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ARQUITETURA E URBANISMO
GABRIELA MATHIAS
GUSTAVO ALBUQUERQUE
ARTIGO BIOGRÁFICO
MARION MAHONY GRIFFIN
GUARUJÁ
2021
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS
ARQUITETURA E URBANISMO
GABRIELA MATHIAS
GUSTAVO ALBUQUERQUE
ARTIGO BIOGRÁFICO
MARION MAHONY GRIFFIN
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RESUMO
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LISTA DE FIGURAS
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Figura 40 - Pátio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 41 - Garagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 43 - Jardim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 44 - Represa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
CONTEXTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
PROJETO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
PLANTAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
ELEVAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20
CORTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
DETALHAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22
CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29
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INTRODUÇÃO
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CONTEXTO
Quando Wright fugiu para a Europa com Mamah Borthwick Cheney em 1909, ele
ofereceu o trabalho do Studio a Mahony, mas ela recusou. Depois que Wright foi
embora, Hermann V. von Holst, que assumira as encomendas de Wright, contratou
Mahony com a condição de que ela teria o controle do design. Nesta capacidade,
Mahony foi o arquiteto de uma série de comissões que Wright havia abandonado.
Dois exemplos foram o primeiro projeto para Henry Ford 's Dearborn mansão, Fair
Lane, e a Casa Amberg em Grand Rapids, Michigan.
O projeto da Fair Lane foi o projeto solicitado por Henry Ford e sua esposa, Clara
Ford, cujo arquiteto encarregado do projeto era Frank Lloyd Wright. Porém, como o
arquiteto estava na Europa, e o projeto já havia sido fechado acordo entre o cliente
e arquiteto, este projeto chegou às mãos de Hermann V. von Holst, que era
responsável por chefiar o escritório de Wright, enquanto ele estava fora.
Porém, como o escritório era de Frank Lloyd Wright, o arquiteto recebeu todo o
reconhecimento pela participação do escritório no projeto que Marion Mahony havia
feito enquanto ele estava em sua fuga até a Europa. O projeto foi realizado a partir
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de 1915 com reconhecimentos pelo projeto voltados apenas para Wright, porém, por
volta de 1933, as plantas do projeto ressurgiram da Fair Lane Mansion voltaram à
tona e foi revelado a verdadeira arquiteta por trás deste projeto em questão.
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O PROJETO
A arquitetura foi influenciada por Frank Lloyd Wright, embora Wright e Ford só se
tenham encontrado uma vez e Wright nunca levantou um lápis no projeto. Marion
Mahony Griffin e a empresa Von Holst foram contratadas para projetar "Fair Lane". A
controvérsia, no entanto, levou ao fim desse relacionamento. William Van Tine
(designer de interiores) foi contratado para concluir a obra. Por causa da mudança
de designers, o gênero do estilo arquitetônico é variável, em vez de ser fiel ao
"Estilo da Pradaria".
A Prairie School possui uma linguagem arquitetônica marcada pelo uso de linhas
horizontais, cobertura planas, beiral em balanço, planos abertos, uso de janelas
agrupadas, relação com a paisagem e paredes com textura. Marion Mahony foi um
membro influente no estilo em questão e, logo, usou o estilo como grande influência
durante a fase projetual. Este movimento recebe fortes ligações e relações com
movimentos como Arts and Craft. Estilo Revivalista Clássico e, também, os
românticos idealistas. E a Prairie School, anos depois, o movimento influenciou
outros movimentos posteriores como Minimalismo, Bauhaus e De Stijl.
Jens Jensen foi o arquiteto paisagista creditado por recriar a paisagem natural,
devolvendo o terreno ao estilo pré-colonial. "Devolva a terra ao que era quando os
índios americanos desceram esquiando nas margens do rio Rouge."
A história, aqui incluída, permite vislumbrar o que se passou neste local entre os
anos 1909-1915. Começando quase na mesma época que a fundação da empresa
inovadora de Henry Ford, esta história demonstrará o significado histórico deste
local e seguirá até a conclusão desta propriedade fenomenal.
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INFORMAÇÕES GERAIS
Henry e sua esposa, Clara, escolheram os 2880 metros de Fair Lane como sua
casa dos sonhos em quase 5 quilômetros quadrados e meio, apenas alguns
quilômetros de onde nasceram. Na época, Henry estava em extremo destaque no
cenário global e depois do sucesso da Ford Motor Company, Fair Lane seria o seu
santuário.
O casal optou por contratar um arquiteto que fosse mundialmente conhecido para
projetar a casa que viria a ser a última que o casal viveria. Eles escolheram uma
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casa que fosse com seus ambientes grandiosos e que pudesse receber família e
amigos, como por exemplo, Thomas Edison, que era amigo pessoal da família e
possuía até uma suíte na residência exclusiva para o visitante. A casa foi idealizada
baseando-se principalmente em dois estilos, sendo eles, de uma típica mansão rural
inglesa e da Midwestern Prairie School.
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O projeto se encontra em uma área mais afastada, pois o cliente, Henry Ford,
buscava privacidade, grandiosidade e algo totalmente diferente das outras 15
residências que o casal já residiu. Através de uma visão do eixo de acesso dos
automóveis, a residência se camufla em meio às vegetações preservadas desde o
entorno. Na parte posterior da edificação, fica o Rio Rougue, que o cliente pediu que
essa paisagem natural fosse parte da composição do partido arquitetônico. Nos dias
atuais, a Noroeste do projeto possui uma outra mansão, a preservação ambiental se
manteve, por outro lado, se afastando um pouco mais, começaram a surgir grandes
bolsões de estacionamento nesta região, isso se dá muito pelas novas edificações
que foram construídas.
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Figura 2: Detalhe da madeira original nas paredes - Fonte: Site Oficial Henry Ford Fair Lane
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Figura 3: Ambiente Interno - Fonte: Site Oficial Henry Ford Fair Lane
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Figura 4: Henry e Clara Ford em seu automóvel passeando pela propriedade. Ao fundo o
porte-cochere original - Fonte: Site Oficial Henry Ford Fair Lane
Os vitrais que são presença forte nos projetos da arquiteta possuem seus fatores
peculiares. Por se tratar de um projeto extremamente grandioso, por ser um projeto
para Henry Ford, Marion optou por trazer painéis de vidro mais sofisticados. Como
comparativo, nos dias atuais, a equipe responsável pelo restauro da edificação
encontrou apenas três estabelecimentos que trabalham com estes painéis
específicos. Os vitrais encontram-se na entrada frontal e são compostos por três
painéis chumbados, detalhadamente pintados e utilizando também da gravura para
criar uma decoração ainda mais sofisticada. O projeto original ainda contava com
mais um vitral, porém foi substituído por um banheiro que foi construído
posteriormente.
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Figura 5: Sala de música original, detalhe dos lustres e vitrais - Fonte: Traditional Building
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PLANTAS
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ELEVAÇÕES
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CORTES
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DETALHAMENTO
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Figura 19: Análise de iluminação natural no solstício de verão (10am) - Fonte: elaborado pelos
autores.
Figura 20: Análise de iluminação natural no solstício de verão (10am) - Fonte: elaborado pelos
autores.
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IMAGENS DA OBRA
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Figura 24: Lado Sudoeste - Fonte: Wikipédia
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CONCLUSÃO
Diante disso, com a análise sobre a obra escolhida, percebemos que Marion
Mahony serviu para corrigir o grande problema que causou a fuga de Wright para a
Europa. A arquiteta empenhou-se na elaboração do projeto e conseguiu atender a
grande maioria das exigências do cliente, Henry Ford. Porém, Marion também não
teve a oportunidade de um de seus maiores projetos ser finalizado como havia
idealizado, por conta dos problemas pessoais que Ford estava passando durante o
período. Além de não receber o reconhecimento pelo projeto grandioso que havia
feito a partir de uma folha em branco. Sendo apenas reconhecida como verdadeira
autora em 1933 quando o projeto ressurge, mas, mesmo assim, Wright teve seus 18
anos de reconhecimento e elogios pelo projeto que nem sequer havia sequer
participado.
Analisando a fundo o projeto de Marion, podemos perceber que o projeto não foi
executado fielmente da maneira que a arquiteta idealizou, isso ocorre por seu
afastamento do projeto. Porém, muitos de seus partidos arquitetônicos estão
presentes na atual edificação. Marion preocupou-se em atender o programa e
solicitações do cliente, trouxe ambientes extremamente variados, desde áreas de
lazer, áreas culturais e até ambiente especializado ao laboratório de experimentação
mecânica de Henry Ford. Os ambientes possuem uma grande amplitude e
especificações quando necessário. A arquiteta também se preocupou em atender
até os mais simples detalhes como, por exemplo, molduras e até maçanetas. Com
todos os atendimentos às exigências do cliente, terreno com grande potencial e
atenção aos mínimos detalhes, este projeto em questão tornou-se um dos grandes
projetos da vida de Marion Mahony.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
PREGLIASCO, Janice. the life and work of Marion Mahony Griffin. Art Institute of
Chicago Museum Studies, Vol. 21, No. 2, The Prairie School: Design Vision for the
Midwest (1995), pp. 164-181+191-192.
MODERN, MICHIGAN. David M. and Hattie Amberg House. Designs that shaped
America. Disponível em:
<http://www.michiganmodern.org/buildings/david-m-and-hattie-amberg-house>
Acesso em 18 de Maio de 2021.
CONGRESS, Library of. Fair Lane Mansion, 4901 Evergreen Road, Dearborn, MI.
Disponível em: <https://www.loc.gov/resource/hhh.mi0640.sheet/?sp=4> Acesso em
18 de Maio de 2021.
FAIR LANE. Uma família que mudou a América e o Mundo. Disponível em:
<https://www.henryfordfairlane.org/> Acesso em 19 de Maio de 2021.
MARTIN, John F. Heritage Metalworks Lights Ford's Fair Lane Estates Ford's.
Disponível em: <https://www.traditionalbuilding.com/product-report/fair-lane-lighting>
Acesso em 21 de Maio de 2021.
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