Você está na página 1de 16

1.

Modos de transporte
SISTEMAS DE TRANSPORTE
• Os sistemas de transporte são essenciais para a realização das atividades e relações sociais;
• Todo país tem uma cadeia produtiva e de serviços fortemente influenciada pelo seu sistema de
transporte;
• Partes constituintes de um sistema de transportes:
• Locais pelos quais transitam veículos e usuários;
Vias • Ruas, avenidas, rodovias, passeios, estradas, hidrovias, ferrovias, rotas aéreas, tubos,
esteiras, etc.
• Elementos que promovem o deslocamento;
Veículos • Automóveis, caminhões, motocicletas, bicicletas, elevadores, navios, aviões,
helicópteros, trens, cavalos, etc.
• Todos aqueles que utilizam o sistema de transporte;
Usuários
• Pedestre, motorista, passageiro, motociclista, ciclista, etc.
Estações e • Locais que atendem às necessidades de embarque e desembarque de passageiros e cargas, bem
terminais como de integração entre os diferentes modais de transporte.
Operação do • Forma como os veículos e usuários utilizam uma rede de transportes, atendendo às condições de
sistema conforte e de segurança e às regras estabelecidas.
• Tudo que envolve, cerca e afeta os componentes do sistema;
Meio ambiente • Chuva, sol, neblina, neve, noite, dia, vento, fumaça, poluição, ruídos,
congestionamentos, acidentes, etc.

1. Modos de transporte
MODOS DE TRANSPORTE - MOTORIZADOS
MODO DESCRIÇÃO EXEMPLO
• Serviço público de transporte de passageiros • Ônibus, vans,
Transporte acessível a toda a população mediante pagamento metrôs, trens e
público coletivo individualizado, com itinerários e preços fixados pelo transporte escolar.
Poder Público.

3
1. Modos de transporte
MODOS DE TRANSPORTE - MOTORIZADOS
MODO DESCRIÇÃO EXEMPLO
• Serviço de transporte de passageiros não aberto • Ônibus de fretamento
Transporte ao público para a realização de viagens com para empresas, vans
privado coletivo características operacionais exclusivas para cada escolares particulares.
linha e demanda.

1. Modos de transporte
MODOS DE TRANSPORTE - MOTORIZADOS
MODO DESCRIÇÃO EXEMPLO
Transporte • Serviço remunerado de transporte de passageiros • Táxis, mototáxis,
público aberto ao público, por intermédio de veículos de aplicativos de mobilidade
individual aluguel, para a realização de viagens individualizadas. (Cabify, Uber, etc.)

5
1. Modos de transporte
MODOS DE TRANSPORTE - MOTORIZADOS
MODO DESCRIÇÃO EXEMPLO
Transporte • Meio motorizado de transporte de passageiros • Carros e motocicletas.
privado utilizado para a realização de viagens individualizadas
individual por intermédio de veículos particulares.

1. Modos de transporte
MODOS DE TRANSPORTE – NÃO MOTORIZADOS
MODO DESCRIÇÃO
• Complementar aos demais modos de deslocamento, porém o mais
negligenciado;
Meio a pé
• Além de vias e ciclovias, deve ser garantida a infraestrutura adequada dos
passeios.

7
1. Modos de transporte
MODOS DE TRANSPORTE – NÃO MOTORIZADOS
MODO DESCRIÇÃO
• Podem ser particulares ou compartilhadas (Itaú, Yellow, Grin);
Bicicleta
• Necessidade de infraestrutura própria e políticas de moderação de tráfego.

1. Modos de transporte
CICLOVIAS X CICLOFAIXAS X CICLORROTAS

9
1. Modos de transporte
MODALIDADE DE TRANSPORTE COMPARTILHADO

Free- • Modelo operacional de car sharing ao qual o sistema opera sem estações fixas;
floating ou • Proporciona uma operação mais conveniente e consegue atrair usuários
dockless de transporte público e proprietários de carros.
• Abordagem inovadora onde os proprietários de veículos alugam
Peer-to-
temporariamente seus veículos pessoais para outras pessoas localizadas nas
peer
proximidades;
Based- • Baseada em estações fixas, que exigem que os usuários retornem os
station veículos a uma estação disponível;
Ride- • Serviço onde os proprietários de automóveis particulares utilizam seus próprios
sourcing veículos para fornecer caronas pagas.

10

1. Modos de transporte
MODALIDADE DE TRANSPORTE COMPARTILHADO

11
1. Modos de transporte
MOBILIDADE E DISTRIBUIÇÃO MODAL NAS CIDADES
• A quantidade de viagens necessárias para se chegar ao destino e a distribuição das viagens entre os
diferentes modais de uma cidade dependem:
Desenvolvimento socioeconômico Tamanho e topografia da cidade
Clima Cultura
Disponibilidade, custo e qualidade do transporte público Facilidade de locomoção a pé e de bicicleta
Existência ou não de políticas de restrição ao uso do transporte individual

EUA Europa Países pobres Países muito pobres


• Carro responsável • De 30 a 60% das viagens • Transporte público • Motocicletas
por 85% das urbanas realizadas por corresponde de 80 correspondem de 20
viagens urbanas. transporte coletivo; a 90% das viagens a 50% das viagens
• Razões culturais e urbanas. urbanas.
históricas.

12

1. Modos de transporte
MOBILIDADE E DISTRIBUIÇÃO MODAL NAS CIDADES
• Brasil
• 50 a 60% do transporte urbano é realizado por transporte público (95% por ônibus e 5%
metrô/trem). Outra parcela por veículos particulares.

13
2. Legislação
ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS - DESCRIÇÕES
• Órgão máximo normativo, consultivo e coordenador da política
CONTRAN
nacional de trânsito;
Conselho Nacional de
• Elabora diretrizes da Política Nacional de Trânsito e coordena todos os
Trânsito
órgãos do Sistema Nacional de Trânsito.

14

2. Legislação
ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS - DESCRIÇÕES
• Órgão máximo normativo, consultivo e coordenador da política
CONTRAN
nacional de trânsito;
Conselho Nacional de
• Elabora diretrizes da Política Nacional de Trânsito e coordena todos os
Trânsito
órgãos do Sistema Nacional de Trânsito.
• Órgão máximo executivo do Sistema Nacional de Trânsito;
SENATRAN
• Tem como objetivo principal fiscalizar e fazer cumprir a legislação de
Secretaria Nacional de
trânsito e execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo
Trânsito
CONTRAN.

15
2. Legislação
ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS - DESCRIÇÕES
• Órgão máximo normativo, consultivo e coordenador da política
CONTRAN
nacional de trânsito;
Conselho Nacional de
• Elabora diretrizes da Política Nacional de Trânsito e coordena todos os
Trânsito
órgãos do Sistema Nacional de Trânsito.
• Órgão máximo executivo do Sistema Nacional de Trânsito;
SENATRAN
• Tem como objetivo principal fiscalizar e fazer cumprir a legislação de
Secretaria Nacional de
trânsito e execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo
Trânsito
CONTRAN.
• Órgãos do poder executivo estadual que fiscalizam o trânsito de
DETRAN
veículos terrestres em suas respectivas jurisdições;
Departamentos
• Entre suas atribuições, está a determinação das normas para formação
Estaduais de Trânsito
e fiscalização dos condutores.

16

2. Legislação
ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS - DESCRIÇÕES
• Órgão máximo normativo, consultivo e coordenador da política
CONTRAN
nacional de trânsito;
Conselho Nacional de
• Elabora diretrizes da Política Nacional de Trânsito e coordena todos os
Trânsito
órgãos do Sistema Nacional de Trânsito.
• Órgão máximo executivo do Sistema Nacional de Trânsito;
SENATRAN
• Tem como objetivo principal fiscalizar e fazer cumprir a legislação de
Secretaria Nacional de
trânsito e execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo
Trânsito
CONTRAN.
• Órgãos do poder executivo estadual que fiscalizam o trânsito de
DETRAN
veículos terrestres em suas respectivas jurisdições;
Departamentos
• Entre suas atribuições, está a determinação das normas para formação
Estaduais de Trânsito
e fiscalização dos condutores.
• Em Rio Branco, o órgão municipal é o RBTRANS;
SEMTRAN
• Tem função de planejar, organizar, dirigir, coordenar, executar e delegar
Secretarias Municipais
a prestação de serviços públicos relativos ao transporte coletivo e
de Trânsito
individual.

17
2. Legislação
• Lei N° 12.587: Política Nacional de Mobilidade Urbana
• Define diretrizes a serem seguidas pelos municípios de todo o território nacional no que concerne
ao Sistema Nacional de Mobilidade Urbana;
• Para que a política pública de trânsito seja efetivada, cada ente federativo tem uma série de
competências:
• Prestar assistência técnica e financeira aos estados;
• Contribuir para a capacitação continuada de pessoas e para o desenvolvimento das instituições
vinculadas à PNMU;
UNIÃO • Organizar e disponibilizar informações sobre o Sistema Nacional de Mobilidade Urbana e a qualidade e
produtividade dos serviços de transporte público;
• Fomentar a implantação de projetos de transporte público coletivos de grande e média capacidade em
regiões metropolitanas.
• Prestar, diretamente ou por delegação ou por gestão associada, os serviços de transporte público
coletivo intermunicipais de caráter urbano;
ESTADOS • Propor política tributária específica e de incentivos para a implantação da PNMU;
• Garantir o apoio e promover a integração dos serviços que ultrapassem os limites do município.
• Planejar, executar e avaliar a política de mobilidade urbana, bem como promover a regulamentação dos
serviços de transporte urbano;
MUNICÍPIOS • Prestar, direta ou indiretamente ou por gestão associada, os serviços de transporte público coletivo
urbano;
• Capacitar pessoas e desenvolver às instituições vinculadas à política de mobilidade urbana do município.

18

3. Papel do engenheiro
Atividades do engenheiro de tráfego

• Elaboração de projetos de sinalização, visando a segurança, o


conforto e a fluidez nos deslocamentos;
• Planejamento e organização do trânsito (estudo da circulação,
hierarquização das vias, modificações no sistema viário,
integração com o sistema de transporte coletivo, estudo dos
impactos de grandes empreendimentos no sistema viário);
• Planejamento da operação do trânsito (controle semafórico,
desobstrução rápida das vias, esquemas especiais para eventos,
manutenção da sinalização, fiscalização e monitoramento do
tráfego)

19
3. Papel do engenheiro

20

3. Papel do engenheiro
TRANSPORTE COLETIVO
Essenciais para um bom funcionamento de todo o sistema de transportes nas cidades. Sem o transporte
coletivo, a mobilidade de pessoas no ambiente urbano se torna deficitária, impedindo o real
desenvolvimento das cidades.

21
3. Papel do engenheiro
TRANSPORTE COLETIVO
• Sistemas de transporte coletivo precisam ser bem planejados, geridos e dimensionados, a fim de
desempenhar sua função de forma adequada;
• Terminais também desempenham papel importante para que o sistema se apresente eficaz. O projeto
dos terminais e pontos de parada devem abarcar o tipo de usuário que as linhas atendem.

22

3. Papel do engenheiro
TRANSPORTE COLETIVO – EXEMPLO DE CURITIBA
• 1965 – PPU (Plano Preliminar de Urbanismo): Jorge
Wilheim

• Marcado pela hierarquização das vias, rodovias de


acesso, vias rápidas estruturais, coletoras, vias de
ligação entre bairros e parques, além de alamedas
para circulação de pedestres;

• 1974 – BRT (Bus Rapid Transit): Jaime Lerner

• Sistema de transporte coletivo rápido sobre pneus;

• Consistia em uma via central exclusiva para


ônibus, 2 vias ao lado para tráfego rápido de
veículos e 2 do outro lado para veículos com
velocidade reduzida, de acesso aos bairros.

23
3. Papel do engenheiro
TRANSPORTE COLETIVO – EXEMPLO DE CURITIBA
• Outras características do BRT:
Vias segregadas exclusivas para ônibus
Estações que permitem o acesso dos passageiros no nível dos
veículos
Integração entre linhas troncais e linhas alimentadoras do sistema
Cobrança tarifária antes do embarque

24

3. Papel do engenheiro
TRANSPORTE COLETIVO – ANÁLISE DE QUALIDADE
Ferraz e Torres (2004) apresentam os 12 principais fatores que influenciam na qualidade do transporte
público urbano, que são:

FATORES DE QUALIDADE DOS TRANSPORTES PÚBLICOS URBANOS


(FERRAZ; TORRES, 2004)
Acessibilidade Características do veículo
Frequência de atendimento Características dos locais de parada
Tempo de viagem Sistemas de informações
Lotação Conectividade
Confiabilidade Comportamento dos operadores
Segurança Estados das vias

25
3. Papel do engenheiro
TRANSPORTE COLETIVO – ANÁLISE DE QUALIDADE

26

3. Papel do engenheiro

27
3. Papel do engenheiro

28

3. Papel do engenheiro
CIDADE SEGURA – PENSADA PARA AS PESSOAS
• A promoção do espaço urbano deve privilegiar o deslocamento à propulsão humana;
Pedestres e portadores de Veículos (transporte Veículos
Ciclista
necessidades especiais público) em geral

• Ex: Amsterdã, Holanda


• Ao invés de criar mais ruas, buscou categorizar ruas já existentes, de acordo com a função:
• Não possuem espaço para transporte público;
Ruas residenciais • Só permitem entrada de carros e motos dos que lá habitam;
• Possuem livre circulação de bicicletas e pedestres.
Ruas de compras • Feitas para serem percorridas a pé, mas podem ter transporte público;
pequenas • Calçadas largas e não há estacionamento para carros.
Ruas comerciais com • Áreas de comércio com grande circulação de carros e estacionamento;
muito trânsito • Sem transporte público e algumas vezes sem ciclovias.
• Ligam bairros a áreas importantes;
Avenidas largas arteriais
• Não possuem transporte público, apenas ciclovias.
Rodovias • Circulação de veículos pequenos e grandes de carga;
intermunicipais • Ligam a cidade aos municípios vizinhos.
29
3. Papel do engenheiro
CIDADE SEGURA – PENSADA PARA AS PESSOAS
• Ex: Amsterdã, Holanda

30

3. Papel do engenheiro
CIDADE SEGURA – PENSADA PARA AS PESSOAS
• Ex: Amsterdã, Holanda

31
3. Papel do engenheiro
QUESTÕES PARA REFLEXÃO
1. O planejamento de cidades seguras pode acontecer, como foi apontado, por meio de diversas
intervenções no desenho urbano, juntamente com a aplicação de políticas públicas existentes nessa
área, que priorizem pedestres e ciclistas, como os planos de mobilidade, por exemplo. Mas o que
podemos fazer para que a cidade de Rio Branco se torne mais segura e sustentável em seu sistema
de transportes?

2. Em sua visão, quais seriam as diretrizes para nortear esses objetivos? É algo possível de se
fazer/construir?

32

Você também pode gostar