Irregularidades das calçadas no bairro Mário Giurizatto.................... 80

Figura 77 - Irregularidades das calçadas no bairro Santa Helena........................ 80

Figura 78 - Croqui mostrando o modelo de calçadas acessíveis......................... 81

Figura 81 -
7

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas


BRT – Sistema de Trânsito Rápido (Bus Rapid Transit)
CEF – Caixa Econômica Federal
DER – Departamento de Estradas de Rodagem
ENADE- Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
FUNCAB – Fundação Castelo Branco
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
8

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................... 12
2 OBJETIVO............................................................................................ 13
3 METODOLOGIA................................................................................... 14
4 CRONOGRAMA................................................................................... 15
5 LEVANTAMENTO DE DADOS DOS BAIRROS.................................. 16
5.1 CASTELO BRANCO............................................................................. 16
5.1.1 Histórico............................................................................................... 16
5.1.2 Dados Topográficos / Socioeconômicos.......................................... 17
5.2 LACÊ..................................................................................................... 17
5.2.1 Histórico............................................................................................... 17
5.2.2 Dados Topográficos / Socioeconômicos.......................................... 22
5.3 MARIA DAS GRAÇAS.......................................................................... 22
5.3.1 Histórico............................................................................................... 22
5.3.2 Dados Topográficos / Socioeconômicos.......................................... 25
5.4 MÁRIO GIURIZATTO............................................................................ 25
5.4.1 Histórico............................................................................................... 25
5.4.2 Dados Topográficos / Socioeconômicos.......................................... 26
5.5 RIVIERA................................................................................................ 27
5.5.1 Histórico............................................................................................... 27
5.5.2 Dados Topográficos / Socioeconômicos.......................................... 29
5.6 SANTA HELENA................................................................................... 29
5.6.1 Histórico............................................................................................... 29
5.6.2 Dados Topográficos / Socioeconômicos.......................................... 31
6 PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES.................................................... 31
6.1 PRAÇAS............................................................................................... 31
6.1.1 Diagnóstico.......................................................................................... 31
6.1.2 Referências Bibliográficas / Casos Assemelhados......................... 35
6.1.2.1 Referências Bibliográficas..................................................................... 35
6.1.2.2 Casos Assemelhados........................................................................... 36
6.1.3 Diretrizes de Projeto........................................................................... 39
6.2 CICLOVIA............................................................................................. 45
6.2.1 Diagnóstico.......................................................................................... 45
6.2.2 Referências Bibliográficas / Casos Assemelhados......................... 45
6.2.2.1 Referências Bibliográficas..................................................................... 45
6.2.2.2 Casos Assemelhados........................................................................... 46
6.2.3 Diretrizes de Projeto........................................................................... 48
6.3 TRAFICC CALMING............................................................................. 50
6.3.1 Diagnóstico.......................................................................................... 50
9

6.3.2 Referências Bibliográficas / Casos Assemelhados......................... 51


6.3.2.1 Referências Bibliográficas..................................................................... 51
6.3.2.2 Casos Assemelhados........................................................................... 52
6.3.3 Diretrizes de Projeto........................................................................... 53
6.4 INFRAESTRUTURA VERDE................................................................ 55
6.4.1 Diagnóstico.......................................................................................... 55
6.4.2 Referências Bibliográficas / Casos Assemelhados......................... 62
6.4.2.1 Jardim de Chuva .................................................................................. 63
6.4.2.1.1 Referências Bibliográficas..................................................................... 63
6.4.2.1.2 Casos Assemelhados........................................................................... 63
6.4.2.2 Canteiro Pluvial – Portland ................................................................... 65
6.4.2.2.1 Referências Bibliográficas..................................................................... 65
6.4.2.2.2 Casos Assemelhados........................................................................... 65
6.4.2.3 Pavimentação Permeável .................................................................... 66
6.4.2.3.1 Referências Bibliográficas e Casos Assemelhados.............................. 66
6.4.2.4 Tratamento de Encostas....................................................................... 67
6.4.2.4.1 Referências Bibliográficas..................................................................... 67
6.4.2.4.2 Casos Assemelhados........................................................................... 67
6.4.3 Diretrizes de Projeto........................................................................... 69
6.5 CALÇADAS / ACESSIBILIDADE.......................................................... 74
6.5.1 Diagnóstico.......................................................................................... 74
6.5.2 Referências Bibliográficas / Casos Assemelhados......................... 76
6.5.2.1 Referências Bibliográficas..................................................................... 76
6.5.2.2 Casos Assemelhados........................................................................... 77
6.5.3 Diretrizes de Projeto........................................................................... 78
7 DIAGNÓSTICO E DIRETRIZES DE PROJETO................................... 82
8 MAPA SÍNTESE AMBIENTAL URBANO............................................
9 PROJETOS DE INTERVENÇÕES URBANAS NA REGIÃO 06..........
10

1.INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata-se de um estudo para elaboração do projeto de


intervenção urbana que será proposto para os bairros Lacê, Maria das Graças,
Santa Helena, Castelo Branco, Mário Giurizatto e Riviera.(Figura 1 e 2).
Sendo assim, foram realizadas visitas in loco para conhecer o local, registrar
imagens, entrevistar moradores, bem como verificar os problemas e potencialidades
do bairro, assim como levantamento de dados identificando as áreas de possíveis
intervenções.
Cada bairro tem suas particularidades, sendo essas relacionadas à economia,
relevo, necessidades, população, etc. Com isso pôde-se propor usos e ocupações
nesses diversos ambientes que se formaram utilizando alguns recursos que o
urbanismo proporciona juntamente à sustentabilidade e sociabilidade.

Figura 01 – Mapa geográfico dos bairros. Editado por: Bruna Botan.

Fonte: Prefeitura de Colatina (2015)


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Figura 02 – Região a ser estudada. Editada por: Bruna Botan.

Fonte: Google Earth (Acesso em: setembro/2015)

2. OBJETIVO

Nesta etapa de Levantamento de Dados, Diagnóstico e Diretrizes do Projeto têm-se


como objetivo catalogar informações dos bairros bem como propor intervenções com
o intuito de melhorar o fluxo de carros, ciclistas e pedestres nos bairros; as áreas
verdes; o escoamento das águas pluviais; locais para encontro e recreação de
pessoas, etc.

Sendo assim propõe-se em implantar equipamentos e intervenções de acordo com a


necessidade de cada bairro. Sendo elas:
12

 Ciclovias;

 Calçadas cidadãs;

 Trafic calming;

 Praças;

 Infraestrutura verde;

 Tratamento de encostas;

 Acessibilidade.

3.METODOLOGIA

A metodologia adotada foi:

 Visitas in loco;

 Fotografias;

 Pesquisas bibliográficas;

 Diálogo com os moradores;

 Estudo de casos assemelhados.


13

4.CRONOGRAMA

INTERVENÇÕES 23/10 01/11 07/11 15/


a a a a
31/10 06/11 14/11 22/
Calçadas Cidadã

Ciclovia/pista de caminhada/espaço
de lazer
Infraestrutura Verde

TrafficCalming

Praça

Terraços/
Escalonamento
Acessibilidade
14

5. LEVANTAMENTO DE DADOS DOS BAIRROS

5.1 CASTELO BRANCO

5.1.1Histórico

O Bairro Castelo Branco surgiu no final da década de 70 (REVISTA NOSSA, 1987),


início da década de 80. As terras pertenciam a um português. O mesmo tentou
lotear o local, mas no final acabou vendendo tudo sem fazer o loteamento, resultado
este que hoje o bairro não tem os distanciamentos adequados entre uma construção
e outra. (ver figura 03).
É um bairro que ainda está em expansão, portanto não tem muitos elementos
instalados no bairro, hoje ele é praticamente residencial. (ver figura 04).

Figura 03 – Vista do Bairro Castelo Branco ao alto da rua

Foto: Adriana Brunetti (outubro/2015)

Figura 04 – Vista do Bairro Castelo Branco pela parte mais alta do bairro

Fonte: foto tirada por Adriana Brunetti (outubro/2015)


15

5.1.2 Dados Topográficos/ Socioeconômicos

Possui latitude: - 19.5187 e Longitude: - 40.6264

Segue abaixo os dados encontrados no Sidra - IBGE, 2010:

 Número de habitantes: 534

 Valor do rendimento por domicílio: a maioria varia de 1 a 2 salários mínimos,a


peculiaridade é que o número de pessoas sem rendimento e o maior dos
índices do bairro .

 Faixa etária com maior representante: 20 - 44 anos (população


economicamente ativa).

5.2 LACÊ

5.2.1 Histórico

Figura 05 – Vista do Bairro Lacê.

Fonte: Revista Nossa (1987)

No início do século, residiu no bairro Lacê o francês com o nome de Transylvânio,


que morreu em confronto com os indígenas, só se salvando sua mulher, que fugiu
em uma canoa para o lado sul, indo parar na vila Colatina. (ver figura 05).
Em 1918, logo que chegou a Colatina, Fidélis Ferrari comprou uma propriedade
abrangendo toda a região do bairro Lacê, que se transformou numa fazenda com
16

lavoura e pecuária, juntamente com instalações de moinho de engenho e máquinas


de beneficiar café e arroz. (ver figura 06)

Figura 06 – Bairro Lacê nos anos 50.

Fonte: Revista Nossa. (1987)

Na década de 20, instalaram-se também, entre os primeiros moradores das


redondezas, os portugueses Henrique Almeida, com sua esposa Cecília Almeida e
Joaquim Lopes, com sua família, juntamente como nortista Laudelino, que morava
nas imediações de onde está hoje a Fundação Castelo Branco, no bairro Maria das
Graças. (REVISTA NOSSA, 1987).
Também nessa mesma época, mudaram para a região Antônio Engrácio, com sua
família, Antônio Zago, também com sua família, e os irmãos Martinelli ( Milton, Elsino
e Armando). Outros moradores da região foram um turco chamado Mansur, que
residiu perto de onde hoje se encontra o restaurante Drink, e o espanhol Manoel
Almenara Moreno.
Mário José Ferrari, filho do pioneiro Fidélis Ferrari, residiu também no bairro Lacê,
no início do século, a família Brotas, composta pelos irmãos João, José, Peba e o
ex-prefeito Moacyr Brottas, que morava o próximo no local onde é hoje a Moto
Capixaba.
17

No local onde hoje é a escola Polivalente, Mário Bortolini diz que existia o chamado
“Bosteiro”, área atrás do antigo DER – Departamento de Estradas de Rodagem, e
onde o gado bovino passava a noite.
O local começou a expandir devido a estrada de ferro se estendendo para o lado
norte da cidade e a ferrovia foi construída dentro das terras de Fidélis Ferrari (ver
figura 07 e 08).

Figura 07 – Viaduto em construção (na época) para passagem da locomotiva.

Fonte: Revista Nossa. (1987)

Figura 08 - Obras de infraestrutura para passagem do córrego Transilvânia na


propriedade de Fidélis Ferrari.

Fonte: Revista Nossa.( 1987)


18

O nome Lacê se sucedeu devido a volta que a linha férrea fazia em parte do bairro
que formava um laço. (ver figura 09 e 10)

Figura 09 – Estrada de ferro que fazia a forma de um laço e tinha como passagem
um viaduto que foi demolido em 1959.

Fonte: Revista Nossa.( 1987 )

Figura 10 - Planta de passagem da ferrovia no norte.

Fonte: Revista Nossa.(1987)


19

Há indícios de que ainda restam resquícios das galerias feitas naquela época
enterradas no bairro. (ver figura 11 e 12)

Figura 11 – Gigantescas galerias (ainda existentes) para passagem da locomotiva,


no bairro Lacê.

Fonte: Revista Nossa. (1987)

Figura 12 – Galeria da passagem para o moinho dos Ferrari, onde os trilhos faziam a
forma de laço.

Fonte: Revista Nossa. (1987)


20

5.2.2 Dados Topográficos/ Socioeconômicos

Possui latitude: - 19.5247 e Longitude: - 40.6315

Segue abaixo os dados encontrados no Sidra - IBGE, 2010:

 Número de habitantes: 1658;


 Valor do rendimento por domicílio: a maioria varia de 1 a 2 salários mínimos .
 Faixa etária com maior representante: 20 - 54 anos (população
economicamente ativa).

5.3 MARIA DAS GRAÇAS

5.3.1 Histórico
Em 1938, José Fachetti comprou as terras que formam o atual bairro Maria das
Graças de Narciso Pretti, por cerca de 10 mil réis, correspondendo a uma colônia.
Antes da chegada da família Fachetti, a área central era ocupada somente por um
barracão. Com a compra da propriedade, a região passou a ser conhecida como
“Fachetti”, nome este que permaneceu por muito tempo. As terras dos Fachetti
tinham como limites as propriedades de Joaquim Português, Laudelino “de Tal” e
Geminiano Serafini. Com sua ida para Maria das Graças, José Fachetti repartiu a
colônia de “Capivara” com alguns filhos e levou outros consigo para as terras
compradas por Narciso Pretti. (REVISTA NOSSA, 1987).

Os tropeiros passavam pela casa dos Fachetti e, dona Luíza (avó de André Facheti)
(ver figura 13), improvisou uma pensão para eles no sobrado que possuíam,
construído de tijolinhos e esteios de madeira. Caçadores também passavam pela
improvisada pensão que, praticamente, foi o início do progresso em Maria das
Graças.

A estrada para cavalos, que ligava a colônia Facheti até a ponte Florentino Avidos,
não servia para passagem de veículos e, consequentemente, o carro da família foi
transportado em uma balsa, através do Rio Doce, até a colônia.

Nas terras dos Fachetti, em Maria das Graças, havia uma enorme lagoa, que
ocupava toda a região baixa, e, através de um esforço da família, conseguiu-se o
seu esvaziamento para o aproveitamento das terras (40 mil metros quadrados). A
lagoa localizava-se na região da Cerâmica Arrebola e adjacências.(ver figura 14).
21

Em 1939, os Fachetti construíram um moinho de fubá para aproveitar o


desaguamento da lagoa. Foi feito um valão de 11 metros de altura por 300 metros
de comprimento para esgotar a enorme lagoa, levando o líquido para o rio Doce. A
lagoa – que ficava na parte mais baixa do bairro – possuía muitos animais e era toda
coberta por espessa vegetação. Além de peixes, como traíras, encontravam-se
patos selvagens, marrecos, jacarés e capivaras. O pântano que formava a lagoa
provocava a proliferação de mosquitos, causando perigo de doenças. O
desaguamento da lagoa durou cinco anos.

A lagoa possuía várias nascentes, o que tornava o trabalho mais demorado. Os


Fachetti tiveram muito trabalho na canalização, uma vez que tinham por objetivo, no
esvaziamento da lagoa, aumentar a área de desenvolvimento do bairro.

Em 30 de outubro de 1950, a família Fachetti resolveu lotear suas terras no bairro


Maria das Graças, dando início,assim, à povoação propriamente dita da região.
Cada lote teve seu preço estipulado em 10 contos de réis. A princípio o nome da
povoação ficou sendo “Colônia Fachetti” mas, depois de um determinado tempo,
passou a se chamar Maria das Graças, em homenagem a uma filha de Filismino
Fachetti (irmão de André) que tinha este nome e é esposa de Henrique Pretti.

A Colônia Fachetti ia, em linha reta, do rio Doce até a parte alta que rodeia o bairro,
com 250 mil metros quadrados. Cada filho de José Fachetti que ficou com ele
naquela localidade recebeu aproximadamente 17 mil metros quadrados de terra e,
entre eles, André.

O primeiro comércio do bairro Maria das Graças foi uma mercearia de Ermelino
Gatti, que localizava-se onde hoje está o Ginásio José Fachetti; e a primeira
indústria foi o moinho de fubá. A primeira olaria foi de Manoel Fachetti, que produzia
telhas e tijolinhos, a partir de 1939; a primeira fábrica de artesanato em barro foi de
Silas Reis; a primeira escolinha surgiu perto da Ponte do Pancas, para atender filhos
do colonos e, Zulmira Fachetti, irmã de André, foi a primeira professora; o primeiro
ônibus a fazer o trajeto da cidade até o bairro foi uma perua de madeira, com
capacidade para 10 pessoas, pertencente a Ricieri Negrelli, morador da localidade.

Hoje, o bairro Maria das Graças é um dos mais privilegiados de Colatina; está livre
das enchentes do Rio Doce, fica próximo ao centro da cidade e tem uma população
trabalhadora. Há dois colégios para atender as famílias locais: o grupo estadual
22

“Raul Giuberti”, construído em 1964 num terreno de 2 mil metros quadrados doado
pela família Fachetti, e o ginásio “José Fachetti”, este num terreno doado pela
família para construção da igreja mas que, depois de negociações, foi ali construído
o ginásio e novo terreno foi entregue – também como doação – para erigir a Igreja
São José. Esta igreja ficou pronta em 1983, numa área de 2.500 metros quadrados,
na direção da rua Antônio Zago.(ver figura 15).

Além do grupo e do ginásio, destacam-se duas instituições de ensino superior: a


Faculdade Castelo Branco e o ENADE.

Há também grande quantidade de fábricas de confecções, com destaque para a


Merpa São Paulo, UOT, Larou’s, etc. O bairro é auto-suficiente em supermercados,
mercearias, hortifrutigranjeiros, lojinhas da moda, vida noturna.

Figura 13- Foto de José Fachetti e Luíza Valvassori (falecidos).

Fonte: Revista Nossa. ( 1987 )

Figura 14 – Cerâmica Arrebola década de 70.


23

Fonte: Revista Nossa. ( 1987 )


Figura 15- Bairro Maria das Graças em 1983.

Fonte: Revista Nossa. ( 1987 )

5.3.2 Dados Topográficos/ Socioeconômicos


Possui a latitude : - 19,516 e longitude: - 40,6207;

Segue abaixo os dados esncontrados no Sidra - IBGE, 2010:

 Número de habitantes:3360;

 Média de pessoas por domicílio: 3

 Valor do rendimento por domicílio: R$ 1.116,00 com salário mínimo de R$


510,00.

 Faixa etária com maior representantes: 20-50 anos (população


economicamente ativa).

Ao efetuarem-se visitas in loco percebeu-se que existe um grande número de casas


de 1 a 2 pavimentos. Os prédios por sua vez não são tão elevados.

5.4 MÁRIO GIURIZATTO

5.4.1 Histórico

O bairro Mário Giurizatto está situado a cinco quilômetros do centro de Colatina, ao


lado da BR-259 que liga Colatina a Baixo Guandu, o Espírito Santo ao Estado de
Minas Gerais, e é responsável pelo desenvolvimento dos bairros das regiões
Nordeste e Sudestes do município.
24

A partir da construção da Rodovia 259 e da Segunda Ponte, em 2007, o bairro vem


experimentando enorme expansão em diferentes setores, principalmente o
econômico.
As terras que antes pertenciam a fazenda de Mário Giurizatto e sua esposa Arlinda
Rossi Giurizatto (ver foto 16), hoje abrigam residências e empresas e ainda guardam
grande potencial comercial e industrial. (JORNAL O COLATINENSE,2012).
Por ter ainda pequena infraestrutura de serviços, seus moradores recorrem muito ao
bairro Maria das Graças, principalmente para atendimento nas áreas de saúde
(Unidade) e educação (escolas). Seis garis fazem a limpeza das vias e a coleta de
lixo acontece três vezes por semana.
O Bairro fica próximo dos rios Pancas e Rio Doce, perto dali está situado o Horto
Florestal Santa Fé, do município, no qual é desenvolvido o projeto de preservação
ambiental “Conhecer para Preservar”, e também o Santuário Ecológico “Ninho das
Garças”, no sítio Porto das Barcas (São Sebastião).
No transporte coletivo o bairro é atendido pela linha do próprio bairro.

Figura 16- Arlinda Rossi Giurizatto, esposa de Mário Giurizatto

Fonte: Jornal O Colatinense. ( 2012 )

5.4.2 Dados Topográficos/ Socioeconômicos

Possui latitude: - 19.5080 e Longitude: - 40.6067

Segue abaixo os dados encontrados no Sidra - IBGE, 2010:

 Número de habitantes: 1117

 Valor do rendimento por domicílio: a maioria varia de 1 a 2 salários mínimos.


25

 Faixa etária com maior representante: 20-59 anos (população


economicamente ativa).

5.5 RIVIERA

5.5.1 Histórico

O bairro Riviera surgiu recentemente, e é caracterizado por ser um bairro residencial


e relativamente pequeno. Segundo o Sr. Sebastião Elias de Souza (figura 17),
morador do bairro desde 2004, em visita in loco realizada pelo grupo, afirmou que
ele foi um dos primeiros habitantes do local e que na época não havia nenhum tipo
de infraestrutura urbana, ou seja, não possuía pavimentação, iluminação pública,
dentre outros. Portanto, são poucas as informações encontradas em bibliografias
disponíveis na cidade sobre o histórico do bairro. Além disso, ainda está em
desenvolvimento, com muitas construções em andamento e/ou recentes e também
vários lotes vazios. O bairro possui uma praça pequena, localizada na rua principal
André Fachetti, que é utilizada pelos moradores próximos, frequentada
principalmente por famílias e crianças. (ver figuras 18, 19 e 20). (JORNAL O
COLATINENSE, 2012).

Figura 17 – Primeiro morador do bairro Riviera.


26

Fonte: Bruna Botan

As figuras abaixo mostram a situação atual do bairro.


Figura 18 – Ponto final do bairro Riviera, futuramente será expandido.

Foto: Adriana Brunetti


27

Figura 19 – Uma das avenidas principais do bairro Riviera.

Foto: Adriana Brunetti


Figura 20 – Espaço reservado pela prefeitura no bairro Riviera para uma futura
implantação de uma praça.
28

Foto: Adriana Brunetti

5.5.2 Dados Topográficos/ Socioeconômicos

Possui latitude: - 19.5052 e Longitude: - 40.6156

 Não foi encontrados os dados socioeconômico do bairro citado acima.

5.6 SANTA HELENA

5.6.1 Histórico

A BR 259 foi o que impulsionou o crescimento do bairro.

Figura 21 - Bairro Santa Helena década de 80.

Fonte: Jornal O Colatinense. ( 2012 )

O bairro fica situado no extremo leste da cidade, nas margens dos Rios Doce e
Pancas. Tende a crescer muito ainda devido à sua localização privilegiada às
margens da Rodovia 259, numa região em que estão concentrados vários setores
importantes para o desenvolvimento do município, principalmente o econômico.
29

Fazem parte do Bairro, trechos da Avenida Brasil (principal) (ver figura 21) e da
Rodovia do Contorno (259), que são asfaltados e iluminados.
Os moradores são atendidos pelos serviços regionalizados da Unidade de Saúde, e
as escolas do Bairro Maria das Graças, ao qual Santa Helena pertencia no passado.
Não há problemas com redes de água pluvial e de esgoto.
O caminhão de lixo passa 3 vezes por semana. Na Avenida Brasil há uma área
verde preservada, com remanescentes de Mata Atlântica.
Vários ônibus atendem ao transporte coletivo. O trânsito é intenso por fazer parte de
um circuito que escoa o tráfego de veículos, na Rodovia do Contorno, Segunda
Ponte e Ponte do Pancas. Há muitas empresas comerciais e industriais e o bairro
abriga a sede social da Caixa Econômica Federal (CEF).
As festas aconteciam no pátio da igreja católica.
Dona Ozília Corsini chegou ao bairro quando existiam pouquíssimas casas por lá.
(ver figura 22).

Foto 22 – Dona Ozília Corsini, umas das moradoras antigas do Bairro Santa Helena.

Fonte: Jornal O Colatinense.( 2012 )

5.6.2 Dados Topográficos/ Socioeconômicos

Possui latitude: - 19.501 e Longitude: - 40.6131

Segue abaixo os dados encontrados no Sidra - IBGE, 2010:

 Número de habitantes: 960;


30

 Valor do rendimento por domicílio: a maioria varia de 1 a 2 salários mínimos

 Faixa etária com maior representante: 15 - 34 anos (população


economicamente ativa).

6. PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES

6.1. PRAÇAS

6.1.1Diagnóstico

Ao visitar cada um dos bairros, fazendo um estudo prévio, na etapa anterior, pode-
se observar que em alguns bairros encontravam-se algumas praças, mesmo que em
pequeno porte, porém, no bairro Maria das Graças não se encontrou nenhuma
evidência de praça.

Fazendo um estudo mais aprofundado, através de questionamentos para moradores


da região, pode-se constatar que realmente falta-se um espaço de lazer dentro do
bairro.

Com essa informação mais precisa, percorreu-se pelo bairro a procura de um


espaço que fosse favorável, amplo, para que atendesse aos requisitos legais de
implantação de uma praça.

Sendo assim, chegou-se a conclusão que o bairro possui diversos espaços


evidentes para implantação e bem sugestivos. Dentre eles podemos citar:

 A antiga Cerâmica Arrebola, na Avenida Vitória, hoje desativada, e


considerada um espaço em desuso e que pelos moradores é um espaço que
propicia a proliferação de animais transmissores de doenças. (ver figura 23 e
24).

Figura 23 – Cerâmica Arrebola atualmente.


31

Foto: Adriana Brunetti. (2015)

Figura 24 – Cerâmica Arrebola vista aérea. Elaboração: Adriana Brunetti (2015)


32

Fonte: Google Earth

 Outro lugar disponível é no espaço verde ao lado da Itajubi. Espaço bem


arborizado, gramado, com uma estrutura ótima para uma praça, porém a
população ao redor não se mostrou muito propícia e solícita a essa
possibilidade. (ver figura 25 e 26).

Figura 25 – Espaço Itajubi.

Foto: Thaís Baptista (2015)


33

Figura 26 – Espaço Itajubi vista aérea. Elaboração: Adriana Brunetti (2015)

Fonte: Google Earth.

 Um terceiro lugar é um conjunto de lotes pertencentes a Odilon Binda,


conjunto esse que abrange a metade de um quarteirão. É um local amplo,
porém largado, sem vegetação cuidada, com algumas árvores, já ocupado
por crianças que jogam bola todos os dias (ver figura 28). Mostrou-se um
lugar bastante favorável para instalação de uma praça, pois a própria
população sente a necessidade de ter esse espaço de convívio social e lazer
para as crianças. ( ver figura 28).
34

Figura 27 – Crianças jogando bola em terreno vazio no bairro Maria das Graças.

Foto: Adriana Brunetti (2015)

Figura 28 – Localização do conjunto de lotes em Maria das Graças. Elaboração:


Adriana Brunetti (2015)

Fonte: Google Earth.

6.1.2 Referências Bibliográficas / Casos Assemelhados

6.1.2.1 Referências Bibliográficas

Praças são espaços livres públicos, com função de convívio social, inseridos na
malha urbana como elemento organizador da circulação e de amenização pública,
com área equivalente à da quadra, geralmente contendo expressiva cobertura
35

vegetal, mobiliário lúdico, canteiros e bancos. (SÁ CARNEIRO & MESQUITA, 2000,
p. 28 - 29).

Quando se faz uma análise de espaços urbanos e pretende organizar esses


espaços planejando uma estrutura urbana, nota-se que as praças são verdadeiros
elos entre os diversos espaços criados, de modo que as praças remetiam a ideia de
ser um local de brincadeiras de criança, adolescente, relatado muito bem por De
Angelis (2001, p. 2), “qualquer um de nós tem, remotas que sejam, lembranças de
uma praça onde, na infância, o balanço, a gangorra ou o escorregador faziam parte
do universo da criança.”

As praças deveriam ser espaços livres para lazer, brincadeiras, bate-papo,


encontros, dentre outras atribuições relativas a este setor público que pertence a
toda sociedade, mas, no entando, hoje em dia não é o que ocorre, muitas pessoas
vêem esses espaços como um lugar de ponto de drogas, prostituição, de pessoas
abandonadas, até mesmo de um local sujo, destruido e abandonado.

De acordo com Santos (1997, p.51), “o espaço é hoje um sistema de objetos cada
vez mais artificiais, povoado por sistemas de ações igualmente imbuídos de
artificialidade, e cada vez mais tendentes a fins estranhos ao lugar e seus
habitantes”.

6.1.2.2 Casos Assemelhados

a) Praça Bairro Pinheiro – São Paulo

Toda a arquitetura da área foi pensada sob o conceito de sustentabilidade: a


iluminação com leds (mais duráveis do que lâmpadas comuns), sistema com calhas
para reaproveitamento da água da chuva e projeto paisagístico composto por
diferentes espécies com funções orgânicas, fitoterápicas e utilizadas na produção de
biocombustíveis, para efeito demonstrativo. Os jardins foram plantados sobre o
sistema de tec garden, construído a 60 centímetros do solo. A água da chuva,
armazenada entre uma manta de borracha e a ardósia, é transportada por absorção
pela fibra de coco para irrigar as plantas. O solo foi coberto com uma camada de 50
centímetros de terra nova, o que significa 3.500 metros quadrados, o suficiente para
encher duas piscinas olímpicas. Veja alguns detalhes na figura 30.
36

Figura 29 – Elementos para colocar em uma praça

Fonte: https://teoriacritica13ufu.wordpress.com/category/daniel-e-gabriella/
37

b) Praça De Ji-Paraná - Rondônia


O projeto dessa praça foi feito com o intuito de reaproveitar pneus usados e os
transformá-los em brinquedos. (ver figura 30).

Figura 30 - Playground ecológico foi instalado na praça do Bairro Jardim Imigrantes.

Fonte: Mônica Santos / G1.

Projeto esse, realizado por três artesãos do Bairro Jardim Imigrantes ao qual
desenvolveram o playground ecológico, onde o artesão Sérgio Nink viu um projeto na
internet e resolveu aplicá-lo na sua região. Ele ressalta que o cuidado maior que teve foi
em relação ao acúmulo de água nos pneus. Os moradores relatam que com a praça
eles podem realizar suas atividades físicas e ao mesmo tempo deixarem seus filhos nos
brinquedos e ficarem de olho neles sem problemas deles sairem correndo pela praça
sem rumo. (ver figura 31).
38

Figura 31 - Crianças brincam no espaço do parque.

Fonte: Mônica Santos / G1.

Um dos artesãos responsáveis pelo projeto explica que o pneu demora cerca de 600
anos para se decompor. O projeto é tão válido que já se pensa em expandir para demais
praças públicas da região.

6.1.3 Diretrizes de Projeto


 
Com o intuito de atender a população de todos os bairros da região, proporcionando
um local de lazer, convívio social e de aproximar os moradores, dentre as três(3)
opções de lugares para praça, o escolhido foi o espaço do conjunto de lotes
pertencentes a Odilon Binda por possuir um espaço amplo, que tivesse a
capacidade de suportar todos os equipamentos que os moradores da região sentem
necessidade de se ter em uma praça, como por exemplo, academia popular,
playground, campo de futebol society, bancos com mesas, palco para show; e, pelo
local já ser usado, mesmo que deficiente, como uma “praça” pelas crianças que
jogam futebol na mesma (ver figura 32).
39

Figura 32 – Local escolhido para implantação da praça.

Foto: Adriana Brunetti (2015)

O terreno para implantação da praça localiza-se circundado pelas ruas João


Azevedo, Giácomo Martineli e a Travessa Antônio Pagani. Possui as dimensões
90m X 70m X 30m, e uma ponta na parte frontal, totalizando uma área
aproximadamente de 2.400m2. (ver figura 33)

Figura 33 – Dimensões do local para implantação da praça. Elaboração: Adriana


Brunetti.

Fonte: Google Earth


40

Com os dados citados propôs-se a implantação de uma praça contendo :

 uma quadra de futebol society ao fundo dos lotes, com divisa para o restante
das casas, para satisfazer a necessidade das crianças que já ocupam o local
para esse fim; e para somar ao projeto uma mini-arquibancada para
incentivá-los a ter jogos com plateia do bairro assistindo ou até de bairros
vizinhos bem como tendo torneios entre as crianças. (ver figura 34).
 ao lado da quadra um espaço de implantação de um playground diversificado
para entretenimento das crianças;
 à frente do playground um espaço de academia popular, com equipamentos
adequados para atingir a população jovem e mais adulta dos bairros;
 logo mais a frente da praça um palco para apresentações de algum show na
praça e ao mesmo tempo incentivar a população dos bairros a disseminar
culturas entre eles.
 dos lados do palco implantações de jardins e bancos;
 à frente do palco colocou-se um pergolado para suavizar os momentos de
incidência direta do sol nos bancos neste ponto. (ver figura 35).
 à frente do palco pensou-se em um espaço de convivência com uma cabana
para venda de lanches com mesinhas para brincadeiras, jogos e bate papo
entre as pessoas, visto que no local atualmente existe um dos moradores
que coloca sua barraquinha de churrasquinho todos os dias para ajudar na
renda em casa. (ver figura 36, 37 e 38).

Com todos os equipamentos descritos acima, a praça irá contemplar ainda diversos
espaços verdes, preservará as árvores que ali constam no espaço e disponibilizará
de calçadas acessíveis. (ver figura 39).
41

Figura 34 – Croqui vista do playground, quadra de futebol society e arquibancada.

Elaboração: Adriana Brunetti (2015)

Figura 35 – Croqui do pergolado projetado para a praça.

Elaboração: Adriana Brunetti (2015)


42

Figura 36 – Croqui espaço de convivência, palco e jardim.

Elaboração: Adriana Brunetti

Figura 37 – Barraquinha de churrasquinho na área escolhida.

Foto: Adriana Brunetti (2015)


43

Figura 38 – Croqui área de lanches no projeto da praça.

Elaboração: Adriana Brunetti (2015)

Figura 39 – Croqui Praça no bairro Maria das Graças.

Elaboração: Adriana Brunetti (2015)


44

6.2 CICLOVIA

6.2.1 Diagnóstico

Nos bairros estudados, foi possível observar que nenhum deles possui um espaço
adequado para o caminho das bicicletas. Apesar disso, é comum, nos bairros Lacê,
Castelo Branco, Maria das Graças, Santa Helena e Riviera ver ciclistas nas vias de
automóveis ou até mesmo em calçadas, podendo causar acidentes por terem que
dividir o mesmo espaço. Portanto, viu-se a necessidade de implantar ciclovias que
interligassem esses bairros, tornando o percurso mais seguro para ambos,
minimizando acidentes, além de contribuir na saúde da população, incentivar o uso
das bicicletas, por serem um meio de transporte não poluente, econômico,
silencioso, e algumas vezes até mais rápidos que os automóveis em vias de maior
fluxo.

Nos bairros Riviera e Mário Giurizatto, de uma forma comum como nos outros
bairros é inviável a inserção de ciclovias, por terem inclinação acentuada e por
serem bairros residenciais com menos fluxo de pessoas e automóveis, porém
existem outras alternativas no mundo que podem ser sugeridas para que os
moradores do bairro possam usufruir dessa modalidade.

Já nos demais bairros da região estudada, a ideia inicial seria implantar a ciclovia na
principal via, senda a Avenida Brasil, e ciclofaixas em algumas ruas secundárias de
cada bairro, porém não seria possível, por não ter espaço suficiente para comportar
a ciclovia, além das calçadas acessíveis que terão. Por isso, decidiu-se que a
localização da ciclovia fosse às margens do Rio Doce, juntamente com uma pista de
caminhada e espaços de lazer intercalados entre áreas de preservação ambiental, e
ciclofaixa que ligaria a ciclovia até a praça do bairro Maria das Graças.

6.2.2 Referências Bibliográficas/ Casos Assemelhados

6.2.2.1 Referências Bibliográficas

A ciclovia é o espaço destinado à circulação exclusiva de bicicletas, separado da


pista de rolamento dos outros modos por terrapleno, com mínimo de 0,20 m de
desnível, sendo, habitualmente, mais elevada do que a pista de veículos
motorizados. No sistema viário, pode localizar-se ao longo do canteiro central ou nas
45

calçadas laterais. A ciclovia também pode assumir traçado totalmente independente


da malha viária urbana ou rodoviária (como as ciclovias situadas sobre antigos leitos
ferroviários). Nesses casos, deverá ter controle de acesso, ou seja, a acessibilidade
dos ciclistas a ela deverá ser projetada de forma segura e eficiente em todos seus
cruzamentos com outras estruturas viárias. (BRASIL, Lei nº 375, 2015, art.8º)

Segundo Gondim, as ciclofaixas são as faixas, nas pistas de rolamento ou nas


calçadas, delimitadas por sinalização horizontal ou diferenciação de piso, sem a
utilização de obstáculos físicos. (2010, p. 54 apud RICCARDI, J. C. R.2010, p.32)

6.2.2.2 Casos Assemelhados

a) Ciclovias em Brasília - DF

Com os mais de 400km já concluídos a cidade de Brasília já ultrapassa os 300km do


Rio de Janeiro, antiga líder nacional, e distancia-se ainda mais de São Paulo, maior
cidade do país, que possui 69,8 km, segundo a ONG Mobilize Brasil (2012).
Assim, o DF terá uma das maiores redes de ciclovias do mundo, maior do que as de
Copenhague (Dinamarca), Paris (França) e Amsterdã (Holanda), que têm,
respectivamente, 390km, 394km e 400km, e quase tão extensa quanto a de Nova
York (EUA), de 670km.
Para garantir que as bicicletas sejam um meio de transporte eficaz, mesmo entre as
pessoas que precisam se deslocar por longas distâncias – seja para trabalhar,
estudar ou para o lazer –, a legislação dá aos ciclistas o direito de levarem as
bicletas no Metrô DF, que reserva o último vagão de cada composição para esse
fim.
A ideia é estender esse modelo para o Expresso DF – o sistema de Transporte
Rápido por ônibus (Bus Rapid Transit) ( BRT) que ligará Santa Maria/Gama ao
Plano Piloto – com a criação de espaços nos ônibus para o transporte das bicicletas.
Quatro projetos compõem o plano de mobilidade por bicicletas no DF.
O primeiro é o de Rotas Integradas, do qual as novas ciclovias fazem parte e que
também inclui as ciclofaixas do lazer – que todos os domingos cria áreas para
ciclistas no Eixo Monumental e no Eixão aos domingos –, além de rotas de turismo.
O segundo é o Caminho da Escola, feito em parceria com o Governo Federal, que
prevê a distribuição de bicicletas entre os estudantes de escolas públicas, em
46

especial das regiões mais carentes, para facilitar o acesso dos jovens aos
estabelecimentos de ensino e ao lazer.
Dentro do programa Rotas Cicláveis, a construção de estacionamentos públicos
para as bicicletas e a integração com o metrô e com as linhas de BRT que são
construídas no DF; também prevê o uso do sistema público de aluguel de bicicletas.
Assim, os passageiros que quiserem alugar uma bicicleta não precisarão usar o
celular e o cartão de crédito –como acontece com sistemas desse tipo atualmente
em funcionamento no Rio de Janeiro e em São Paulo– e podem registrar e pagar o
aluguel com o cartão do metrô e do ônibus.
A fim de garantir que todo o sistema funcione, o quarto projeto – Programa de
Educação para os Diversos Atores do Sistema Viário – prevê ações educativas tanto
entre os ciclistas quanto com os pedestres e motoristas de cargas e de transporte
individual e de passageiros.
As figuras 40 e 41 abaixo mostram um trecho da ciclovia e o mapa de ciclovias no
Distrito Federal, respectivamente.

Figura 40 – Ciclovia em Brasília.

Fonte: TTP://wbrasilia.com/ciclovias.htm
47

Figura 41 – Mapa das ciclovias no Distrito Federal.

Fonte: TTP://wbrasilia.com/ciclovias.htm

6.2.3. Diretrizes de Projeto

A proposta da ciclovia, juntamente com a pista de caminhada e espaços de lazer


com píers intercalados entre as áreas de preservação ambiental, tem a finalidade de
proporcionar a população um ambiente de lazer e contribuir com a mobilidade
urbana, tornando a bicicleta uma alternativa sustentável de locomoção, além de
tornar-se um possível ponto turístico, valorizando os bairros e belezas naturais que a
cidade de Colatina possui (ver Figura 42). O percurso terá início na ponte Florentino
Avidos, passando pelos bairros Lacê, Castelo Branco, Maria das Graças, Santa
Helena e Mário Giurizatto, seguindo até a “Segunda Ponte”, BR-259. Já as
ciclofaixas estariam dispostas na Avenida Brasil do bairro Maria das Graças,
fazendo parte também da praça proposta neste trabalho.
48

Figura 42 – Mapa das propostas para ciclovia/ pista de caminhada, espaço de lazer,
píers e ciclofaixas. Elaboração: Thaís Baptista (2015)

Fonte: Google Earth.

Abaixo croqui ( Figura 43 ) mostrando a ideia da proposta:

Foto 43 – Proposta de ciclovia.

Elaboração: Thaís Baptista (2015)


49

6.3 TRAFFIC CALMING

6.3.1 Diagnóstico

Com as visitas in loco foi possível identificar na região 06 poucas aplicações do


conceito de traffic calming e muitos locais que necessitam dessa intervenção. A
maioria dos redutores de velocidade são lombadas, que estão dispostos em vários
locais, principalmente ao longo da Avenida Brasil. As vias da região em que serão
implantadas medidas de traffic calming são: a Rua Projetada 15, a Avenida Brasil e
na BR 259 (ver Figura 44).

Figura 44 - Mapa das vias de implantação do traffic calming. Elaboração: Bruna


Botan (2015)

Fonte: Prefeitura Municipal de Colatina.


50

A Avenida Brasil é caracterizada por possuir um tráfego intenso e rápido apesar de


ser uma via arterial. Os locais mais precários e que devem ser trabalhados são onde
há maior circulação de pedestre: em frente à EMEF “Antonio Nicchio”, em frente à
Fundação Castelo Branco e em frente à Confecções Merpa.
Na Rua Projetada 15 o local mais apropriado é em frente ao trevo ali existente, onde
há dificuldade de travessia do pedestre devido à velocidade do trânsito e a visão
limitada pela sinuosidade da via. Já na BR 259 existe a necessidade de um acesso
ao Bairro Mario Giurizatto que possibilite o retorno direto ao Bairro Maria da Graças,
ao tempo que induza a redução de velocidade.
A existência de espaço potencializa as intervenções na BR 259, na Rua Projetada
15 e em frente à Fundação Castelo Branco (Av. Brasil); já nos outros pontos o
espaço não interfere nas intervenções devido à forma de trafficcalming a ser
implantada (faixa elevatória).

6.3.2 Referências Bibliográficas/ Casos Assemelhados

6.3.2.1 Referências Bibliográficas

Para Dias (2011) traffic calming, em seu sentido restrito ‘”[...]pode ser considerado
como uma política para a redução da velocidade dos veículos em áreas edificadas e,
portanto, amenizando o impacto ambiental desses veículos”. Ou seja, são medidas
que tem como objetivo:

 Reduzir o número e a severidade dos acidentes;


 Melhorar as condições de segurança para pedestres;
 Reduzir os ruídos e a poluição do ar;
 Revitalizar as características ambientais das vias através da redução do
domínio do automóvel.

As medidas de traffic calming são duas:

(1) aquelas projetadas com o objetivo de reduzir a velocidade dos veículos;


(2) aquelas que criam um ambiente que induza a uma forma sensato de dirigir.
De acordo com Dias (2011) as medidas que reduzem a velocidade(1) são deflexões
verticais/ horizontais, restrições na pista, rotatórias, redução do raio de giro,
regulamentação de prioridade e marcas viárias; já as medidas que induzem a
segurança (2) são largura ótica,estreitamento da pista, faixas de alinhamento,
51

superfícies diferenciadas, entradas e portais, ilhas centrais, espaços compartilhados,


extensão de calçadas, vegetação/paisagismo, mobiliário e iluminação,
regulamentação.  

6.3.2.2 Casos Assemelhados

No bairro Jardim Brasil, a prefeitura de Jundiaí, SP, com a intenção de reduzir a


velocidade no trânsito começou a aplicar medida de traffic calming.
Através das secretarias de Transportes e Planejamento e Meio Ambiente foram
implantados em alguns locais essa técnica. Dois pontos foram obstruídos e deram lugar
ao paisagismo e ao urbanismo, com a implantação de uma pequena praça. Além disso,
três pontos de calçadas receberam alargamento com o intuito de restringir o tráfego de
passagem no bairro, priorizando o fluxo dos pedestres e ciclistas.
Além dessas medidas, a técnica ainda visa o uso de rotatórias, estreitamento de pistas,
implantação de canteiros centrais, inversão de sinalizações, mudanças de preferência,
dentre outros, como forma de melhorar o trânsito.
Uma das principais vias da região central da cidade, a Avenida Antonio Segre, possuirá
um acesso direto para a Avenida Nove de Julho e Rua do Retiro no sentido entre o
Centro Histórico e a região da Ponte de Campinas, com semáforo de entrada na Rua
São Lázaro.
A medida, que faz parte do projeto-piloto de requalificação do miolo de bairro que está
sendo implantado (ver Figura 45), vai reduzir parte do tráfego centro-bairro atualmente
direcionado para a rotatória da Avenida Antonio Frederico Ozanan. Para isso as saídas
do bairro devem receber ampliação de passeio público e toques de paisagismo (“traffic
calming”) para valorizar pedestres e evitar a entrada de veículos pela contramão.
52

Figura 45 - Mapa de alterações no Bairro Jardim Brasil, SP.

Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/especial-publicitario/novidades-em-
jundiai/noticia/2015/10/traffic-calming-da-mais-seguranca-ao-transito-em-jundiai.htm.

6.3.3 Diretrizes de Projeto

Serão implantadas 03 (três) faixas elevadas, uma rotatória e dois jardins de chuva
nos locais mais críticos da região 06 (ver Figura 46). No bairro Maria das Graças
serão introduzidos dois jardins de chuvas que atuarão como traffic calming. Com o
intuito de aumentar a permeabilidade e induzir a redução de velocidade dos
veículos, formando um ambiente seguro e agradável ao pedestre (ver Figura 47), os
jardins serão posicionados frente à Fundação Castelo Branco - FUNCAB.
53

Figura 46 - Mapa dos locais de implantação do Traffic Calming. Elaboração: Bruna


Botan.

Fonte: Prefeitura Municipal de Colatina.


54

Figura 47 - Croqui com posicionamento dos Jardins de Chuva.

Elaboração: Bruna Botan (2015)

As duas faixas elevadas nos bairros Maria das Graças e Lacê também tem a
finalidade de reduzir a velocidade, porém aplicando um meio simples e de menor
custo. Já a rotatória que será colocada na BR259 e a faixa elevada posicionada na à
Rua Projetada 15, com o objetivo de minimizar acidentes, também contarão com
vegetação e paisagismo.

6.4 INFRAESTRUTURA VERDE

6.4.1 Diagnóstico

Na região 06, verificou-se a falta de áreas verdes no meio urbanizado e a


necessidade de áreas permeáveis que recebam o escoamento superficial que
ajudarão a diminuir a vazão do sistema de drenagem e conseqüentemente do rio em
épocas de cheia. A Avenida Fioravante Rossi, que interliga o Bairro Lacê ao Bairro
Honório Fraga, existem “canteiros pluviais” (ver Figura 48) que além de receber o
escoamento proveniente das chuvas, recebem a água que nasce na eflorescência
rochosa. Esses canteiros, de acordo com os limites dos bairros da cidade de
Colatina, propostos pela Prefeitura Municipal, encontram-se dentro do bairro Nossa
55

Senhora Aparecida (ver Figura 49). Entretanto pode-se verificar que seu impacto é
mais evidente para o Bairro Lacê, resultando na necessidade de revitalização
desses canteiros pela precária situação dos mesmos. Além disso, existe a
necessidade de um local apropriado para a passagem dos pedestres, que circulam
meio a via existente, pela falta de espaço. Assim, se o canteiro existente for
revitalizado, poderá atender tanto os pedestres, como possibilitar a retenção da
água que chega ao mesmo.

Figura 48 - Av. Fioravante Rossi com canteiro.

Fonte: Bruna Botan (2015)


56

Figura 49 – Limite dos bairros e localização do canteiro pluvial. Elaboração: Bruna


Botan (2015)

Fonte: Prefeitura Municipal de Colatina.

Como mostra as figuras 50 e 51, no Bairro Lacê também existem muros de


contenção. Alguns mais antigos como à Avenida Silvio Avidos, frente à “EEEFM
Geraldo Vargas Nogueira” e outros mais recentes como à Avenida Fioravante
Marino. Entretanto, nenhum aplicou princípios de infraestrutura verde ao projeto. No
bairro Riviera existem problemas com deslizamentos de encostas devido à alteração
do relevo e as fortes chuvas ocorridas nos anos anteriores, sendo necessária a
contenção desses taludes, evitando novos deslizamentos nas épocas de chuvas.
57

Figura 50 – Muro de arrimo no bairro Lacê na Avenida Sílvio Avidos.

Foto: Bruna Botan (2015)

Figura 51 – Muro de arrimo no bairro Lacê na Avenida Fioravante Rossi.

Foto: Bruna Botan (2015)

Próximo a esse local está o bairro Mário Giurizatto, onde existem cortes no relevo
que estão sem qualquer tratamento ecológico e estético, necessitando de uma
58

intervenção para que o impacto causado pela ação seja minimizado (ver Figuras 52
e 53).

Figura 52 – Encosta no Mario Giurizatto tirada do Bairro Riviera.

Foto: Bruna Botan (2015)

Figura 53 – Encosta no Mario Giurizatto após entrada principal do bairro.

Foto: Adriana Brunetti (2015)

Nos bairros Castelo Branco e Maria das Graças constatou-se que possuem algumas
ruas com pavimentação permeável, principalmente nas ruas adjacentes à Avenida
Brasil. Como mostra a figura 54, elas são pavimentadas com paralelepípedos ou
blocos intertravados. Já o bairro Riviera, com formação mais recente, possui quase
59

todas as ruas pavimentadas com blocos de concreto intertravados e canteiros


centrais permeáveis que necessitam de manutenção (ver Figura 55).

Figura 54 – Bairro Maria das Graças com pavimentação permeável.

Foto: Bruna Botan (2015)

Figura 55 – Bairro Riviera com pavimentação permeável e canteiro central.

Foto: Adriana Brunetti (2015)


60

As margens do Rio Doce, que percorre a extremidade sul do bairro Maria das
Graças é onde se localiza a Horta. Não possuindo nenhuma outra função, a orla do
Rio Doce é um espaço disponível e apropriado para a introdução de pistas de
caminhada e espaços para a contemplação da natureza mesclados a áreas de
preservação que sejam reflorestadas. Um exemplo é mostrado na figura 56 abaixo,
uma estratégia de incentivar a preservação do meio ambiente e propor espaços de
lazer na cidade.

Figura 56 – Exemplo de pistas de caminhada.

Fonte: http://www.news.gov.sg/public/sgpc/en/media_releases/agencies/pub/press_release/P-
20091002-1

Constatou-se que as margens do Rio Pancas estão degradadas pelo desmatamento


e ocupação indevida, e seu leito assoreado (ver Figura 58). Assim, é necessária
uma ação para sua recuperação, pois é um curso d’água importante e que necessita
ser preservado/restaurado para que não se extinga, ou no futuro se torne um canal
de esgoto a céu aberto.
61

Figura 57 - Rio Pancas.

Foto: Bruna Botan (2015)

6.4.2 Referências Bibliográficas / Casos Assemelhados

6.4.2.1 Referências Bibliográficas


Embora o termo “infraestrutura verde” seja relativamente novo, sendo usado desde o
fim do século XIX,o seu conceito é mais antigo. Como cita Vasconcellos (apud
BENEDICT e MCMAHON, 2011, p. 27-28), infraestrutura verde é um movimento
fundamentado em pesquisas que se iniciaram há mais de 150 anos sobre a
paisagem e as interrelações do homem e da natureza.
Para Herzog (2010, p. 4), a infraestrutura verde é composta por:“[...] redes
multifuncionais de fragmentos permeáveis e vegetados, preferencialmente
arborizados (inclui rios, canais, ruas e propriedades públicas e privadas) e
interconectados, que reestruturam o mosaico da paisagem”.
Esses fragmentos beneficiam o sistema de drenagem pelo aumento da
permeabilidade, criam espaços agradáveis e promovem a preservação da
importância dos ecossistemas naturais, que tem como resultado a garantia da
qualidade de vida urbana.
62

A infraestrutura verde incorpora a utilização de canteiros pluviais, jardins de chuva,


biovaletas, lagoas pluviais, etc ( Mascaró, 2005), que são intervenções que resultam
em espaços multifuncionais e flexíveis a novas adaptações, promovendo um baixo
impacto na paisagem e alto desempenho.

6.4.2.1Jardim de Chuva – Portland


6.4.2.1.1 Referências Bibliográficas
Jardins de chuva são jardins em cotas mais baixas que recebem o escoamento
superficial de áreas impermeabilizadas (HERZOG, 2010), diminuindo a vazão do
sistema de drenagem urbana e purificando o que é retido.

6.4.2.1.2 Casos Assemelhados


A cidade de Portland nos Estados Unidos, depois de ser uma das mais poluídas do
país, hoje é conhecida como a “cidade verde”. Uma das iniciativas da cidade
é aumentar as áreas verdes nas ruas, melhorando a permeabilidade, evitando que
o lixo chegue aos rios, prevenindo enchentes e diminuindo o manejo de águas
pluviais. As plantas e solos filtram os poluentes que a chuva lava das ruas.
Na Rua Siskiyou(ver Figura 58), jardins de chuva foram colocados em áreas
tomadas do leito carroçável, junto do meio-fio existente, para receber o escoamento
superficial que carrega os poluentes do leito carroçável, e, ao mesmo tempo, pelo
estreitamento, diminuiu a velocidade de veículos, criando um ambiente mais
atraente e seguro para os pedestres (ver Figuras 59 e 60).

Figura 58 - Rua Siskiyou, Portland.

Fonte: https://www.portlandoregon.gov/bes/article/78299
63

Figura 59 - Rua Siskiyou com jardim de chuva, vista de frente.

Fonte: gov/bes/article/78299

Figuras 60 - Rua Siskiyou com jardim de chuva.

Fonte: gov/bes/article/78299

O custo da obra foi de US$ 20.000,00 (cerca de US$ 20 por m² de área impermeável
gerida), porém US$ 3.000,00 foram utilizados para reparos na calçada. Este foi o
primeiro projeto de Revitalização de Ruas a utilizar este tipo de dispositivo. O jardim
de chuva foi projetado para reter 60% da vazão de pico inicial de uma chuva com
período de retorno de 25 anos.
Do volume total de água que entra no jardim de chuva, 85% ficam retidos na
estrutura e apenas 15% deste volume retorna para a rede pública. A atuação do
jardim de chuva atrasa 20 minutos o pico da vazão que chega ao sistema de
drenagem. (MANUAL DE SOLUÇÕES PARA CIDADES)
64

6.4.2.2 Canteiro Pluvial- Portland


6.4.2.2.1 Referências Bibliográficas
É um jardim de chuva mais compacto destinado a pequenos espaços urbanos. De
acordo com afirmações, o canteiro também pode possuir um extravasador, que
desviará a água quando atingir o limite da capacidade do canteiro (COMIER e
PELLEGRINO, 2008). Os canteiros pluviais podem ser projetados para ruas ou
edifícios, quando recebe o escoamento do telhado.

6.4.2.2.2 Casos Assemelhados


Em Portland esse recurso foi utilizado para receber as águas das diversas
superfícies impermeáveis, por exemplo, a figura 61 mostra o canteiro junto à calçada
da garagem do Liberty Center, recebendo o escoamento do telhado por um
buzinote; já no Mercado New Seasons (ver Figura 62), os canteiros pluviais recebem
o escoamento superficial entre a calçada e a rua pelo rebaixamento do meio-fio.

Figura 61 - Canteiro pluvial ao lado da garagem do Liberty Center em Portland,


Oregon.

Fonte: Nathaniel S. Cormier.


65

Figura 62 - Canteiros pluviais junto do Mercado New Seasons, em Portland, Oregon.

.
Fonte: Nathaniel S. Cormier.

6.4.2.3 Pavimentação Permeável

6.4.2.3.1 Referências Bibliográficas e Casos Assemelhados

Em um bairro de Westmoreland foi realizado um trabalho de conscientização e


divulgação das obras junto à população e à imprensa local. Nenhum dos moradores
da área se manifestou contrário à substituição do asfalto regular pelas novas
soluções propostas.
Os pisos permeáveis permitem que a água das chuvas seja separada do lixo e
absorvida. Essa infiltração reduz a sobrecarga nos sistemas de drenagem e
consequentemente a vazão excedente que chegaria ao Rio Willamette, que corta a
cidade. A instalação dos pavimentos permeáveis (ver Figura 63) garantiu cerca de
80% de eficiência, o que significa que em eventos chuvosos para os quais o sistema
foi projetado, apenas 20% da água das chuvas escoará para as guias, e o restante
será armazenado e infiltrado no solo.
66

Figura 63 - Instalação da pavimentação permeável

Fonte: Portland Bureau of Environmental Services.

6.4.2.4Tratamento de Encosta- Bioengenharia


6.4.2.4.1 Referências Bibliográficas

Vasconcellos (2011, p.42) considera a bioengenharia como:


[...]estruturas biotécnicas voltadas, em geral, a estabilização do solo,
que combinam vegetação com materiais de construção tradicionais (blocos
de concreto, mantas geotêxteis etc.). Suas principais aplicações são
direcionadas para o reforço de locais de instabilidades, como encostas e
margens de rios.

Dentre as diversas técnicas de bioengenharia, pode-se citar: gabiões vegetados,


estacas vivas, muros de pedra vegetados, etc.

6.4.2.4.2 Casos Assemelhados


O exemplon a figura 64 abaixo mostra a aplicação dessas técnicas de contenção de
encostas e margens de corpos d’água, através de uma solução técnica para o
problema com meios mais sustentáveis.
67

Figura 64: Técnica de bioengenharia para estabilização de margem de rio

Fonte: Sandra Medina Benini.

Bishan Park, em Singapura, é um dos espaços verdes mais visitados (MANUAL


PROGRAMA PAÍSES SUSTENTÁVEIS) anualmente. Uma das atrações de
destaque é um antigo canal de concreto que foi transformado em um rio. Foram
redesenhados 62 hectares de parque para recuperar o curso natural do rio e
oferecer o máximo de benefícios para os usuários do parque.
Técnicas de bioengenharia de solo (uma combinação de vegetação, materiais
naturais e técnicas de engenharia civil) foram utilizadas para estabilizar as margens
dos rios e para evitar a erosão (ver Figura 65). Com a revitalização e processo de
naturalização do rio fez aumentar a biodiversidade do parque em 30%.
68

Figura 65 - Técnica de Bioengenharia aplicada na encosta do Rio Kallang-Bishan,


Singapore.

Fonte:http://www.pub.gov.sg/abcwaters/Publications/Pages/KallangRiver.aspx.

6.4.3 Diretrizes de Projeto

A infraestrutura verde será empregada em quase todas as áreas de intervenção


como praças, traffic calming e calçadas. No bairro Lacê o canteiro pluvial será
revitalizado e concomitantemente o espaço será utilizado como um acesso para os
pedestres, principalmente os estudantes da escola “EEEFM Geraldo Vargas
Nogueira”, que circulam com perigo no meio da via. O projeto é utilizar uma
superfície vazada, como por exemplo, uma grelha, que permite que os pedestres
circulem em sua superfície e ao mesmo tempo possibilite que a vegetação sob ela
receba iluminação e esteja protegida (ver Figura 66). A intervenção tem o objetivo de
proporcionar mais segurança ao pedestre, revitalizar a ambiência urbana e contribuir
com o sistema de drenagem.
69

Figura 66- Croqui do canteiro pluvial.

Elaboração: Bruna Botan.

No Bairro Maria das Graças, às margens do rio, serão introduzidas pistas de


caminhada, que acompanhem à ciclovia, e também alguns pontos de contemplação.
Toda a pavimentação utilizada será permeável, como blocos intertravados, usos de
pedriscos e até pedras, de forma que possibilite a infiltração da água e componha
uma ambientação agradável ao pedestre.
Será feito o tratamento das encostas localizadas nos bairros Riviera e Mário
Giurizatto (ver Figura 67), sendo feita a contenção através de muros de gabião, que
é considerado uma técnica da bioengenharia, ou seja, incorpora princípios da
infraestrutura verde. A vegetação fará parte da paisagem, de forma que contribua
para o resgate do cenário natural e opere juntamente ao muro para a estabilização
do terreno (ver Figura 68). Assim, a bioengenharia aplicada propõe uma solução
técnica para o problema de contenção da encosta, considerando critérios
ecológicos, econômicos e estéticos.
70

Figura 67 - Encostas a serem tratadas, bairros Riviera e Mario Giurizatto.


Elaboração: Bruna Botan.

Fonte: Prefeitura Municipal de Colatina.


71

Figura 68 – Croqui dos muros de gabião no bairro Mario Giurizatto.

Elaboração: Bruna Botan

No Rio Pancas será feita a recuperação de suas margens com técnicas da


Bioengenharia (ver Figura 69), as quais promoverão a biodiversidade (flora e fauna),
protegendo o solo e o corpo d´água. A revitalização será uma forma de educar a
população na preservação dos recursos naturais. O Rio terá suas margens tratadas
com emprego de paredes vegetadas de madeira, utilizando material vegetativo como
mudas, estacas vivas e feixes vivos.
72

Figura 69 – Recuperação das margens do Rio Pancas.

Elaboração: Adriana Brunetti


73

6.5 CALÇADAS / ACESSIBILIDADE

6.5.1 Diagnóstico

O bairro Lacê é o bairro mais próximo à ponte Florentino Avidos, na margem Norte
do Rio Doce.. É um bairro de médio porte, que tem como características edificações
de uso misto, comercial, industrial, e uni-familiares. A localidade tem escassez de
acessibilidade nas vias e calçadas, níveis diferenciados sem a utilização de piso tátil,
com a pavimentação incorreta, obstrução das áreas livres de passagens com postes
e placas, diferindo do que se trata o desenho universal e as normas de
acessibilidade.

O Castelo Branco é um bairro de pequeno porte, residencial. Os problemas do bairro


referente a acessibilidade são: a falta de piso tátil em todas as calçadas, nas que
possui esse instrumento a inclinação é incorreta para atender todos os tipos de
deficiências físicas, geralmente as calçadas são utilizadas para: instalação de
canteiros obstruindo parcialmente as áreas de uso público; usar concregrama para
revestimento para pisos de calçadas; são usadas para a colocação de lixeiras,
árvores ou matérias de construção ou reformas em locais inadequados, obrigando
aos pedestres a transitar pelas vias de veículos, gerando riscos de atropelamento.
(ver figura 70).

Figura 70 – Vegetação obstruindo as calçadas.

Fonte: Google Maps.


74

Já o bairro Maria das Graças é a localidade que possui maior densidade habitacional
dos bairros citados, e que serve de acesso para essa zona ao centro da cidade.As
calçadas estão emborcadas, sem pavimentação, com árvores, materiais de
construção, postes e placas obstruindo a passagem. As calçadas possuem 1,50m,
porém não possuem o revestimento correto.( ver figura 71).

Figura 71 – Calçadas com acessibilidade incorreta.

Foto: Lívia Santos

Os bairros Riviera, Mário Giurizatto e Santa Helena, são bairros novos que sugiram
devido a necessidade da expansão, são localidades que estão em pleno
desenvolvimento, acarretando falhas na infraestrutura urbana, como calçadas e a
acessibilidade que devem ser empregadas na mesma. Observando os bairros
percebemos a irregularidade nas construções das calçadas, que em vários
momentos são usadas para guardar automóveis, colocar vasos de plantas
espalhados evitando o trânsito de pedestres, devido a declividade muitas são
construídas em escalonamento dificultando o tráfego, outras a pavimentação é
inexistente. (ver figuras 72 e 73)
75

Figura72 – Calçada larga no Bairro Riviera

Foto: Adriana Brunetti

Figura 73 – Final da Avenida André Fachetti no bairro Riviera.

Foto: Adriana Brunetti

6.5.2 Referências bibliográficas/ Estudo de Casos

6.5.2.1 Referências Bibliográficas

“Acessibilidade são as condições e possibilidades de alcance para utilização, com


segurança e autonomia, de edificações públicas, privadas e particulares, seus
espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, proporcionando a maior
independência possível e dando ao cidadão deficiente ou àqueles com dificuldade
76

de locomoção, o direito de ir e vir a todos os lugares que necessitar, seja no


trabalho, estudo ou lazer, o que ajudará e levará à reinserção na sociedade”.(Wolsir
A. Antonini).
O Anexo I do CTB faz uma distinção entre calçada e passeio: calçada- Parte da via
não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestre e quando
possível, à implantação de mobiliário, sinalização, vegetação e outros fins. (Código
de Trânsito Brasileiro). Passeio da calçada livre de interferências, destinada à
circulação exclusiva de pedestre e excepcionalmente de ciclistas. (Código de
Trânsito Brasileiro).
Segundo a norma ABNT 9050:2015 a calçada ideal deve oferecer:
 Acessibilidade – Assegurar a completa mobilidade dos usuários;
 Largura adequada- para se conseguir andar em uma velocidade constante;
 Fluidez – Os pedestres devem conseguir andar em uma velocidade
constante;
 Continuidade- Piso liso e antiderrapante, mesmo quando molhado, quase
horizontal, com a declividade transversal para escoamento de águas pluviais
de chuva;
 Não devem existir obstáculos dentro do espaço livre ocupado pelos
pedestres;
 Segurança- Não oferece aos pedestres nenhum perigo de queda ou tropeço;
 Espaço de socialização - Devem oferecer espaços de encontro entre as
pessoas para a interação social na área pública;
 Desenho da paisagem - Propiciar climas agradáveis que contribuam para o
conforto visual do usuário.

6.5.2.2 Casos Assemelhados

a) Estocolmo
Em Estocolmo, meios-fios FONTE adaptados facilitam o embarque em ônibus
coletivos. Alertas eletrônicos também anunciam o itinerário dos veículos.
As calçadas ganharam pisos táteis direcionais com diferentes padrões, o que facilita
a locomoção de deficientes visuais; em escadas, as reformas incluem corrimões,
iluminação especial e materiais contrastantes nos primeiros e últimos degraus. Em
algumas áreas, meios-fios em frente às paradas de ônibus foram elevados de 12cm
77

para 16cm para se aproximarem da entrada dos veículos, e alertas eletrônicos foram
instalados para identificarem os destino dos ônibus. (ver figura 74).

Figura 74 – Calçada com acessibilidade.

Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2015/06/16/interna_ciencia_
saude,486735/ha-quase-20-anos-suecia-investe-em-acessibilidade-e-e-exemplo-para-o-mundo.shtml

6.5.3 Diretrizes de Projeto


As diretrizes propostas é a de padronização das calçadas das principais ruas de
cada bairro, pois são onde que possuem maior fluxo de pessoas transitando, com
isso eleva o risco de acidentes, devendo existir uma pavimentação adequada ou
dimensão correta.
Os bairros Lacê, Castelo Branco e Maria das Graças são localidades que fazem
ligação para outros setores da cidade, além de possuir instituição de ensino ,
áreas comerciais, industriais e setores de entretimento, com isso sugerimos que
as ruas que atendam a essas localidades sejam adaptadas. As ruas que
sofreram a intervenção nas calçadas serão citadas e exemplificadas pela figura
75.
78

Figura 75 – Mapa de localização das calçadas que receberão as primeiras


intervenções de acessibilidade da Zona 06.

Elaboração: Lívia Oliveira

São elas: no bairro Lacê, Avenida Brasil e Avenida Fioravante Rossi; no Castelo
Branco, as ruas Cecília Lavanholi e Henrique de Almeida, em Maria das Graças,
são a Avenida Brasil, Avenida Vitória, rua Professora Antonieta e Travessa
Antônio Pagani. No Riviera adaptaremos somente a Avenida André Fachetti, por
se tratar da avenida que percorre o bairro inteiro e a partir dela surgem as rua
coletoras.
Nos bairros Santa Helena e Mário Giurizatto usou-se a mesma estratégia de
fazer a correção das calçadas, e vimos a necessidade da conscientização das
pessoas, para que as calçadas sejam usadas para trânsito de pedestres, pois
esses bairros foram onde percebemos as maiores irregularidades como veremos
nas figuras 76 e 77.
79

Figura 76 – Irregularidades das calçadas no bairro Mário Giurizatto

Foto: Lívia Santos

Figura 77 – Irregularidades das calçadas no bairro Santa Helena.

Foto: Lívia Santos

As calçadas que sugere-se para intervenção são destinadas a uma área que pode
variar a metragem de acordo com a necessidade para se colocar, postes, placas e
árvores; no qual deve-se destinar 1,20 metros para passagem de pedestres,
80

observando que esse espaço tem que ser livre de qualquer obstáculos. Serão
instaladas rampas acessíveis nas entradas de garagem facilitando o trânsito
humano; usar piso alerta circundando cada mobiliário espalhado pelo bairro, e
instalação de piso tátio durante todo o percurso, como veremos no croqui a seguir
na figura 78.

Figura 78 –Croqui mostrando o modelo de calçadas acessíveis.

Elaboração: Lívia Oliveira.


81

7 DIAGNÓSTICO E DIRETRIZES DE PROJETO

Diagnóstico e diretrizes de projeto


Problemas Potencialidades Diretrizes Croquis
Calçadas Calçadas largas; Conscientizaçã
emborcadas; o comunitária;
Calçadas sem Ruas largas; Padronização
pavimentação; das calçadas;
Calçadas com a
inclinação incorreta; Leis que Correção das
oficializam a inclinações das
Obstrução das
obrigatoriedade de calçadas;
áreas de
construção de
passagens de
calçadas
pedestre com
acessíveis;
árvores e postes;
Obstrução de área
livre de passagem A colocação de
com vasos de Leis que piso de alerta
plantas, determinam multas nas áreas
Calçadas com para quem obstruir necessárias;
escalonamento; as calçadas com
seus veículos;
Jardins nos locais Retirada de
da passagens de Algumas calçadas postes e
pedestre; já possuem o piso árvores, dos
Obstrução da tátil; locais livres de
calçada, utilizando passagens;
ela como calçada;
Falta de espaço Espaço disponível Contribuir com a
suficiente para próximo à encosta mobilidade
implantação das do rio Doce para urbana,
ciclovias em vias de implantação de incentivar o uso
principais acessos espaço de lazer, de bicicletas,
82

e maior tráfego; pista de valorizar os


Relevo acentuado caminhada e bairros, e
nos bairros Riviera ciclovia nos bairros incentivar a
e Mário Giurizatto; Lacê, Castelo valorização do
Branco, Maria das rio, proporcionar
Graças, Santa um local de
Helena e Mário convivência,
Giurizatto. lazer e turismo.
O bairro Maria das Existência de Implantar uma
Graças não possui espaços propícios praça que
um espaço público para a implantação atenda as
de lazer e convívio de praças. necessidades
social Utilização desses da população
espaços mesmo que ali moram e
sem infraestrutura região;
adequada. Incentivar o
convívio social
entre os
moradores;
Valorizar o lugar
em que a praça
será inserida.
“Canteiro pluvial” Espaço degradado Contribuir na
em más condições com possibilidade drenagem,
e a falta de espaço de ter uso mais proporcionar
para circulação de adequado. mais segurança
pedestres. ao pedestre e
revitalizar a
ambiência
urbana com a
revitalização de
espaços
degradados.
83

Desmoronamentos Existência de Prevenção


em encostas e o taludes que contra novos
impacto visual necessitam de deslizamentos,
causado pelos tratamento. diminuindo o
cortes no relevo. risco de morte e
recuperando a
paisagem
natural com a
construção
demuros de
arrimo com
técnicas de
Bioengenharia.
Transito intenso e Espaço disponível Induzir a
em alta velocidade para implantação redução de
em vias coletoras de medidas que velocidade,
que abrigam diminuam a garantir a
escolas, serviços e velocidade dos segurança do
comércios. veículos; Opções pedestre e
de medidas minimizar
simples que acidentes com a
solucionam o implantação de
problema faixas elevadas,
(trafficCalming). rotatória e
jardins de
chuva.

8. MAPA SÍNTESE AMBIENTAL URBANO


84

Com todos os dados obtidos nas etapas anteriores elaborou-se um mapa contendo
informações de especificação dos elementos básicos que irão compor a proposta do
projeto.(ver APÊNDICE).

9. PROJETOS DE INTERVENÇÕES URBANAS NA REGIÃO 06

A partir do Mapa Síntese trabalhou-se cada elemento destacado no mapa de acordo


com sua importância dentro de cada bairro e espaço pela qual a intervenção
abrangesse. Para tanto, a seguir segue cada uma delas.

9.1. PRAÇA PÚBLICA

Em Maria das Graças, além de detectar-se a necessidade de um espaço público


para que a população pudesse usufruir desse espaço para inúmeras trocas,
conversas, lazer, etc; foram levantados através de um questionário o que os
moradores gostariam que tivesse nessa praça.

Com os resultados foram-se agrupando cada parte escolhida e formou-se a


integração dos espaços da praça.

Sendo esses espaços descritos nas figuras a seguir:

Figura 79 – Praça completa com ampla área verde, jardins, equipamentos,


playground, etc.
85
86
87
88
89
90

Nas margens do rio Doce, percorrendo os bairros Lacê, Maria das Graças, Santa Helena e
Mário Giurizatto, foi implantada a pista de caminhada, ciclovia, bicicletários, áreas de apoio,
área de lazer, píers e áreas de preservação, na intenção da valorização do rio, além do
incentivo ao uso de bicicletas e ser um ponto turístico da cidade.
A figura XX abaixo representa a proposta de intervenção, em perspectiva, destacando a forma
curva, ao decorrer da margem do rio.
Figura XX – Perspectiva da proposta de intervenção da ciclovia e pista de caminhada.

Elaboração: Thaís Baptista


Uma estrutura em pedras, em nível mais baixo da ciclovia, permite que as pessoas tenham
contato direto com o rio, além do píer, que proporciona uma sensação de estar flutuando sobre
o rio. (ver figura XX)
91

Figura XX – Perspectiva da proposta de intervenção do píer.

Elaboração: Thaís Baptista

As figuras XX, XX e XX mostram, respectivamente, uma perspectiva do pergolado e da área


de apoio.
Figura XX – Perspectiva do pergolado.

Elaboração: Thaís Baptista


Figura XX – Perspectiva superior do pergolado.

Elaboração: Thaís Baptista


92

Figura XX – Perspectiva da área de apoio.

Elaboração: Thaís Baptista

Segue o zoneamento da Região 06 na figura 82:

Figura 82 - Mapa de zoneamento dos bairros (Colatina). Revisado: Thaís Baptista


93

. Fonte: Prefeitura Municipal de Colatina.


94

9. BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, Rubens. Nova parada de ônibus não oferece conforto aos usuários.
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125643/as-melhores-pracas-do-mundo. Acesso em: 05 out. 2015.

ANGELIS, B.L.D. de & ANGELIS NETO, G. de. Da jardinagem ao paisagismo.


Um passeio pela história das praças. Jaboticabal, 2001, 52p.

BORTOLAZZO, Shadia Silveira Assaf. http://www.riodetransportes.org.br/wp-


content/uploads/artigo35.pdf Acesso em: 25 ago. 2015.

BRASIL. Lei nº 375, de 22 de julho de 2015. Dispõe sobre a mobilidade e sistema


viário municipal e revoga disposições contrárias. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 22 jul. 2015. Disponível em:
<https://leismunicipais.com.br/a/pr/c/campina-grande-do-sul/lei-rdinaria/
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Dísponível em: <http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSEMOB/
cartilha_moderacao_trafego.pdf>. Acesso em: 25 ago. 2015.

CAVALCANTE, Aline. Copacabana terá quase todas as suas ruas adaptadas


para bicicleta. Dísponível em: <http://vadebike.org/2014/01/ciclovias-ciclofaixas-
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95

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2015.

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Colatina, nº 30, 1987.
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Juan Mascaró; Mário Yoshinaga


Número de Páginas 207 Editora +4 Edição 1
Título Infra-estrutura Urbana

MANUAL DE SOLUÇÕES PARA CIDADES


http://www.abcp.org.br/conteudo/wp-content/uploads/2015/05/AF_04_PORTLAND_revita_ruas.pdf

REALIZAÇÃO: ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland Programa Soluções


para Cidades COORDENAÇÃO GERAL: Érika Mota EQUIPE: Cristiane Bastos
CONCEPÇÃO: Lígia Pinheiro PESQUISA E SISTEMATIZAÇÃO: Fundação Centro
Tecnológico de Hidráulica (FCTH) Luiz Fernando Orsini de Lima Yazaki Erika Naomi
Tominaga André Sandor Kajdacsy Balla Sosnoski Fernanda Dias Radesca Letícia Yoshimoto
Simionato PROJETO E PRODUÇÃO GRÁFICA: FIB - Fábrica de Ideias Brasileiras

SOBRE EFEITOS DA URBANIZAÇÃO NA DRENAGEM URBANA E MEDIDAS DE


CONTROLE DO ESCOAMENTO: BAPTISTA, M.; NASCIMENTO, N.; BARRAUD, S.
Técnicas Compensatórias em Drenagem Urbana. 266 pág. Porto Alegre: ABRH. 2005.
SCHUELER, T.R.; Controlling Urban Runoff: A Practical Manual for Planning and
Designing Urban BMPs. Department of Environmental Programs, Metropolitan Washington
Council of Governments, 1987 AZZOUT, Y.; BARRAUD, S.; CRES, F.N.; Alfakih, E.;
Techniques Alternatives en Assainissement Pluvial : Choix, Conception, Réalisation et
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Programa Países Sustentáveis


Guia GPS Gestão Pública Sustentável
http://www.pucsp.br/sites/default/files/download/posgraduacao/programas/
administracao/paises_sustentaveis_gps.pdf

ABNT 9050:2015

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2015/06/16/interna_ciencia_
saude,486735/ha-quase-20-anos-suecia-investe-em-acessibilidade-e-e-exemplo-para-o-mundo.shtml

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